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domingo, 3 de junho de 2018

Descortinando o Santuário- uma reflexão sobre os efeitos da morte e ressurreição de Cristo

"E Jesus, clamando outra vez em alta voz, entregou o espírito. 51 Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu e as rochas se partiram; 52 os túmulos se abriram, e muitos corpos de santos já falecidos ressuscitaram; 53 e, saindo dos túmulos depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. 54 O centurião e os que com ele guardavam Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor e disseram: Verdadeiramente este era o Filho de Deus" - Mateus 27.50-54.


A invisível presença de Deus

Neste momento de agonia de Jesus Cristo, onde estava Deus? O Todo Poderoso sempre esteve presente, esteve lá sem que fosse possível ser notado, estava além da grande cortina da eternidade.

O pecado de Adão foi o motivo que levou Deus a ocultar-se do homem. Antes de Adão e Eva sucumbirem à tentação ocorrida no Éden, diz a Bíblia, em Gênesis 3.8, que o casal ouvia a voz do Criador na viração do dia. A consequência devastadora da ação do pecado criou a separação da raça humana, criou a separação entre Deus e o homem, inclusive, com repercussão alcançando a eternidade.

Onde esteve Deus nos grandes momentos históricos? Ele se manteve atrás da grande cortina, porque é santo e abomina o pecado.

Amor correspondido

Algumas vezes essa grande cortina se abriu. Era Deus se revelando aos homens que lhe prestavam obediência:
1. O servo Abraão e sua fé..
No Monte Moriá, quando Abraão levanta o seu cutelo para sacrificar Isaque, a grande cortina se abre e Abraão ouve a voz de Deus. Abraão levanta seus olhos e vê atrás de si um cordeiro, amarrado pelos chifres entre os arbustos. Aquele animal apontava para o sacrifício do Filho do Altíssimo na cruz (Gênesis 22.10-13; João 1.29).
2. A chamada do servo Moisés.
Esta mesma cortina abriu-se diante de Moisés no sopé do monte Sinai. Ele estava no meio do fogo que incendiava a sarça, que não se queimava (Êxodo 3).
3. A chamada do servo Isaías.
No santuário em Jerusalém, Isaías (6.1-8) foi surpreendido por três visões. Simbolicamente, podemos dizer que o véu se abriu diante do profeta messiânico..
O propiciatório terrestre

No ritual judaico, no lugar Santo dos Santos, estava a grande cortina impedindo o homem de aproximar-se de Deus. Na ocasião da festa anual dos israelitas, apenas o sumo sacerdote tinha permissão para entrar no lugar Santo dos Santos, e ali oferecer sacrifícios pelos pecados do povo, borrifando sangue na tampa dourada da Arca da Aliança, denominada propiciatório (Êxodo 25.17-22; Levítico 16.5-19). A autoridade de Cristo, como intercessor da humanidade pecadora perante nosso Deus santo, é tipificada no propiciatório ensanguentado. Ali, naquele ritual reservado, com o propiciatório terrestre molhado de sangue de animais, estavam as figuras de dois querubins com suas asas abertas em direção da Arca, representando a presença da glória celeste na vida de toda pessoa cujo coração arrependeu-se de seus pecados e aceitou o sacrifício do Cordeiro de Deus em seu favor. 

Contudo, aquela cena do culto hebraico não era suficiente para rasgar a cortina, a divisória entre os homens e Deus permanecia.

No monte da transfiguração, Pedro, Tiago e João viram o rosto de Cristo brilhar como o sol e suas roupas em cor alva como a brancura da neve. Testemunharam naquela ocasião, a comunhão entre a criatura e o Criador, a conversa do  Mestre com os profetas Moisés e Elias. (Mateus 17.1-3).

O propiciatório divino

Na tarde de sexta-feira, na semana da Páscoa, quando Cristo brada pela última vez na cruz, o sacerdote ministrava no santuário, no Lugar Santo dos Santos. Naquele instante em que o Cordeiro de Deus expirou, o sumo sacerdote foi surpreendido pelo terremoto, que rasgou o grande véu do templo. Rasgou-se o véu, rasgadura começando do alto para baixo. O sangue do Cordeiro de Deus, imolado na cruz do Calvário deu acesso para o homem chegar-se a Deus.

Agora, o santuário está descortinado. Por esta razão o apóstolo Paulo escreveu: "Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz. De dois povos ele fez um só e, na sua carne, derrubou a parede de separação que estava no meio, a inimizade" - Efésios 2.13-14.

Na ilha de Patmos, João recebeu a revelação e teve a capacidade de ver Jesus andando entre os sete castiçais de ouro, que representam a Igreja (Apocalipse 1.20)..

Conclusão

"Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça para ajuda em momento oportuno" - Hebreus 4.16.

O crente em Cristo tem a possibilidade de estar na presença do Senhor, tem acesso direto ao Pai,por causa do efeito eficaz do derramamento de sangue de seu Filho Unigênito. Que haja em cada cristão o a disposição para  realizar sei exercício de fé, vontade de orar, fazer orações com a plena confiança que a porta está aberta e tem permissão para entrar no Santo dos Santos- não a réplica terrestre, mas o tabernáculo original, existente no plano espiritual.

Façamos isso reverentemente, com bastante regularidade de vezes. Pois Jesus, através de seu sacrifício perfeito, ao entregar o seu corpo como o Cordeiro sem pecados, abriu um novo e vivo caminho aos pecadores arrependidos. Aproximemos de Deus com confiança, pois houve o resultado positivo na morte vicária de Jesus na cruz; Ele venceu a morte ao ressuscitar.

Através do sacrifício de Jesus na cruz, Ele tem poder de nos justificar de todo pecado através de seu sangue (1 João 1.9).

E.A.G.

sábado, 2 de junho de 2018

Livres de nós mesmos


Precisamos nos libertar de nós mesmos e deixar que Deus nos encha do Espírito Santo.

Levítico, o terceiro livro escrito por Moisés

As tábuas da Lei.
Levítico é o terceiro livro da Bíblia e também é o terceiro livro do Pentateuco. Em Levítico, é descrito de maneira detalhada o começo do exercício sacerdotal da tribo de Levi em favor dos filhos de Israel. Assim que foi erguido o tabernáculo e se nomeou o sacerdote, que servia no altar, seguiu-se a regulamentação do culto divino, a apresentação das exigências de purificação e de santificação que o povo tinha que fazer.

Está claro nas páginas de Levítico que Deus exige separação entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo  (Levítico 10.10).

É notável a consistência de Levítico, o seu conteúdo é uma belíssima composição quase que exclusivamente sobre as leis rituais. O arcabouço histórico no qual estas leis estão engastadas é a permanência de Israel no Sinai.  O livro pode ser lido como se segue:

1. Leis concernentes às ofertas (do capítulo 1 ao capítulo 7 e versículo 38);
2. O serviço do tabernáculo posto em operação (de 8.1 a 10.20);
3. Leis concernentes à pureza e impureza (de 11.1 a 15.33);
4. O grande dia da expiação (16.1 a 34).
5. Várias leis (17.1 a 25.55);
6. Promessas e advertências (26.1 a 46);
7. Apêndice: avaliação e redenção (27.1 a 34).

Sem sacerdotes e sem sacrifícios ninguém podia se aproximar de Deus. As relações com Deus exigiam condições de pureza e santidade, tanto moral como cerimonial. Para se conseguir isto, preparavam-se vários manuais que provavelmente vieram a formar o livro. Ocasionalmente, algumas leis se repetem em referência a casos diversos e diferentes finalidades. Às vezes as leis se interrompem para darem lugar a uma narrativa de acontecimentos que originam novas leis.

O Senhor Deus se apresenta em Levítico com nomes associados à liturgia do tabernáculo. Observe as seguintes  anotações, criada por Erivaldo Jesus Pinheiro: 

1. Em Levítico 1.3, Ele é o Senhor da oferta perfeita;
2. Em Levítico 1.9, Ele é o Senhor da oferta agradável;
3. Em Levítico 2.3, Ele é o Senhor da oferta santíssima;
4. Em Levítico 3.1,Ele é o Senhor da oferta pacífica;.
5. Em Levítico 4.31,35,Ele é o Senhor da oferta expiatória;
6. Em Levítico 6.8,13,Ele é o Senhor do altar;
7. Em Levítico 7.30, Ele é o Senhor da oferta movida;
8. Em Levítico 8.33, Ele é o Senhor da consagração;
9. Em Levítico 9.24, Ele é o Senhor que consomeo holocausto sobre o altar;
10. Em Levítico 10.1-2, Ele é o Senhor como fogo consumidor;
11. Em Levítico 11.44-45, Ele é o Senhor da santidade;
12. Em Levítico 12.15, Ele é o Senhor da purificação;
13. Em Levítico 16.1, Ele é o Senhor da expiação;
14. Em Levítico 18.1, Ele é o Senhor nosso Deus;
15. Em Levítico 19.35-37, Ele é o Senhor da justiça;
16. Em Levítico 20.8, Ele é o Senhor que nos santifica;
17. Em Levítico 21.1-24, Ele é o Sumo Sacerdote perfeito e eterno;
18. Em Levítico 22.1-16, Ele é o Senhor das coisas sagradas;
19. Em Levítico 23.1-44, Ele é o Senhor das festas;
20. Em Levítico 24.13-23, Ele é o Senhor zeloso;
21. Em Levítico 25.10-17,Ele é o Senhor do Ano do Jubileu,da libertação;
22. Em Levítico 26.1-32, Ele é o Senhor dos dízimos e dos votos.

Em Levítico é revelada a santidade divina. O livro tem a finalidade de revelar o caráter puro e santo do nosso Deus, portanto a palavra-chave do conteúdo exposto neste livro é "santidade" (Levítico 19.2; 20.7-8). Quem deseja conhecer mais profundamente sobre o grande abismo que existe entre a pecaminosidade do homem e a santidade de Deus deve ler mais atentamente o livro de Levítico.

E.A.G.

Bíblia do Pregador Pentecostal, edição 2016, página 173, notas de Erivaldo de Jesus Pinheiro, Barueri, São Paulo- SP (Sociedade Bíblica do Brasil). 
Bíblia Sagrada - Edição em Língua Portuguesa, coordenador Samuel Martins Barbosa, ano da publicação não declarado, página 68, Lapa, São Paulo- SP (Torá Livraria e Editora Ltda).