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Arquivo | 14 anos de postagens

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Divorciados no grupo de obreiros. Pode?

Recebi recentemente uma correspondência de um leitor do Belverede em minha caixa de e-mail. Respondi a ele diretamente e fiz a presente postagem ao blog, suprimindo o nome do destinatário e sua localização.

"Sou cristão vinculado à Assembleia de Deus desde criança e sigo as postagens do blog Belverede e aqui me deparo com assuntos importantes. Aprendi vários conceitos ensinados na igreja e que acredito que sejam ensinos com bases bíblicas.

Porém, quero tirar uma dúvida. Vivemos em tempo caótico, observamos separações entre casais em muitas igrejas evangélicas. A impressão é que acabou a prática do princípio da Palavra entre os crentes, principalmente nas congregações da Assembleia de Deus.

É correto uma pessoa que está divorciada e vivendo no segundo casamento usar o púpito da igreja para cantar ou pregar? Estão em pecado? É lícito elas terem cargos específicos? Existe respaldo na Palavra de Deus para quem está em situação assim manter atividade oficial na congregação?

Por favor, me responda. 

Grato."

A resposta:

Olá.

O assunto que você traz é bastante polêmico e frequentemente debatido. Alguns dizem que divorciados não deveriam ter cargos na liturgia de cultos, como cantar, pregar, e apresentam as bases bíblicas de respaldo. E há quem diga o contrário empunhando a Bíblia Sagrada.

O que eu concluo? Penso que uma pessoa que esteja na posição de líder deve ser alguém cuja vida conjugal sirva de modelo aos congregados, um (a) marido/esposa e pai/mãe exemplar, como recomendam os textos das cartas escritas por Paulo. 1 Timóteo 3.2, 5; Tito 1.5-9.

As Escrituras neotestamentárias nos dão posicionamento claro quanto a ser moderado em todas as circunstâncias. Não é possível responder de uma só forma, dizer sim ou não de maneira generalizante para todos os casos de cristãos divorciados. Alguns conjuges são as vítimas! Então, não devem ser castigados por terem sido infelizes no matrimônio. Outros, são a parte errada que provocou a separação do casal, então, não devem ganhar um posto de confiança, pois o tratamento da liderança a eles será visto como apoio ao erro cometido.

E além de tudo já dito, ainda precisamos acrescentar que é preciso levar em consideração se o divórcio ocorreu quando a pessoa divorciada já era vinculada como membro da igreja ou antes de sua conversão. Se antes, o fato deve ser tratado como obras da carne enquanto a pessoa ainda era uma velha criatura. Deus não leva em conta o tempo da ignorância e nós devemos proceder de igual modo. Se se separou sendo alguém reconhecida como evangélica, o trato com ela merece atenção especial, aconselhamento com amor fraternal (Atos 17.30; 1 Pedro 1.13-16).

Aos que envolveram-se em problemas da separação conjugal, digo que devem refletir que Deus odeia o repúdio, permite que haja divórcio por causa de corações duros. Na lista de bem-aventuranças não consta como bem-aventurados os portadores de corações endurecidos. Então, quem diz servir ao Senhor jamais deve ser a parte que rejeita o marido ou esposa, e em situações de crise no relacionamento esforçar-se para relacionar-se com brandura e sempre que possível buscar a reconciliação (Malaquias 2.16; Mateus 5.1-11; 19.5-9).

Espero ter respondido sua pergunta à contento. Escreva-me mais se julgar necessário.

Abraço, na paz de Cristo.

E.A.G.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Flagra: Luciano Huck polui as águas do mar!

Por Eliseu Antonio Gomes

A foto mostra o apresentador de televisão Luciano Huck em ritual de umbanda, ao lado de oferendas e segurando uma garrafa de líquido espumante nas mãos. A imagem revela que o apresentador está na iminência de lançar flores e outros objetos nas águas do mar em dedicação à entidade Iemanjá.

Sei que na condição de cidadãos, os umbandistas possuem o mesmo direito que os cristãos, isto é, a liberdade de culto. Meu objetivo não é comentar sobre o lado espiritual da cena. Não pretendo enfatizar neste momento minha crença cristã em Deus,  e em Jesus Cristo como Deus e único Salvador dizer que o cristianismo é superior aos dogmas de umbandistas. Meu post aborda a perspectiva da Ecologia. Neste momento quero alertar para a questão do cuidado que todos devemos manter com nosso ecossistema, o dever de manter limpo o meio-ambiente. estou focando liturgias que agridem o planeta Terra.

Há quem acredite que para viver o cristianismo em santidade é preciso desligar o filtro do senso crítico, fazer de conta que não vê o que ocorre de errado diante de nossos olhos. Dizem: "devo cuidar apenas da minha vida, não podemos julgar ninguém, basta orar e quem estiver errando prestará sua conta com Deus". Pensar assim é um equívoco, além da oração é preciso abrir a boca e falar o que é necessário para que todos cheguem ao conhecimento ideal. Há momentos que devemos nos pronunciar. O próprio Jesus Cristo declarou: "Não julgueis segundo a aparência, mas, sim, julgai segundo a reta justiça" - João 7.24.

Amar não é silenciar, pois quem diz a verdade manifesta a justiça. Calar quase sempre é conveniente a quem se cala, mas o silêncio muitas vezes não convém ao próximo. O comportamento de quem emudece em tempo de um pertinente pronunciamento é a clássica posição de inércia, descrita na carta do apóstolo Tiago como pecado de omissão (Provérbios 12.17; Tiago 4.17).

Todo protesto é válido quando se consiste em denunciar determinada ação que destrói o estado natural de coisas que colaboram com o bem-estar coletivo. rosa no jardim é uma flor e deve ser preservada se ali estiver. Mas a mesma rosa em uma horta, segundo a botânica, é considerada erva-daninha e precisa ser arrancada do solo! 

O que dizer das oferendas deixadas no mar? Lanço meu protesto. O mar não deve ser poluído. Discordo do ritual de virada de ano, quando umbandistas vestem-se de branco e lançam objetos no mar. Isso degrada a vida de peixes e outras espécies de vida que existem nas águas oceânicas  e consequentemente afetam negativamente o planeta em que vivemos.

O que dizer das oferendas postas nas esquinas de áreas urbanas às sextas-feiras por volta de meia-noite? Eu também deploro a ação de religiosos que deixam pratos de comida em encruzilhadas de ruas das nossas cidades, à mercê de ratos, propagadores de doenças. Essa liturgia sustenta pragas terríveis que jamais deveriam ser alimentadas, pois afetam a saúde pública, destrói a qualidade de vida da sociedade em que vivemos.

Enfim, vamos praticar religiosidade, mas sem esquecer de focar o meio-ambiente com carinho. As liturgias religiosas que agridem o meio-ambiente precisam ser observadas e receber intervenção de autoridades governamentais, visando o bem-estar da coletividade.

E.A.G.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Guerra e paz

Por Herbert dos Santos Gonçalves

"Vejam sobre os montes os pés do que anuncia boas noticias e proclama a paz" - Naum 1.15 a

Leitura bíblica: Tiago 4.1-4.

No Rio Janeiro, um aviso na entrada da favela informava: "Por aqui ninguém passa. Estamos em guerra." Era uma referência à guerra das drogas, mas esse aviso também pode ser lido em muitas partes do mundo onde há guerra contínua. Todos os dias somos bombardeados com imagens dos soldados em guerra. Eles não expressam paz! É profundamente chocante ver o triste semblante das vítimas da guerra. A beleza desapareceu completamente dos seus rostos. 

O mesmo acontece com uma pessoa que está em guerra dentro de si. Numa visita a certa casa encontrei um senhor com uma expressão de profunda tristeza. Contudo, ao saber que eu pertencia a uma igreja evangélica, saiu às pressas dizendo insultos. Descobri depois que ele estava com muitos conflitos internos e os problemas tinham tomado conta dele. Este era o resultado de ele nunca se ter importado com Deus, embora já tivesse ouvido sobre Jesus.

Conta-se uma história sobre um quadro que teria sido pintado para expressar a paz. O artista pintou as ondas do mar impetuoso batendo contra as rochas, retratando a força de uma tempestade violenta. A imagem não lembra a paz, ao contrário, demonstra uma grande guerra das forças da natureza. Mas se alguém observasse os detalhes do quadro veria, num cantinho juntos às rochas, que o pintor acrescentou uma passarinho em seu ninho, completamente alheio e despreocupado com a grande tempestade ao seu redor. Essa paz retratada no quadro é uma ilustração da paz real que somente Jesus pode produzir, mesmo quando vivemos em um mundo onde a tempestade esmagadora quer destruir tudo. Ele mesmo disse: "Paz seja com vocês" (João 20.26 c). O cristão possui essa paz que ultrapassa todo entendimento e que o mundo não pode oferecer, e com sua vida transmite esta paz aos outros.

Quem vive na paz de Cristo irradia paz ao seu redor!

E.A.G.

Fonte: Pão Diário, nº 12, 2008 - (Rádio Transmundial)