Por Eliseu Antonio Gomes
A foto mostra o apresentador de televisão Luciano Huck em ritual de umbanda, ao lado de oferendas e segurando uma garrafa de líquido espumante nas mãos. A imagem revela que o apresentador está na iminência de lançar flores e outros objetos nas águas do mar em dedicação à entidade Iemanjá.
A foto mostra o apresentador de televisão Luciano Huck em ritual de umbanda, ao lado de oferendas e segurando uma garrafa de líquido espumante nas mãos. A imagem revela que o apresentador está na iminência de lançar flores e outros objetos nas águas do mar em dedicação à entidade Iemanjá.
Sei que na condição de cidadãos, os umbandistas possuem o mesmo direito que os cristãos, isto é, a liberdade de culto. Meu objetivo não é comentar sobre o lado espiritual da cena. Não pretendo enfatizar neste momento minha crença cristã em Deus, e em Jesus Cristo como Deus e único Salvador dizer que o cristianismo é superior aos dogmas de umbandistas. Meu post aborda a perspectiva da Ecologia. Neste momento quero alertar para a questão do cuidado que todos devemos manter com nosso ecossistema, o dever de manter limpo o meio-ambiente. estou focando liturgias que agridem o planeta Terra.
Há quem acredite que para viver o cristianismo em santidade é preciso desligar o filtro do senso crítico, fazer de conta que não vê o que ocorre de errado diante de nossos olhos. Dizem: "devo cuidar apenas da minha vida, não podemos julgar ninguém, basta orar e quem estiver errando prestará sua conta com Deus". Pensar assim é um equívoco, além da oração é preciso abrir a boca e falar o que é necessário para que todos cheguem ao conhecimento ideal. Há momentos que devemos nos pronunciar. O próprio Jesus Cristo declarou: "Não julgueis segundo a aparência, mas, sim, julgai segundo a reta justiça" - João 7.24.
Amar não é silenciar, pois quem diz a verdade manifesta a justiça. Calar quase sempre é conveniente a quem se cala, mas o silêncio muitas vezes não convém ao próximo. O comportamento de quem emudece em tempo de um pertinente pronunciamento é a clássica posição de inércia, descrita na carta do apóstolo Tiago como pecado de omissão (Provérbios 12.17; Tiago 4.17).
Todo protesto é válido quando se consiste em denunciar determinada ação que destrói o estado natural de coisas que colaboram com o bem-estar coletivo. A rosa no jardim é uma flor e deve ser preservada se ali estiver. Mas a mesma rosa em uma horta, segundo a botânica, é considerada erva-daninha e precisa ser arrancada do solo!
O que dizer das oferendas deixadas no mar? Lanço meu protesto. O mar não deve ser poluído. Discordo do ritual de virada de ano, quando umbandistas vestem-se de branco e lançam objetos no mar. Isso degrada a vida de peixes e outras espécies de vida que existem nas águas oceânicas e consequentemente afetam negativamente o planeta em que vivemos.
O que dizer das oferendas postas nas esquinas de áreas urbanas às sextas-feiras por volta de meia-noite? Eu também deploro a ação de religiosos que deixam pratos de comida em encruzilhadas de ruas das nossas cidades, à mercê de ratos, propagadores de doenças. Essa liturgia sustenta pragas terríveis que jamais deveriam ser alimentadas, pois afetam a saúde pública, destrói a qualidade de vida da sociedade em que vivemos.
Enfim, vamos praticar religiosidade, mas sem esquecer de focar o meio-ambiente com carinho. As liturgias religiosas que agridem o meio-ambiente precisam ser observadas e receber intervenção de autoridades governamentais, visando o bem-estar da coletividade.
E.A.G.
Todo protesto é válido quando se consiste em denunciar determinada ação que destrói o estado natural de coisas que colaboram com o bem-estar coletivo. A rosa no jardim é uma flor e deve ser preservada se ali estiver. Mas a mesma rosa em uma horta, segundo a botânica, é considerada erva-daninha e precisa ser arrancada do solo!
O que dizer das oferendas deixadas no mar? Lanço meu protesto. O mar não deve ser poluído. Discordo do ritual de virada de ano, quando umbandistas vestem-se de branco e lançam objetos no mar. Isso degrada a vida de peixes e outras espécies de vida que existem nas águas oceânicas e consequentemente afetam negativamente o planeta em que vivemos.
O que dizer das oferendas postas nas esquinas de áreas urbanas às sextas-feiras por volta de meia-noite? Eu também deploro a ação de religiosos que deixam pratos de comida em encruzilhadas de ruas das nossas cidades, à mercê de ratos, propagadores de doenças. Essa liturgia sustenta pragas terríveis que jamais deveriam ser alimentadas, pois afetam a saúde pública, destrói a qualidade de vida da sociedade em que vivemos.
Enfim, vamos praticar religiosidade, mas sem esquecer de focar o meio-ambiente com carinho. As liturgias religiosas que agridem o meio-ambiente precisam ser observadas e receber intervenção de autoridades governamentais, visando o bem-estar da coletividade.
E.A.G.
11 comentários:
Parabéns pela abordagem, em uma época em que há uma preocupação com o ecologicamente correto.
Por associação, menciono que preocupa-me a poluição sonora causada por algumas igrejas. Por onde passo procuro conscientizar a igreja sobre essa prática.
Fraterno abraço
Paz de Cristo, prezado Eliseu!
Concordo com você. O cristão que preza, não deve ser omisso, ou seja, ver as coisas erradas e ficarem calados.
Devemos ser protestantes, não apenas no âmbito espiritual (denunciar o pecado), mas também no âmbito moral (denunciar todo tipo de erro e/ou corrupção) e no âmbito ecológico (denunciar a poluição à natureza etc.).
Cordialmente,
Marcos Brito Matos.
boa e necessária observação Eliseu!
grande oportunidade esse texto é, principalmente para a 'mídia parcial'(com poucas exceções)... ao lerem, podem acordar e começar a trabalhar IMPARCIALMENTE, em e sobre todos os fatos que estão atingindo, DESTRUINDO o planeta e, consequentemente, a sociedade...
e a religião que ensina tais ações? será orientada, educada a não 'executar' mais estes atos contra a natureza? a mídia vai falar ou não?
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"Lanço meu protesto. O mar não deve ser poluído. Discordo do ritual de virada de ano, quando umbandistas vestem-se de branco e lançam objetos no mar. Isso degrada a vida de peixes e outras espécies de vida que existem nas águas oceânicas e consequentemente afetam negativamente o planeta em que vivemos" [2]
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felicito seu texto!
Paz à vc e seu lar!
Concordo em gênero, número e grau. No entanto é uma questão que requer muita discussão, pois se trata de simbolismos muito representativos para os que praticam; poderia talvez haver um consenso na questão da harmonia ambiental como a liberação das flores, comidas e tudo que é orgânico porque perece facilmente; agora as estátuas, bebidas e garrafas, plásticos são outros quinhentos.
Bom assunto a ser abordado.
www.ezequiel-domingues.blogspot.com
Ezequiel Domingues dos Santos
Paz, meu amigo.
Concordo em gênero, número e grau contigo, mas gostaria de estender a crítica às igrejas evangélicas que ao arrepio da Lei se utilizam de seus sistemas sonoros de forma inconveniente, poluidora e insalubre (pra não dizer insana)...
É o que diz o último parágrafo:
"Enfim, vamos praticar religiosidade, mas sem esquecer de focar o meio-ambiente com carinho. As liturgias religiosas que agridem o meio-ambiente precisam ser observadas e receber intervenção de autoridades governamentais, visando o bem-estar da coletividade."
Abração!
Me sinto até constrangido, envergonhado como cristão ao ler esse tipo de texto. Digo isso com respaldo da prática de minha vida e espiritualidade, pois sou Biólogo e especialista em gestão ambiental, além de educador ambiental, além de ser membro do Coletivo Igrejas Ecocidadãs a nível nacional e estadual. trabalho há tempos com a temática ecológica sempre buscando contextualizar as coisas e linkar a fé cristã, não como discurso mas como liturgia viva, prática de amor a Deus e ao próximo. Tenho meu blog "Essa Novidade de Vida", cujo tema principal é a ecologia profunda, sou ativista e O que digo sobre o que vc escreveu é que na minha compreensão foi um texto cheio de pretexto. Pretexto de proselitismo, pois diz que não é uma crítica a religião de terceiros, mas usa do tema ecologia para nada mais que rebaixar a fé alheia. Se você não sabe os fiéis das religiões afro muitas vezes são mais sensíveis e conscientes de cuidados com o meio ambiente do que nós cristãos. Nós muitas vezes somos os primeiros a sujar, e os últimos a lutar pelos direitos coletivos, tais como a questão ambiental. Não quero dizer que concordo plenamente com introduzir elementos não naturais ao ambiente marinho, no entanto Nem mesmo o termo poluição talvez seja o termo mais correto para isso, nesse contexto de um indivíduo só. no entanto, a questão é que você foi muito infeliz em suas colocações. Se quisesse cuidar do meio ambiente mesmo não precisaria enfatizar a questão religiosa. Conforme bem colocaram acima em se tratando de liturgia somos grandes poluidores ambientais em se tratando do uso do som. O cristianismo puro e simples é ecológico, mas o que vemos hoje é um cristianismo em sua maioria de consumismo, pouição mentale ambiental, alienação, individualismo. Antes de qualquer crítica como essa, antes repense em nossos atos e assumamos os nossos pecados coletivos. Assim faziam os profetas do Antigo Testamento. Jesus usou esse mesmo discurso profético como os antigos profetas ao dizer: "Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão".
Lucas 6:42
abraços, e me perdoe se fui um pouco áspero, mas vou repetir a sua fala, irmão Eliseu, conforme vc escreveu: "Pensar assim é um equívoco, além da oração é preciso abrir a boca e falar o que é necessário para que todos cheguem ao conhecimento ideal. Há momentos que devemos nos pronunciar. O próprio Jesus Cristo declarou: "Não julgueis segundo a aparência, mas, sim, julgai segundo a reta justiça" - João 7.24
Viu como a palavra é lâmina de dois gumes?
Jorge Tonnera Jr.
www.jorge-novidadedevida.blogspot.com
Prezado Jorge.
Você, se apresentando como biólogo, exercendo a profissão de educador ambiental, é consciente que a inocente e bela flor cultivada no pomar é considerada erva-daninha porque está fora do seu lugar natural. Sabe que produtos de rituais da umbanda em alto-mar é lixo, comida facilitada para roedores provoca desequilíbrio na cadeia alimentar.
Então, não devemos fechar os olhos para essas coisas graves, elas acontecem frequentemente. Citar barulho de evangélicos ou recitar textos bíblicos sobre a lição da trave e argueiro não resolverá o problema. É preciso tomar atitudes proativas. O recital não limpará praias e mares, não exterminará a população de ratazanas.
Concordo com você quando diz que os cristãos evangélicos devem cuidar do meio-ambiente na questão do som, que há quem esteja equivocado e comete poluição sonora ao cultuar ao Senhor. Mas, usar este espaço para lembrar o equívoco de cristãos em nada suavizará ou consertará a situação de umbandistas, que lançam coisas degradantes ao mar (deverá acontecer outra vez nos litorais brasileiros na passagem de 2013 a 2014). Não mudará o hábito de expor a população à proliferação de pragas urbanas por espalhar pratos de comida em encruzilhadas das grandes cidades em noites de sextas-feiras.
Devo dizer "muito obrigado por compartilhar seus argumentos”, e sinta-se livre para retornar com réplica, se quiser. Não devo perdoá-lo porque não me sinto ofendido por você.
Fique na paz.
E.A.G.
Acho um exagero dizer que os rituais umbandistas (existe também o candomblé mas acho que você está incluindo ele na sua análise) poluem o oceano e o destrói (como disseram os outros comentaristas alegrinhos).
O lixo dos rituais é a nossa menor preocupação. Muito mais grave é a pesca predatória e os petroleiros que despejam milhões de toneladas de óleo no mar, acabando com espécies inteiras.
Seu post é sim proselitismo barato, porque você relativiza a sua fé: "Não pretendo dizer que minha crença cristã, em Deus e em Jesus Cristo como Deus e único Salvador é superior aos dogmas de umbandistas."
Covarde. Os covardes não herdarão o Reino. Ora: Jesus é sim o único Salvador da humanidade e pronto. A fé no Deus único é sim superior a toda espécie de crença que surgiu na face dessa terra, principalmente esse animismo barato que prende e oprime as pessoas e os força a se comportarem como animais em lugar de ser a imagem e semelhança do Cordeiro.
O que é preocupante é que ele fez esse "ritual" logo depois de receber em seu programa os "levitas" Ana Paula Valadão e "pegador" Luo, o que prova que esses "artistas" passam uma mensagem vazia. Esse último então, amarelou e disse que sua música é "teoricamente a palavra de Deus, Rap Evangelico mas também com CONTEÚDO SOCIAL muito POSITIVO"... assim fica dificil o cara sair da macumba e se converter. Gastaram mal o tempo e perderam uma alma.
Murilo.
O fato de existir outros problemas - a pesca predatória, óleo derramado ao mar, etc - não é motivo para ignorar o problema que eu apresento.
Não pretendo discutir sua opinião quanto ao fato de meu artigo ser proselitismo. Digo não, você que sim. Isto não é relevante, porque independente do que o artigo for, a poluição por meio de rituais afros continuam sujando as águas do mar e pratos de oferendas continuam alimentando ratos em áreas urbanas.
Sobre mim, você diz: "covarde". Ora, por qual motivo tanta hostilidade? Disse verdades aqui, sem medo algum das "macumbas" de quem quiser fazer uma "mandinga" contra mim! Que façam, porque desde já em nome de Jesus Cristo todas estão anuladas.
Abraço.
Georges.
A foto é registro de um momento anterior ao que você mencionou.
Abraço.
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