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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Ofertas milionárias: atos de amor e fé?

Casa doada: Vila Lucrécia - Cuiabá.
Foto: Gerson Oliveira - Correio do Estado
Recentemente, saiu uma nota em um determinado meio de comunicação secular, o jornalista relata que em 2010 uma senhora, 80 anos, doou para uma determinada igreja uma propriedade no valor de R$535 mil. A ofertante, não possui marido e nem filhos, e os sobrinhos reclamaram a decisão dela, tentando reverter a doação. A Polícia Civil instaurou inquérito contra a pastora, beneficiada.

A nota foi reproduzida em um portal cujo editorial é evangélico. E, uma leitora cristã comentou: "Isso é estelionato, o dia que o Ministério da justiça decidir intervir em favor do povo, esta prática se acabará, e muitos pastores serão presos e de forma merecida. Isso é persuasão, o famoso 171, que só engana os incautos.  Podemos chamar isto de doações?".

Na época da Igreja Primitiva, os crentes vendiam as suas herdades e depositavam os valores aos pés dos apóstolos. Isso é relatado como avivamento espiritual nas páginas do Novo Testamento (Atos 4.37).

Não conheço o histórico do profissonal que escreveu a matéria. É sabido que existem diversos jornalistas tendenciosos. Escrevem mais factóides do que fatos.

Da mesma maneira que contrata-se alguém para trabalhar, examinando o curriculum vitae, o leitor deve levantar o histórico do jornalista, antes de aceitar o trabalho dele como confiável. Por exemplo, a mídia está repleta de ateus, que militando ateísmo tendem a pesar nas palavras contra a religião em seus artigos. Matérias destes precisam sempre serem lidas trocando o ponto final pelo ponto de interrogação. 

O caso da senhora e sua casa doada está na esfera da “suspeita” contra a líder religiosa da igreja beneficiada, ou seja, em investigação. Penso que o laudo de sanidade mental seja o caminho mais claro para dar um fim justo ao imóvel. Se a doadora está sã, a casa é da igreja e não uma herança dos parentes de segundo grau.

É claro que não generalizo. Uma maçã podre não faz o pomar sem proveito. Existem pastores evangélicos maus e jornalistas ateus contribuindo com a divulgação da verdade no cotidiano da nossa sociedade, que goza de liberdade de culto. 

E.A.G. 

A defesa do indefensável

Na semana passada, me senti fustigado. A pressão era para tomar partido contra uma certa pessoa. Não ataquei-a e nem arvorei uma argumentação favorável. Para quem acusava, disse: Não fique apenas em suas palavras de acusação. Palavras são só palavras se com elas não houver a ação. Palavras sem práticas são palavras frívolas, exerça seu direito de cidadão e formule queixa no Ministério Público. O MP é uma autoridade constituída por Deus e investigará o caso.

Diante dessa imparcialidade, usaram a frase: Você faz a defesa do indefensável. Quando leio essa frase, vem em minha mente a pergunta: defender do quê e de quem? Respondi: que defesa é essa que dá a ideia de levar o MP para devassar a vida do acusado?

A justiça que me interessa é a de Deus. Quando eu ainda era adolescente, vi um vizinho com idade próxima da minha se perder no vício das drogas. Primeiro, passou a roubar os pais para alimentar seu vício, depois as casas da vizinhança, e em seguida passou a cometer assaltos. Numa tarde ensolarada do meio da semana, a polícia surgiu no bairro, quando o viciado viu a viatura começou a correr. Atiraram nele, que estava sem arma alguma, e o mesmo foi ao chão instantâneamente desacordado. Então, um soldado desceu do carro com um revórver e um rolo de fita adesiva nas mãos, fixou a arma no tornozelo dele, rolando várias vezes a fita branca envolta da arma e da perna. Prova forjada de resistência à prisão.
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"Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam" - Isaías 64.6.
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"Abstende-vos de toda a aparência do mal" - 1 Tessalonicenses 5.22.
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Pense naquela situação em que todas as provas levam a crer que alguém errou, mas o tal suspeito vira-se para você e diz "sou inocente". Como cristão, é o momento de lutar contra a sua carne, deter o pensamento negativo e caminhar impulsionado por 1 Co 13.5. Neste momento, é hora de amar!
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O cristão não deve ser guiado pela vista, mas pela fé em Cristo, que nos manda amar. Amando, devemos julgar segundo a reta justiça e nunca pelas aparências. Se vivemos em Cristo, vivemos debaixo da égide do amor, que não suspeita mal contra ninguém (1 Coríntios 13.5).

Não pratico partidarismo. Não tenho legenda na política. Não tenho um time de futebol predileto. Não lustro placas evangélicas denominacionais, não me converti a Jacó Arminio ou João Calvino. Não tenho um grupinho de pastores e pregadores preferidos dentro da igreja. Mas, vivendo de acordo com a égide do amor, "nunca me alegro com a injustiça" (1 Co 13.6).

A justiça da terra não é igual a justiça divina. A terrena quer punir ainda neste tempo presente; a do céu é misericordiosa e perdoa o "meliante" arrependido e que deixa os seus delitos. A justiça de terra, prende aquele que é julgado e as provas apontam que ele é culpado. A justiça de Deus inocenta o culpado que confessa a sua culpa.

O que é ser justo diante de Deus? Não é viver sem pecado, é viver justificado pelo sangue do Cordeiro. Sim, Jesus Cristo é o Advogado de todos nós, Ele defende os indefensáveis e transforma todos os culpados em inocentes.

Todos nós somos "meliantes" diante da face dAquele que tudo vê, mas se nos arrependemos de nossos "crimes", então, somos perdoados.

"Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós" - 1 João 1.8-10. 

Como é bom receber esse perdão! Vivemos na dispensação da lei da liberdade, a lei de Cristo, o Advogado que faz defesa de todos os indefensáveis. Mas, só tem direito de receber essa determinação da reta justiça quem usa a reta justiça em favor do próximo. Para receber perdão, é preciso considerar que o próximo é um pecador e perdoá-lo, agir com misericórdia.

"Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade. Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo. Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?" - Tiago 2.12-14.
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Vivamos conforme a justiça dAquele que faz defesa dos indefensáveis! Todos somos culpados, e só seremos perdoados se perdoarmos os indefensáveis que estão em nosso derredor.
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E.A.G.