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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Feliz foi Adão que não teve sogra

Por Jayme Kemp

Esta frase que aparece nos pára choques de alguns caminhões reflete um pouquinho daquilo que o homem pensa de sua sogra. Dou graças a Deus pela minha sogra. Ela é um "jóia". Não interfere de forma alguma em nosso relacionamento conjugal. Mas, o melhor de tudo é que ela mora há dez mil quilômetros de distância! Estou brincando é claro! Gosto muito dos meus sogros. Afinal de contas, me deral uma pessoa muito preciosa: a minha esposa.

Não tenho tido muitos problemas no relacionamento com meus sogros. Eles contribuem bastante para nossa vida conjugal, não somente na área financeira (cuja participação tem sido muito significativa), mas também nos encorajam, aconselham e execem influência positiva na vida de nossas filhas.

Estou consciente de que, para a maioria das pessoas, é muito difícil abordar o assunto sogros. Em muitas famílias esse tipo de relacionamento compõe-se num verdadeiro campo de batalha.

É preciso que, constantemente nos lembremos de que a família é invenção de Deus. Portanto, Ele tem a orientação exata para todos os relacionamentos familiares. Gênesis 2.24 é um versículo muito importante pois, nos dá as bases para a edificação da família. Isso é comprovado pelo fato de, séculos mais tarde, Jesus haver se referido a essa passagem quando falou sobre a família, em Mateus 19.4-5. O apóstolo Paulo em suas exortações sobre o casamento, em Efésios 5.22-33, também se referiu a este trecho. Os princípios eternos de Deus sobre a família são aplicáveis a qualquer época e cultura.

Em Gênesis 2.24, Deus dá uma "dica" importante para nosso relacionamento com os sogros. "Por isso deixa o homem pai e mãe...".

Deus disse que o homem e a mulher precisam deixar mãe e pai. É um "deixar" emocional . O homem assume uma nova função: passa a ser o marido de sua esposa. O mesmo acontece om a mulher que passa a ser a esposa de seu marido. Ambos "deixaram" seus pais no sentido de que assumiram uma nova função dentro da família. Portanto, para que este novo relacionamento entre os recém-casados possa ser desenvolvido normalmente, o cordão umbilical precisa ser cortado. Isto não significa que os filhos vão cortar o contato com seus pais, ou que, vão abandoná-los ou ignorá-los. Significa, porém, que os filhos vão se desligar emocionalmente da depência dos pais, que durante a vida deram segurança, proteção e apoio financeiro. Se este "deixar" não acontecer, o "unir-se", que significa cimentar, será prejudicado. Se esxiste um presente que os pais podem dar a seus filhos, no dia do casamento, esse presente é a libertação. Os filhos precisam saber disso. Portanto, é importante que os pais expressem esse compromisso verbalmente. Isto pode ser usado para cimentar o novo relacionamento.
 
Esse deixar é uma das responsabilidades mais difíceis para os pais. E não somente para os pais mas também para os filhos. Deixar mãe e pai pode ser uma das decisões mais difíceis e dolorosas de se tomar. De fato, em muitos casos, casais têm sido prejudicados em seu relacionamento porque os filhos nunca se desligaram emocionalmente de sua família.

Falando em se desligar dos pais, quero adicionar uma palavra. Seu marido é seu marido e não seu "pai". Sua esposa é sua esposa e não sua "mãe". Você pode achar que não tem importância usar estes termos para se dirigir a seu querido ou querida. Mas creio que isto é capaz de atrapalhar o sentimento de romantismo de um para com o outro. Você deixa pai e mãe, não se casa com eles.

Para ilustrar a importância disso, quero narrar a história de Roberto e Andréa. Recém-casados, Andréa estava certa tarde na cozinha preparando o jantar. Aí ela pensou: "Que farei para a sobremesa? Ah, já sei... pudim de caramelo!" Ela nunca havia feito pudim de caramelo, mas estava na hora de aprender. Abriu o livro de receitas e seguiu fielmente as instruções. Roberto chegou e os dois jantaram. Chegou, então, a hora da sobremesa. Com todo orgulho Com todo orgulho ela tirou da geladeira seu primeiro pudim de casamento e serviu ao marido com todo carinho. Ao dar a primeira colherada Roberto fez uma careta e disse:

- Querida, você precisa aprender a fazer pudim de caramelo igual ao da minha mãe!

Com isso, a recém-casada começou a chorar e aquele casal teve sua primeira briga porque o marido ainda não tinha se desligado emocionalmente de sua mamãezinha!

É importante que os pais planejem, de preferência antes do casamento, a melhor maneira de contribuir para o sucesso do novo lar.
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E.A.G.

Artigo publicado na revista Christian Life, 1995.
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Jayme Kemp é norte americano, proveniente da Califórnia, formado no Werstern Seminary, em Portland, Oregan, e na Universidade Biola, California, onde recebeu o doutorado em “Ministério da Família”. Casou-se em setembro de 1965 com Judith – palestrante, escritora e enfermeira - e ambos viram ao Brasil em 1967 como missinários da Sepal. Em 1998 Jayme Kemp fundou a Sociedade Religisosa Lar Cristão. É autor de vários artigos publicados em jornais e revistas e escritor de mais de 50 livros publicados. Em 2007, a Sociedade Bíblica do Brasil publicou a Bíblia da Família, com a coletânea de textos de Jayme e Judith Kemp.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

CATÁSTROFE EM PETRÓPOLIS, TERESÓPOLIS E NOVA FRIBURGO


Montanhas de Petrópolis by Claudio Brisiguello - Flickr

Políticas públicas equivocadas

As catástrofes das enchentes no Rio de Janeiro, em Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e cidades adjacentes já soma 541 mortes. Ela tem a ver com a urbanização à revelia de órgãos públicos; rios canalizados equivocadamente, impermeabilização do solo exageradamente, casas construídas em locais irregulares, falta de coletas do lixo e entulhos. As autoridades deveriam ser chamados às suas responsabilidades por causa da má administração e tantos descasos.

Vale lembrar o seguinte: o governo federal liberou R$ 780 milhões para os municípios atingidos pela catástrofe. E a verba de R$ 1 bilhão.para a reforma do estádio do Maracanã.

A dimensão do problema é bem maior do que dimensionamos

Não é só o Brasil que está afetado, e nem é só o Rio de Janeiro

Alguns dias atrás vimos na televisão neve caindo em excesso em Nova York, e, não lembro em qual país e cidade da Europa, havia sol quando no passado era tempo de cair neve.

Neste início de ano, o estado de São Paulo também tem sido grandemente castigado pelas chuvas. A população da capital tem passado por alagamentos, sofrido bastante.

O derretimento das geleiras

Pesquisei sistematicamente isso no final de 2010, por causa de um TCC sobre Meio Ambiente.

Por causa da pesquisa, penso que não é apenas por má administração pública que acontece enchentes. Existe o fator mudança climática, sendo o principal fato o Aquecimento Global, que provoca derretimento de geleiras. Elas são enormes, algumas em dimensão continental. Estão se diluindo dia a dia no Alasca, nos Andes, no Himalaia, em montanhas da África, no Kilimanjaro, e na Antártica. E isto provoca o aumento dos níveis de água nos mares.

Chove... Os rios levam a água pluviométrica aos mares e lá essas águas de chuva recebem assentamento em nível mais alto e com maior demora porque se encontram com as águas das geleiras. O nível dos mares estão mais altos por causa das águas das geleiras! Por causa disso vemos mais alagamentos que anos atrás, quando as geleiras estavam firmes, antes do derretimento.

Repito: isto não tira a responsabilidade das autoridades públicas, prefeitos, governadores e presidentes. Do Brasil e exterior. Eles precisam enfrentar o problema e viabilizar formas de driblar tudo isso.

A triste, trágica e singular história de Petrópolis

Infelizmente, nessa horrível catástrofe, que no momento da redação dessas linhas conta 43 mortes, podemos ver a razão do nome daquele município. Petrópolis significa "cidade das pedras".

As enxurradas dos temporais fizeram com que enormes pedras rolassem ladeira abaixo, algumas com dois metros de altura, e junto com a violência das águas derrubassem árvores, destruíssem pontes, passassem por cima de automóveis e casas, ceifassem vidas. E, mostrassem que haviam muitas residências construídas sobre rochas, cobertas por camadas de terras, que deslizaram empurradas pelas fortes infiltrações de águas.

E.A.G.