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segunda-feira, 1 de março de 2010

REFLETINDO SOBRE PROSPERIDADE E DINHEIRO

Observo pessoas usando a passagem bíblica sobre Lázaro e o rico, que encontramos em Lucas 16.31, com o objetivo de falar contra os pregadores evangélicos que ensinam sobre a riqueza e a pobreza. Estes críticos não demonstram aprofundamento nas Escrituras e nem aprofundamento sobre quem criticam.

É importante se posicionar contra todos os desvios doutrinários. Porém, de maneira completa. Tratar do tema indo do começo ao meio e o fim. Evitar que da manifestação surja interpretação errada daquilo que dissemos.

O resultado de manifestações superficiais é triste: quase sempre deixa pairado no ar a interrogação da ambiguidade. E por causa disso já ouvi quem relatasse que foi à igreja e voltou se sentindo pior do que quando entrou nela.

Sobre o dinheiro, é preciso esclarecer que não existe virtudes e nem defeitos nele.

Dinheiro é bênção quando é fruto do trabalho honesto

"E a todo o homem, a quem Deus deu riquezas e bens, e lhe deu poder para delas comer e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus" - Eclesiastes 5.19.

A prosperidade de Deus vem do trabalho.

Quando abrimos a Bíblia, logo no capítulo 1, vemos uma ação. Trabalho da criação! Deus trabalhando! Temos que ser imitadores de Deus e trabalhar também.

Mas, essa prosperidade bíblica não significa acúmulo de dinheiro. Há milionários que não são prósperos, pela perspectiva das Escrituras. São infelizes.

Não podemos amar ao dinheiro

"Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína" - 1ª Timóteo 5.9.


Aqui, neste versículo, está esclarecido que a condenação não recai sobre o fato de ser rico, mas se dirige contra a vontade de ser rico a qualquer custo, por todos os meios que aparecerem, seja por meio ilícito ou não, desonesto ou não, imoral ou não.

"Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores" - 1ª Timóteo 6.10.

Por amar ao dinheiro, os avarentos assaltam e roubam, mentem, prostituem-se. Com dinheiro e amando a Cristo, pessoas abastadas ajudam a manter missionários em campo, sobrevivem bem e ajuda aos necessitados.

E.A.G.
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O artigo está liberado para uso, desde que citadas autoria e fonte.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

O CRENTE OFERTANTE E DIZIMISTA PODE ADMINISTRAR O DINHEIRO DO DÍZIMO E DA OFERTA OU NÃO?

Não existe discrepância entre o que eu escrevo e o Novo Testamento. Tudo que eu afirmo está de acordo com as Escrituras.
Às vezes não lembramos ou ainda não conhecemos o conteúdo bíblico perfeitamente. Ou temos na mente conceitos arraigados, defendemos o que cremos ser o certo sem verificar se estamos ou não em acordo com as Escrituras.
Convém verificar com cuidado a apologia que adotamos.
Sobre a administração de ofertas e dízimos:
Lucas 20.24-25: Jesus se referindo ao dinheiro disse aos discípulos para que eles dessem a César o que era de César e a Deus o que era de Deus. Deus é Espírito, então, é fácil deduzir que o local da entrega desse valor é no templo. É de Deus e Ele é competente para administrar ou não?
Lucas 21.2-3: Jesus presenciou a viúva entregando dinheiro no templo, não criticou a mulher por fazer isso. Fez um elogio pela liberalidade dela.
Atos 6.1-7: Os apóstolos nomearam, com oração de imposição de mãos, a Estevão e mais seis homens, todos cheios do Espírito, para representá-los na ajuda humanitária aos crentes pobres. Isto é, os crentes entregavam ali e dali era decidido pela liderança da Igreja o destino do socorro.

É digno de nota que os apóstolos separaram para esta função apenas quem fosse cheio do Espírito Santo. Ou seja, esta tarefa não deve ser feita por qualquer irmão e irmã.

1ª Timóteo 5.1, 9-16: Paulo ensinou a Timóteo, pastor de uma igreja, que o socorro aos necessitados deveria ser enviado só aos crentes fiéis a Deus.
Conclusão:

O cristão comum não tem aval bíblico para administrar dízimos e ofertas. Ele precisa entregar o dinheiro no templo. Os líderes é quem são as pessoas investidas de autoridade para deliberar sobre o uso das finanças.

Isto posto, vemos que existem critérios bíblicos muito bem definidos para que sejam feitas as caridades na Igreja.

Deus é o Santo, e escolhe gente que deseja ser santo para entregar e gente que quer se ser santo para receber ajuda vinda do recolhimento de ofertas e dízimos, que também são santos.

E.A.G.
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Conteúdo liberado para uso, desde que citado autoria e fonte.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Verdades e equívocos sobre o dízimo antes, durante e depois da Lei de Moisés

Dízimos e ofertas são importantes

A igreja precisa deles para dar continuidade no trabalho da propagação do Evangelho. Não reconhecer isso é muito estranho, afinal, o dinheiro move tudo nesta vida. A denominação é uma instituição física, tem CNPJ, contas a pagar.

Exemplos errados quanto a administração do dinheiro se sobressaem sempre mais do que os exemplos bons. Percebemos isso nos casos de Judas e Matias. Talvez alguns nem saibam quem é Matias... Ele é o tesoureiro que substituiu Judas Iscariotes, e o primeiro tesoureiro da história da Igreja!

Exegese em Hebreus 7

1 - Quem era a tribo sem herança e sem salário na época de Moisés?

A tribo de Levi, composta de sacerdotes. Hoje nós somos os reis e sacerdotes. Então, quem assume posto de liderança, nos templos não estão errando em receber os dízimos. Conferir: Apocalipse 1.6; 5.10.

2 - Melquisedeque tinha pai e mãe definidos, que poderiam lhe alcançar herança?

Pais e filhos? As Escrituras não dizem nada a respeito da origem de Melquisedeque e nem sobre sua vida famililar. No Novo Testamento ele é apresentado como uma figura de Cristo, sendo descrito como o sacerdote do Deus Altíssimo (versículo 1).

Melquisedeque é a tipificação de Cristo. O capítulo 7 do livro Aos Hebreus nos mostra que Levi (representação dos sacerdotes da Lei) não pertencia à linhagem de Melquisedeque. Claramente temos a informação que Abraão dizimou para quem não tinha nada a ver com o código mosaico, o patriarca entregou o dízimo para a figura que representa Jesus Cristo.

Matias: o tesoureiro da Igreja Primitiva

Quase todos se lembram de Judas, e se esquecem de Matias, que deu a continuidade no trabalho de tesouraria.

Atos 1.21-26: "É necessário, pois, que, dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, começando desde o batismo de João até ao dia em que de entre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da sua ressurreição. E apresentaram dois: José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome o Justo, e Matias. E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido, para que tome parte neste ministério e apostolado, de que Judas se desviou, para ir para o seu próprio lugar. E, lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias. E por voto comum foi contado com os onze apóstolos".

Quem quiser reter seu dinheiro e não ofertar, que não colabore. Não existe obrigação para isso. Mas, saiba, nós só trocamos dinheiro por serviços e coisas que reconhecemos terem valor.

Eu valorizo o Evangelho. Quero vê-lo sendo anunciado. E você?

É obrigatório entregar o dízimo?

Jesus aboliu a Lei de Moisés, e com ela a necessidade de rituais forçados. Mas, é necessário lembrar que o dízimo não pertencia à Lei, apenas foi incorporado nela. Dizimar era um ato que existia antes da Lei, se manteve enquanto a Lei existiu.

Não existe depois? Onde está escrito isso na Bíblia? Em lugar algum.

Sabemos da biografia de Abraão e de Jacó. Sabemos que Abraão viveu antes da Lei e é declarado pelo apóstolo Paulo no Novo Testamento, na Nova Aliança, agora no Tempo da Graça, que Abrãao é o Pai na fé de circuncisos e incircuncisos, de judeus e gentios. Conferir: Gênesis 14.17-20; Romanos 4.12,16.

Com isso, não entendo que dizimar seja um ato de obrigação como aconteceu no tempo da Lei. Não entendo que os pastores que obrigam membros a dizimar, estejam sendo corretos, não concordo com a ação deles.

E também não concordo com quem diga ser errado dizimar na Dispensação da Graça. Acredito que qualquer cristão pode seguir o exemplo de Abraão e dizimar voluntariamente, creio porque não vejo impedimento bíblico para quem faz isso. Não existe base bíblica para afirmar isso. Só o que podemos afirmar com certeza, porque temos referências bíblicas devidamente contextualizadas, é que a obrigatoriedade de dizimar não existe mais. O ato é de fé, não é por obrigação, como era no tempo da Lei de Moisés.

Para mim é como ocorreu com Abraão. Ele entregou o dízimo num ato voluntário. Acredito que qualquer cristão pode seguir o exemplo desse patriarca, creio porque não vejo impedimento bíblico para quem faz isso. Todo cristão que se propõe a ser dizimista deve agir conscientemente assim. Ele precisa entender sua condição de liberdade e fazer a entrega com alegria e por amor a Cristo, sem constrangimento algum.

Dar dízimo em dinheiro é ato bíblico

Quem é contra os dízimos dizem que ele era apenas de produtos da agricultura e da pecuária. Esta informação é errada! Dava-se dinheiro também!

O cristão que entrega o dízimo deve fazer isso com o espírito da graça, com voluntariedade e em amor a Deus, não deve ser constrangido ou como ato de sacrifício

Hoje, o que mais se informa sobre os dízimos, é que durante a Lei eles foram entregues em ofertas de grãos e de animais. Talvez isso ocorra porque Malaquias 3.8-10 seja o texto mais recitado da Bíblia, muito mais que João 3.16! Mas, haviam entregas em espécies também, em dinheiro. E isso era feito segundo a
vontade dos dizimista!

O texto bíblico que esclarece isso é Levíticos 27.31,33: "Se alguém, das suas dízimas, quiser resgatar alguma coisa, acrescentará a sua quinta parte sobre ela. (...) Não se investigará se é bom ou mau, nem o trocará; mas, se dalgum modo o trocar, um e outro serão santos; não serão resgatados. São estes os mandamentos que o SENHOR ordenou a Moisés, para os filhos de Israel, no monte Sinai".

Resgatar: pagar certa quantia.

E.A.G.

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Texto revisado em 27/02/10 - 19h53.