Não é errado julgar, mas existem formas erradas e certas de fazer julgamentos. É necessário aprender a fórmula que Jesus ensinou, para não ser considerado injusto no Dia do Julgamento Final.
Você gosta de julgar? É preciso saber julgar e ao mesmo tempo continuar amando o próximo como a você mesmo. Muito cuidado, “o que semeia a injustiça (planta julgamentos errados) segará males, e a vara da sua indignação falhará” (Provérbios 22.8).
O julgamento que Deus aprova é o julgamento justo. Para julgar é necessário apreciar a retidão, integridade, a honestidade, ser temente a Deus e usar o pensamento do alto e não pensamento aqui da terra (Isaias 55.8-9; Tiago 3.13-18).
• JULGAMENTO SEM AMOR AO PRÓXIMO É JULGAMENTO DESAGRADÁVEL A DEUS
O que Deus quer de você? “Misericódia quero” (Oséias 6.6). “Sede pois misericordiosos” (Lucas 6.36).
A misericórdia é equivalente a benignidade, uma das nove caractísticas do fruto do Espírito (Gálatas 5.22-23).
O que Deus fará com quem Ele não encontrar misericórdia? “O juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo” - Tiago 2.13.
“Pela misericórdia e pela verdade se purifica a iniquidade, e pelo temor do Senhor os homens se desviam do mal” - Provérbios 16.6.
• JULGAMENTO SEGUNDO A APARÊNCIA É DESAGRADÁVEL A DEUS
Não se deve fazer julgamentos guiados pela aparência. Nem tudo que parece é. Agir pelo que vemos é agir na contramão da fé. “A fé é o firme fundamento das coisas que se espera e prova das coisas que se não vê” - Hebreus 11.1.
Só Deus tem acesso aos segredos do coração humano e pode fazer julgamentos justos – Romanos 2.16. Então, nós que não podemos ver o interior do coração de ninguém, pecamos ao querer descrever as intenções do nosso próximo.
Jesus disse aos judeus: “Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça” - João 7.24. Ele nunca condenou o julgamento, apenas os julgamentos feitos sem a apreciação da reta justiça.
A frase registrada por João (7.24) foi dita num momento em que os judeus procuravam matá-lo, porque Jesus se identificava como o Messias. Diziam os judeus: sabemos a sua origem, quando o verdadeiro Messias vier, ninguém saberá de onde ele veio. O erro dos judeus era fazer o julgamento segundo o que viram. Eles conheceram o Jesus galileu, o Jesus marceneiro... E guiados pela vista e pelas tradições das sinagogas se esqueceram das Escrituras Sagradas. Os judeus seguiam as tradições religiosas, e a visão natural (aparência), e por se basear nelas foram injustos com Jesus. Este é o contexto do capítulo 7 do Evangelho de João.
Julgar segundo a reta justiça é julgar negando-se a si mesmo. Quando julgamos é necessário colocar a Palavra de Deus acima de tudo. Acima dos nossos próprios conceitos; acima das nossas preferências pessoais; acima das nossas opiniões e costumes.
A reta justiça é a justiça de Deus, e só a encontramos lendo as Escrituras Sagradas, e só a exercemos quando colocamos a Palavra de Deus em prática - mesmo que fique contra nossos próprios interesses! Ao usá-la, contra ou a favor de algo ou alguém, é preciso ser totalmente imparcial e agir com misericórdia.
• JULGAMENTO MOTIVADO PELA RAIVA OU SENTIMENTO DE VINGANÇA NÃO SÃO AGRADÁVEIS A DEUS
Não se faz justiça quando o motivador do julgamento é a ira. Tiago escreveu assim em sua carta: “a ira do homem não produz a justiça de Deus" (1.20). E em Proverbios 15.1 aprendemos que as palavras duras não produzem a justiça de Deus, apenas a ira, que é uma ação carnal, e não espiritual.
Temos que seguir os preceitos do Senhor, mas nem sempre é assim que acontece. Encontramos irmãos que se espelham e imitam o profeta Elias naquele episódio contra os profetas de Baal e outras coisas que outros personagens da Bíblia fizeram. Outros querem imitar João Batista, outros, imitam o apóstolo Paulo... O correto é olhar e seguir a Jesus e não homens pecadores. Todos esses homens pecaram! Examinando as Escrituras Sagradas enxergamos muitos pecados em todos eles! Só Cristo não pecou! Então sigamos os exemplos só dEle!
As Escrituras Sagradas são cristocêntricas. Nós cristãos, que as reconhecemos como regra de fé e conduta, devemos ser também.
E.A.G.