"Tirai os deuses estranhos que há no meio de vós"
Gênesis 35.2
Apologetas cristãos. Creio que sejam pessoas sinceras. Creio que elas acreditam nas coisas que afirmam, pensam que estão sendo justas mas, algumas delas, estão equivocadas quanto ao modo de agir.
Desde a década de 1990 alguns preletores e escritores, da linha tradicional e pentecostal, no afã de praticar apologia cristã, têm "descrito" com muita firmeza o interior dos corações alheios. Quase sempre as vítimas dessas críticas são os irmãos neopentecostais.
Os “apologetas” agem como se conhecessem todos os cantores e pregadores neopentecostais, de todos os cantos do Brasil e do mundo em todas as épocas da existência humana. Eles agem como se tivessem a especialidade de formular críticas certeiras, como se fossem pessoas todas-poderosas. Sem pensar, fazem acusações contra os cantores e pregadores neopentecostais dizendo que os tais sempre agem objetivando apenas o lucro alto e buscando adoração pessoal. Contra os cristãos que os admiram, eles os acusam de praticar idolatrias, dizem que idolatram os pregadores e cantores neopentecostais.
Nós sabemos que os atributos de onisciência e onipresença pertencem só a Deus.
Os apologetas afirmam que agem assim usando discernimento. Discernimento? Onde existe discernimento em se apresentar como conhecedor dos corações desconhecidos? Falar de pessoas que nunca viu como se as conhecesse? Esse comportamento não se chama discernimento. Consultemos os dicionários no verbete preconceito. Isso se chama preconceito!
Como um crente pode dizer que outros crentes estão idolatrando cantores evangélicos se nunca os viu na vida, nunca conversou com eles? Será que os crentes, alvos da acusação de serem idólatras, não estão apenas buscando e adorando a Deus por intermédio das pregações e dos louvores que ouvem?
Deus falou fortemente em meu coração sobre a situação de quem se coloca como se fosse portador de onisciência e onipresença: é pecado agir assim! Expressar-se como se tivesse atributos divinos, julgando pessoas desconhecidas, é um grande pecado que virou modismo no meio evangélico tradicional e pentecostal. Alguns pregadores têm usado púlpitos e escrito livros se comportando como deuses! E quem os têm reverenciado como se eles dissessem /escrevessem verdades, reverenciado a forma como agem contra seus semelhantes, os está recebendo como deuses!
Com neutralidade cito dois exemplos:
Quem pode sondar os corações da vocalista do Diante do Trono? Quem pode vê-la se dobra, ou não, seus joelhos e dá glórias ao Senhor atrás da porta do seu quarto fechado à chave? Deus ou o homem? Ela é vítima dos "apologetas"...
Quem pode sondar os corações dos vocalistas do conjunto Voz da Verdade? Quem pode vê-los se dobram seus joelhos, ou não, e dão glórias ao Senhor atrás das portas do seus quartos, fechado à chave? Deus ou os homens? Eles são vítimas dos "apologetas"...
Quem pode sondar os corações de quem ouve o Diante do Trono e o Voz da Verdade? Quem pode ver se esses crentes dobram seus joelhos, ou não, na intimidade das suas vidas e rendem glórias a Deus? É o Todo-Poderoso ou os homens? Eles são vítimas dos "apologetas"...
Oremos uns pelos outros!
É óbvio e ululante: todos nós, por mais consagrados que sejamos temos nossas mentes limitadas; nenhum ser humano possui a capacidade de julgar o coração alheio, ainda mais os corações de crentes desconhecidos. Não é possível saber o que se passa dentro do coração das outras pessoas. Nós seres humanos ocupamos um espaço físico por vez. Quem adota o modismo de se comportar como um deus peca, afinal, até quando presenciamos alguns fatos corremos o risco de o relatar de forma errada!
Atualizado em 20 de outubro de 2021. Troca de imagem e tipo e cor da fonte.