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sexta-feira, 29 de julho de 2016

A evangelização urbana e suas estratégias

Por Eliseu Antonio Gomes

"Ora, tendo acabado Jesus de dar estas instruções a seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles" - Mateus 11.1.

A palavra "cidade" origina-se do vocábulo grego "polis". E dessa provém o nome que emprestamos  ao ofício política - que deveria sempre promover o bem comum de toda a sociedade, mas nem sempre é assim. Embora "política" seja  a arte e a ciência de governar, muitas vezes, ela não parece nem humana, nem exata e muito menos bonita. E por este motivo, os cristãos precisam incluir no exercício da política gente que a exerça tendo em seu coração virtudes indispensáveis, que são: amor a Deus e ao próximo, moral irrefutável e comprovada vocação para administrar a coisa pública.

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quinta-feira, 28 de julho de 2016

Relações interpessoais em conflito na vida do cristão


"Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor"
 1 João 4.7-8

Hoje, eu me deparei com um desabafo de uma pessoa amiga no Facebook. Ela é cristã e está vivendo uma situação de interesses incompatíveis com um grupo de pessoas não evangélicas. A circunstância é bastante comum e sendo assim, para que haja aprendizado, penso ser interessante compartilhar este fato, porém, preservando os nomes de envolvidos.

"Não vou insistir em certas coisas que sei que não vão ser mais as mesmas. infelizmente as pessoas crescem, mudam, traem e deixam morrer aquele amor inocente, usam desculpas para serem frias e irreverentes. Para mim, nada justifica a ausência. Acho que já sofri demais nesse âmbito. Eu não consigo enxergar motivos que justifiquem o desprezo em qualquer tipo de amor. Porcelana quebrada não se refaz, e mesmo que consertasse jamais seria igual! (...) Então se não for pra ser como antes, para que tentar?' (...) 'Eu sou humana primeiramente, e tenho direito a ter meus sentimentos. e certos sentimentos quando não são recíprocos, não vale apena insistir." 

Irmã A.,

Você tem razão, os dias passam, as pessoas crescem e mudam. Num dia são crianças e algumas com o passar do tempo tornam-se apenas grandes. Sim, digo “grandes” porque algumas crescem sem amadurecer, sem tomar atitudes de gente adulta. Eu acredito que você está no processo de amadurecimento e amadurecerá completamente.

Vou parafrasear o apóstolo João, no primeiro capítulo da primeira carta: você já sabe o que vou dizer, e porque sabe quero relembrar contigo, com a intenção que preserve a comunhão com Deus e assim a sua alegria em Cristo seja sempre completa.

Desculpas para deixar de amar? Nem Deus aceita esta tipo de evasiva ou justificativa. A ordem é amar até os inimigos!

Desprezar e ser frio? São muitas pessoas que passam por essas fases de relacionamentos difíceis. Quem é alvo de atitudes assim, sendo cristão de verdade, deve encarar a situação como oportunidade de amar mais! Sim, amar como um cristão amadurecido! Amar como Jesus Cristo amou a todos nós, que somos pecadores.

Os momentos conflitantes são momentos de irar sem pecar. Ser guiado pela raiva é o mesmo que se permitir regredir, se deixar diminuir porque está autorizando a própria destruição. Colhemos só aquilo que plantamos, a semeadura de ações raivosas nunca terá como consequência a sega do abraço do Pai celestial (Gálatas 6.7-8). Então, nunca deixe de amar, ame quem te ama e ame quem não tem capacidade de demonstrar reciprocidade de sentimento.

Como manifestar amor nesta situação crítica? Coloque-se no lugar do outro que está vivendo o período do amor frio, analise se a pessoa precisa de tempo para pensar e reagir à frieza que invadiu o coração dela; não deixe de orar para que Deus ajude-a a viver como alguém amadurecido. Ao manifestar seu amor, não pense que deverá humilhar-se para está pessoa de coração frio, humilhe-se somente diante de Deus em momentos de oração e dessa maneira será exaltada (1 Pedro 5.6). Leia a Bíblia e pense em agir conforme a Bíblia recomenda (Salmos 119.105).

A raiz de todos os males está naquele que Deus expulsou lá do céu! Ele pecou no início, induziu Adão e Eva a pecarem e tenta nos persuadir a pecar também. Deus é amor e a fonte de amor, portanto, jamais pratica o mal, não responde ao mal com o mal, ao contrário, responde com o bem, sempre age benignamente (Romanos 13.10; 1 Coríntios 13.4).

Nestes momentos que recebemos essas atitudes de indiferenças, falo por experiência própria, a tendência é querer agir segundo a concupiscência da carne, revidar com a mesma moeda. Então, precisamos nos lembrar de que Deus é justo e não permite que nós recebamos tentação além do nosso limite. E sendo assim, devemos lembrar que, mesmo sendo um momento tão absurdo, podemos escolher continuar a viver segundo o Espírito. E se rejeitamos a carne e escolhemos viver conforme o Espírito, demonstramos para nós mesmo e para Deus que realmente o amamos, porque quem ama o próximo também ama a Deus de verdade!

Ame, irmã A.. Conserve o entusiasmo em relação à fé em Cristo.

Torço por sua felicidade!

Seu irmão em Cristo,

Eliseu.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Empatia espiritual: mandamento de Cristo


Não é sempre fácil colocar-se na posição do outro, porém, é uma ação necessária para que possamos entender e atender quem necessita da nossa mão amiga.

Exercite sua mente. Por determinado tempo, faça esforço mental, pense viver a mesma situação daquela pessoa que tem fome, sente sede, está com medo, demonstra fraqueza, e, às vezes, até parece ser alguém que nunca desejará conviver com você. Após a mentalização, ore para que Deus torne você um ser humano mais sábio nesta questão de intervir de maneira certa e positiva na vida de quem necessita de ajuda.

Tente olhar as situações problemáticas pelo ângulo de visão de quem está sofrendo. Mesmo que este sofrimento, ao nosso modo de encará-lo, é um obstáculo extremamente pequeno. Um transtorno na área de saúde; um contratempo de ordem financeira; um embaraço no campo das relações interpessoais... Uma inconveniente atrapalhação espiritual.

Exercitemos o cérebro, todos nós juntos. Queiramos abraçar a nobre tarefa de nos identificar com o próximo, pois foi exatamente isso que Jesus Cristo fez ao estar na cruz em nosso lugar. Ora, somos discípulos de Cristo, o que se espera de quem segue o Filho do Altíssimo é que o imite. Assim como Paulo imitava Jesus, imitemos ao Salvador também (1 Coríntios 11.1).

Precisamos ter o coração pulsando no mesmo ritmo de todos os nossos semelhantes, porque o mandamento que recebemos do Senhor é que possuamos empatia pelas pessoas de nossos círculos sociais, gente que vive na geração em que vivemos.

Jesus pronunciou a seguinte ordem aos cristãos: "Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" - João 13.34-35.

Vale a ênfase: "Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" - João 13.35.

A prova cabal de amar a Deus é praticar o bem em favor do próximo.

Amar a Deus, assim como dizer que tem fé nEle, implica em ações efetivas, não apenas discursos. Assim como ter fé sem ação é ter fé morta, a declaração de amor ao Senhor sem ações coerentes são apenas falas inconsistentes. Amar de verdade a Deus implica em fazer o bem. O crente que ama a Deus realmente - e demonstra adorá-lo cantando ou com outras expressões - deve fazer o bem ao próximo e sempre evitar qualquer espécie de prejuízo. Medite: o amor não faz o mal, é benigno (Romanos 13.10; 1 Corintios 13.4).

E.A.G.

sábado, 23 de julho de 2016

O trabalho e atributo do ganhador de almas

EBD - terceiro trimestre de 2016 - CPAD. O Desafio da evangelizacão. Obedecendo ao ide do Senhor de levar as Boas Novas a toda criatura. Comentarista: Claudionor de Andrade. Lição 4: O trabalho e atributo do granhador de almas.
Por Eliseu Antonio Gomes

A palavra "evangelista" provém do vocábulo grego "euaggelistes", e significa aquele que traz boas-novas.  O termo era usado no período da Grécia Clássica, para designar a pessoa incumbida de comunicar uma notícia agradável. A partir da fundação da Igreja de Cristo, no Pentecostes, a palavra passou a designar aquele que proclama o Evangelho. O evangelista é chamado e vocacionado para ganhar almas.

A palavra "evangelista" é composta por dois vocábulos gregos: "eu" (bom); e, "ággelos" (anjo ou mensageiro). A etimologia do termo leva-nos a concluir que o evangelista é o "anjo / mensageiro do bem". Eis o porque no Apocalipse, os responsáveis pela igreja na Ásia Menor foram assim nomeados pelo Senhor.

Os atributos do evangelista, são:
• amor às almas;
• ser chamado por Deus;
• conhecimento da Palavra de Deus;
• fé;
• espiritualidade plena;
• disponibilidade;
• perseverança.
No Antigo Testamento, o ministério que se aproxima ao do evangelista neotestamentário é o de Profeta. A palavra hebraica que aparece em Isaías 40.9 e 52.7 traz a ideia de "mensageiro" e "pregador". O ministério profético neotestamentário tinha o objetivo de convencer o rei e o povo de seus pecados, arrependerem-se, e voltar a andar segundo a vontade de Deus, tal qual a objetivo da evangelização nos dias atuais.

O trabalho de evangelista é um precioso dom de Cristo à Igreja, é a capacitação espiritual dada aos obreiros, a vocação dada por Deus através do Espírito Santo, e confiado à Igreja por Cristo, visando à proclamação extraordinária das Boas-Novas da salvação. Sem o ministério da proclamação, o Evangelho teria morrido em Jerusalém.

O dom de evangelista é um dom ministerial, outorgado à Igreja pelo Espírito Santo. Na Carta aos Efésios, capítulo 4, versículo 11, o apóstolo Paulo apresenta o dom de evangelista como sendo o segundo dom ministerial em importância. Os que recebem este dom são impulsionados pelo Espírito Santo a proclamar a mensagem do Evangelho, que reúne em si a oferta e o poder da salvação (Romanos 1.16). Entretanto, todo crente tem como tarefa suprema evangelizar e ganhar almas para Cristo.

Por intermédio de obreiros como Filipe, a mensagem da cruz ultrapassou a fronteira da Judeia. Em Atos 8, encontramos o relato da atuação de Filipe em Cesareia, Gaza, Azoto e Samaria. E de Samaria, as Boas-Novas não demoraram a alcançar os confins da Terra. Filipe claramente retrata o papel do bom evangelista. O livro de Atos nos conta que ele, junto com Estevão, foi um dos sete diáconos mais importantes nomeados originalmente para cuidar das viúvas (6.1-6); era morador de Cesareia, era pai de quatro filhas virgens que profetizavam na Igreja Primitiva (Atos 21.8-9). Durante a perseguição promovida por Saulo de Tarso, foi forçado a mudar-se com a família para Samaria (8.5). E, através de Filipe toda a Samaria foi evangelizada (8.4-7). O livro de Atos também narra que Filipe, guiado pelo anjo do Senhor, foi ao caminho de Gaza e Jerusalém e ali encontrou o eunuco e mordomo-mor da rainha dos etíopes, Candance; o etíope lia a Escritura no livro de Isaías, mas não entendia a leitura; Filipe, percebendo a inabilidade do etíope, passou a explicar o texto sagrado, e assim aquele homem teve um encontro com Cristo (8.26-40).

O Arauto do Reino de Deus, o portador das Boas-Novas, vivendo neste mundo em que a sociedade está dominada pelas ideias e cosmovisões que afrontam o propósito do Altíssimo para a humanidade, ama o pecador e não economiza esforços para alcançá-la em todas as esferas da sua existência. Amar: esta é a palavra-chave do autêntico evangelista de Cristo!

O ministério evangelístico não se limita a uma escolha pessoal; firma-se em uma intimação do próprio Cristo. Devemos evangelizar não porque seja agradável, fácil, ou porque podemos ter sucesso, mas porque Jesus nos chamou.

O evangelista consciente de seu ministério não se limita a evangelizar baseado na itinerância. O deslocamento do evangelista contemporâneo se dá no sentido de encontrar não-crentes, os que não conhecem o Evangelho. Ele vai de pessoa a pessoa, casa a casa, rua a rua, comunidade em comunidade. Ele vai a lugares que ninguém vai, e apresenta o plano da salvação em lugares onde Cristo nunca foi anunciado. Além disso, realiza a apologia da fé cristã e integra o novo-convertido ao meio social da congregação.

E.A.G.

Compilações:
Ensinador Cristão, página 38; ano 17, nº 67, julho-setembro de 2016, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Lições Bíblicas - O Desafio da Evangelização: obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura - Professor - Claudionor de Andrade, páginas 27-29, 31; 3º trimestre de 2016, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
O Desafio da Evangelização - Obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura; Claudionor Gonçalves; páginas 39 e 40; 1ª edição 2016; Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).