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Arquivo | 14 anos de postagens

sábado, 15 de dezembro de 2012

Pastor Walter Brunelli na RedeTV


O Pr. Walter Brunelli é líder da Assembleia de Deus Bereana, rua Joaquim Távora, nº 1.403, na Vila Mariana. - SP. Ele já possui em seu currículo ministerial as transmissões de televisão, acostumei a acompanhá-lo durante o meio de semana na Rede Gospel.

Foi uma grata surpresa encontrá-lo na Rede TV!, no sábado anterior e uma satisfação assisti-lo hoje, 15 de Dezembro, quando comentou sobre a previsão maia sobre o fim do mundo. Seu programa precede ao da Igreja Presbiteriana e antecede ao de Silas Malafaia.

Considero Brunelli um dos pregadores mais bem preparados à exposição da Palavra de Deus no Brasil.

Artigo paralelo: Parada Gay afronta paulistanos heterossexuais

E.A.G.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Potifar, o eunuco egípcio

José e a esposa infiel de Potifar
Depois de uma troca de postagens no chat da comunidade UBE Blogs, houve a curiosidade e senti vontade de pesquisar sobre quem era de fato Potifar.

Eu já estudei o tema antes e me lembrava que Potifar era retratado como eunuco. Mas, um participante do bate-papo disse-me que havia lido um estudo bíblico que concluía que Potifar não era eunuco. Então, veio em mente escrever sobre o tema e postar neste blog. E fiz isso.

Nos idiomas hebraico e aramaico, o substantivo masculino “eunuco” é “saris” e está inserido como palavra estrangeira na língua hebraica, usado junto com a ideia de castrar. O termo é de origem assíria. Ao pé da letra, é interpretado como “na cabeça”, isto é, o chefe, um administrador. Uma antiga tradução siríaca da Bíblia, traduziu o vocábulo como “pessoa de confiança”.

Cogita-se que a razão para essa confiança especial que os eunucos gozavam era porque não tinham a possibilidade de gerar filhos, sendo inférteis e sem capacidade de atividade sexual, não havia motivação para agir de maneira corrupta e nem tentar derrubar governos a fim de beneficiar a família em posições políticas de destaque social.

Normalmente, uma pessoa descrita como "eunuco" era um homem deliberadamente castrado em idade jovem. Não era costume que pessoas nascidas com defeitos físicos nos testículos, problemas congênitos, fossem considerados “eunucos”.

No Antigo Testamento “saris” é traduzido como camareiro treze vezes (2 Reis 23.11;. Ester 1.10-15; 2.3, 14, 15,.21; 4.4-5; 6.2, 14; 7:9) . E eunuco dezessete vezes (2 Reis 9:32;. 20:18;. Isaías 39.7; 56.3-4; Jeremias 29.2: 34.19; 38.7; 41.16; 52.25;. Daniel 1.3-18).

Ver Gênesis 39:1; 40:2, 7; 1 Samuel 8:15;. 1 Reis 22:9;. 2 Reis 8.6; 24.12-15; 25.19;. 1 Crônicas 28.1, 2 Crônicas. 18.8.  

Os eunucos / saris desempenharam papéis importantes na história antiga, nas sociedades chinesa, romana, bizantina, dos impérios otomanos. Eram assessores de alto escalão, ministros de Estado, funcionários que cumpriam papéis burocráticos. Muitos eram encarregados dos aposentos de rainhas e de haréns de reis. Na Europa, meninos eram castrados para que pudessem crescer mantendo a voz estridente e de grande alcance vocal – estes eram conhecidos como “castrati”.

“E os midianitas venderam-no no Egito a Potifar, oficial de Faraó, capitão da guarda” - Gênesis 37.36.

Praticamente, todos os cristãos conhecem a história de José e o episódio em que é comprado como escravo e vai trabalhar para Potifar e nesta ocasião é assediado sexualmente pela esposa dele e injustamente preso.

Abri diversas traduções bíblicas em português em Gênesis 37.36 e 39.1. Nelas, o termo "saris" está vertido como "eunuco" apenas na João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Corrigida - na grafia simplificada, 44ª impressão, de 1980, da Imprensa Bíblica do Brasil. Tal versão oferece nota de rodapé, esclarecendo que o "eunuco" do texto era um oficial. Observação: a 54ª impressão, edição de 1982 da mesma editora, é similar. 

Encontramos no relato de Gênesis, capítulo 39, versículo 1 ao 9, o oficial Potifar, eunuco não no sentido literal, pois era homem casado e portanto podemos considerar que não tivesse sua genitália mutilada. Hoje em dia os historiadores estão inclinados a declarar que, fisiologicamente, Potifar não poderia ser considerado como um eunuco. Entretanto, apesar do casamento, há quem cogite que a insistência da esposa de Potifar em tentar um ato de infidelidade conjugal com José, aconteceu porque ele não tivesse capacidade de manter conjunção carnal.

Nem todos os “eunucos” eram castrados, ao menos no Egito. A sociedade egípcia parece ter sentido repugnância ao ato de extrair órgãos do corpo humano.

Segundo historiadores, não há documentos faraônicos indicando que eles ocupassem postos predominantes nos palácios, como guardiões de haréns e escritórios administrativos e conselheiros de monarcas. Não existe nada parecido no Egito com o que havia na Mesopotâmia em relação aos eunucos.

No Egito, existia o uso da atribuição apenas para designar os altos funcionários da corte de faraó. A presença comum nos tempos antigos de homens castrados nas cortes reais mesopotâmicas deve ser o motivo da palavra “eunuco” ter sido difundida de maneira generalizada para pessoas não castradas que exerciam funções importantes junto ao faraó. Ou seja, havia a atribuição apenas para designar os altos funcionários da corte de faraó e Potifar era uma dessas autoridades com o título “eunuco” sem ser mutilado.

Eunuco no Novo Testamento

"Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos, por causa do reino dos céus. Quem pode receber isto, receba-o.” – Mateus 19.12.

A palavra usada no idioma grego, nas páginas do Novo Testamento é "eunouchos", da qual temos a nossa palavra eunuco. "Eunouchos" é a junção de eune (cama) e echein (para segurar). A maioria dos estudiosos explica que o termo significa "aquele que guarda a cama." Mas Jesus não teria usado a palavra grega no texto de Mateus 19.12, uma vez que Ele conversava em hebraico.


E.A.G. 

Consultas:
http://wiki.answers.com/Q/Was_Potiphar_a_eunuch
http://wiki.answers.com/Q/How_are_eunuch_born
http://bible.cc/genesis/39-1.htm
 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

CPAD - EDB 2012 - 4º trimestre: Ageu e o compromisso do povo da aliança

O profeta

O nome Ageu significa "minha festa", ou "festeiro", provavelmente um referência ao retorno do exílio.

Ageu é citado no livro de Esdras (5.1; 6.14).

O profeta foi um dos exilados judeus (das tribos de Judá, Benjamim ou Levi) que retornaram sob o governo de Zorobabel, o chefe civil do povo, e Josué, o sumo sacerdote, 536 a.C, favorecidos pelo primeiro edital de Ciro, escrito 138 anos antes, quando ele (ao tomar ciência de profecias sobre si mesmo, Isaías 44.28; 45.1) permitiu a libertação dos judeus, e forneceu-lhes condições para a restauração do templo (2 Crônicas 36.23; Esdras 1.1, 2:2).

Zorobabel era filho de Pedaías, um irmão de Salatiel. de acordo com a genealogia em Lucas 3.27. Salatiel era filho de Neri, um descendente de Davi através de seu filho Natã. Zorobabel - também chamado de Sesbazar pelos caldeus (Esdras 1.8; 11; 2.2; 3:02 , Esdras 3.8; 5.2. 14, 16) - exerceu o cargo de governador entre seus compatriotas, mas nunca governou de maneira absoluta, se submetia ao governo persa, que permitiu aos israelitas viverem sob suas próprias leis e regulamentos civis em sua terra natal, porém concedia aos repatriados liberdade relativa, sempre considerando-os como uma colônia, sobre o qual tinha uma superintendência contínua.

Apesar dos judeus receberem autorização de Ciro para reconstruírem o templo em Jerusalém, eles se mostraram desinteressados quanto a reconstruí-lo. Como desculpa para não se aplicarem a reedificação, faziam interpretação errada da profecia referente ao templo e ao cativeiro (1.2). Alegavam que não era o tempo oportuno e dedicavam-se às construções de suas próprias residências, belas mansões.

Um dos motivos para os judeus perderem o interesse na reconstrução foi a reação dos samaritanos e de outros povos vizinhos, que temiam as implicações políticas e religiosas de um templo reedificado num estado judaico própero. Eles opunham-se de maneira vigorosa ao empreendimento e conseguiram fazer a obra parar, ainda no estágio dos fundamentos, quando Dario tornou-se rei da Pérsia, por volta de 522 a.C (Esdras 4.1-5, 24).

Dario era interessado no exercício das religiões, não se opunha às práticas da religião judaica, inclusive deu apoio eficaz, durante a oposição de reedificação empreendida pelos judeus (Esdras 5.3-6; 6.8-12).

O livro

Os registros das profecias são muito breves, nos leva à suposição de que são apenas resumos dos discursos originais. O espaço de tempo entre a primeira até a última são de apenas três meses.

As profecias de Ageu culparam a interrupção da reedificação do templo à inatividade dos judeus, não apontaram culpa aos oponentes da finalização da obra.

O livro é citado no Novo Testamento, compare as passagens 2.6, 7, 22 com Hebreus 12.26.

O recado de Ageu também se consiste em exortação para os dias atuais. A exortação que ele proferiu nos faz considerar o padrão de espiritualidade em que estamos vivendo, nos convida a refletir sobre o estado espiritual de nossos corações.

O ministério de Ageu

O ministério profético de Ageu fez confronto ao egoísmo dos judeus, visando despertá-los e fazê-los enxergar qual era a verdadeira prioridade deles.

No segundo ano de Dario, 520 a.C, que veio a suceder o rei Ciro, 16 anos após o retorno do exílio sob o governo Zorobabel, os profetas Ageu e Zacarias foram escolhidos por Deus (1.1), visando despertar os judeus para que eles retomassem o trabalho da reconstrução do templo em Jerusalém.

Ageu começou a profetizar após 14 anos em que estavam suspensas as obras de reconstrução do templo. Emitiu profecia dirigida a Zorobabel, então governador, e assim mostrou aos israelitas a apatia em que eles viviam com relação a Deus, pois não se importavam em ver o templo em ruínas, negligenciavam os assuntos mais importantes da lei. O profeta fez com que entendessem que seus fracassos estavam relacionados ao fato de não honrarem ao Senhor ao estarem afastados do culto em Jerusalém. Resultado dessa mensagem: 24 dias depois, talvez o tempo em que os materiais de construção foram coletados, as obras foram retomadas sob a direção de Zorobabel e eles voltaram a prosperar (1.1, 15; Esdras 6.14).

Em 516 a.C., a reconstrução do templo foi completada e dedicada a Deus (Esdras 6.15-18).

A glória da segunda casa será maior do que da primeira 

A passagem bíblica Ageus 2.3 pressupõe aos leitores que muitos israelitas do tempo da reconstrução sob a direção de Zorobabel, conheceram o templo construído por Salomão, e destruído no ano 588 ou 587.

Reflexão sobre a inversão de prioridades na vida dos obreiros do Senhor

O trabalho que é feito para o Senhor nunca é em vão. Há uma tendência no ser humano a pensar erroneamente, paralisar diante da ansiedade, desprezar os deveres espirituais e ficar parado a esperar o momento aparentemente oportuno para trabalhar para Deus. Não convém parar, é preciso agir, ter fé apesar de não estar perceptíveis aos cinco sentidos naturais as boas oportunidades de empreender taferas à vontade de Deus.

Durante o cansaço, suposto perigo, e do desejo de experimentar os prazeres temporais, como no caso de uma bela moradia, que não é um pecado querer ter, levantemos as mãos para o céu sem pecado, buscando em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, para ter Jesus ao nosso lado como amigo. Ele vê nossos desejos, problemas, desilusões, e faz valer a promessa de que tudo o mais será acrescentado em nossas vidas. Ao priorizar as coisas espirituais, Deus toma conta dos nossos assuntos temporais (Lucas 12.33).

Diante dos problemas que o cristão enfrenta para exercer sua fé, deve permanecer persistente, abandonar os pecados e reformar o que for preciso, ter ânimo para não desistir de seguir a Jesus Cristo. Tomar cuidado para não deixar escapar as oportunidades úteis que Deus espera que sejam aproveitadas plenamente.

Conclusão

O erro dos judeus, após o retorno da Babilônia, foi entregarem-se ao desânimo ao encontrarem oposição. Deixarem de lado o que realmente era importante, o que era para fazer não era feito, partirem para as coisas supérfluas, negligenciarem totalmente a construção da casa de Deus e se ocuparem integralmente em  tarefas que lhes rendiam dinheiro e o conforto temporal.

O procedimento de Ageu é um exemplo aos pregadores da Igreja do Senhor, líderes cristãos devem orientar as almas desanimadas a refletirem sobre os juízos de Deus. São muitos crentes que estão iguais às ruínas do templo de Jerusalém e precisam ouvir o recado divino para diligentemente reiniciarem reconstrução de suas vidas espirituais, voltarem a obedecer, novamente reverenciarem e cultuarem a Deus.

São muitos que alegam não ser possível participar de projetos que representam o amor cristão, que solicitam deles a colaboração financeira para tornar o templo evangélico em ambiente confortável. Os tais, acreditam que tal iniciativa na esfera física não seja espiritual. Mas, não negam gastar seu dinheiro em outras coisas, como o conforto e o luxo em suas casas.

Não é um erro viver com toda a dignidade, confortavelmente. Que tenhamos a prosperidade sem abrir mão da colaboração em construção e manutenção de templos cristãos, pois são neles que muitas almas encontram-se com Cristo através da Palavra de Deus proferida nos púlpitos, é o lugar onde famílais se reúnem e gozam de comunham fraternal.

A bênção de Deus se faz presente na vida do cristão quando este remove seu erro, reverencia ao Senhor de todo o coração, relaciona-se com Ele muito além das práticas de meros ritos exteriores, extirpa máculas de desobediência e vive o cotidiano da vida tal qual  um altar de adoração ao Senhor, ou seja, com a consciência de que deve comportar-se como um templo espiritual a serviço da glória de Deus.

E.A.G.

Consulta:

Bíblia de Estudo NVI, edição 2003, São Paulo, Editora Vida
Bible Suite, http://biblesuite.com/

Existe permissão para cópias. A reprodução poderá ser feita desde que por completo e que não seja por motivação comercial e ao rodapé do texto haja crédito de autoria e coleta da fonte (isto é, Eliseu Antonio Gomes, Belverede, http://belverede.blogspot.com.br)