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sábado, 12 de novembro de 2016

José: fé em meio às injustiças

Por Eliseu Antonio Gomes

A história de José ganha um espaço especial no livro de Gênesis, começa no capítulo 37  e segue até o 50, o último capítulo do livro. A narrativa conta a história da "família de Jacó", entretanto, dá mais atenção a José do que a seus irmãos, alíás, dá mais atenção a José do que a qualquer outros dos patriarcas.

A marca da trajetória de José é que mesmo em meio a tanto desprezo e desconsideração, não permitiu que o seu coração fosse devorado pelo ódio. Humanamente, seria justo devolver na mesma moeda quando teve a oportunidade de fazê-lo. Mas ele não reagiu com vingança, preferiu compreender que tudo o que ocorreu era o Deus de seus pais preparando o caminho para conservar a sua família num contexto de fome e miséria mundial.

A história de José, jovem de fé e de caráter, é longa e contém muitas lições, encontramos alguns pontos, os quais se constituem ricos e preciosos ensinos para a nossa vida cotidiana.

José: o filho mais amado de seu pai. "Ora, Israel amava mais a José que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica talar de mangas compridas. Vendo, pois, seus irmãos que o pai o amava mais que a todos os outros filhos, odiaram-no e já não lhe podiam falar pacificamente" - Gênesis 37-3-4.

As promessas que Deus fez a Abraão foram passadas a Jacó e seus descendentes. O patriarca Jacó vivia como estrangeiro na terra de Canaã, a qual Deus prometera como herança à descendência de Abraão. Nos planos divinos, fatos contundentes haveriam de acontecer a partir de José, tornando-se o mesmo o personagem por excelência na história do povo de Israel. Por isso, Deus usou José para preservar sua família da fome e da morte. Da semente de Abraão nasceria aquEle que abençoaria todas as famílias da Terra, Jesus Cristo.

Jacó era o pai de José, e sua família era constituída pelos filhos de Lia e os dois filhos de Raquel, José e Benjamin. Também, os filhos das servas Zilpa e Bila (Gênesis 30.22-2; 35.16-18).

José era um jovem, de aproximadamente 17 anos de idade, e Jacó o amava bastante, porque era o filho de sua velhice. Além disso, José se destacava entre seus irmãos, porque era temente a Deus, porque trazia a Jacó denúncia das más ações cometida pelos irmãos, fora da vista do velho pai.

Dentro desta situação, Jacó não escondia a sua preferência paterna por José, provocando, com esta atitude, a inveja e o ciúme de seus irmãos. E assim presenteou a José uma túnica colorida, a peça de roupa revelava, inconvenientemente, a posição de favoritismo.

Os sonhos de José (Gênesis 37.7, 9). Deus tinha um plano na vida de José e esse projeto foi revelado pelo Senhor, por intermédio de dois sonhos.

José foi precipitado ao partilhar, em momento errado, a informação divina que era para ele com seus irmãos. Ingenuamente, José contou os sonhos que recebeu de Deus e os interpretava aos seus irmãos. Os sonhos sempre o colocavam como líder de seus irmãos, em posição de honra, e isto era suficiente para eles o odiarem e cheios de raiva desejarem se livrar dele.

José é vendido como escravo e levado ao Egito (37.12-36). Os irmãos de José tentaram, mas não conseguiram matá-lo, pois Deus tinha um plano especial para sua vida.

Enquanto os irmãos de José faziam a refeição, viram uma caravana de negociantes, que seguia ao Egito para vender seus produtos. Então, Judá sugeriu que vendessem José a eles como se fosse escravo deles e todos concordaram - com exceção de Rúben, que estava ausente. A negociação aconteceu rapidamente, pois os irmãos de José estavam movidos por ódio intenso ódio contra ele (Atos 7.9). Depois, enganaram o velho pai, levando-o a acreditar que o seu filho querido tinha sido morto. 

Deus permitiu que ocorresse uma dura prova na vida de José, pois desejava conceder-lhe a bênção que lhe mostrara, através de sonhos, em sua adolescência. Só assim, ele jamais se esqueceria do que o Senhor lhe fez, ao escolhê-lo para ser o governador do Egito e provedor do alimento que salvou a humanidade da fome mundial.

José, na casa de Potifar (39.1-23). Na condição de escravo, José foi levado pelos negociantes ao Egito, o expuseram em um mercado, e seu destino foi trabalhar na casa do egípcio Potifar, que o comprou. Potifar era um importante oficial do rei, responsável pela guarda do palácio. Gostou de sua dedicação ao trabalho e logo começou a confiar mais e mais responsabilidade em suas mãos. Contando com a confiança de Potifar, José passou a administrar toda a sua casa, mas foi envolvido em grande encrenca quando a esposa de Potifar o viu e se encantou por ele, passando a assediá-lo sexualmente. José não deu atenção a ela. A esposa de Potifar não aceitou a rejeição e numa ocasião em que ambos estavam sozinhos na casa tentou agarrá-lo e ele fugiu, deixando para trás a sua capa. Ela usou a capa para caluniá-lo, dizendo que ele quis ter relações sexuais com ela, que o repudiou gritando e quando gritava ele havia fugido. Caluniado, José foi posto na prisão. 

José interpreta dois sonhos na prisão (40.1-23). Mesmo preso em correntes, injustiçado, ao ser condenado à prisão por um crime que não cometeu, José permaneceu fiel ao Deus de seu pai Jacó. Deus estava com José na escuridão do cárcere, não havia esquecido dele  e nem do grande plano que tinha para seu futuro.

Em pouco tempo na cadeia, José conquistou a confiança do carcereiro, que passou a dar-lhe pequenas tarefas naquele lugar fechado. E um dia, entraram ali dois novos prisioneiros, homens importantes daquela sociedade: um deles era o chefe dos copeiros do rei e o outro o chefe dos padeiros do rei. Eles haviam perdido seus altos postos na corte do rei porque de algum modo haviam aborrecido o monarca, que os lançou na prisão. E certa vez, disseram a José que haviam sonhado. O chefe dos copeiros sonhou com uma parreira de três galhos, dos quais ele espremia as uvas e enchia o copo do rei. O chefe dos padeiros sonhou que carregava três cestos cheios de doces para o rei, mas pássaros voavam sobre ele e comiam os doces. Então, José explicou que em três dias o chefe dos copeiros reassumiria o seu posto na corte, mas o chefe dos padeiros, em três dias, seria executado. E tudo aconteceu conforme a explicação de José. Quando o chefe dos copeiros deixava a prisão, José pediu-lhe que intercedesse por ele ao rei, dizendo-lhe que era inocente, porém, após estar livre, o ex-detento esqueceu da sua solicitação.

Ainda esquecido pelo chefe dos copeiros, seu companheiro de cela, que conseguiu a liberdade antes dele e prometeu ajudá-lo para que fosse solto, manteve-se atrás das grades fiel ao Senhor. Sua fé fazia-o entender que não estava abandonado por Deus, que na presciência divina, havia reservado o momento certo para dar-lhe a vitória sobre todas as crises que atravessava.

José é convocado para interpretar o sonho do rei do Egito (41.1-36). Quando José é chamado para explicar o sonho do rei, chega o momento decisivo na vida dele, em que começa a se cumprir em sua vida o que ele havia sonhado quando ainda morava na casa de seu pai Jacó (37.5-10).

Após dois anos encarcerado, José é chamado para explicar o significado do sonho do rei, que nenhum dos conselheiros especiais do monarca puderam dizer o que significava. O copeiro lembrou-se dele e o indicou ao rei, que ordenou que rapidamente o trouxessem diante de sua presença. Ele lhe disse que havia sonhado com sete vacas gordas que saíam da água e sete vacas magras, que também saíam das águas e em seguida as magras devoravam as gordas. Também, contou a José que havia sonhado com sete espigas cheias de grãos e ao lado de outras sete, que estavam secas e queimadas. Então, José disse-lhe que o Senhor revelava que viriam sete anos de grande fartura, com boas safras, e em seguida outros sete, que seriam de péssimas colheitas. Logo apos a explicação, José sugeriu ao rei que ele escolhesse uma pessoa para administrar as colheitas dos anos bons, armazenando alimentos para o consumo nos anos de escassez. O rei gostou do conselho e disse-lhe que o escolhia para ser encarregado dessa função.

Foi assim,apesar de todos os problemas, a confiança inabalável de José no Senhor o fez sair do cativeiro triunfante.

José: o governador do Egito (41.37-57). José se torna a segunda mais alta autoridade em todo o Egito. E um agente de salvação não somente dos egípcios mas também de pessoas de outros países. Se José tivesse cedido à tentação na casa de Potifar, ele teria perdido a bênção de ser o segundo mandatário do Egito.

Para simbolizar o novo ofício de José, Faraó lhe deu um anel que usava, no qual estava estampado o selo de autoridade, vestiu-o de vestes de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço. Deu-lhe um carro, no qual desfilou publicamente com a proclamação de que ele deveria ser honrado pela população.

José tinha aprendido a confiar em Deus e a desempenhar bem o seu trabalho. Ele viajou  pelo Egito, de norte a sul. Em cada cidade, mandava contruir enormes depósitos para armazenar grãos. Durante sete anos foram armazenados imensas safras de grãos, antes do fim dos sete anos de fartura todos os depósitos ficaram abarrotados. Então vieram os nos de grande escassez, quando as plantações deixaram de crescer, e José passou a administrar a distribuição de todo o conteúdo que havia guardado nos celeiros. Não demorou muito tempo para que as pessoas dos países vizinhos também fossem atingidas pela fome e ficassem sabendo que havia alimento no Egito e pedir para fosse vendido para eles.

O reencontro de José com sua família (42.1-24). No primeiro encontro de José com os seus irmãos desde que eles, mais de vinte anos atrás, o haviam vendido como escravo ao grupo de ismaelitas (37.28), ele estava com uns quarenta anos de idade, já havia se passado, aproximadamente, duas décadas. Nesta ocasião, José quer rever seu irmão Benjamin, o seu único irmão por parte de pai e da mãe, Raquel.

Na terra de Canaã, Jacó e seus filhos também estavam passando fome e souberam que haviam cereais para vender no Egito. Jacó enviou os filhos para comprarem, menos Benjamin, pois não queria que ficasse longe dele. Assim, que chegaram à presença de José, José os reconheceu mas não foi reconhecido por eles. Jamais passaria pela cabeça deles que pudesse estar vivo, quanto mais como primeiro-ministro do Egito. José conversou com eles, rispidamente, falando no idioma egípcio e sendo interpretado. Perguntou quem eram eles e o que pretendiam, Eles responderam que desejavam comprar cereais, e José disse acreditar que eram espiões e pediu que contassem a história deles. Eles contaram que eram doze irmãos e que um havia morrido e que o mais jovem era tão amado do pai quando o que estava falecido. Então, José ordenou que Simeão fosse preso e disse aos demais que ele só seria solto quando retornassem trazendo o irmão mais jovem, para provar que diziam a verdade. Assim, retornaram à Canaã e ao chegarem em casa ficaram surpreendidos ao abrirem os pacotes de cereais e ver que o dinheiro da compra havia sido devolvido.

Quando o suprimento de alimento terminava, Jacó novamente pediu que os filhos compraseem mais no Egito, mas eles insistiram que Benjamin deveria acompnhá-los; mesmo sem querer que ele fosse, Jacó permitiu sua ida. Ao chegar no Egito, eles foram muito bem recepcionados, levados para a casa de José. Ao ver Benjamin, José alegrou-se e ordenou que Simeão fosse solto. A mesa foi posta e todos comeram, sendo que a maior porção foi dada para Benjamin. E depois eles partiram com cereais rumo à Canaã. No caminho de volta, foram alcançados por um oficial de José que os fez pararem para revistar a bagagem, dizendo que uma taça de ouro do primeiro-ministro havia desaparecido. todos os sacos foram remexidos e a taça foi encontrada no saco de Benjuamin - José havia ordenado aoa empregos que a colocassem ali, para analisar a conduta de seus irmãos, se eles haviam mudado ou se ainda tinham o comportamento reprovável do passado.

Todos foram obrigados a voltarem aos Egito. Receosos, foram postos diante de José, que lhes disse que o culpádo de roubo seria o seu escravo. Judá - que anos atrás havia sugerido a venda de José como escravo - colocou-se em defesa de Benjamin, revelando que seu pai Jacó não suportaria aquela situação e sugerindo ser punido no lugar dele. Assim, José conseguiu a prova que seus irmãos haviam mudado de comportamento, pediu que seus empregados os deixasse à sós, e quando estavam apenas entre eles, José revelou quem ele era, falando em seu próprio idioma.

Os irmãos de José ficaram aterrorizados ao saberem que o irmão que eles tanto maltraram estava vivo e era o primeiro-ministro do Egito; José os acalmou beijando cada um deles, começando por Benjamin. Pediu que voltassem ao lar e trouxessem o seu pai, revelando que os instalaraia na terra de Gosém, onde o pasto era bom a criação de seus animais. Jacó sentiu dificuldade em acreditar que seu filho José estava vivo e era a segunda maior autoridade do Egito. Eles empacotaram todos os seus pertences e foram morar na localidade designada a eles por José. 

Conclusão

Deus, antecipadamente, preparou o espírito de José para a grande luta que enfrentaria, quando fosse provado, ao revelar-lhe, através de sonhos, o seu futuro. Por este motivo, mesmo vendido pelos irmãos, vivendo como escravo, e condenado à prisão por Potifar, jamais retrocedeu em sua fé. Desta forma, o Senhor cuidou dele e no fim ele se tornou o salvador de sua família, teve seu nome registrado na Bíblia, e nas páginas da história humana (50.20-21).

Lendo sobre a história de José, aprendemos sobre o perigo da discriminação que alguns pais fazem com seus filhos. A prática do estabelecimento de tratamento diferenciado gera ciúmes, invejas e rancores entre os irmãos. Por causa da discriminação, José quase foi assassinado por seus irmãos. Não morreu, porque Deus tinha um plano determinado com todos eles, especialmente José. Os pais jamais devem fazer distinção entre os filhos, demonstrar que gosta mais de um do que de outro. Enquanto os pais demonstram maior amor por um determinado filho, pelo fato de ele ser mais obediente do que os outros, é que causam um problema sério de relacionamento entre eles, pois o ciúme, e outros sentimentos negativos, podem aflorar, e, talvez, provocar  uma tragédia em família. Os pais devem manifestar amor altruísta, e igualitário, evitando qualquer espécie de preferência, para que não criem crises de relacionamento na família.

Também, observando a história de José, notamos que para recebermos uma bênção divina, somos primeiramente provados, a fim de fazermos jus a ela; devemos aprender a esperar em Deus, pois Ele jamais se atrasa e nem se adianta.

E.A.G.

Postagem paralela; Potifar, o eunuco egípcio

Compilações:
Bíblia de Estudo NTLH, página 48 a 56, Barueri, edição de 2005 (SBB).
Bíblia para Crianças em 365 Histórias, Mary Batchelor, páginas 43-45, edição 2008, São Paulo (Paulinas).
Lições Bíblicas - Mestre. Gênesis. O princípio de todas as coisas; Elienai Cabral; páginas 90, 91, 95; 4 º trimestre de 1995; Rio de Janeiro (CPAD)
Lições Bíblicas - Professor -  O Deus de toda Provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 4º trimestre de 2016, páginas 50, 51, Rio de Janeiro (CPAD). 
Ensinador Cristão, ano 17, nº 68, outubro - dezembro de 2016, página 39, Rio de Janeiro (CPAD). 

domingo, 9 de outubro de 2016

Abraão, a esperança do pai da fé

 Abraão, a esperança do pai da fé
Na cronologia histórica de Gênesis, nos capítulos 1 ao 11, temos o relato da criação da Terra e  a criação do ser humano. Esses onze capítulos são vitais para entender o restante da Bíblia. Da Criação ao Dilúvio, as datas aproximadas envolvem os anos 3975-2319 a.C.; e do Dilúvio até a Era Patriarcal, temos os anos 2319-1967 a.C.

Abraão, o patriarca da fé, cujo nome Deus mudou mais tarde para Abraão, nasceu em uma dos mais fabulosos povoamentos do mundo antigo, Ur dos Caldeus, ao sul da Mesopotâmia. Nos dias de Abrão, Ur dos Caldeus, era o centro de uma rica cultura, lugar que ostentava uma arquitetura monumental, possuía enorme riqueza, moradias confortáveis, música e arte. A cidade, localizada ao longo do rio Eufrates, desempenhava um papel pequeno na história do Antigo Testamento, entretanto, era muito considerável. 

Abrão sob vocação e promessa

Gênesis capítulo 12 relata o início da nação de Israel, por intermédio da vida do patriarca Abrão.

Abrão, Tera e sua família eram semitas ocidentais (ou amorreus), embora nessa época estivessem vivendo no sul da Mesopotâmia, dentro dos limites ou nas proximidades da cidade sumeriana de Ur.

Tera era o pai de Abrão e o chefe do clã da família de Abrão; tomou a Abrão, Ló e Sarai para sair  de Ur dos Caldeus a fim de migrar à Canaã, mas, antes da chegada ao destino final ele faleceu na cidade de Harã, uma importante cidade da Síria (Gênesis 11.31).

Em Ur do Caldeus, Tera servia a outros deuses (Josué 24.2). Porém, apesar da idolatria, Abrão já havia tido contato com Deus, que o exortou a sair da cidade e deixar sua parentela e partir rumo à região que lhe mostraria (Atos 7.2-4). Após a morte de seu pai em Harã, Abrão recebeu a segunda exortação para deixar Harã e partir à terra que lhe mostraria, Canaã (Gênesis 12.1-5). Então, Abrão seguiu em peregrinação, acompanhado de Sarai, sua esposa, de seu sobrinho Ló, que era órfão de pai, e de seus servos, foi em rumo à Canaã, onde viveram como nômades em tendas por quase cem anos (11.29, 31).

Em uma caravana em ritmo normal, que cobriria uma distância de 32 quilômetros ao dia, a viagem de Harã até Canaã, algo em torno de 800 quilômetros, teria levado pouco menos de um mês.

O Deus que provê

A respeito da provisão na vida de Abraão, é importante considerar os seguintes detalhes:

• O patriarca teve a disposição de deixar a sua cidade natal e ir para outro lugar que o Senhor o mostraria;
• Ele foi dirigido pela fé, embora demonstrasse ter uma fé viva, precisou enfrentar muitos transtornos em sua caminhada;
• Quando recebeu as provações, não questionou a Deus; 
a. A primeira prova foi ter que afastar-se de sua pátria e de sua gente;
b. A segunda provação era a infertilidade de sua companheira;
c. O terceiro teste foi a falta de alimentação na terra.

A fé que Abraão tinha em Deus fez com que ele vencesse todos os obstáculos.

Por que haveria fome justamente na terra para onde Deus havia chamado Abraão, se o Senhor havia prometido que ele seria abençoado? Por que a incapacidade de sua esposa engravidar, se Deus havia prometido que faria dele uma grande nação? Os episódios serviram de testes de fé.

A chamada e o exemplo de fé apresentada por Abraão

Na cronologia bíblica, quando Deus chamou a Abrão em Ur dos Caldeus, o patriarca tinha, aproximadamente, 75 anos de idade ano aproximado de 1892 a.C. Ele trocou a glória passageira deste mundo por um relacionamento pessoal com Deus, e ganhou fama imortal. Hoje, é reverenciado por adeptos de três religiões mundiais: cristianismo, judaísmo e islamismo. O Antigo Testamento o reconhece como patriarca do povo escolhido por Deus, os judeus. E o Novo Testamento o honra como o pai espiritual de todos que "andam nas pisadas daquela fé de Abraão, nosso pai" (Romanos 4.12).

O pacto de Deus com Abraão manifesta que, desde os primórdios da raça humana, o propósito do evangelho era abençoar todas as nações da terra. Disse o Senhor a Abraão: "Em ti serão benditas todas as famílias da terra" (Gênesis 12.3).

Abraão teve uma vida longa e além disso foi muito feliz com as riquezas que o Senhor lhe deu (Gênesis 13.2). Porém, a maior bênção na vida de Abraão foi ele vivenciar intimidade com Deus. 

A chamada do cristão

A promessa sobre a descendência de Abraão é a segunda profecia sobre a vinda de Jesus Cristo a este mundo. Refere-se à bênção espiritual por intermédio dos sucessores de Abraão.

Quando Deus resolveu escolher um homem e uma família como ancestrais da nação de Israel, esse homem foi Abrão e a família foi a família de Tera. Ao escolhê-lo, o Senhor não desejava favorecer apenas o patriarca e sua posteridade. Tinha um plano colossal para abençoar as nações do mundo inteiro. O projeto divino ao chamá-lo, era fazer da família dele um povo separado, e através da sua semente enviar Jesus Cristo, o Salvador toda a Humanidade, de todas as épocas.

Ter fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador, não significa que não teremos obstáculos em nossa marcha rumo à Canaã celestial. Em nossa caminhada neste mundo, temos que enfrentar muitas crises. Sem fé não é possível transpor as barreiras de maneira equilibrada. Contudo, o mesmo Deus que chamou, guiou e abençoou Abraão, também nos guia e abençoa. Ele está conosco, não caminhamos sozinhos.

Para que seu coração se encha de fé, busque o conhecimento da Palavra de Deus e queira obedecê-la integralmente: "E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo" - Romanos 10.17 (ARA).

Conclusão

Quando meditamos nos relatos bíblicos sobre Abraão, encontramos muitos princípios que podemos aplicar hoje para enriquecer nosso relacionamento pessoal com o Senhor. Por exemplo, é preciso ter fé e determinação para obedecer a Deus e cumprir a sua vontade. A confiança e a disposição em obedecer a Deus fazem com que o crente alcance vitórias.

Muitos crentes descobrem que, quando começam a realizar a vontade de Deus, imediatamente encontram grandes obstáculos. Quando você enfrentar um teste assim, não tente repensar a vontade de Deus para a sua vida. Use a inteligência que Ele deu a você e, como fez o patriarca ao se deparar com a crise de fome na região em que estava, mudou-se temporariamente para o Egito, onde havia o que comer. Não desanime perante às dificuldades. Não tema as crises e não permita  que venham a impedi-lo de caminhar, Veja as crises como uma oportunidade  para fortalecer a sua fé e conduzi-lo a uma provisão ainda maior com o Deus de toda a provisão.

Aprendemos com Abraão que Deus provê todas as nossas necessidades, em qualquer lugar que estejamos, desde que haja em nós a disposição de reconhecer a sua soberania e suprema vontade. Aprendemos com Abraão que é perfeitamente possível viver uma vida em harmonia com as exigências divinas. 

E.A.G.

Compilações:
Bíblia de Estudo Arqueológica NVI, página 21, edição 2013, São Paulo (Editora Vida).
Ensinador Cristão, ano 17, nº 68, outubro - dezembro de 2016, página 37, Rio de Janeiro (CPAD).
Gênesis - Introdução e Comentário, série cultura bíblica, Derek Kidner, página 104, reimpressão 2011, São Paulo (Vida Nova).
Lições Bíblicas - O Deus de toda Provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 4º trimestre de 2016, páginas 22-25,  Rio de Janeiro (CPAD).
O Deus de Toda Provisão - Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 1ª edição 2016, página 32, 51, Rio de Janeiro (CPAD).

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Melquisedeque abençoa Abraão

Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote de Deus (Gênesis 14.18; Salmo 76.2, 110.4; Hebreus 5.6, 7.1-2, 10)

Melquisedeque, 
o nome significa rei da justiça (Zacarias 6.12-13; Hebreus 7.2)). sem genealogia, é uma das primeiras figuras de Cristo no Antigo Testamento e a primeira pessoa a ser descrita como um sacerdote. Seu nome e título expressam a esfera do direito e do bem (Hebreus 7.2).

As páginas bíblicas pouco o descrevem - não existe menção dos seus pais, do seu nascimento e nem de sua morte -, mas a teologia e o seu grau de importância são enormes - tudo quanto sabemos de Melquisedeque está em Gênesis 14, Salmo 110 e Hebreus, capítulos 5, 6, e 7.

Tal qual Abraão, ele servia ao único Deus verdadeiro. Diferente do ofício de Arão, cuja continuidade era assegurada hereditariamente, o de Melquisedeque é eterno, pois com um único sacrifício, o seu ministério sacerdotal tornou-se pleno.

Abraão era um semita, um gentio (Deuteronômio 26.5). Pela fé, veio a ser o pai da nação hebréia e de todos os crentes em Cristo. A sua fé inabalável foi creditada a ele como justiça (Romanos 4.3). Por meio dele todas as nações são abençoadas com a proclamação do Evangelho de Cristo.

Abraão, após sua vitória contra os reis que haviam levado seu sobrinho Ló, família e bens, foi recebido, efusivamente, por Melquisedeque, que o abençoou ao trazer-lhe pão e vinho e declarar: "Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou-lhe os teus inimigos nas tuas mãos" (Gênesis 14.20).  Em seguida, o patriarca concedeu-lhe o dízimo de tudo que havia tirado dos reis perdedores.

O dízimo de Abraão

O dízimo equivale ao percentual de dez por cento.

Abraão, ao aceitar a bênção e retribuir entregando a Melquisedeque o dízimo de todos os espólios, demonstrou reconhecer sua autoridade sacerdotal, a atitude pode ser considerada expressão de gratidão e como uma forma de retribuir seus sinais de respeito, bem como uma oferta dedicada e consagrada ao Altíssimo.

No Antigo Testamento, os israelitas entregam o dízimo dos produtos agrícolas, do gado, ou de outros bens em adoração a Deus ou em benefício dos que serviam a Deus, deixando-os desobrigados de cumprir outras tarefas para dedicarem-se somente ao Senhor (Números 18.21).

Por receber os sinais da misericórdia de Deus, é bastante adequado expressar a nossa gratidão. Jesus Cristo, nosso grande Melquisedeque, deve ser reverenciado, homenageado e humildemente reconhecido por todos nós como Rei e Sacerdote - e não devemos dar apenas algum valor financeiro, nós devemos nos entregar por inteiro a Ele.

No cristianismo, baseando-se em 1 Coríntios 16.2, muitos acreditam que o padrão de contribuição financeira para a obra do Senhor precisa ser proporcional ao rendimento, apesar do versículo não especificar porcentagem.

Salém

Em hebraico paz, é a cidade de que Melquisedeque era rei. A tradição judaica identifica a cidade de Salém com a cidade de Jerusalém, ao tempo de Abraão. Entretanto, conforme os samaritanos, era uma cidade próxima de Siquém. 

Bênção

A palavra bênção é sinônimo de felicidade, bem-aventurança, Ocorre tanto de Deus para com os homens (Romanos 15.29; Efésios 1.3; 1 Pedro 3.9), como também de um ser humano para outro, quando da entrega de presentes e atos de generosidade (2 Coríntios 9,5-6).

A bênção de Melquisedeque não se limitou a Abraão, ela alcança também a todas as pessoas que recebem a Jesus Cristo como Senhor, Salvador, e Sacerdote Eterno.

Após a bênção, a tentação

Note que encontramos na narrativa de Gênesis 14, versículos 21 ao 24,  que após o pronunciamento da bênção de Melquisedeque, Abraão recebeu a tentação material do rei de Sodoma: "Dê-me as pessoas e pode ficar com os bens" (tradução NVI). Ele se recusou a receber qualquer coisa que fosse do rei de Sodoma, para não lhe ficar devedor. Com isso, demonstrou sua total lealdade e fé no Senhor, e afastou qualquer tentativa do rei de Sodoma de assumir o papel de suserano (aquele que possui o direito de exercer domínio) e tornar-se submisso. Abraão tomou apenas o alimento necessário a seus homens e deu aos seus aliados a liberdade de aceitar os despojos que lhe cabiam.

Há um ditado popular que diz "todo homem tem seu preço", entretanto, quando este homem é um servo do Altíssimo como Abraão, não quer receber pseudo-favores do príncipe deste mundo tenebroso, jamais pode ser comprado.

Jesus, o sacerdote eterno

Jesus não foi sacerdote levita, porém, seu sacerdócio assemelhou-se ao de Melquisedeque, vulto do passado obscuro, que se antecipou de 600 anos ao sacerdócio levítico, sacerdote muito maior do que os levitas, até mesmo do que Abraão, a quem este e os sacerdotes levitas, ainda por nascer da descendência de Abraão pagam tributos (Gênesis 14.17-20).

Jesus é sacerdote de acordo com a ordem de Melquisedeque porque é anterior a Abraão, Levi  e aos sacerdotes levíticos e maior do que todos eles, pois o seu sacerdócio jamais terá fim.

E.A.G.

A Bíblia Anotada (expandida), Charles C. Ryrie, página 21, edição 2007, São Paulo, (Editora Mundo Cristão);
Bíblia de Estudo Explicada, página 21, edição 2014, Rio de Janeiro (CPAD);
Bíblia de Estudo Matthew Henry, página 32,, edição 2015, Rio de Janeiro (Editora Central Gospel);
Bíblia de Estudo Palavra-Chave, apêndice: Dicionário do Novo Testamento, página 2218, Rio de Janeiro (CPAD);
Lições Bíblicas - professor, Claudionor de Andrade, 4º trimestre de 2015, páginas 77 a 82, Rio de Janeiro (CPAD);
Manual Bíblico Halley, página 574, edição 1994, São Paulo, (Edições Vida Nova).
Pequena Enciclopédia Bíblica Orlando Boyer, página 477, 30ª impressão 2012, Rio de Janeiro (CPAD).

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Por que Deus rejeitou a oferta de Caim?

Antes dessa reflexão, esclareço que não sou líder de igrejas, não sou obreiro que participa de sistema de coletas, não recebo dinheiro de ninguém como oferta ao Senhor. Vivo à parte disso e não critico quem viva. O que digo é dito por ler e meditar na Palavra de Deus.

A qualidade da oferta é reflexo de como consideramos a Deus.

Observando o relato de Gênesis 4.2-3, sobre as ofertas dos irmãos Abel e Caim, aprendemos coisas importantes sobre a adoração durante o ato de cultuar ao Criador.

Desde os primórdios, encontramos presente no ato de adoração elementos que representam bens materiais adquiridos através do trabalho do ofertante. Caim ofertou o produto da terra, por ser lavrador. Abel ofertou o melhor animal do seu rebanho, porque era pastor. Cada qual fez sua oferta de acordo com o resultado do suor de seus rostos.

Percebemos que Abel deu o que lhe tinha valor, pois entregou do primeiro carneirinho as melhores partes dele. Analisando a atitude de Abel e o resultado da oferta aos olhos de Deus, concluo que o ato de ofertar não é algo banal, é preciso dar o que temos de melhor, o que nosso coração considera valioso.

Na ótica do pastor Abel, o novilho macho e saudável é o agente reprodutor em seu rebanho, capaz de gerar riquezas futuras, o animal com potencial para fazer seu rebanho crescer, e por causa dessa representatividade ele o ofereceu ao Criador.

Sabemos que Deus olha para [continue lendo...]

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O SINAL DE CAIM

O assassinato de Abel - gravura do século XV
Por Márcio Souza
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Qual era o sinal que foi colocado em Caim? Esta pergunta ao longo dos séculos tem feito de Caim um alvo de especulações e presságios.
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Muitos já especularam sobre esse assunto e o mesmo tanto de sugestões sobre que sinal foi colocado em Caim já foi ventilado. Contudo, as Escrituras não fornecem nenhuma outra informação que pudesse esclarecer a natureza do sinal.
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Entre as diversas idéias sobre o assunto, encontramos aqueles que afirmam que o sinal era um mal físico, como alguma enfermidade; ainda outros afirmam que era um sinal sobrenatural, uma marca exótica. Veja a seguinte relação:
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• Caim teria ficado leproso, doença que atacou principalmente o rosto, tendo sido esse o início da temida enfermidade.
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• Ele recebeu uma marca, uma espécie de tatuagem, uma palavra impressa que o assinalava como assassino.
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• Tornou-se deficiente, ficando aleijado; tinha dificuldade para se defender, sendo necessário fugir de sua comunidade.
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• Um chifre cresceu em sua testa.
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• O seu nome escrito em sua própria testa, ou Caim, o homicida.
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• A terra tornava-se estéril por onde Caim andava.
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• O sinal era composto de sete simbolos misteriosos estampados em sua testa.
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• Os mórmons dizem ser a cor negra da pele.
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Certamente, as tentativas acima são meras sugestões, desprovidas de quaisquer evidências. Em alguns casos, como a do oitavo item, servia para promover o racismo e implementar a superioridade de raças, algo totalmente contrário às Escrituras e ao plano de Deus para o homem.
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Não conhecemos o sinal, porque não seria útil para nós hoje e, também as Escrituras não foram preparadas para alimentar nossa curiosidade, mas para conhecermos os eventos principais que marcaram a história e demonstram a natureza pecaminosa do homem em contraste ao esforço contínuo de Deus em procurar o homem, confrontá-lo com suas ações e providenciar a justiça.
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Consulta: Defesa da Fé, nº 25, ano 4.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A PROSPERIDADE DO ESCRAVO JOSÉ

Hoje foi perguntado o seguinte para mim:
-Você sabe me dizer como foi possivel José ser chamado de próspero mesmo sendo escravo (Gênesis 39.2)?

Respondi assim:
- Posso responder a sua pergunta de duas maneiras.

Primeiro: Deus é onipresente. Ele está presente em todos os lugares do Universo, está no passado, está no presente e está no futuro, ao mesmo tempo. Ele sabia da vida inteira de José, antes mesmo dele nascer. Sabia que seria vendido como escravo por seus irmãos, sabia que seria homem temente e que por causa disso viria a ser o governador do Egito, um próspero
Sem ser defensor da Teologia da Prosperidade, quero responder a você.

Em segundo lugar, precisamos considerar que José foi extremamente honrado por Deus. Na sua condição humana, José chegou ao Egito como escravo, mas com o passar do tempo alcançou a posição das mais altas possíveis, tendo apenas faraó - o líder máximo daquela nação - acima dele.

Isso é prosperidade ou não?


E.A.G.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

As ofertas no estilo de Caim

Quando ouvimos um pastor evangélico pronunciar a palavra oferta, a primeira imagem que vem em nossa mente é o dinheiro doado ao ministério, as coletas nas congregações para a manutenção da denominação evangélica onde servimos a Deus. Mas as ofertas são bem mais do que contribuir determinada quantia em dinheiro. Quando uma pessoa recebe a Jesus, ela entrega sua vida para Ele. Após isso, usa seus talentos para louvar ao Senhor trabalhando na Obra do Reino de Deus. Isso também é oferta!

No livro de Gênesis, capítulo 4, encontramos a história dos irmãos Caim e Abel. Os dois irmãos prepararam suas ofertas ao Criador, porém, o Criador recebeu apenas a oferta de Abel.

Deus não rejeitou a pessoa de Caim, apenas a sua oferta. Por quê? Porque Caim agiu de maneira displicente como ofertante, sem o interesse real de agradar a Deus. Hoje em dia há diversos ofertantes que seguem o exemplo de Caim sem perceber. Eles fazem suas ofertas, porém, ao mesmo tempo estão desagradando a Deus ao fazê-las.

Hoje em dia, sem perceber, há diversos ofertantes que seguem o exemplo de Caim. Eles fazem suas ofertas, porém, ao mesmo tempo estão desagradando a Deus ao fazê-las.

Certa vez Jesus alertou:"Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta" - Mateus 5.23-24.

Há muitas pessoas dentro das denominações evangélicas agindo de maneira equivocada. Elas, dia após dia, estão fazendo ofertas no mesmo estilo de Caim. Estão esquecidas das pendências existentes com seus irmãos. Estas pessoas precisam, urgentemente, seguir a orientação de Cristo, pararem o que fazem e irem consertar as relações ruins com seus irmãos e só depois retomarem às atividades.

Para Deus mais importante do que a oferta é a qualidade espiritual do ofertante (1 Pedro 1.16).

E.A.G.