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sábado, 29 de agosto de 2009

BÊNÇÃO OU UNÇÃO FINANCEIRA? UMA APLICAÇÃO DE HERMENÊUTICA EM LUCAS 6.38: DAI E DAR-SE VOS Á


"Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos darão; porque com a medida com que medirdes também vos medirão de novo".
.
Notemos o contexto de Lucas 6.38, começando pelos versículos 12 ao 15, eles relatam que Jesus orou a noite inteira e logo pela manhã escolheu entre os discípulos os que seriam apóstolos (enviados a pregar). Na sequência disso, temos as lições sobre quais são características dos verdadeiros discípulos.

Neste capítulo, aprendemos que o cristianismo se consiste em construir e manter relacionamento correto com Deus e com o próximo, precisamos conhecer a Deus sem diminuir a qualidade dos relacionamentos interpessoais. Entendemos assim nas bem-aventuranças (20-26); na questão do perdão (27-30); na questão do amor ao próximo (32-36).

Alguns biblistas afirmam que Jesus criou a metáfora das bênçãos celestiais, citada em Lucas 6.38, olhando como os israelitas faziam para quantificar e qualificar os grãos colhidos. O local para auferir era a própria peça de roupa, um pedaço de pano sobre o cinto, usado como espécie de bolsa, nele eles costumavam conter o trigo. Outros, porém, afirmam que era uma vasilha usada para comportar grãos. O certo é que sendo a roupa ou não, a lição de Jesus é sobre a importância de um coração cheio de liberalidade com os necessitados.

Em outra ocasião, mas dentro do mesmo assunto, Jesus Cristo disse: “Mais bem aventurada coisa é dar do que receber (Atos 20.35).

Então, fica claro que tanto ao necessitado que recebe a doação como ao doador, praticante do amor, existe bênçãos dos céus. “Calcada e sacudida” é o mesmo que generosa. A recompensa do doador é melhor e maior, é em medidas generosamente transbordantes.

Repare que nas lições de Jesus, baseadas no plantio e colheitas do trigo, podemos concluir que praticar o amor produz retorno. Quem é disposto a dar recebe em troca muito mais do que deu. O exercício do amor produz uma correspondência de bênçãos dos céus, que ao doador é em PROPORÇÃO MAIOR DO QUE ELE DISPENSOU AO PRÓXIMO A PONTO DE TRANSBORDAR.

E, nesta questão de amar, Jesus mostra que devemos ir além do discurso bonito, no estilo “eu amo você”. É necessário demonstrar esse amor através da prática do bem. Doando, emprestando, dando... Não se trata apenas do que é abstrato, dos sentimentos. Jesus fala do que é concreto também, pois usa os verbos dar e emprestar (veja os versículos 30, 34).

E na questão da agricultura, quem planta semente de limão não espera que nasça uma laranjeira. Quem ajudar financeiramente, terá retorno na esfera das finanças... Alguns chamam esse retorno de bênção, outros de unção financeira.

Em conformidade com o princípio do amor, devemos ajudar quem precisa ser socorrido (2ª Corintios 8.2). O próprio Deus medirá a necessidade do crente e o recompensará. A medida da bênção e da recompensa a recebermos será proporcional ao nosso interesse pelos outros e à ajuda que lhes damos (2ª Corintios 9.6).

Em se tratando das ofertas aos ministérios cristãos, ao entregar as ofertas e dízimos estamos custeando as igrejas para que preguem o Evangelho de Cristo. Fazer isso, sem dúvida é praticar o amor cristão.

E.A.G.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

ONDE ESTÁ JESUS? - UMA REFLEXÃO EM LUCAS 2.41-52

Crédito: Victoria Peckham / Flickr


Todos os anos, com a chegada da primavera, as famílias judias começavam a preparar uma alegre viagem.


Logo iriam todos a Jerusalém para celebrar a festa da Páscoa, que lembrava o tempo em que Deus livrara o seu povo do cativeiro do Egito, muitos anos atrás.

Quem vinha de muito longe gostava das refeições e das dormidas ao ar livre. Aos poucos, encontravam-se com com os peregrinos das outras cidades e, juntos, formavam uma grande multidão a caminho do Templo pelas ruas estreitas.

Quando Jesus tinha doze anos, Ele foi com seus pais a Jerusalém para participar das comemorações. Ao final de uma semana de festas e solenidades, as mães tomaram o caminho de volta casa com seus filhos e seriam mais tarde alcançados pelos pais. Só à noite é que Maria e José se encontraram novamente.

- Onde está Jesus? - perguntou José.

Maria estremeceu. Ela pensava que estivesse com os homens pois, aos doze anos, já passara da idade de ir com os menores, como era o costume.

Perguntaram a todos que estiveram na festa, mas ninguém sabia informar. Retornaram correndo a Jerusalém e passaram a procurá-lo em todos os lugares, mas inutilmente.

A preocupação de José e Maria era imensa, pois há três dias o procuravam. O único lugar aonde não tinham ido era o Templo. Foi com alegria e alívio que encontraram Jesus, sentado entre os doutores em religião, a debater com eles questões de grande importância e demonstrando enorme sabedoria. E ver a admiração de todos os que o rodeavam.

Maria, ainda não totalmente refeita da aflição, perguntou-lhe:

- Meu filho, por que nos fizeste isso? Teu pai e eu estávamos preocupados.

Jesus explicou então que não havia motivo para preocupação, pois durante todo aquele tempo Ele tinha estado na casa de Deus, seu Pai.

Maria e José nada disseram, pois sabiam que aquele não era um menino como os outros. Então os três iniciaram a viagem de volta a Nazaré. E Jesus crescia não só em estatura, mas em graça e sabedoria, diante de Deus e dos homens. ( * )

Reflita com este blog:

Alguns perdem Jesus quando são magoados por alguém, e ao invés de liberar perdão, deixam uma raiz de amargura plantada dentro do coração.

Outros, perdem a Jesus quando encontram uma pessoa que lhe pede um prato de comida, e tendo o que dar para comer, apenas lhe dizem: "Deus te abençoe, vá na paz do Senhor".

Muitos perdem a Jesus quando o trocam pela religiosidade, fazendo dos dogmas e liturgias uma bíblia e das idéias humanas um deus.

Onde está Jesus? Entre as multidões de ofensas não perdoadas, refeições negadas, ou emulações, pelejas e dissensões?

Jesus está no ato do perdão, no ato da liberalidade e na busca da paz com todos.

E.A.G.

* - A Bíblia para crianças em 365 histórias - autora: Mary Batchelor; tradutora Marlina C.Leão (Editora Scipione).