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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Sobre a ira e a mansidão

Folha de Papel

Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva diante das menores provocações. Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado.

Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas depois de uma explosão de raiva. Me entregou uma folha de papel lisa e me disse:

- Amasse-a!

- Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha.

- Agora - voltou a dizer-me - deixe-a como estava antes.

É óbvio que não pude deixá-la como antes. Por mais que tentei, o papel ficou cheio de pregas.

Então, disse-me o professor:

- O coração das pessoas é como esse papel... A impressão que neles deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados.

Assim aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente. Quando sinto vontade de estourar lembro deste papel amassado. A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar. Quando magoamos com nossas ações ou com nossas palavras, logo queremos consertar o erro, mas é tarde demais.

Alguém disse, certa vez: "Fale apenas quando tuas palavras forem tão suaves como o silêncio".

Como uma folha. Pense nisso!

Autor Desconhecido

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A MÃO DE DEUS NA VIDA DE GENGHIS KHAN

Oeste da Mongólia, 1974: cidadão mongol, caçador e praticante da falcoaria.
Foto de Marco van Duyvendjk.
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus" -  Mateus 5.8.

Conta-se que o conquistador mongol Genghis Khan tinha como animal de estimação um falcão. Com ele saía a caçar. Era seu amigo inseparável.

Certo dia, em uma das suas jornadas levando o falcão como companhia, sentiu muita sede. Aproximou-se de um rochedo de onde um filete de água límpida brotava. Tomou da sua taça, encheu até a borda e levou aos lábios. No mesmo instante, o falcão se jogou contra a taça e o líquido precioso caiu ao chão.

Genghis Khan ficou muito irritado. Levou a taça novamente até o filete de água e tornou a encher. De novo, antes que ele pudesse beber uma gota sequer, o falcão investiu contra sua mão, fazendo com que caísse ao chão a taça e se perdesse a água.

Desta vez o impiedoso conquistador olhou para a ave e falou:

- Vou tornar a encher a taça. Se você a derrubar outra vez, impedindo que eu beba, você perderá a vida.

Na mão direita segurando a espada mongol, com a esquerda ele tornou a colocar a taça debaixo do filete de água e a encheu. No exato momento que a levava aos lábios, o falcão voou rápido e a derrubou.

Ágil como ele só, Genghis Khan utilizou a espada e, em pleno ar, decepou a cabeça do falcão, que lhe caiu morto aos pés. Ainda com raiva, ele chutou longe o corpo do animal.

E porque a taça se tivesse quebrado na terceira queda, ele subiu pelas pedras para beber do ponto mais alto do rochedo, no que imaginou fosse a nascente da fonte. Para sua surpresa, descobriu presa entre as pedras, bem no meio da nascente, uma enorme cobra venenosa. Com certeza, porque mostrava sinais de decomposição, o animal estava morto há tempo. O cheiro era insuportável.

Nesse instante, e somente então, o grande conquistador se deu conta de que o que o falcão fizera, por três vezes, fora lhe salvar a vida, pois se bebesse daquela água contaminada, poderia adoecer e morrer. Tardiamente, lamentou o gesto impensado que o levara a matar o animal, seu amigo.

Assim muitas vezes somos nós. A Providência Divina estabelece formas de auxílio para nós e não as entendemos. Pelo contrário, nos rebelamos.

Por vezes, a presença de Deus em nossas vidas se faz através dos sábios conselhos de amigos. Contudo, quando eles vêm nos falar de como seria mais prudente agirmos nessa ou naquela circunstância, nos irritamos. E podemos chegar a romper velhas amizades.

De outras vezes, Deus estabelece que algo que desejamos intensamente, não se concretize. Algo que almejamos: um concurso, uma viagem, um prêmio, uma festa, um determinado emprego. É o suficiente para que gritemos contra o Pai, nos dizendo abandonados, esquecidos do Seu apoio.

Raras vezes paramos para pensar e analisar sobre o que nos está acontecendo. Quase nunca paramos para nos perguntar: Não será a mão de Deus agindo, para me dizer que este não é o melhor caminho para mim?

Nada ocorre ao acaso. Tudo tem uma razão de ser. Você nunca se deu conta que um engarrafamento que o detém no trânsito por alguns preciosos minutos, pode lhe impedir de ser participante de um acidente mais adiante?

Um contratempo à saída de casa, que lhe retarde a tomada do ônibus no momento que você planejava, pode ser a mão de Deus interferindo para que você não se sirva daquela condução, para não estar presente no acidente que logo acontece.

Providência Divina. Esteja atento. Busque entender as pequenas mensagens que Deus lhe envia todas as horas. E não se irrite. Não se altere. Agradeça.

A mão de Deus está agindo em seu favor, em todos os momentos, todos os dias.

Fonte: newsletter.

Autoria indefinida

sexta-feira, 11 de março de 2011

Era uma vez uma jovem bela no Carnaval...


Cheio de razão, um adágio popular diz que beleza e feíúra têm em comum a capacidade de chamar a atenção.

Eu evito sintonizar canais de televisão durante os dias de carnaval. Mas, é notória a realidade que as avenidas  servem para culto ao corpo feminino. Para as feias, resta ocupar as arquibancadas. Mas, essa realidade é motivo para lamúria daquelas que participam das escolas de samba e não das que têm como opção apenas assistir.

Todos sabemos. Para viver bem, é necessário saber lidar com a situação da presença e ausência da beleza. A nossa e a do outro.

Nem todas as pessoas portadoras de beleza têm noção que são belas. É grande o número de pessoas incapazes de avaliar corretamente a imagem que possuem. Para elas, o conceito sobre o que é belo é diferente do que elas enxergam em si mesmas, são admiráveis que não se admiram, são felizes sem saber que são.

O valor do frasco de perfume não reside em sua aparência, mas na qualidade que seu conteúdo exala. A beleza feminina não deveria estar ligada aos atos vulgares, à la garotas semi-nuas no carnaval, dançarinas do funk carioca e de conjuntos do axé music.

É incontável o número de mulheres conscientes da representação do biotipo que possuem. Para elas, é inevitável ouvir declarações e perceber o impacto que suas presenças causam. Então, nesta geração capitalista em que estamos mergulhados, elas passam a usar sua figura para projetar-se na vida e conquistar o que lhes interessa. Algumas fazem isso caminhando em porte elegante enquanto outras caem na vulgaridade.

A beleza deveria estar sempre associada com a felicidade. Coexistir entre comportamentos naturalmente sofisticados. Deveria ser reverenciada pela bondade. Que pena, a realidade não é assim.

Não poucas mulheres se vestem, ou se despem, para receber buzinaços, assobios, onomatopéias. Muitas vezes o destino da passarela dessas garotas exibicionistas é uma bifurcação que as conduzem para encontros não programados com seres brutos, homens cujos cérebros são piores que amebas podres, gentes com coração incontinente. Tais encontros resultam para elas em lágrimas, sangue, epitáfio.

E.A.G.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Crônica de uma alma convertida a Jesus por pregação de um televangelista

Conta-se que nos idos de 1970, em uma segunda-feira de maio, aos dezoito anos de idade, José, paraibano solteiro, chegou na cidade de São Paulo com uma mala velha, e poucas roupas velhas dentro dela, quase nenhum dinheiro no bolso, currículo escolar apontando para primário inacabado, mas com vontade enorme de vencer na vida.

Não tinha conhecidos na cidade grande. Então, ele foi direto para uma grande construção pedir uma vaga de emprego. Foi admitido como servente de pedreiro de imediato. Antes do prato de comida do almoço, a massa do concreto. Antes do feijão e arroz misturados com a farinha de mandioca, a mistura da areia com cimento e pedra. Assim, mais um migrante nordestino trocou a roça pela construção civil, e passou a contribuir  para a rápida  multiplicação de prédios e pontes colossais na  metrópole mais populosa da América do Sul.

O tempo não pára. Em 2006 José era homem livre do aluguel, morador de casa própria, residência espaçosa e bonita num bairro da região oeste de São Paulo. Constituíra família e exercia a profissão de mestre-de-obras. Na mesa, ainda fazia questão do feijão e arroz misturados com farinha de mandioca, mas agora tal predileção estava acompanhada de outros prazeres culinários, extraídos do livro de receitas da esposa bela e muito dedicada. No trabalho, José ainda encontrava areia, cimento e pedras, porém agora a massa era mexida pelas mãos de outras pessoas, quase sempre recém-chegadas do norte e nordeste do Brasil.

O paraibano se sentia realizado. Feliz na profissão, feliz no matrimônio. Sorria no churrasco com familiares e amigos, gargalhava com o filho a rolar no carpete felpudo, retribuía com satisfação o amor da mulher amada na intimidade de casal.  Mas seu coração sentia um frio interior inexplicável, um espaço vago que não conseguia entender e nem preencher. Essa sensação era seu segredo mais secreto.

Em uma determinada manhã de sábado, ao ligar o televisor ele se surpreendeu com um pastor evangélico. O desconhecido parecia conhecê-lo de longa data, pois conseguia descrever o sentimento ruim que incomodava sua alma.

- Ei, esse gelo dentro do seu coração é a falta da calorosa presença do Espírito Santo!

José  mal conseguia piscar os olhos, parecia que tudo em volta deixara se existir, até o pregador dentro do televisor sumira apesar de vê-lo e ouví-lo. Nada mais parecia existir naquele momento: era só ele e a mensagem.

- Você precisa de Jesus na sua vida! Receba-O agora. O melhor de Deus está por vir em sua vida!

O paraibano trocou o conforto do sofá, curvou seus joelhos em lágrimas, colocou seu rosto no azulejo de sua sala de estar. Derramava lágrimas de alívio. O evangelista fez oração em seu favor e disse-lhe.

- Agora você é filho de Deus! Seu coração tem um morador ilustre, Jesus está morando dentro de você!

Que alegria! O paraibano se sentia leve, diferente. A insatisfação interior havia desaparecido por completo e ele se sentia forte interiormente.

- Agora, procure uma Igreja Evangélica Assembleia de Deus próxima de sua casa. Passe a aprender mais sobre o nosso Deus maravilhoso. Jesus te ama!

Dito e feito. Na noite de domingo ele foi só, a esposa não quis acompanhá-lo.

José chegou ao templo e foi bem recebido pelo porteiro. Sentou-se e presenciou uma pequena banda tocar dois hinos, ouviu os conjuntos de mocidade e de senhoras cantarem, e cantos solos no altar. Atentamente, ouviu o depoimento de um senhor idoso sobre uma cura. E depois disso ouviu a pregação final com apelo parecido com o que ouvira fazer o pregador da televisão. Culto concluído, os irmãos o rodearam e se apresentaram a ele, convidaram para voltar. Tudo parecia perfeito naquela comunidade cristã, tinha impressão que o céu descera à terra. Ele se sentiu importante ali, tamanha atenção de todos.

José compareceu ao mesmo templo assembleiano na quinta-feira da semana seguinte com uma Bíblia na mão. Ao findar sua participação no segundo culto a Deus de sua vida, o nordestino recebeu um grande impacto atordoante. Alguns irmãos zombavam do pregador da televisão. O mesmo pregador que lhe falou de Jesus Cristo e lhe pediu para procurar o templo da Assembleia de Deus mais próxima de sua residência, ou seja, o templo onde era zombado. Alguns membros da congregação estavam em roda de conversa fazendo trocadilhos infames com o nome do televangelista.

- É ovelha em pele de lobo! - diziam.

José não entendeu nada... Pensou consigo sem desejar expressar a pergunta: Como podem dizer essas coisas de alguém que foi capaz de se deixar usar por Deus para mudar para melhor a minha vida?

Bem, a alegria celestial era grande e o fogo do Espírito intenso no coração de novo convertido, ele não aceitou o balde de gelo oferecido pelos velhos crentes, preferiu continuar com o calor da presença de Deus dentro de si.
 
Apesar do pesar, continuou congregando ali. E dois anos depois se tornou obreiro, passou a recepcionar com muito prazer e esmero as pessoas na mesma porta que uma noite foi recebido. O filho de 12 anos acompanhava-o com espontaneidade e aceitou a Jesus naquele templo. E pouco depois sua esposa também comungou da mesma fé e congregação evangélica.
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Até hoje José come arroz e feijão misturados com farinha de mandioca. Mas acostumou-se a orar antes. Ele agradece por todas as  refeições. Além disso, faz questão de colaborar com ofertas para a manutenção do ministério do pastor da televisão, que um dia foi usado para que pudesse conhecer o amor de Deus.

E.A.G.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A ROÇA DO LOUCO

Por Nalon C.

(Uma estória que ilustra verdades que passam desapercebidas).

Vi, entre homens, um que parecia não ser de bom senso.

Fazendo uso de um pedaço de chão que lhe pertencia, foi semeando sem selecionar sementes ou mudas. Qualquer semente que encontrava, levava consigo, plantava e deixava crescer.

Certo dia, visitando a lavoura observou uma bela moita, caules coloridos, folhas grandes, cor característica, com presença de alguns espículos. Convidou a esposa, levando também a filhinha para admirarem a linda "folhagem". A esposa, que também nada entendia de botânica, resolveu fazer dessas folhas um belo molho para enfeitar a sala. A filhinha encarregou-se de levá-los.

Pouco depois, mãe e filha tinham o doce prazer de se coçarem, prurido doloroso, a ponto de seus olhos lacrimejarem. A pele toda empolada sugeria uma urticária gigante. Sofreram bastante por não conhecerem a traiçoeira Urtiga.

Numa outra visita à lavoura, encontrou bem amadurecido certo capão de gramíneas. Pensou consigo: Se não é trigo é arroz. Formou grandes feixes de cachos, levou-os para casa e disse para a mulher: Estenda um lençol; vamos colher este arroz. Assim, enrolou bem aqueles molhos, comprimiu os cachos, espetou bastante as mãos, feriu-se todo, e nada de grãos de arroz. Estava a colher carrapichos.

Lavado o lençol, puseram-no na cama, mas ninguém conseguiu dormir. Lá estavam os minúsculos espinhos entre o tecido para tirar-lhes o sossego.

Perdeu seu tempo, feriu suas mãos; sua esposa perdeu a paciência e tratou-o mal com duras palavras. Passaram noites mal dormidas, desgastaram seus "nervos" e acabaram queimando o lençol para dar fim ao sofrimento.

Certo dia ele estava a lastimar: Não tenho sorte! Minha vida é uma contínua colheita de sofrimentos!

Você conhece esse louco?

Pode ser que algumas pessoas ao olhar num espelho o reconheça.

Como vão as colheitas no seu campo de ação? Tudo está bem em casa? Muitas brigas? Falatórios? Caras feias? Choros? Angústias? Depressões? Inimizades? Úlceras? Ciúmes? Conflitos entre pais e filhos? Ou confiança, segurança, liberdade e muito amor?

Há cerca de dois mil anos, o grande filósofo cristão afirmara: "tudo o que o homem semear, isso também ceifará".

Se a colheita não está sendo boa em algum campo de suas atividades, seja prudente. Mude logo a qualidade da semente e verá que nos dias futuros a boa colheita certamente virá. Mas, lembre-se: cada atitude, cada gesto, cada palavra, é uma sementinha que você está plantando, e que a seu tempo dará seu fruto. Compre de graça a boa semente no celeiro de Deus (a Bíblia Sagrada) e esteja certo, que não tardará muito a se deliciar com uma boa colheita que jamais terá fim.

"Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá. Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição, mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna" - Gálatas 6.7-8 (NVI).

E.A.G.
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terça-feira, 20 de julho de 2010

Crônica sobre a oração desesperada de um ateu

Conta-se que um farmacêutico se dizia ateu e vangloriava-se de seu ateísmo. Segundo ele, com toda certeza, Deus deveria ser uma quimera, uma dessas fantasias para enganar todas as pessoas incautas e menos letradas. Talvez alguns mais desesperados que necessitassem de consolo e esperança.

Um dia, no quase crepúsculo, uma garotinha adentrou sua farmácia. Era loira, de tranças e trazia um semblante preocupado. Estendeu uma receita médica e pediu que a preparasse.
O farmacêutico, embora ateu, era homem sensível e emocionou-se ao verificar o sofrimento daquela pequena, que, enquanto ele se dispunha a preparar a fórmula, assim se expressava:
- Prepare logo, moço, o médico disse que minha mãe precisa com urgência dessa medicação.
Com habilidade, pois era muito bom em seu ofício, o farmacêutico preparou a fórmula, recebeu o pagamento e entregou o embrulho para a menina, que saiu apressada, quase a correr.
Retornou o profissional para as suas prateleiras e preparou-se para recolocar nos seus lugares os vidros dos quais retirara os ingredientes para aviar a receita. É quando se dá conta, estarrecido, que cometera um terrível engano. Em vez de usar uma certa substância medicamentosa, usara a dosagem de um violento veneno, capaz de causar a morte a qualquer pessoa.
As pernas bambearam. O coração bateu descompassado. Foi até a rua e olhou. Nem sinal da pequena. Onde procurá-la? O que fazer?
De repente, como se fosse tomado de uma força misteriosa, o farmacêutico se indaga:
- E se Deus existir?
Coloca a mão na fronte e em desespero clama:
- Deus, se existes, me perdoa. Faze com que aconteça alguma coisa, qualquer coisa para que ninguém beba daquela droga que preparei. Salva-me, Deus, de cometer um assassinato involuntário.
Ainda se encontrava em oração, quando alguém aciona a campainha do balcão. Pálido, preocupado, ele vai atender. Era a menina das tranças douradas, com os olhos cheios de lágrimas e uns cacos de vidro na mão.
- Moço, pode preparar de novo, por favor? Tropecei, caí e derrubei o vidro. Perdi todo o remédio. Pode fazer de novo, pode?
O farmacêutico se reanima. Prepara novamente a fórmula, com todo cuidado e a entrega, dizendo que não custa nada. Ainda formula votos de saúde para a mãe da garota.
Desse dia em diante, o farmacêutico reformulou suas idéias. Decidiu ler e estudar a respeito do que dizia não crer e brincava. Porque embora a sua descrença, Deus que é Pai , atendeu a sua oração e lhe estendeu a Sua misericórdia.
No desdobramento de nossas experiências acabamos todos reconhecendo a presença divina. É algo muito forte em nós. Mesmo entre pessoas consideradas de má vida, e criminosos, encontraremos vigente o conceito.
"Cremos em Deus, que Ele nos dá segurança. Caminhar com Ele, para Ele e ter a certeza de que somos filhos d'Ele é algo que somente àqueles que o são podem saber a grande diferença que isso faz".
É muito bom saber que, desde sempre, antes mesmo que O conhecêssemos, Deus já cuidava de nós e sempre quis nos mostrar que para obter esta filiação e a Vida Eterna , seria somente através de Jesus Cristo, Seu Filho, o Messias, que morreu por nós e venceu a tudo e a todos para que por amor a todos nós fossemos perdoados de nossos pecados e salvos, para estarmos com Ele na Eternidade .
Lembre-se disto sempre que: Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo estão próximos para ouvir a sua voz, mas se voce for filho, Eles estarão sempre ao seu lado.

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Autoria indefinida.

sábado, 3 de julho de 2010

O MILAGRE NO MAR VERMELHO


Um professor ateu com frequência exagerada tentava destruir a fé que os seus alunos tinham na Bíblia.

Numa determinada ocasião, dava ênfase a que Moisés e os filhos de Israel não atravessaram o Mar Vermelho a seco, acrescentando que eles passaram com uma profundidade de 15 centimetros de água. Um rapazinho, na última carteira, para quem a história bíblica era familiar, reagiu com um efusivo "Amém!".

O professor perguntou:

- Por que disseste Amém? Isto não foi um milagre.

O aluno respondeu que o milagre não estava em que o povo tivesse passado com água a 15 centímetro de profundidade, mas, sim no fato de Deus afogar o exército de Faraó numa água tão rasa.

Autoria desconhecida.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A crônica do cão cansado

Um cão velho e com olhar cansado estava andando pela rua e entrou em meu jardim. Eu pude ver, pela coleira e seu pelo brilhante, que ele era bem alimentado e bem cuidado. Ele andou calmamente até mim e eu o agradei. Então ele me seguiu e entrou em minha casa. Passou pela sala, entrou no corredor, deitou-se em um cantinho e dormiu.

Uma hora depois ele foi para a porta e eu o deixei sair. No dia seguinte ele voltou, fez "festinha" para mim no jardim, entrou em minha casa e, novamente, dormiu por uma hora, no cantinho do corredor. Isso se repetiu por várias semanas.

Curioso, coloquei um bilhete em sua coleira:

"Gostaria de saber quem é o dono deste lindo e amável cachorro e perguntar se você sabe porque ele vem até a minha casa todas as tardes para tirar uma soneca."

No dia seguinte ele chegou para sua habitual soneca, com um outro bilhete na coleira:

"Ele mora em uma casa com seis crianças, duas das quais têm menos de três anos, então, provavelmente, ele está tentando descansar um pouco. Posso ir com ele amanhã?"

Fonte: newsletter Lidiomar Trazini.

terça-feira, 9 de junho de 2009

A PARÁBOLA DO DINHEIRO SUJO E AMARROTADO

Conta-se que um determinado pregador ao assumir o microfone começou sua explanação para uma audiência de duzentas pessoas mostrando a todos um nota de r$ 100,00, fez a seguinte pergunta:

- Quem gostaria de ganhá-la? Quem quer esta nota levante a mão, por favor.

Logo diversas pessoas se manifestaram mostrando interesse pelo dinheiro oferecido.

- Darei a nota para um de vocês, mas antes permita-me manuseá-la. Então, começou a amassá-la bastante. Em seguida voltou a fazer nova pergunta:

- Quem aqui deseja ganhar estes cem reais amassados?

O mesmo número de mãos levaram.

- Bem, agora vou fazer isso...

O pregador jogou a cédula no chão e começou a pisoteá-la, depois pegou-a e mostrou a todos que ela estava muita suja e amarrotada:

- Meus amigos, quem não se importa com o estado deplorável desta nota e a deseja?

As mesmas pessoas levantaram suas mãos em sinal de que gostaria de tê-la para si.

- Nós aprendemos uma lição com este dinheiro – explicou o pregador – Vocês o desejam porque sabem que apesar de todas as circunstâncias que ele passou, continua com o mesmo valor. O amor de Deus por nós é igual. Ele nos ama muito, deseja ardentemente que nós sejamos dele apesar de todos os pesares. O Senhor não se importa qual seja nosso estado, mesmo que nos sintamos inúteis. Se estamos sujos no chão e amarrotados pelo sofrimento causado pelo pecado, o valor que temos para Ele continua sendo inestimável. Aos olhos de Deus, o nosso valor não é estipulado por aquilo que fazemos de bom ou ruim, mas por quem somos em Cristo Jesus.

Você sempre será especial para Deus!

Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores – Romanos 5.8.

Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? - Romanos 8.31.

E.A.G

sábado, 30 de maio de 2009

O exemplo das borboletas

Um homem observava com muita atenção o casulo de uma borboleta. Via o esforço que o pequenino inseto fazia para viver ali dentro do minúsculo orifício. E durante muitas horas parecia que não acontecia nenhum progresso.

Em determinado momento o homem teve a impressão que a borboleta desistiu da sua liberdade. Aí o homem decidiu ajudar. De posse de uma tesoura ele abriu delicadamente o casulo, e a borboleta pôde sair com facilidade. Ele viu que as asas dela estavam amassadas e o corpo murcho.

O que fazer agora? Continuou observando o bichinho, cheio de esperanças que, a qualquer instante, as asas dela se abrissem e, assim, partisse voando. Mas, a borboleta passou o resto da sua curta vida no chão, fraca e encolhida.

Quando o homem interferiu no ciclo da metamorfose, a transformação da lagarta em borboleta, mesmo com boas intenções e gesto de gentileza, não compreendia que o enorme esforço para sair do casulo era uma esforço necessário para ela, a natureza pedia isso, pois faria com que o bichinho tivesse condições de alçar voo no futuro.

Assim é com a gente. O tempo de Deus é o melhor tempo para nós. Às vezes estamos como que presos em casulos e queremos sair e voar. Existe a hora certa para fazer isso, se saímos antes do momento certo, jamais teremos condições de bater as asas e subir. Quando Deus trabalha, e parece que trabalha sem pressa de resolver nossos problemas, é apenas uma impressão errada que temos dEle. Deus sabe o que faz!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

A fábula o alce e os lobos


A água do lago estava tão limpa que parecia um espelho. Todos os animais que foram beber água viram suas imagens refletidas no lago. O urso e seu filhote pararam admirados e foram embora.
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O alce continuou admirando a sua imagem:
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- Mas que bela cabeça eu tenho.
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De repente, observando as próprias pernas, ficou desapontado e disse:
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- Nunca tinha reparado, nas minhas pernas. Como são feias! Elas estragam toda a minha beleza!
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Enquanto examinava sua imagem refletida no lago, o alce não percebera a aproximação de um bando de lobos que afugentara todos os seus companheiros.
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Quando finalmente se deu conta do perigo, o alce correu assustado para o mato. Mas, enquanto corria, seus chifres se embaraçavam nos galhos, deixando-o quase ao alcance dos lobos. Por fim o alce conseguiu escapar dos perseguidores, graças às suas pernas, finas e ligeiras.
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Ao perceber que já estava a salvo, o alce exclamou aliviado:
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- Que susto! Os meus chifres são lindos, mas quase me fizeram morrer! Ah, se não fossem as minhas pernas!
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Moral da história: Não devemos valorizar só o que é bonito, temos que valorizar o que é útil também.

Autoria desconhecida

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A UNÇÃO DA GRAVATA

Li este "causo" numa comunidade evangélica no site orkut e então resolvi compartilhá-lo aqui.


Certa vez um pastor foi convidado para pregar em uma determinada igreja-sede. E na hora da mensagem o pastor-anfitrião avisou-o, ao pé do ouvido, que ele pregaria apenas em outra data porque não usava gravata naquele instante.
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O convidado não questionou a abrupta mudança de planos.


Conforme o combinado, no segundo convite, ele estava lá de prontidão. Usava terno completo; calça fazendo conjunto com o paletó; a cor da camisa combinava com a cor da gravata. Tudo conforme manda o figurino.


Na hora da mensagem ele foi chamado a ocupar o púlpito. E serenamente foi ao posto.


Suas primeiríssimas palavras ao microfone:


- Fala, gravata! - esfregando a peça de roupa no aparelho.


O povo não entendia nada, ficou inerte em vê-lo naquele protesto enigmático e corajoso.


- Fala, gravata!


E a gravata não disse nada!


- Irmãos, como a gravata insiste em não falar, façam o favor de levantarem-se dos seus assentos para orar comigo antes de eu ministrar a Palavra nesta noite e o Espírito Santo é quem falará aos nossos corações.
E.A.G.

sábado, 29 de novembro de 2008

UMA CRÔNICA DAS FILAS NAS AGÊNCIAS BANCÁRIAS DAS GRANDES CIDADES



Peça a sua senha nas agências bancárias, nunca entre direto na fila, fazendo isso você ganha tempo e faz valer seu direito de cidadão.

Vivi hoje uma experiência que confirmou uma suspeita. Há cerca de um mês eu entrei no Banco Itaú para fazer um pagamento e,quando vi o tamanho da fila, pensei: 'Vou ficar horas aqui dentro'. Foi quando me lembrei da lei, que entrou em vigor em todo país, regulando o tempo máximo de espera em fila bancária. São 15 minutos em dias normais, 30 minutos para quinto dia útil do mês, 30 minutos no dia 10 ou no primeiro dia útil seguinte e 30 minutos no primeiro dia útil seguinte ao de feriado prolongado, seja nas sexta ou na segunda- feira.

Solicitei a um funcionário a senha com o horário de entrada na fila,pois se o tempo excedesse eu encaminharia o papelucho para a prefeitura multar o banco.Entrei na fila,e notei que repentinamente aquele apito que sinaliza caixa desocupado começou a tocar com maior freqüência, e a fila foi diminuindo mais rápido. Quando cheguei ao caixa, o funcionário solicitou a senha para autenticar, e eu fiquei intrigada. No meio de tantos clientes omo ele sabia que a senha estava comigo?

Examinei, então, os dois horários,entrada e saída e constatei...Foram 14 minutos de fila. Ótimo! Eu esperava ficar mais de uma hora...Percebi que quando eu pedi a senha, o gerente colocou mais caixas e o atendimento fluiu rapidamente.

Hoje, fui novamente ao mesmo banco e dei de cara com a mesma fila imensa.Não tive dúvida. Procurei um funcionário e pedi a senha. Ele, fazendo cara de..., perguntou: “Que senha? Não tem senha. Entre na fila.” Eu insisti. Ele disse que não sabia de senha alguma... Procurei os caixas e notei uma plaquetinha discreta que dizia:Se necessitar senha solicite ao caixa. Pedi a senha ao caixa, e ele fez outra cara de...e disse: “Que senha?” Parece que os funcionários já estão treinados a NÃO fornecer a senha. Então eu exigi: “A senha que diz o horário que eu entrei na fila. É lei...”.

O caixa meio contra vontade forneceu a senha e eu entrei na fila. No início continuou lenta, quase não andava. De repente,o mesmo fenômeno,começou a apitar que não parava mais,e a fila foi rapidamente diminuindo. Quando cheguei ao caixa, desta vez não foi surpresa,ele pediu a senha pra autenticar, e após a autenticação, ele se virou para uma senhora que circulava por trás dos caixas,com cara de "Patroa", e em resposta à pergunta dela de...'E aí? Tudo bem?' O caixa respondeu. 'beleza'. Matei a charada! 'beleza' foi a constatação que o caixa fez.

Fui atendido em 11 minutos.

E a tal "Patroa",então, deu um sinal que eu entendi que seria para alguns dos caixas voltarem para os locais de onde foram retirados para atender ao público.
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Moral da história: Existe sim um número suficiente de funcionários nos bancos, para atender dignamente o público, porém, eles são desviados para outras funções mais lucrativas, como vender seguro por telefone, enquanto os idiotas dos clientes ficam na fila por horas.

Eu não fico mais... Cada vez que entrar em um banco, seja na capital ou em qualquer outro município eu peço a senha com o horário. Vamos lutar por esse direito obtido... Não sejamos bobos... É só a gente divulgar e insistir para a lei pegar. Afinal, os donos de bancos não nos pupam de nenhum juro, cobram todos os serviços e ganham dinheiro com o nosso dinheiro.


Autoria desconhecida

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

2ª CORÍNTIOS 9.6 - A LEI DA SEMEADURA


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Um sujeito colocou seu sítio à venda. Logo no primeiro dia apareceu um interessado.
Disse-lhe o interessado:
- Bom dia, estou em busca de uma área para plantio. Como é o solo daqui? Dá milho, feijão?
- Dá não, senhor – respondeu o proprietário.

- E mandioca?

- Dá não, senhor.

- Nem mandioca? - espantou-se o homem.

- Dá não, senhor.

O interessado não era especialista em solo, mas tinha noção do assunto. Olhou a terra em sua volta e pareceu-lhe terra boa, coçou a cabeça. Querendo entender o caso, fez a derradeira pergunta:
- E se plantar?
- Ah... Moço, se plantar é uma maravilha! Daí dá de tudo. Dá batata, milho, feijão, “inté” mandioca!
“Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará, e aquele que semeia em abundância, em abundância também ceifará” - 2ª Coríntios 9.6.
Autoria desconhecida

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

LOUIS PASTEUR E A BÍBLIA SAGRADA


Por Airton Evangelista

Fato ocorrido em 1892.
Um senhor de 70 anos viajava de trem tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia o seu livro de ciências. O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia, e estava aberta no livro de Marcos. Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:
- O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?
- Sim. Mas não é um livro de crendices é a Palavra de Deus. Estou errado?
- Claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a história geral. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda crêem que Deus criou o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os cientistas dizem sobre isso.
- É mesmo? E o que dizem os cientistas sobre a Bíblia?
- Bem, respondeu o universitário, vou descer na próxima estação, mas deixe o seu cartão que eu lhe enviarei o material pelo correio.
O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do paletó, e deu o cartão ao universitário. Quando o jovem leu o que estava escrito saiu cabisbaixo se sentindo pior que uma ameba. O cartão dizia: "Louis Pasteur, Diretor do Instituto de Pesquisas Científicas da École Normale de Paris".

Fonte: Jesus Site

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

O burro no fundo do poço

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O burro de um camponês caiu num poço. Não chegou a se ferir, mas não podia sair dali por conta própria. Por causa disso o animal urrou fortemente durante horas, enquanto o camponês pensava no que fazer.

Finalmente, o camponês tomou uma decisão cruel: concluiu que o burro já estava muito velho e que o poço já estava mesmo seco, precisaria ser tapado de alguma forma. Portanto, não valia a pena se esforçar para tirar o burro de dentro do poço. Ao contrário, chamou seus vizinhos para ajudá-lo a enterrar vivo o burro. Cada um deles pegou uma pá e começou a jogar terra dentro do poço.

O burro não tardou a se dar conta do que estavam fazendo com ele, e urrou mais desesperadamente. Porém, para surpresa de todos, o animal aquietou-se depois de umas quantas pás de terra que levou. O camponês olhou para o fundo do poço e se surpreendeu com o que viu.A cada pá de terra que caía sobre suas costas ele a sacudia, dando um passo sobre esta mesma terra. Assim, em pouco tempo, todos viram como o burro conseguiu chegar até a boca do poço, passar por cima da borda e sair dali trotando...

A vida vai lhe jogar muita terra, todo o tipo de terra, principalmente se você já estiver dentro de um poço. O segredo para sair do poço é sacudir a terra que se leva nas costas e dar um passo sobre ela. Cada um de nossos problemas é um degrau que nos conduz para cima. Podemos sair dos mais profundos buracos se não nos dermos por vencidos.

Use a terra que te jogam para seguir adiante! Recorde as cinco regras para ser feliz:

1 - Liberte o seu coração do ódio.

2 - Liberte a sua mente das preocupações.

3 - Simplifique a sua vida.

4 - Dê mais e espere menos.

5 - Ame mais e... Aceite a terra que lhe jogam, pois ela pode ser a solução, não o problema.
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(Autoria desconhecida)

Fonte:
http://obreiradosenhor.zip.net/
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terça-feira, 11 de setembro de 2007

11 de setembro - Crônica de um atentado terrorista

Imagem: Jimmy Wolf.
Terça, 11 de setembro de 2001.

Era uma manhã fria, não me lembro exatamente qual era o horário. Deixei uma sala de entrevistas para uma vaga de emprego na cidade de Osasco, em uma empresa situada bem próxima da divisa com a cidade de São Paulo, altura do quilômetro 18 da Rodovia Anhanguera, após ter ouvido mais uma vez a desanimadora frase "aguarde o nosso telefonema."

Atravessei a rua e me sentei em um banco dentro de um modesto estabelecimento comercial, que nem sei se posso chamar de lanchonete, vizinha daquela empresa multinacional. Ali estavam algumas pessoas que trabalhavam naquela firma. Tomavam café também e aguardavam o horário de assumir o expediente. Conversavam alegres sobre coisas triviais. Observei calado e distante, enquanto tomava meu café. Passados uns cinco minutos o pessoal saiu conversando de forma ainda descontraída e ruidosa e entrou na empresa.

Vendo aquela cena, analisando minha vida, me senti triste, mas confiante em Deus. Pensei comigo mesmo: "Quantos com empregos e reclamando, e eu aqui com família para criar mais uma vez tendo que voltar para casa desempregado". Mesmo assim estava confiante em Deus; mesmo aflito eu sentia Deus presente na minha vida naqueles momentos de aflição.

O rádio daquele estabelecimento estava sintonizado em uma estação dedicada somente às notícias. Chiava por conta de uma sintonia fraca, mas já não existia a algazarra dos trabalhadores e conseguia entender o locutor. A voz dele era de desespero e chamou minha atenção por causa disso. Falava da colisão do primeiro avião com a Torre Norte do World Trade Center. Para ele, ainda era apenas um acidente... Dizia que o arranha-céu estava em pé e em chamas.

A dona da lanchonete fez uma piadinha de péssimo gosto sobre a situação, dizendo que o locutor era sensacionalista. Talvez, por ela não saber de qual prédio se tratava e qual o significado dele na vida da economia mundial.

Algumas semanas antes, eu tinha visto na televisão uma cena do filme Homem Aranha. O herói lutava com seu arqui-inimigo naquele prédio. As cenas foram refeitas depois e poucos viram a original porque. obviamente, não ficaria bem aos produtores diante do público manter aquele desfecho naquele cenário, já inexistente quando do lançamento do blockbuster.

Paguei a conta e saí rapidamente dali e voltei para minha casa, que distava 10 minutos. Rapidamente liguei a televisão e vários canais estavam ao vivo. Minha filha se aprontava para ir à escola e sentou ao meu lado. Juntos, logo vimos outra cena chocante: uma enorme explosão na Torre Sul do complexo World Trade Center. Alguns minutos depois o narrador confirmava ser por causa da colisão de um segundo avião. E comentavam sobre o avião no Pentágono.

E naquela altura a minha agonia pessoal já era outra, pensava na quantidade de vítimas e seus familiares, na reação norte-americana para responder os loucos que faziam aquilo. Todos nós já sabíamos com toda certeza que se tratava de um atentado terrorista.

Disse para a minha filha, com apenas treze anos:

- Estamos vendo acontecimentos históricos. Os professores de História falarão sobre esse dia para os seus filhos.