O desenvolvimento de superfícies de baixa refletividade para displays eletrônicos tem sido uma área de intensa pesquisa. Agora, os pesquisadores pretendem imitar esse mecanismo e aplicá-lo para o desenvolvimento de lentes objetivas e a laser de alta performance e telas sensíveis ao toque.
Até então, encontramos no mercado as chamadas telas de cristal líquido transflectivas, que reduzem o brilho devido à luz de fundo e à iluminação ambiente; também temos à venda aparelhos com controle de brilho adaptável, contendo sensores para aumentar a luz da tela. Mas ambas as tecnologias consomem baterias e nenhuma delas é completamente eficaz. As lentes normalmente são providas de uma camada antirreflexo, que muitas vezes apresentam a desvantagem de terem efeito ótimo apenas em uma limitada faixa de cumprimento de ondas.
Shin-Tson Wu, da Universidade da Flórida Central, que trabalha em uma técnica para fazer um revestimento de tela inspirado nos olhos do bichinho. Juntamente com colegas da Universidade Nacional de Taiwan criou um molde de dióxido de silício que se assemelha à superfície do olho de uma mariposa, para produzir um revestimento duro e ondulado em uma folha flexível. O molde possui covinhas côncavas em vez de convexas, como as do olho da mariposa, mas mesmo sendo em formato diferente também evitam o brilho da mesma maneira. Nos testes, o material resultou em menos de 1% de refletância.
Pesquisadores do Instituto Max Planck de Pesquisa Médica, localizado em Heidelberg, Alemanha, e a Universidade de Jena também estão imitando o mecanismo natural, mas por meio da chamada tecnologia NanoAR. Ao invés de desenvolver camadas, os pesquisadores estão trabalhando na própria superfície. Com o procedimento, as minúsculas estruturas de poucos nanômetros são aplicadas em superfícies por meio das quais elas são então espelhadas. E assim projetam o efeito desejado em uma faixa de ondas mais extensa - principalmente com grande intensidade de transmissão de luz.
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