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quinta-feira, 15 de maio de 2014

O livro de Levítico, o terceiro livro da Bíblia Sagrada

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O livro de Moisés intitulado Levítico, recebe seu nome em português derivado da Septuaginta (LXX, a mais antiga tradução grega do Antigo Testamento), e significa Relativo aos Levitas. Entretanto, seu título em hebraico original é a primeira palavra do texto hebraico da obra, e comunica o seguinte: "E, ele, Yahweh, chamou"

Em mais de cinquenta passagens neste livro afirma-se que Yahweh, o Senhor, falou tais palavras a Moisés, que as anotou pessoalmente, ou mandou registrar (4.1; 6.1; 8.1; 11.1; 12.1). O próprio Messias, Jesus Cristo, também atestou a autoria mosaica de Levítico (Marcos 1.44 em relação a Levítico 13.49.

Embora o livro não trate exclusivamente dos deveres especiais dos levitas, recebe esse nome porque diz respeito, sobretudo, ao culto de adoração no Tabernáculo, dirigido pelos sacerdotes, filhos de Arão, em cooperação de muitos membros da tribo de Levi.

A Palavra expressa no livro de Levítico registra as leis e as ordenanças para o estabelecimento do culto à pessoa de Deus que se realizará nas dependências desse espaço santo denominado Tabernáculo (Tenda, Casa, Templo), incluindo-se as instruções sobre a purificação cerimonial, as leis morais, os dias consagrados (santos), o ano do shabbãh, sábado, e o Ano do Jubileu. Essas leis foram outorgadas, em sua maior parte, no ano em que o povo de Israel estava acampado no monte Sinai, quando o Deus deu ordens expressas a Moisés sobre como organizar a adoração, o governo e as forças militares de Israel.

Levíticos é um dos livros mais difíceis de se ler no Antigo Testamento, nele há poucas narrativas e personalidades. Não há poesia. É repleto de regulamentos, rituais, estatutos meticulosos. Leis apresentadas ali é de difícil compreensão para quem vive nos dias atuais. Muito leitores decididos a ler a Bíblia inteira desanimam nas páginas de Levíticos. A grande quantidade de detalhes pode aborrecer ao leitor que não sabe para onde as simbologias apontam. Portanto, é recomendável efetuar a primeira leitura com vista ao ângulo panorâmico, e somente após ter conhecido todo o livro, retomar à leitura para. prestar atenção às minucias.

Os rituais por que Israel teria que passar são uma demonstração dos terríveis perigos e efeitos danosos do pecado. Eles sublinham a realidade de que um só pecado pode contaminar todo o nosso ser, assim como uma gota de veneno se dissolve completamente dentro de um copo d'água.

Através do tema central do livro, que é a santidade, o livro tem uma grande lição para os israelitas e para nós (11.44). Os ritos e cerimônias da religião judaica nos fazem lembrar que Deus é um Deus santo, e que nada contaminado pelo pecado pode permanecer em sua presença.

Todos os rituais e ofertas da religião judaica nos fazem olhar para o Cordeiro de Deus, ao sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário para nos salvar. Precisamos recordar que Deus nos deu uma maneira diferente de lidar com o pecado. Agora, já não mais com sacrifícios, mas por meio da morte de seu Filho temos condição de nos aproximar dEle.

Bíblia Devocional de Estudo, páginas 135, 136, edição 2000, São Paulo, Fecomex.
Bíblia Sagrada King James - Edição de Estudo, página 149, edição de julho de 2013, Abba Press Editora e Divulgadora Cultural Ltda, Sociedade Bíblica Íbero-Americana.
Surreal Paintings, Mihai Criste - http://mihaicriste.blogspot.com.br/

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