Segundo o Data Folha, em pesquisa publicada no jornal Folha de São Paulo neste domingo, 13 de abril, doze por cento dos moradores de São Paulo concordariam que uma mulher usando roupas provocantes merecem ser estupradas.
Será, mesmo? É questionável este tipo de levantamento. Todos somos indivíduos únicos, o ser humano não é feito em uma esteira de produção padronizada. Jamais a resposta de um valerá como endosso de pensamento de quem não foi consultado. Então, o respondente de maneira alguma pode ser considerado representante da maioria da população que não respondeu à pesquisa.
Quanto ao resultado da pesquisa, podemos afirmar que dentro do número de entrevistados, doze por cento deles consideram que uma mulher provocadora mereça ser violentada, jamais poderemos afirmar que este tipo de pensamento lamentável faz parte do jeito de pensar de doze por cento dos moradores de São Paulo.
Acredito que pesquisas são sempre falhas. Pelo fator acima apresentado e também por falhas dos institutos que a realizam. Um exemplo: eu fui entrevistado no último senso do IBGE, a entrevistadora não perguntou qual era a minha religião e a religião de minha família, que é evangélica. Por esta situação, fico pensando quantos outros entrevistados também não responderam esta mesma pergunta. Então, como podem afirmar qual é o número percentual exato de evangélicos no Brasil?
E.A.G.
Nenhum comentário:
Postar um comentário