Muitas vezes, quando prego por meio de tradutor, conheço o bastante da língua para entender o que eles estão dizendo. Alguns deles como que ampliam o que eu digo, tornando-o mais penetrante e significativo. Outros parecem diminuir a mensagem, reduzindo-a a uma sequência de trivialidades e lugares comuns.
Nas ocasiões em que vi minhas palavras tomarem aquela forma insípida, eu olhei para o intérprete pensando comigo mesmo: "mas foi isso o que eu disse?" e naqueles momentos como que eu senti o olhar de Cristo a relembrar-me das inúmeras vezes que eu tinha empobrecido o seu desafio, reduzindo-o a uma trivialidade desinteressante. E, Jesus, como eu, também dizia: "Mas foi só isso que eu disse?"
Fonte: Mensagem da Cruz, nº 109, página 32, 2º trimestre de 1996, Venda Nova - MG, Editora Betânia.
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