Papai Noel: o usurpador

Eu acredito que não existe idolatria ao Papai Noel em famílias evangélicas. Os pastores ensinam muito bem sobre o que é esta data. Explicam que o centro de adoração do dia deve ser a pessoa de Jesus Cristo.

Não vejo nada de errado em comemorar o nascimento de Jesus Cristo, mesmo que não saibamos qual seja a data com exatidão. É bom reunir a família e os amigos e confraternizar uns com os outros, desde que tenhamos em mente que a festa é dedicada ao Filho de Deus.

Eu não sei com certeza  se existe idolatria ao venhimho barbudo em famílias não evangélicas. Para muitos pequeninos, ele é só uma figura folclórica, e aos adultos o personagem que serve para alavancar as vendas no período de final de ano.

E a origem da árvore de natal? Alguns dizem que há ligação com idolatria. Mas, eu pergunto: quem é o Criador da natureza? Deus criou o pinheiro e todas as outras árvores. Então, seja no dia 25 de Dezembro ou em qualquer outro dia, basta não nos esquecer quem criou o universo ao decorar a sala com ela.

Quanto a figura do Noel, não vejo no personagem nada de bom e aproveitável. O pai e a mãe de família trabalham o ano todo, dedicam o suor do rosto para manter a dignidade familiar. E será que é justo comprar bons presentes aos filhos e em 25 de Dezembro transferir o mérito do carinho ao barbudo de vermelho? É claro que não! Os pais precisam dizer aos filhos: amo vocês e comprei isso para vocês com muita satisfação!

A maior usurpação que o personagem Noel faz deve ser a de usurpar o mérito dos pais quanto aos presentes. Nenhuma mãe e nenhum pai deve se deixar ser usurpado, ninguém deve aceitar a imposição cultural dessa usurpação sem resignação. Que essa estória de Papai Noel fique só para as novelas e filmes de Hollywood. A realidade é outra, que os filhos saibam do afeto dos seus pais, em nome da unidade dentro dos lares!

E.A.G.