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terça-feira, 19 de junho de 2007

Prosperidade: definindo biblicamente o que é

Prosperidade é um assunto que está em voga no meio evangélico pentecostal. É uma volta e outra volta-e-meia e se retoma para a mesma pauta dos assuntos. Gente curiosa em saber mais e outras se posicionando como guardiãs da sã doutrina cristã.

Mas para defender a doutrina, genuinamente, é necessário discorrer por toda ela. Não é o que vejo acontecer com alguns dos tais "guardiões". Eles querem criticar, mas não explicam o que a Bíblia Sagrada diz, na íntegra, sobre a prosperidade bíblica. Fico pensando comigo mesmo qual é o motivo deles desaprovarem tanto assim quem ensine sobre prosperidade, quem queira ser próspero e quem já vive prosperamente. 

Não entendo como é possível haver crentes defensores da "Teologia da Miséria". Sim, existe quem pense que a miserabilidade seja um selo de qualidade e santidade. Os argumentos dessas pessoas é um resquício da filosofia de São Francisco de Assis, o padre católico que fez voto de pobreza, sendo alguém de família muito rica.

Nascimento de Jesus: interpretação equivocada.

Um dos argumentos de quem prega a “Teologia da Miséria” é comentar que Jesus Cristo nasceu em uma estribaria, um estábulo. E hoje em épocas natalinas encontramos com muita facilidade o cenário reconstituído, artesanalmente, com vários bonequinhos, representação de  José e Maria, dos magos e dos animais.

No entanto, é deixado de lado o contexto histórico. Não se diz que José e Maria estavam em viagem, da Galileia à Judeia, por conta da convocação do imperador César Augusto pedindo que o povo fosse recenseado. José e Maria tinham uma casa como lar e também condições financeiras para se hospedarem durante aquela viagem. José procurou um lugar para pousar e não encontrou vaga disponível para pernoitar. Nesta situação, Maria entrou no processo de trabalho de parto e o Unigênito do Pai nasceu em um local dos mais simples (Lucas 2.1-14.

José era homem com uma profissão, era carpinteiro. Segundo os especialistas, embora a profissão de José não fosse enriquecedora era rendosa nos tempos em que Maria deu a luz. Dizer que Jesus Cristo nasceu e viveu pobre é apenas conjecturar, não há registro bíblico comprovando nada isso. Jesus também foi um carpinteiro até chegar aos trinta anos e abraçar Seu ministério pastoral.

Definindo o termo

Soteriologia: matéria teológica não apresentada inteiramente por quem critica a Teologia da Prosperidade.

Na Bíblia Sagrada, o substantivo salvação traz em seus originais em grego (soteria) e hebraíco (marpe'), o sentido de libertação, preservação, integridade, alegria, resgate, bem-estar geral e prosperidade. No Velho Testamento, encontramos referências à tranquilidade, remédio e cura. O termo marpe' vem do verbo rapha (restaurar, curar, sarar). A salvação é apresentada tanto em sentido material, temporal, quanto o eterno. Marpe'/soteria é uma possessão presente com uma realização a ser completada futuramente.

Entretanto, estas descrições  não são lembradas e divulgadas tanto quanto deveriam ser. Diz-se ou deixa-se a ideia errada de que a salvação tem a ver tão-somente com a alma no porvir. É preciso esclarecer que a salvação é uma possessão presente (Lucas 1.77; 2 Coríntios 1.6; 7.10) culminando com o ápice no futuro (Romanos 13.11; 1ª Tessalonicenses 5.5-8).

Deus nunca aprova excessos

Querer agradar a Deus sendo uma pessoa financeiramente miserável é um grande equívoco, um dos exageros teológicos deturpados que atrapalham o crescimento do cristão em sua carreira de fé. Pensar em uma vida em miséria é desejar se distanciar ao máximo da imagem e semelhança que o Criador oferece aos seres humanos. O Criador é o dono de toda prata e de todo ouro, como quereria que o gênero humano perdesse a aparência que lhes deu? Por que?

Ao criar o jardim do Éden, Deus colocou Adão rodeado de prosperidade, naquele lugar nada faltava para ele. E ordenou-lhe que gerenciasse tudo, dando nomes aos animais, plantas e tudo o mais. Note: criou o homem e também lhes deu meios de sobrevivência aprazíveis.

Todo excesso é um erro. Ninguém deveria considerar o bem-estar como se fosse um deus. Ninguém jamais deveria ser escravo da ganância e avareza. Tais concupiscências fazem dessas pessoas gentes insensíveis que desprezam o mandamento do amor a Deus e ao próximo. E assim elas se afastam do propósito de Deus.

Tanto o indivíduo desmesuradamente apegado ao dinheiro quanto, igualmente, ser alguém que despreza todos os bens que o Senhor dá representam extremos equivocados para se viver. Esstes dois estilos de vida são maneiras de permanecer afastado do propósito de Deus à Humanidade.

Os extremos é que precisam ser criticados e combatidos por todos nós, não é a prosperidade em si.

Está escrito:

"Se deixar de lado seu amor pelo dinheiro e jogar fora seu ouro fino ganho desonestamente, então o próprio Deus, o Todo-poderoso, será a sua riqueza, o seu ouro e a sua prata" - Jó 22:24 e 25.

Sei que nada há melhor para o homem para o homem do que regozijar-se e levar vida regalada; e também que é dom de Deus que possa comer, beber e desfrutar o bem de todo o seu trabalho” – Eclesiastes 3.12-13, ARA.

A prosperidade vem de Deus. A pessoa próspera está definida por Salomão assim: um trabalhador encontra uma oportunidade de trabalho com fonte de alegria e ainda, além disso, consegue desfrutar muito bem do resultado dele monetariamente. É uma situação altamente satisfatória idealizada pelo Criador. Quem trabalha naquilo que gosta, e ao mesmo tempo é remunerado à contento, pode se declarar alguém portador do dom de Deus, profissionalmente.

Prosperidade é a paz que Deus dá  

A palavra paz em hebraico (shalom) tem sentidos com profundidades muito amplas, que, geralmente, em nenhum outro idioma pode ser expressado usando apenas um vocábulo.

Consideremos o estrito sentido bíblico do termo paz nos idiomas hebraico e aramaico:

Antigo Testamento: Shalom (paz), quer dizer estar completo, ter saúde, estar bem em todos os sentidos, ser feliz, é ter prosperidade. O uso bíblico de shalom expressa o completo bem estar, que se assemelha à paz no seu mais profundo significado. Paz com Deus, paz interior, paz com o próximo e com a natureza.

Novo Testamento: Paz (em grego koiné é eirene), tem o mesmo significado do Velho Testamento. A paz que Jesus mencionou, falada em aramaico e depois traduzida ao grego, era muito mais do que a ausência de brigas, guerras. Tinha o sentido do relacionamento de Deus com o ser humano, abrangendo a esfera espiritual e física.

Os ímpios não possuem tal prosperidade, eles conseguem, no máximo, apenas ajuntar as riquezas materiais. Existem muitos milionários sem prosperidade e gente na classe média cheia dela.

O texto áureo

."Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" - João 3.16.

Deus nos deu Jesus Cristo. O nome "Jesus" é uma transliteração grega do hebraíco Yeshua, que, por conseguinte, é uma forma abreviada de Yehoshua, Josué que significa Jeová é salvação.

Algumas vezes eu ouvi que a passagem bíblica João 3.16 é o texto bíblico  mais traduzido de todos os tempos. No entanto, parece que ainda não foi possível a todos compreender a plenitude do seu significado. Trazendo à luz a raíz etnológica das palavras e nome, espero que o entendimento do propósito de Deus para conosco seja totalmente esclarecido.

Temos a salvação, no sentido pleno dela. Negar isso é faltar com o compromisso sério ao Evangelho de Cristo. 

Muitos pregadores, interpretando as Escrituras equivocadamente., espiritualizam as bênçãos que o Criador quer dar. Dizem que o bem-estar financeiro e o bem-estar físico são apenas direitos à vida além-tumulo, após a ressurreição,  E eu acredito que não fazem isso por maldade. É por preconceito contra uma Verdade Bíblica que alguém em algum lugar resolveu apelidar de Teologia da Prosperidade. Criou-se uma corrente do mal que urge ser quebrada.

Conclusão

Einsten certa vez afirmou: "É mais fácil quebrar átomos do que preconceito".

Prezo pela moderação, creio que o leitor desta artigo também.

Cometendo excessos, escritores e preletores adotaram a linha do comportamento de ensino equivocado com relação à prosperidade que a Bíblia Sagrada apresenta.. O simples toque ao tema é rejeitado por eles e descrito equivocadamente como uma abordagem fora do ideal cristocêntrico.

Esta atitude é consequência de um preconceito forte, que precisa ser derrotado. Vamos à luta, mostrar o que a Palavra de Deus diz sobre prosperidade, derrubando os muros desses conceitos erradamente estabelecidos. Tudo é possível ao que crê.

Finalizando, deixo o link de um vídeo encontrado no site Youtube, será que Deus planejou isso? Não assista, se não tiver coração forte. http://www.youtube.com/watch?v=fNdRYGAinNI   

4 comentários:

Comunidade Cristã Ágape disse... disse...

Comunidade Cristã Ágape disse...
Prezado, vejo que você já pos o teu foco no sentido comum do que é propalado como vida normal cristã - bem estar visível aqui e agora. Somente que não é desta forma. Eu sou teólogo e conheço razoavelmente as línguas originais e mesmo assim não vejo como conformar as ideias dos pregadores da TP com os prenúncios bíblicos.

Ao contrário, em todos os casos a Palavra de Deus é enfática em dizer que os crentes padecerão perseguições, e perseguição implica em uma vida com dificuldades, ou não?

A Bíblia não nos diz muito sobre o destino dos apóstlos, mas é consenso entre os estudiosos que exceto João, os outros muito padeceram pelo evangelho e morreram de forma cruel.

Então volto a perguntar agora: sabendo que os apóstolos não tiveram vida fácil, a que se refere as cem vezes mais que Jesus mencionou?

Fica claro que são cem vezes mais de esperança e intimidade com Deus, coisas que o homem secularizado nem imagina. Como você mencionou, salvação e paz realmente são prosperidade e só podem ser adquiridas na caminhada com o Senhor.

Quanto à riqueza material eu pergunto: que servos de Deus na Bíblia você pode apontar que ficaram ricos ao pedir ao Senhor por tais coisas?

Como já escrevi, a realidade da vida cristã é muito diferente do que ensina os teólogos da prosperidade. a começar pelos apóstolos e depois pela igreja nascente e nos séculos vindouros, tudo o que podemos vislumbrar da vida das pessoas que mão negociaram sua fé, foi perseguição.

Triunfalismo é pecado sim! Jesus não ordernou a ninguém que fosse um derrotado, mas disse que seus servos seriam enviados como ovelhas para o meio dos lobos, e isto inclui uma sociedade perversa, com uma injustiça social gritante que os supercrentes de hoje não conseguem dirimir. O povo é alienado, recebendo um evangelho água com açucar enquanto meia dúzia de parasitas se dão bem com o dinheiro dos "sacrifícios" das pobres almas enganadas.

Definitivamente servir a Deus é sinônimo de dificuldades intensas, e ser sal da terra é influenciar as pessoas através de uma vida transformada por Deus onde o caráter e o pudor são as primeiras coisas que os descrentes cobram. sinceramente nunca vi alguém se achegar a Deus com sinceridade e o coração compungido porque viu algum cristão próspero materialmente. Ao contrário, eu perco a conta se for enumerar as pessoas que se renderam aos pe´s do senhor através do testemunho fiel de muitos cristãos que nem casa própria tem.

Eu discordo de você totalmente pelo artigo que escreveste e no qual eu repliquei, mas no mais meu irmão, em outros artigos teus, achei-os totalmente realistas e multiplicarei suas idéias em nossa comunidade.

Fique na Paz Do Eterno Deus.

Pr. Joel

3 de março de 2012 18:15

Comunidade Cristã Ágape disse...

Prezado, teus textos tem sempre bastante solidez, tanto que este é o meu primeiro comentário pois de outras vezes observei uma completude em seus escritos.
Creio que desta vez você está saindo em defesa do indefensável, e podemos perguntar a quem de fato interessa esta famigerada "teologia da prosperidade". Não há

paralelo bíblico que apoie tal heresia. Os ricos da Bíblia já eram ricos antes de andarem com Deus, e o poder às vezes serviu de tropeço.
Se Jesus nasceu em uma família pobre, remediada ou mesmo rica não serve de parâmetro para os famosos mantras e determinações que os pregadores da teologia

da prosperidade ensinam aos incautos. O foco verdadeiro deve estar no estilo de vida do Senhor Jesus Cristo e de Seus discípulos, de que se eles possuiram alguma

coisa, viveram como se nada possuissem - ou seja, deixaram todo o embaraço. É interessante notar que Jesus fez alerta quanto a riqueza, mas não quanto a

pobreza. Ele disse que é difícil um rico entrar no reino dos céus, pois o cristão não pode correr o risco da auto-suficiência e é exatamente este o grande risco que os

ricos correm.
O que você chama ironicamente de "teologia da miséria" é na verdade uma sã consciência que crentes sinceros adquiriram lendo a Bíblia a respeito de Paulo por

exemplo, que diz:
"Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância,

como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece." Fl 4.12,13
Esta mentira ungida de que os cristãos têm que ser prósperos serve muito mais aos propósitos de Satanás do que aos de Deus. Sim porque o dito popular é: "caba

não mundão, se melhorar estraga" e estas coisas procedem daquilo qua a Bíblia denomina "... que todo o mundo está no maligno." e portanto cegos para a prodridão

do mesmo, sem desejo algum de redenção e de novos céus e nova terra.
Jesus foi enfático em dizer que no mundo teríamos aflições, mas os cristãos seguem ignorando tal fato, e, estimulados pelos pregadores marqueteiros e alienadores,

vão inchando uma igreja triunfalista que não consegue nem ao menos ser o sal da terra, porque hoje é mais seguro fazer negócios com católicos, espíritas e ateus do

que com os "crentes. Não há mais temor santo de Deus, somente um oba-oba religioso e estranho aos esnsinamentos dos apóstolos.
Finalizo com duas observações:

A primeira é um texto bíblico:
E Pedro começou a dizer-lhe: Eis que nós tudo deixamos, e te seguimos. E Jesus, respondendo, disse: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado

casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em

casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no século futuro a vida eterna." Mc 10.28-30

A segunda é uma pergunta:
Quais foram as cem vezes mais dos apóstolos?

Pois é prezado, saia de cima do muro sobre este assunto porque, pelo que eu já li dos teus escritos você é um dos sete mil que ainda não se dobraram a Baal e,

portanto, não deixe que tua visão se anuvie por pressões diversas ou políticas humanas.

Fique na paz do Eterno.

Pr. Joel Premiani

Eliseu Antonio Gomes disse...

Caro Pr. Joel.

Eu me ative em textos bíblicos, etimologias de palavras em hebraico e grego.

Não é possível "brigar" contra o significado de palavras. É fato que salvação e paz significam prosperidade. Ponto final, ou vamos mudar o sentido desses termos? Não é possível mudá-los.

Não conhecemos o estilo de vida de Jesus Cristo antes de assumir o ministério. Conhecemos apenas o Jesus pregador, o Jesus evangelista, o Jesus pastor.

Mas, nesm todos entre nós são pastores, evangelistas e pregadores, não é?

Jesus não pregou em favor da riqueza e nem da pobreza. Ensinou a ser liberal e condenou a avareza. Note as diferenças.

Filipenses 4.12,13 não é apologia da miséria e da pobreza, é a apologia ao desapego às coisas materias. Paulo disse que sabia viver bem na fartura, na abundância.


A prosperidade é bíblica. São Francisco de Assis pecou ao dizer que a miséria é sinônima de espiritualidade. Deus criou o ser humano como matéria e não abandona a matéria humana, amigo.

Distribua tudo que tem aos mais pobres. Viva apenas com duas mudas de roupas... Eu já sugeri isso para alguns que defendem a miserabilidade. Sabe o que descobri? Eles desejam a miséria dos outros, a própria não.

É preciso distinguir a palavra mundo na Bíblia. Deus amou o mundo e enviou Jesus para sakvá-lo. O mundo em que o malígno está é o sistema de maldade, inveja, mentira, orgulho, de rebelião ao mandamento de amor. O planeta é criação de Deus e foi feito para o ser humano viver, desfrutar e dominar.


Jesus foi enfático em dizer que no mundo teríamos aflições, sim... Mas não pediu para que vivêssemos em aflição permanente. A vitória é certa, amigo, porque Ele veio para salvar a todos. Não há dúvida nisso. Quem passa por aflição precisa crer que existe saída para os problemas.

Alienado, na minha opinião, é quem prega a derrota, a se conformar com o cãncer e outras doenças... Esse são os falsos profetas, os falsos irmãos, estão inchados com religiosidade e vazios de unção de Deus.

Triunfalismos é pecado? Me mostre em qual parte Jesus mandou você ser um derrotado. É possível mostrar?

No meio do trigo existe o joio. Não devemos generalizar em situações de crentes dando mal testemunho. Não pense que todos os espíritas e católicos são melhores que os evangélicos ao fazer negócios.

Mc 10.28-30 é um texto pertinente aos que defendem a miséria e prega contra a pobreza. Note as letras maiúsculas: "E Pedro começou a dizer-lhe: Eis que nós tudo deixamos, e te seguimos. E Jesus, respondendo, disse: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, QUE NÃO RECEBA CEM VEZES TANTO, JÁ NESTE TEMPO, EM CASAS, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, E CAMPOS, com perseguições; e no século futuro a vida eterna."

Você e eu não conhecemos a vida financeira de todos os apóstolos. De doze, o Novo Testamento fez o relato de apenas três: Pedro, João e Tiago.

Me mostre algum texto bíblico que prove que os apóstolos viveram em miséria. Não existe tal texto!

Eu não tenho pressões, amigo. Acima de mim só existe Deus. Escrevo tudo que entendo ser necessário escrever. Algumas vezes incomodo os que se dizem pentecostais, outras, os que se dizem neopentecostais, outras, os que se dizem reformados... Há momentos que os assembleianos se sentem bem lendo este blog, noutra, protestam... Não escrevo para agradar homens, escrevo para agradar a Deus.

Deus o abençoe.

E.A.G.

Comunidade Cristã Ágape disse...

Prezado, vejo que você já pos o teu foco no sentido comum do que é propalado como vida normal cristã - bem estar visível aqui e agora. Somente que não é desta forma. Eu sou teólogo e conheço razoavelmente as línguas originais e mesmo assim não vejo como conformar as ideias dos pregadores da TP com os prenúncios bíblicos.

Ao contrário, em todos os casos a Palavra de Deus é enfática em dizer que os crentes padecerão perseguições, e perseguição implica em uma vida com dificuldades, ou não?

A Bíblia não nos diz muito sobre o destino dos apóstlos, mas é consenso entre os estudiosos que exceto João, os outros muito padeceram pelo evangelho e morreram de forma cruel.

Então volto a perguntar agora: sabendo que os apóstolos não tiveram vida fácil, a que se refere as cem vezes mais que Jesus mencionou?

Fica claro que são cem vezes mais de esperança e intimidade com Deus, coisas que o homem secularizado nem imagina. Como você mencionou, salvação e paz realmente são prosperidade e só podem ser adquiridas na caminhada com o Senhor.

Quanto à riqueza material eu pergunto: que servos de Deus na Bíblia você pode apontar que ficaram ricos ao pedir ao Senhor por tais coisas?

Como já escrevi, a realidade da vida cristã é muito diferente do que ensina os teólogos da prosperidade. a começar pelos apóstolos e depois pela igreja nascente e nos séculos vindouros, tudo o que podemos vislumbrar da vida das pessoas que mão negociaram sua fé, foi perseguição.

Triunfalismo é pecado sim! Jesus não ordernou a ninguém que fosse um derrotado, mas disse que seus servos seriam enviados como ovelhas para o meio dos lobos, e isto inclui uma sociedade perversa, com uma injustiça social gritante que os supercrentes de hoje não conseguem dirimir. O povo é alienado, recebendo um evangelho água com açucar enquanto meia dúzia de parasitas se dão bem com o dinheiro dos "sacrifícios" das pobres almas enganadas.

Definitivamente servir a Deus é sinônimo de dificuldades intensas, e ser sal da terra é influenciar as pessoas através de uma vida transformada por Deus onde o caráter e o pudor são as primeiras coisas que os descrentes cobram. sinceramente nunca vi alguém se achegar a Deus com sinceridade e o coração compungido porque viu algum cristão próspero materialmente. Ao contrário, eu perco a conta se for enumerar as pessoas que se renderam aos pe´s do senhor através do testemunho fiel de muitos cristãos que nem casa própria tem.

Eu discordo de você totalmente pelo artigo que escreveste e no qual eu repliquei, mas no mais meu irmão, em outros artigos teus, achei-os totalmente realistas e multiplicarei suas idéias em nossa comunidade.

Fique na Paz Do Eterno Deus.

Pr. Joel