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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Portal G1 revela em enquete que a maioria é contra casamento gay

Joema by Italo Rodrigues | Flickr
Por Eliseu Antonio Gomes

Ontem, o portal G1 lançou enquete solicitando a opinião de internautas sobre o casamento. Perguntava: “Você é a favor da aprovação pelo Congresso da união civil gay?” E explicava: “Cantora Daniela Mercury assumiu relação com a namorada e colocou tema em evidência. Direitos de uma relação estável entre pessoas de mesmo sexo já são reconhecidos pelo Supremo Tribunal Federal. Ainda não há uma lei específica aprovada.” A pesquisa foi encerrada, conforme previamente anunciado, às 22 horas do mesmo dia e o resultado mostrou que quase 60% são contrários e um pouco mais de 41 favoráveis.
http://g1.globo.com/brasil/enquete/voce-e-favor-da-uniao-gay.html
A cantora evangélica Joelma, vocalista de banda secular com projeção nacional, passou recentemente por uma grande oposição ao manifestar sua opinião de que é contra o casamento gay. A grande mídia, acostumada a malhar com duríssimas críticas pastores evangélicos,  como Silas Malafaia e Marco Feliciano por seus pronunciamentos na mesma linha, levantaram-se contra ela também. Ao mesmo tempo, apoiaram Daniela Mercury, que declarou trocar quinze anos de matrimônio hétero  por matrimônio homossexual.

Agora, através desse levantamento do G1, esses críticos poderão ponderar que a vocalista do Calypso faz parte do senso coletivo maior, que acata o posicionamento bíblico sobre essa questão. Resta saber se eles serão capazes de respeitá-la como cidadã e artista, se respeitarão os admiradores dela que esperam a continuidade de sua carreira em apresentações de TV, shows, entrevistas, ou se o preconceito religioso deles será mais forte que o profissionalismo e a malhação continuará. No site  oficial da  banda, a agenda mostra apresentações até 19 de maio, em casas de shows em São Paulo e  Maranhão, duas aparições em programas de televisão, no Roberto Justus + (Rede Record, 15 abril) e Eliana (SBT, 28 de abril).

Durante esta semana a Blogosfera abordou o tema do casamento gay. O artigo Daniela Mercury, obrigado..., do pastor presbiteriano Ageu Magalhães foi reproduzido e bastante comentado na página de publicação, em redes sociais e portais evangélicos. Magalhães aproveitou a declaração da baiana - casada duas vezes com homens e mãe duas vezes - para reforçar que a prática homossexual é questão comportamental e não característica genética. "A questão é: Se Daniela Mercury nasceu homossexual, por que insistiu tanto na heterossexualidade, vivendo durante 15 anos com homens? Teria ela agido contra a própria natureza, violentando seus desejos homossexuais e submetendo-se a uma união infeliz? Certamente não", refletiu ele.  

E.A.G.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Bob Fernandes perde a linha ao comentar sobre o Deputado e Pastor Marco Feliciano


A missão do jornalista é anunciar a verdade, apresentar fatos. Mas não é sempre assim o exercício de alguns no meio jornalístico. Não me refiro aos âncoras, como Borys Kasoy e Rachel Sheherazade, que expressam opiniões contundentes  em algumas notícias que apresentam. Podemos discordar do modo que eles pensam, mas entendemos que estão marcando posição dentro do limite do bom senso e da ética da profissão. Não foi o caso de Bob Fernandes, comentarista do Jornal da Gazeta, edição de hoje, 10 de abril.  Fernandes surgiu na tela para falar sobre o fato de outra vez  o Deputado Marco Feliciano, pastor da Assembleia de Deus, trocar de salão na CDHM, indo ao salão restrito aos jornalistas e convidados, para afastar-se de tumultos e pudesse dar continuidade à reunião que era interrompida por manifestantes, contra e favorável a ele na permanência da presidência da comissão.

Mas Fernandes não falou nada aproveitável, foi tendencioso, não usou imparcialidade. Ele limitou-se a discursar sobre conteúdos audiovisuais editados que encontramos no YouTube,  vídeos antigos de Marco Feliciano na função de conferencista assembleiano, postados por internautas que desrespeitaram o  copyright do próprio Feliciano.

Bob Fernandes discursou  sobre temas que Marco Feliciano se manifestou como pastor evangélico e não como Deputado Federal. Lembrou pregações religiosas em que se referia a John Lennon, Mamonas Assassinas, aborto, lembrou a postagem de Twitter sobre o continente africano. Até aí, ainda posso dizer que era um bom começo da fala de Fernandes. Ele azedou o caldo da crítica quando, sem ser formado em Medicina, emitir laudo médico: "Marco Feliciano está doente da cabeça e  da alma".

Caro Bob, isto não é prática de jornalismo sério. Jornalista não deve se passar por médico para sustentar crítica. Aliás, caberia até um processo do parlamentar contra você por esta declaração irresponsável, infeliz, e nada profissional. Deixe o destempero infantilóide aos simplórios que estão em Brasília dispostos a fazer baderna nas reuniões da CDMH, servindo como massas de manobras para satisfazer interesses de donos de ONGs GLBT, preocupados com o fato de que deixarão de ganhar alguns milhões se Marco Feliciano se manter como presidente do colegiado.

 
E.A.G.