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| Foto: Vinícios Stasolla | Flickr |
O apresentador José Luis Datena, católico, em uma das edições recentes do programa Brasil Urgente se declara vítima de perseguição religiosa.
Em 1º de janeiro de 2010, a Folha de São Paulo publicou uma pesquisa sobre a credibilidade de celebridades. Segundo o Datafolha, Datena figurou na 12ª posição, acima de José Serra, Hebe Camargo, Ciro Gomes, Dilma Rousseff, Marina Silva, Aécio Neves, entre outros.
A Rede Bandeirantes de Televisão e Datena são alvos de processos por preconceito contra ateus. Ações correm no Fórum de Taubaté e no Tribunal de Justiça da Paraíba, por um comentário proferido por ele no Brasil Urgente, seu programa semanal, que vai ao ar sempre ao vivo no começo das noites de segunda à sábado. O programa tem editorial jornalístico, foca questões de segurança, saúde, trabalho e comportamento, dando espaço à interatividade com o telespectador via conversas ao telefone e torpedos de celulares.
Em 27 de julho, ao exibir um crime de invasão ao domícilio, seguido de latrocínio, Datena falou que o ato demonstrava “falta de Deus no coração”, o que motivou a indignação e reação de membros da Associação Brasileira dos Ateus e Agnósticos. O site da associação incita seus agregados a entrarem na Justiça.
E, no início de dezembro, o Ministério Público Federal entrou com ação pública, contra o apresentador e a emissora, visando que o Brasil Urgente ceda direito de respostas, volte atrás em suas afirmações, por considerá-las altamente preconceituosas e incitações aos grupos radicais de perseguição contra as minorias.
Nesta data, o Portal Imprensa - UOL - informa que a empresa Fast Mídia proibiu uma campanha na cidade de Salvador - BA, denominada "Religião não define caráter, diga não ao preconceito contra ateus", financiada pela Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos. Segundo Daniel Sottomaior, presidente da associação de ateus, a propaganda seria veiculada nesta segunda-feira (13), e faz parte de uma campanha internacional.
Os anúncios vetados seriam veiculados em ônibus apresentando duas fotos. A primeira imagem seria de Charlie Chaplin, acompanhada dos dizeres "não acredita em Deus"; na segunda imagem, Adolf Hitler, e a legenda "acredita em Deus".
Vetos semelhantes ocorreram em São Paulo e em Porto Alegre.
A Fast Mídia amparou-se no Decreto 12.642/2000 para barrar a veiculação. O artigo proíbe a colocação e exposição de qualquer meio de anúncio que favoreça e estimule ofensa ou discriminação religiosa, sexual, racial e social.
Pode parecer um paradoxo: a cada dia que passa o ateísmo dá mostrar de ser uma religião. Haja vista a Teoria da Evolução, que é só teoria, mas crida pela maioria dos ateus como verdade incontestável.
E.A.G.
Fontes:
UOL,
ATV,
Rede Brasil Atual
