Algumas vezes, numa “pesquisa” entre pessoas do meu círculo social, incluindo a garotada, quis saber se o Big Brother Brasil fazia sucesso. Sinceramente, sempre duvidei que um lixo assim realmente teria êxito em nosso país.
As pessoas responderam que não dão valor para este tipo de programa, escolhem outra espécie de diversão. Aliás, a televisão aberta disputa com a programação da televisão por assinatura, e o aparelho televisor concorre e chega a perder muitas vezes para o computador, consoles de videogames e DVDs, além de outras atividades de lazer como os passeios.
Acredito que o sucesso do BBB é uma mentira repetida pela mídia, de tanto repeti-la alguns pobres desavisados acreditam. É uma espécie de azeite que faz a “roda” do trabalho dessa gente de mídia girar mais. Então estão predispostos a nos fazer acreditar que um lixo é uma programação bem-sucedida.
A mentira da mídia é igual aquele episódio em que ela fez campanha de quase três semanas contra o Deputado Federal e Pastor Marco Feliciano. Toda imprensa se alinhou para afirmar que o parlamentar era homofóbico, querendo derrubá-lo do posto de presidente da CDHM. Mas não deu certo, porque Feliciano soube resistir e revidar mostrando verdades usando a internet, seu canal oficial do YouTube.
O Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) apresenta números verdadeiros? Pode-se usar esses números como fontes totalmente confiáveis? Os apontamentos por diversas ocasiões foram contestados pelos concorrentes da Rede Globo, emissora sempre indicada como a mais assistida por todos. O empresário Carlos Augusto Montenegro, dono do Grupo Ibope, na Justiça, diante de um trabalho elaborado comprovando contradições de números, durante um processo movido contra ele e sua empresa pela Rede Record, afirmou que os dados coletados minuto a minuto não podem ser considerados 100% confiáveis.
Após tal declaração, em 16 de dezembro do ano passado, SBT, Band, Record e RedeTV!, se uniram e contrataram a GfK, empresa alemã que aufere a audiência do telespectador em algumas partes do mundo, para realizar pesquisas também no Brasil – a Rede Globo não mostrou interesse em pagar pelo serviço, por que será?
Assim o Ibope, que desde 1988 era o único instituto que media a audiência em tempo real na TV brasileira será colocado à prova pública. O importante trabalho paralelo da GfK apontará quantos televisores sintonizam a programação da Rede Globo e de outros canais. Agora, os números que dão vantagens para lixos como BBB e novelas poderão ser questionados com mais facilidade por telespectadores e publicitários. As divergências de dados entre Ibope e GfK colocarão o público e publicitários em posição de questionar se as pesquisas do Ibope, que enriquecem e enriqueceram por tantos anos a Rede Globo, eram fatos ou fantasias.
Os alemães chegam com quase o triplo de aparelhos de amostragens que o Ibope, prometem disponibilizar seu trabalho com maior agilidade e custo mais barato, farão pesquisas à TV aberta e fechada. Os primeiros resultados serão divulgados no segundo semestre de 2014.
Em anos passados, as principais emissoras de televisão aproximaram-se da Nielsen - outro instituto de pesquisa - para auferir dados, mas não houve acordo entre as partes.
E.A.G.
Consultas:
Exame - http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/gfk-comeca-a-medir-a-audiencia-da-tv-brasileira-em-2015
Sob o Holofote - http://www.soboholofote.com.br/nielsen-no-brasil/
UOL F5 Televisão - http://f5.folha.uol.com.br/televisao/980897-ibope-ganha-rival-e-nielsen-tambem-medira-audiencia-no-brasil.shtml