Joquebede ficou grávida pela terceira vez quando já tinha Miriã e Arão. Moisés nasceu num momento de grandes
Pesquise sua procura
Arquivo | 14 anos de postagens
sexta-feira, 1 de julho de 2022
Joquebede e o nascimento e educação de Moisés
quarta-feira, 6 de abril de 2022
Abigail - pacificadora, viúva de Nabal e esposa de Davi
Abigail era uma mulher impressionante, incrivelmente inteligente, possuía discrição e beleza, sempre se comportava de modo agradável, nunca indelicada. Casou-se com Nabal - nome que soava parecido com a palavra "tolo" e este é significado do nome. Apesar de ser muito rico, seu esposo era um indivíduo mau caráter, grosso, vulgar, insolente, insensato.
segunda-feira, 7 de março de 2022
Que Raabe é essa citada no Livro de Jó 9.13 e 26.12?
Sabemos que o livro de Josué está cronologicamente situado após o êxodo do povo hebreu e durante a conquista de Canaã. É quase consensual entre os cristãos ortodoxos que a autoria do livro é o próprio
O relacionamento de Jesus com mulheres
domingo, 27 de fevereiro de 2022
Quem pode encontrar uma mulher virtuosa?
sábado, 4 de dezembro de 2021
Ester - rainha hebreia bela, sábia, corajosa e fiel a Deus
sábado, 2 de outubro de 2021
O olhar protestante e respeitoso sobre Maria, a mãe de Jesus
segunda-feira, 21 de junho de 2021
A Igreja e o Evangelho Verdadeiro
sexta-feira, 28 de maio de 2021
A mulher do fluxo de sangue: o toque com fé na orla das vestes de Jesus
sábado, 12 de dezembro de 2020
Hulda: a profetisa escolhida por Deus na geração de Jeremias e Sofonias
quarta-feira, 2 de dezembro de 2020
Sara - esposa de Abraão e heroína da fé
Depois de criar o homem, Deus criou a mulher. Não a fez em escala menor de importância. Macho e fêmea foram criados à imagem e semelhança do Criador. Deus criou a mulher em grandeza e dignidade, apta ao desempenho da função de pessoa auxiliadora de seu companheiro matrimonial, papel que envolve amor e responsabilidade de ambas as partes.
Quando Deus chamou Abrão para sair de Ur dos Caldeus em busca de uma terra desconhecida que lhe prometeu, sua esposa Sarai, uma pessoa descrita nas páginas bíblicas como mulher linda, o acompanhou, desligando-se de sua parentela (Gênesis 12.1-5). Numa medida extraordinariamente considerável, em toda sua vida demonstrou afeto e respeito ao marido. Acompanhava-o em todas as suas viagens crendo no chamado e nas promessas do Senhor.
Sarai em hebraico significa "minha princesa". O Senhor trocou seu nome ao revelar que ela seria mãe (Gênesis 16.1 a 18). Ela veio a ser conhecida como Sara, que quer dizer "uma princesa". Não há grande diferença entre os dois nomes, entretanto, é possível entender que a nova identidade tinha relação com seu futuro, quando se tornaria a progenitora do povo israelita e, por meio de Cristo, de todos os cristãos.
Sara permaneceu ao lado de Abraão nos episódios absurdos em que ele demonstrou fraqueza, fingindo que ela era sua irmã ao temer perder sua vida no Egito e em Gerar (Gênesis 12.10-13; 20.2).
O casal recebeu a promessa de que geraria um filho. Estéril, o maior desejo de Sara era gerar um menino. Reagiu rindo abertamente quando Deus lhe disse que engravidaria com a idade de noventa anos (Gênesis 21.5-7). Há quem diga que tenha rido por incredulidade, mas o riso poderia ser resultante da sua explosão de alegria e reação espontânea pela surpreendente revelação de que sua madre daria fruto. Seu marido Abraão, se tornaria pai aos noventa e nove anos de idade, e como sua mulher também riu ao receber aquela informação (Gênesis 17.19; 18.12-15).
Pela fé, Sara nunca desistiu de ter o filho que o Senhor lhe prometeu. Porém, ela deveria ter aguardado a bênção prometida pelo Senhor até recebê-la, mas não soube esperar o cumprimento da promessa divina. Na cultura em que viveu, era comum que e esposa oferecesse ao marido uma serva como concubina, quando não fosse mulher fértil. Então Sara sugeriu a Abraão que tivesse relações com Agar. A impaciência de Sara em esperar o cumprimento da promessa de Deus fez com que nascesse Ismael, o ancestral do povo árabe. Ismael é filho de Abraão segundo a carne, hoje ele simboliza a lei dada a Moisés, representa as obras e esforço humano (Gênesis 16.15; 21.9).
Quando o filho biológico de Abraão e Sara chegou, deram-lhe o nome de Isaque, que quer dizer "riso" (Gênesis 21.1-8). As virtudes de Sara influenciaram o caráter de Isaque, tornando-o um dos personagens mais admiráveis entre todos encontrados no Antigo Testamento. Isaque foi o pai de Jacó e Esaú e avô de doze homens que deram origem às doze tribos de Israel, que descendeu toda a nação israelita (Gênesis 25.1-11; 49.29-33; Isaías 51.1,2). Veio à luz do útero de uma mãe livre, é filho segundo o Espírito, representa a justificação somente pela fé, é a figura simbólica que remete à vivência do cristão sob a graça, sinaliza para a promessa dada a Abraão através de Cristo e assim os cristãos são chamados de filhos da promessa. (Gênesis 21.9; Gálatas 3.13-14; 4.28-29).
Pela fé, todos os cristãos tornam-se filhos de Deus (Romanos 4.15-17).
Sara viveu 127 anos, morreu em Hebrom, Canaã. Foi sepultada em um campo que Abraão negociou com os heteus. Esposa amada, obviamente, então, é natural ler o relato de que seu marido chorou quando ela veio a falecer (Gênesis 23.2).
Sara era uma mulher com estrutura psicológica forte, igual a todas as mulheres que se consagram a Deus. Ela possuiu virtudes e falhas. É importante examinar sua biografia, copiar os acertos e evitar os erros, extrair lições de sua vida, lembrando que ela é a única mencionada entre os heróis da fé (Hebreus 11.11). Sua fé possibilitou superar a infertilidade e receber o filho que tanto quis (Gênesis 18.10,14; 12.1-3,7; 17.15,16; 18.9-16; Gálatas 4.21-31). Ela sempre colocou a família em primeiro lugar, suas atitudes acertadas fizeram dela um grande referencial feminino às cristãs casadas (1 Pedro 3.6).
Veja mais neste blog: A gravidez de Sara
sexta-feira, 3 de janeiro de 2020
A Criação de Eva, a Primeira Mulher
A palavra hebraica usada para descrever a criação da mulher é "yiben", cujo sentido é "construir". Para a construção ser bem sucedida, antes da estrutura ser erguida é necessário haver o planejamento de todos os detalhes funcionais, a ordenação estética, o estabelecimento de princípios harmônicos etc. Portanto, ao decidir criar Adão, não resta nenhuma dúvida que Deus também havia decidido que retiraria de sua caixa torácica um osso e desse osso formaria outro ser humano, com a finalidade de continuar a abençoá-lo.
Ao acordar do sono pesado, assim que Adão viu a mulher, a parte íntima dele, de imediato percebeu a conveniência de viver em companhia de um ser vivo da sua espécie. Em expressão de aprovação para sua nova situação, descreveu-a como "osso dos meus ossos e carne da minha carne" (Gênesis 2.23).
A estrutura da personalidade humana foi criada em semelhança ao seu Criador com o objetivo de governar a Terra. A interpretação de Gênesis 1.27,28, afirmando que Adão e Eva foram feitos à imagem e semelhança de Deus, e por haver em sua essência inteligência, vontades e emoções, isto lhes confere dignidade e valor acima da existência do restante da criação é plenamente correta e aceitável. Porém, esta interpretação, se permanece apenas no aspecto da aparência e importância comparativa não é completa. A aparência da imagem de Deus no homem e na mulher tem também o conceito de governo representativo (Salmos 8.6-8).
“E Deus os abençoou e lhes disse: Sejam fecundos, multipliquem-se, encham a terra e sujeitem-na. Tenham domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (Gênesis 1.28).
Então, para criar o desejo da rebelião em Eva, a serpente distorceu a Palavra de Deus, enganando-a, mentiu a ela dizendo que se comesse o fruto proibido passaria a ser igual a Deus: "É certo que vocês não morrerão. Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerem, os olhos de vocês se abrirão e, como Deus, vocês serão conhecedores do bem e do mal" (versículos 4 e 5, NAA). Eva demonstra mais do que desconhecimento da Palavra de Deus, afirmando mais do que Deus disse. ela fala que o Senhor havia proibido tocar na árvore sob pena de morte, sendo que o Criador não havia proibido o toque e nem sentenciado à morte por este motivo (conferir em 2.15-17). Talvez, acreditasse nesta "adição" à Palavra, e esta crença sem base na orientação do Criador tenha lhe prejudicado. Ao tocar na árvore ela considerou-se desobediente sem de fato estar desobedecendo, e em seguida realmente pecou ao ingerir seu fruto e oferecê-lo ao seu marido.
A Queda de Adão trouxe inversão dos papéis designados pelo Criador ao homem e a mulher. Em vez de o casal respeitar a posição de Deus em orientá-los, e o homem com o auxílio da mulher governar a Criação, acontece uma mudança total: a serpente aborda Eva que, ao se rebelar contra o Criador, arrasta consigo seu marido.
Embora Eva tenha dado atenção para a serpente, Adão teve sua dose maior de responsabilidade, pois mesmo antes da mulher ser criada, o Criador deu-lhe a ordem para não comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2.17,18). Não há registro bíblico que o Criador tenha feito recomendação diretamente para a mulher. No plano de Deus para a convivência de homem e mulher, é ele, não é ela que deve assumir a responsabilidade final.
Eva pecou ao desrespeitar o padrão estabelecido por Deus para o casamento, não consultar seu companheiro antes de retirar o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal e oferecê-lo a ele. Adão pecou quando negligenciou sua responsabilidade, não se esforçar para transmitir com clareza a ordem divina para sua esposa, ele errou ao não considerar a relevância da determinação de Deus que proibia comer o fruto proibido, consentir no andamento do plano de rebeldia da serpente e não impedir que a sugestão da serpente tivesse êxito (Gênesis 3.6,17).
Por negligenciar sua responsabilidade de liderança, o Senhor pergunta apenas para Adão "comeste do fruto que ordenei que não comeste?" e para a mulher formula questão diferente, dizendo "o que fizeste?". Eva havia dado sua confiança à serpente, o Criador desfez este laço de influência colocando entre ambas a inimizade (Gênesis 3.11.15). Adão é considerado o principal responsável pelo ato de rebeldia, apesar de as consequências da Queda atingir, igualmente, ao homem e à mulher e suas respectivas esferas de atuação (Gênesis 3.9,17; Romanos 5.12-14).
Eva talvez tenha percebido logo que foi iludida, havia sido criada sem nenhum pecado e ao pecar, ao invés de passar a ser igual ao Criador, que é santo, tornou-se parecida com o diabo, o primeiro ser apontado pelas Escrituras como pecador. Adão e Eva transformaram-se em pecadores e foram lançados para fora do jardim para envelhecer e morrer. Antes do pecado, Adão lavrava apenas o jardim do Éden, com facilidade produzia seu sustento e vivia feliz com Eva. Depois do pecado, o Criador amaldiçoou a terra, que passou a produzir espinhos e cardos, e Adão não mais pôde trabalhar com facilidade. O trabalho passou a ser árduo para ele. Adão viveu 930 anos, teve muitos filhos e filhas. O dia se sua morte chegou, morreu conforme o Criador disse que aconteceria (Gênesis 5.4-5).
Depois deste fato triste, Adão deu para sua esposa o nome Eva. No idioma hebraico, este nome significa "vida". A Ciência define vida como o conjunto de características que mantém os seres humanos em atividade. Adão nomeou-a assim tendo em vista a capacidade de reprodução da espécie humana que havia nela, sua mulher logo passaria a ser a "mãe de todos os seres humanos" (Gênesis 3.20 (NAA).
Eva torna-se mãe (Gênesis 4.1,2).
Eva foi criada para ser a “companheira adequada”, a parceira de Adão na tarefa de encher a Terra e sujeitá-la. Como complemento oferecido por Deus, era digna de merecer todo respeito do seu marido, devia ser devidamente bem tratada por ele. A narrativa bíblica sobre o primeiro casamento estipula que o homem deve deixar pai e mãe e formar uma nova unidade familiar ao unir à sua mulher. E desta união conjugal precisa haver a geração de descendentes (Gênesis 1.28; 2.24).
Alguns interpretam o significado sobre a Queda de Adão de maneira totalmente equivocada, dizem que o pecado do casal foi o ato sexual. Deus disse “frutificai e multiplicai-vos”, portanto, está claro dentro do ambiente do casamento que a expressão sexual é uma dádiva, o celibato nunca foi plano do Criador, a sexualidade humana é uma bênção que existe para que marido e mulher tenham filhos e expressem afetividade reciproca intimamente. O apóstolo Paulo, ao abordar a questão da apostasia nos últimos dias (1 Timóteo 4.3-5), desenvolve uma interpretação positiva a respeito do relacionamento sexual no matrimônio. Através de sua redação, entendemos que Deus criou homem e mulher com a capacidade de terem prazer na atividade sexual, que a constância da relação íntima no casamento gera a desejável felicidade, a união conjugal é onde homem e mulher podem e devem compartilhar juntos os prazeres físicos da vida terrena.
Não há base bíblica para a doutrina do rigor acético na vida de casal, a proibição da expressão sexual desvirtua o propósito divino para este assunto, e de igual maneira não existe base bíblica ao indivíduo promíscuo que pratica o sexo fora laços matrimoniais.
Na antiga cultura hebraica, considerava-se que a principal responsabilidade das mulheres para com os maridos era gerar filhos, especialmente filhos do sexo masculino. A geração de um filho era a contribuição mais nobre que a mulher podia dar ao marido e à família. Não fazê-lo, em contrapartida, via-se como uma desgraça. É por este motivo que vemos o desespero de Raquel por não ter gerado nenhum menino para Jacó. Quando, posteriormente, Deus permitiu que concebesse um garoto, Raquel interpretou esse acontecimento como a remoção de sua humilhação (Gênesis 30.1,23).
Em Gênesis 3, temos o relato do primeiro pecado consumado. Observamos que a Queda implicou uma inversão completa do padrão de relacionamento definido por Deus, com consequências desastrosas e permanentes revertidas apenas pela vinda e morte salvífica do Messias.
No capítulo 4 de Gênesis, vemos o começo das consequências desta ação da desobediência de Adão e Eva. A mulher dá à luz a dois filhos: Caim e Abel. O coração de Caim não possui afeto natural em relação a seu irmão, seu sentimento é retratado como um fera em prontidão para atacar, a malignidade contamina a sensatez de seu raciocínio e o induz ao terrível ataque fatal contra Abel. Então ocorre o primeiro assassinato registrado na Bíblia Sagrada, é o início do desdobramento da prática do pecado na história da humanidade (Gênesis 4.6-9; 13-14; 1 Pedro 5.8).
A mulher no plano de Deus (1 Pedro 3.1-7).
A linha cronológica da apresentação dos fatos relativos ao casamento no Antigo Testamento. começa em Gênesis, capítulos 1 a 3. Tal cronologia pode ser atrelada ao Plano da Salvação. Em Gênesis 3.9 a 20, há o relato de como Deus agiu em relação ao pecado de Adão e Eva e à indução ao erro cometido pela serpente. O Criador sabia de toda a ocorrência e fez perguntas visando extrair confissões e proferir a condenação. A serpente foi condenada a rastejar e estar em guerra constante com a humanidade e ter a sua cabeça esmagada pela descendência de Eva - o juízo contra a serpente é ao mesmo tempo o anúncio divino de bênção ao ser humano, a Boa Nova da intervenção de Jesus Cristo em favor de todos os pecadores (Gênesis 3.15; João 3.16; Romanos 16.20; Hebreus 2.14; Apocalipse 22.18).
O apóstolo Pedro, no terceiro capítulo de sua primeira carta, descreve os deveres de maridos e esposas no seu relacionamento, começando com os deveres das esposas. Abordar problemas conjugais e familiares, refere-se as mulheres convertidas a Cristo no mundo antigo em que vivia, considera a consequência desse ato quando o marido continuava descrente (3.1-2). Seu aconselhamento às esposas é mais extenso do que a orientação dirigida aos maridos crentes, pois quando o homem se convertia enquanto que a mulher seguia sem aceitar a Cristo, o marido levava a sua mulher à Igreja e não havia maiores dificuldades, mas se apenas a esposa era convertida, seu passo de fé poderia causar complicações sem precedentes dentro do seu lar.
A situação de uma mulher mudar de religião sem ser acompanhada do seu marido era algo praticamente inaceitável pela sociedade grega daquela época, naquela civilização a mulher não tinha direito ao pensamento próprio, era obrigada a permanecer no ambiente doméstico, pedir o menos possível e acatar todas as ordens do marido. Seu marido podia divorciar-se dela à vontade contanto que lhe devolvesse seu dote. A vida da mulher em Roma não era muito diferente, as leis romanas favoreciam apenas os homens. Legalmente, em fase adulta a pessoa de sexo feminino era tratada como se fosse ainda criança. Quando vivia no lar paterno estava sob a autoridade do pai, que possuía o direito de decidir sua vida ou morte; ao casar-se passava a estar sob a autoridade absoluta do marido.
O ensinamento de Pedro sobre o modo das esposas cristãs casadas com homens descrentes se consiste em que elas vivam em sujeição, uma submissão carinhosa à vontade do seu cônjuge, para que através da conduta amorosa, o homem que não tinha contato algum com o Evangelho de Cristo encontrasse oportunidade de observar a evidência da Palavra através do procedimento prestativo, prudente e exemplar da sua mulher. Através deste aconselhamento, aprendemos a sujeição espontânea, primeiramente ao Todo Poderoso, são deveres cristãos que o Criador estabeleceu antes do pecado cometido por Adão e Eva (Gênesis 3.16; 1 Timóteo 2.11).
Pedro incentiva os cristãos à viverem unidos, ao amor, à compaixão, à paz e à paciência nos sofrimentos; a perdoarem os caluniadores e não caluniarem; não retribuírem o mal com o mal, nem insulto com insulto, mas com bênção; estarem sempre prontos para explicar a razão da sua fé e esperança, e conservarem a boa consciência (3.8-17). Para encorajá-los a isso, o apóstolo aponta ao exemplo de Jesus, que sendo justo sofreu pelos injustos (3.18-22).
A mulher no Reino de Deus
As Escrituras ensinam que Deus fez tanto o homem quanto a mulher parecidos com Ele (Gênesis 1.27; 5.1; 9.6; 1 Coríntios 11.7; Tiago 3.9). Sendo o Criador pessoal, criativo, dotado de inteligência e desejo, capaz de governar o mundo, fez dois seres humanos dotados de atributos físicos e psicológicos que configuram os caráteres das criaturas varonil e feminil portando qualidades específicas, e estas refletindo a inteireza do seu Criador, possuem capacidade de cumprir plenamente a vontade divina.
Algumas mulheres destacadas positivamente nas páginas das Escrituras:
• Abgail, a mulher de sabedoria (2 Samuel 25.18-35);Em todo o ministério terreno de Jesus e, principalmente em sua ressurreição (Lucas 24.1-10), percebemos a fé e o respeito que as mulheres demonstraram pelo Salvador. Depois de sepultado, assim que o período do dia de sábado terminou, Maria Madalena, Joana, Maria, mãe de Tiago e outras mulheres (João 12.10,24,32), aproveitaram a primeira oportunidade e foram ao sepulcro para embalsamar o corpo de Jesus, talvez quisessem ungir sua cabeça, o rosto, espalhar especiarias em suas mãos e pés feridos, em uma expressão de carinho, o mesmo carinho que dispensamos em nossa cultura ocidental quando derramamos lágrimas e colocamos flores ao redor das pessoas falecidas que amamos.
• Ana, a mulher de oração (2 Samuel 1.9,10);
• A mulher anônima que Jesus observou contribuindo no templo (Marcos 12.41-44);
• Débora, a mulher que profetizava (Juízes 4.5);
• Rute, a mulher de decisões acertadas (Rute 1.16);
• Sara, a mulher de fé (Hebreus 11.11);
• Lídia, a primeira convertida a Cristo na Europa (Atos 16.14);
• Lóide e Eunice, respectivamente, avó e mãe do jovem pastor Timóteo, a quem transmitiram a fé no Salvador (2 Timóteo 1.5);
• Maria Madalena, a primeira mulher que testemunhou a ressurreição do Salvador (João 20.11-18);
• Priscila, esposa fiel de Áquila, que junto a ele cooperou no ministério de Paulo (Atos 18.21-3,26; Romanos 16.3,4.
Considerando a expressão de amor dessas mulheres, Deus ordenou que dois anjos avisassem-lhes que o Senhor havia ressuscitado, e ajudassem a lembrar que o próprio Cristo havia dito que ressuscitaria ao terceiro dia da sua morte, pois elas encontraram o túmulo aberto e vazio. E coube a elas a missão de avisar aos homens que Ele estava vivo (Lucas 24.6,8).
Após o pecado no Éden, Deus ainda se comunica com as pessoas, agora através da Bíblia Sagrada, que inspirada pelo Espírito Santo tem o poder de transformar vidas. O mundo necessita conhecer a essência do seu Criador, tendo em mente quem realmente Ele é. Através da pregação da Palavra, realizada por pessoas renascidas em Cristo, deseja abençoar pessoas de modo individual e coletivamente, sendo reconhecido e aceito como Soberano no ambiente das famílias. Homens e mulheres, alcançados pela graça da salvação, têm em si o reflexo de seu Criador, estão incumbidos com a missão de entregar a mensagem das Boas Novas aos que ainda não encontraram o Salvador.
Conclusão
As Escrituras dão testemunho de um número considerável de relacionamentos entre homens e mulheres caracterizados pelo amor e pela honra a Deus. Apesar disso, por causa do pecado, o ideal divino da união matrimonial e família foi corrompido pela poligamia, divórcio, adultério, homossexualidade, esterilidade e falta de diferenciação dos papéis de marido e esposa. Por existir na cultura contemporânea, considerável confusão sobre o plano de Deus a respeito do casamento, com a finalidade de saber lidar com essa crise cultural, e fortalecer as convicções cristãs sobre o assunto, o cristão autêntico precisa ter a Bíblia Sagrada como base para empenhar-se à edificação e solidificação do fundamento mais íntimo que o Criador trouxe à existência.
E.A.G.
Compilação:
Comentário Bíblico Beacon, Gênesis a Deuteronômio. Volume 1; página 38.
Comentário Bíblico Mattew Henry - Atos a Apocalipse, 1ª edição 2018, pagina 872. Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD)
Comentário Bíblico Mattew Henry - Mateus a João, 1ª edição 208, páginas 729, 730. Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
Deus Casamento e Família: reconstruindo o fundamento bíblico. Andreas J. Köstenberger e David W. Jones. 2ª edição. Páginas 281 29 e 35. São Paulo (Vida Nova).
Guia do Leitor da Bíblia – Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Lawrence O. Richards. 5ª edição 2006. Páginas 26, 836. Bauru. Rio de Janeiro – RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus – CPAD).
Pastor Christian Molk. consulta realizada no website em 03 de janeiro de 2019, https://www.christianmolk.se/2014/03/nar-eva-foll/
sábado, 21 de dezembro de 2019
Rute: a moabita citada na genealogia de Jesus Cristo
Existem inúmeras mensagens que podemos receber da vida e do caráter de Rute, ela foi um modelo digno de imitação, exemplo de bom companheirismo, lealdade, modéstia e simplicidade. Era uma mulher esforçada, confiável, tinha boa fama na sociedade em que viveu. A biografia de Rute é uma das histórias prediletas da Bíblia, pois aborda a superação de problemas complicados, fala sobre amor, superação, e a providência divina.
E.A.G.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2019
Miriã: a hebreia que ajudou sua mãe Joquebede a salvar o bebê Moisés
Míria é uma personagem muito interessante , uma mulher retratada de modo destacado na Bíblia, alguém grandemente usada por Deus. Referências sobre ela: Êxodo 2:1-8; 15:20-21; Números 12:1-16.
Seti percebeu que o número de hebreus no Egito era grande, temeu a rebelião dos hebreus contra seu governo e por causa deste medo colocou em prática um desígnio mau contra o povo de Deus,
extinguir todos os bebês de sexo masculino. Nesta época, Joquebede deu à luz a Moisés. Arão era três anos mais velhos que Moisés, não correu perigo de morrer porque o edito macabro entrou em vigor quando sua idade não se encaixa no plano de infanticídio (Êxodo 6.20; Nm 26.59).
Profetisa
Principais Personagens Bíblicos. Forrest L. Keener Volume 1. Lição 19: Miriã. Página 44. Web site Palavra Prudente.
Tesouros de Conhecimento Bíblico. Emílio Conde. Edição 1983. Página 279, Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD).
terça-feira, 19 de novembro de 2019
Lídia: a crente hospitaleira - N. Lawrence Olson
Por N. Lawrence Olson
INTRODUÇÃO
Leitura em classe: Atos 16.12-15; 35-40; 3 João 5-8.
E.A.G.
Fonte: Lições Bíblicas. N. Lawrence Olson. Lição 9: Lídia - a crente hospitaleira. abril-maio-junho-de-1973. Guanabara / Rio de Janeiro (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
segunda-feira, 18 de novembro de 2019
Raquel, a esposa muito amada de Jacó
Raquel em hebraico significa "ovelha", cuja conotação é pacificadora e mansa. Ela era filha caçula de Labão, irmã de Lia e sobrinha de Rebeca. Mulher de grande beleza (Gênesis 29.17). Casou-se com Jacó; foi sua esposa favorita. Sua história está registrada no livro de Gênesis, dos capítulos 29.1 a 35.29.
Jacó ficou na casa de seu tio Labão um mês inteiro. Aí o tio lhe disse que não era correto ele trabalhar de graça, só porque era seu parente, e perguntou quanto ele queria ganhar. Como Jacó estava apaixonado por Raquel, não perdeu tempo, pediu a mão da moça em casamento a Labão. Ambos entraram em um acordo pitoresco, Jacó sugeriu trabalhar cuidado do rebanho de Labão por sete anos, para só depois desse tempo ter a permissão dele para casar-se com ela. E Labão aceitou a proposta, dizendo que preferia ver sua filha casada com ele do que com um estranho. O amor de Jacó por Raquel era realmente admirável, pois considerou esse tempo como se fosse poucos dias pelo muito que a amava (29.20).
Assim, Jacó trabalhou sete anos com o objetivo de casar-se com Raquel. Quando passou o tempo combinado, Labão agiu desonestamente com Jacó. Deu uma festa de casamento e convidou toda a gente da região. Mas naquela noite Labão pegou Lia e a entregou a Jacó, e ele teve relações com ela. Só na manhã seguinte foi que Jacó percebeu que havia dormido com Lia, que Labão não havia cumprido com a palavra empenhada. Tentando justificar-se, disse-lhe não era costume em sua terra dar primeiro a mão da filha caçula em casamento antes da filha mais velha. Talvez, tenha feito isso, para que Jacó continuasse cuidado de suas ovelhas. E Jacó aceitou aquele sacrifício. Quando terminou a semana de festas do casamento de Lia, Labão permitiu que Jacó se casasse com Raquel. Jacó relacionou-se intimamente com ela; e ele amava Raquel muito mais do que amava Lia. E ficou trabalhando para Labão, conforme havia dito que ficaria (29.15-26).
Duas irmãs casadas com o mesmo marido - isso não pode dar certo... Ainda mais quando o amor não é dividido de forma igual. Só mais adiante foi que se proibiu o casamento com duas irmãs durante a vida de ambas (Levíticos 18.18). Neste triângulo que se formou, Lia estava sobrando... A irmã mais velha, só se tornou esposa de Jacó porque, na noite de núpcias, ele foi enganado pelo pai da noiva com uma artimanha engenhosa.
Deus viu que Jacó desprezava Lia e que ela sofria muito com a situação em que foi envolvida. E se compadeceu dela, fazendo com que ela tivesse um filho atrás do outro. Pôs no primeiro filho o nome de Ruben; no segundo Simeão; o terceiro, Levi; o seguinte, Judá. Para cada nascimento, ela reconhecia que o Senhor a abençoava através da maternidade e nutria a esperança que seu marido a amaria mais, se aproximaria mais e louvava a Deus em cada gravidez.
De todas as maneiras as duas irmãs tentavam se destacar mais que a outra no quesito filhos. Raquel era estéril. Sendo assim ela se sentiu enormemente atormentada e decidiu usar a escrava Bila como "barriga de aluguel", levou-a a Jacó e disse que ela seria sua concubina e todos os filhos que gerasse seriam considerados como se fosse dela. Então, a disputa entre as duas irmãs deslanchou de vez. Com Bila, Jacó foi pai de Dã, Naftali.
Lia percebeu que não seria mais mãe e entregou sua escrava Zilpa a Jacó como concubina também, e esta concebeu a Gade, Aser.
Quando viu que Rubem havia achado mandrágoras no campo e trouxe-as para sua mãe, quais algumas para si e foi pedir a Lia, que negou-se a dar-lhe. Para que mudasse de ideia, disse a irma que permitira que Jacó se deitasse com ela novamente, e elas entraram nesse acordo (Gênesis 31.19,34,35). Para sua surpresa, Lia veio a engravidar outras vezes, o próximo filho teve o nome Issacar e o sexto menino chamou-se Zebulom. E na sua última gravidez nasceu uma menina e a ela deu ao bebê o nome de Dina.
Raquel era capaz de ações sem princípios. Quando Jacó, depois de 20 anos explorado pelo sogro tomou a iniciativa de afastar-se definitivamente de Labão, sem o avisar que voltaria à casa de seu pai, Raquel aproveitando a ausência do pai, furtou dele uma imagem de culto idólatra, conhecida como terafins e "ídolos do lar" (Gênesis 31.19). Labão ao dar falta de Jacó, das filhas, dos netos o do objeto idólatra, perseguiu a Jacó para reclamar de sua saída às escondidas e reaver o objeto e o alcançou. Jacó permitiu que fizesse uma revista em todos os seu pertences. Ele não o encontrou, pois estava escondido na sela do camelo em que Raquel havia se sentado e recusou-se a levantar dando como desculpa estar no período menstrual. Ali foi o único lugar que não houve verificação, por certo porque Raquel gozava de toda confiança do pai e do marido. Jacó, sem saber da transgressão de Raquel, revoltado com o fato, amaldiçoou quem havia roubado seu sogro, para sua tristeza a maldição não demoraria a surtir efeito (Gênesis 31.22.42).
Raquel se sentia envergonhada e orava ao Senhor para que pudesse ter mais filhos, ao menos mais uma vez. Deus ouviu sua oração e fez com que ela engravidasse. E ela foi mãe de José. Depois, voltou a engravidar, teve problemas no trabalho de parto, quis chamar a criança de Ben-Oni (filho do meu sofrimento), suspirou e faleceu. Jacó preferiu que o filho se chamasse Benjamin (que quer dizer filho da minha mão direita). Enterrou-a em Belém e levantou ali um memorial de pedras em sua homenagem (Gênesis 35.16-20). José e Benjamin foram os filhos mais estimados de Jacó.
► José, o primeiro filho de Raquel e Jacó
E.A.G.
Compilações:
História de Mulheres da Bíblia. Eva Mündlen. Edição 2013. Páginas 89 a 94. Barueri - SP (Sociedade Bíblica do Brasil - SBB).
História Sagrada do Antigo e Novo Testamento. Bruno Heuser. Edição 1965. Petrópolis - Rio de Janeiro (Editora Vozes).
O Novo Dicionário da Bíblia. Volume 3. Quarta edição 1981. Página 1368. São Paulo - SP (Edições Vida Nova).
sexta-feira, 15 de novembro de 2019
A Ressurreição de Dorcas - Atos 9.36
"Em Jope havia uma discípula chamada Tabita, nome este que, traduzido, é Dorcas. Ela era notável pelas boas obras e esmolas que fazia" - Atos 9.36 (NAA).
A narrativa de Lucas a descreve apenas como discípula. Esta é a única vez que encontramos no Novo Testamento uma mulher descrita com este título. Ao chamá-la de "discípula", a intenção do escritor de Atos dos Apóstolos era enfatizar que Dorcas de fato era uma pessoa praticante dos ensinamentos de Jesus.
Bondade, Dorcas usava seu talento com mãos de costureira habilidosa, criava vestimentas para ajudar o próximo e, por consequência, mostrar a todos que amava a Deus e seguia os passos de Cristo. Ao socorrer as pessoas confeccionando peças de roupas e doá-las, cumpria a vontade do Mestre, que disse: "Estava nu, e vestiste-me" (Mateus 25.36).
Em um determinado dia, essa mulher, muito doente, veio a falecer rodeada por inúmeras pessoas que havia ajudado. Como a cidade de Lida ficava perto de Jope, onde Pedro se achava naquela ocasião, os discípulos mandaram-lhe dois mensageiros, com o pedido de vir urgentemente para a casa de Dorcas. O apóstolo Pedro, sabendo do ocorrido, pôs-se à caminho; ao chegar; levaram-no até o lugar em que estava o corpo. Rodeou-o grande número de viúvas, mostrando-lhe, em lágrimas, as roupas que Dorcas tinha dado a elas. Pedro mandou sair todos do quarto e pôs a orar ajoelhado. Voltando-se ao corpo, proferiu as palavras: "Tabita, levanta-te". E assim Dorcas teve sua vida restaurada. Abrindo os olhos, assentou-se. Amparada pelo apóstolo, imediatamente levantou-se. Em seguida, Pedro chamou as viúvas e os discípulos, ao vê-la revivida todos se admiraram e depois testemunharam em toda a cidade que ela havia ressuscitado e muitos creram no Senhor por causa da obra que Deus fez por meio do apóstolo.
Segundo as práticas judaicas em Jerusalém, o corpo devia ser sepultado no mesmo dia que a pessoa morresse. Mas fora de Jerusalém, na comunidade cristã permitia-se um período de três dias para o sepultamento. Quando havia a circunstância de atraso, os judeus e os gregos tinham em comum o hábito de colocar o corpo em num quarto do andar superior, após lavá-lo. Foi exatamente isso que os irmãos de Jope fizeram com o corpo de Dorcas, cheios de fé eles tiveram a ideia de trazer o apóstolo para que orasse a Deus e apresentasse aquela situação.
O episódio de Dorcas nos faz lembrar que um dia Deus ressuscitará todas as pessoas, que viveram em todos os lugares e em todas as gerações. E todas as pessoas que se dedicaram em demonstrar por suas atitudes o caráter bondoso do seu Salvador, serão levados ao Céu a lá permanecerão para sempre livres de sofrimentos, dores, doenças e tristezas.
E.A.G.
Compilação:
Bíblia da Mulher. Edição 2009. Barueri - São Paulo (Sociedade Bíblica do Brasil).
História Sagrada do Antigo e Novo Testamento. Bruno Heuser. Edição 1965. Petrópolis - Rio de Janeiro (Editora Vozes).