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terça-feira, 29 de março de 2022

O que é Igreja?

Igreja é...

Um lugar onde ninguém está só

Um lugar onde o Pai se sente em casa

Onde é adorado pelo que é e não pelo que pode

Onde aparece a humanidade que a Trindade sonhou

Onde Jesus Cristo é o a modelo, o desejo e o caminho

Onde é obedecido de coração e não por constrangimento

Onde todos andam abraçados, onde a dor de um é a dor de todos

Onde não há gente nadando na riqueza enquanto muitos chafurdam  na miséria

Onde o ser humano se perceba em casa e seja a casa e seja a casa de Deus e do outro

Onde a graça é o ambiente, o perdão a base do relacionamento e o amor a sua cimentação

Onde o Espírito Santo está alegre pela liberdade que desfruta para gerar e expressar Cristo

Onde Ele vê os seus dons serem usados para edificar, provocar alegria e servir ao próximo

Onde o seu Reino é manifesto no amor, na solidariedade, na fraternidade e serviço ao outro

Onde os pastores são vistos como ovelhas-líder e não como funcionários a serem explorados

Onde os pastores são apenas ovelhas-exemplo e não dominadores dos que lhes foram confiados

Onde todos têm acesso ao perdão, à cura de suas emoções, à amizade e a ser cada vez mais parecidos com Cristo

Onde há equilíbrio, de modo que quem colheu demais não esteja acumulando e quem colheu de menos não esteja passando necessidades

Onde a cidade encontra paradigmas

Onde o livro texto é a Bíblia.

E.A.G.

Autoria: Ariovaldo Ramos. Extrato de Revista Igreja, ano 5, número 30, outubro-novembro de 2010, página 37.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Olavo Bilac e o poema A Pátria

Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac (1865-1918), foi um dos mais representativos poetas brasileiros, uma das principais figuras do parnasianismo no Brasil, bastante influenciado por poetas franceses. A correção da linguagem e o rigor da forma são as maiores características de seus versos. Do ponto de vista métrico, seus poemas são tão perfeitos que para muitos são considerados como requinte exagerado. 

Em 1888 publicou o livro Poesias em três partes: Panóplias, Via Láctea, e Sarça de Fogo, obra impressa em Portugal. A obra revelou uma grande emoção, nada típica dos parnasianos, um

domingo, 20 de junho de 2021

Namoro online


Eliseu Antonio Gomes 

Do outro lado da tela
Ele é a beleza que virou gente
Ela a princesa do sonho dele
No encontro presencial
Descobre-se que o príncipe
É mais um monstro sonso
A bela não passa de alguém
Que confunde vitrine e janela.

domingo, 16 de setembro de 2018

O que é a felicidade? O que é ser feliz de verdade?


Ser feliz na fase infantil é gozar de boa saúde e ter dias cheios de diversão estando acompanhado dos pais, que lhe proporcionam a sensação de plena segurança.





Aos adolescentes, o que causa satisfação é vivenciar dias de festa em companhia de garotos e garotas da sua faixa-etária. Além da boa disposição física e mental, a socialização com gente da mesma idade é muitíssimo importante.





Para quem chegou aos trinta com vitalidade, ser feliz pode significa ter encontrado o par amoroso, e com esta pessoa experimentar ocasiões romanticamente monótonas, mas intercaladas com climas cheios de ineditismo controlado. O lado de dentro de portas e janelas fechadas e a imensidão escancarada do céu azul ensolarado, quando um está ao lado do outro, proporcionam momentos por demais sensacionais.





Na margem dos quarenta anos, o auge do vigor e beleza física, se sentir feliz significa olhar ao redor e notar que há estabilidades em todas as áreas. Constatar que construiu o seu ninho familiar e nele existe acolhimento, repouso, confiança, compreensão. Nesta altura da vida, viver a dois é bom, viver com a pessoa amada e junto a ela cuidar bem da sua prole é muito melhor.





Aos 50 anos, se sentir feliz é ter condição de colocar a mente para funcionar e lembrar que passou por todas as fases da vida e soube escolher as melhores opções, mesmo que não tenha conseguido vivê-las intensamente. É saber que nenhuma circunstância e ninguém são capazes de trazer totalmente a paz ao seu coração; é entender e aceitar que ninguém é uma pessoa perfeita e através desta introspecção julgar a si mesmo como gente imperfeita e buscar ser alguém melhor com vista a intensificar esforços para promover a felicidade dos outros.





Aos sessenta, ser feliz é observar que os filhos e filhas cresceram, e como pássaros em revoada agora eles cruzam o distante horizonte de maneira independente e voltam ao ninho que você construiu por iniciativa própria, trazendo netos e netas para visitar você por algumas horas.





Setenta é feito de dias de enfado físico. O corpo cansado poderá viver minutos, dias, meses e anos preenchidos com momentos sobre o leito da tranqüilidade ou da enfermidade intercalada com tempos de saúde. O regozijo destes dias está em saber que existe um Salvador e Senhor chamado Jesus Cristo. Entender que Ele oferece suas mãos para em momento apropriado conduzi-lo à eternidade e lá no porvir colocá-lo junto a Deus, o Criador de todos os universos e o que neles existem.





Com oito décadas acumuladas, e outras que Deus permita usar o fôlego da existência humana, é tempo de considerar estar aos cuidados de quem amamos. A vida é esta sinergia. Deixemos que aqueles a quem prestamos nossos gestos de carinho e cuidados por toda a nossa vida, retribuam o que fizemos por eles.





Assim como não são todas as primaveras compostas apenas de flores e canto de pássaros. A vida feliz surpreende a todos nós com interrupções e diminuições no grau da nossa felicidade. Traz surpresa até para as pessoas mais precavidas. Mesmo que em sua caminhada tenha havido motivos para derramar muitas lágrimas, apesar de ter encontrado mais sombras do que claridade, ainda que não tenha encontrado grandes chances e boa sorte, não se perca chorando pelos dias que se foram e considerou injustos.





É natural esperar os dias de calor, mas também é natural existirem as imprevisões meteorológicas, o susto que silencia o riso. Desencontros. Despedidas involuntárias. Nestes momentos ruins, é necessário agradecer por cada segundo feliz que tivemos no passado e olhar para o futuro sem perder a esperança que haverão oportunidades para sorrir outras vezes.





Busque o otimismo. Olhe para frente, seja crente que Deus ama você. Ele existe e deseja que em cada direção que andar tenha olhos bem abertos aos jardins e nestes espaços floridos encontre flores perfumadas e jamais seja enfraquecido pela dor provocada por alguns arranhões de espinhos.

E.A.G. 

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

A Pedra


_______

Antonio Pereira Apon 

O distraído, nela tropeçou,
o bruto a usou como projétil,
o empreendedor, usando-a construiu,
o campônio, cansado da lida,
dela fez assento.
Para os meninos foi brinquedo,
Drummond a poetizou,
Davi matou Golias...
Por fim;
o artista concebeu a mais bela escultura.
Em todos os casos,
a diferença não era a pedra.
Mas o homem.
_______

Comentário do Editor de Belverede aos leitores, para os meses de 2018:

Não existe "pedra" no seu caminho que você não possa aproveitá-la para o seu próprio crescimento. Que Deus lhe dê sabedoria, para saber o que fazer com cada pedra que você encontrar em 2018. Se as emoções não dominam a nossa mente em momentos de contrariedades, é possível transformar problemas em grandes oportunidades de melhoramentos.

Nota do Editor de Belverede:

Os versos do poema A Pedra foi publicado, originalmente, neste blog com algumas palavras diferentes do que agora pode ser lido. Antes da retificação feita hoje, dia  08 de setembro de 2019, ao invés de constar nome de autor, havia apenas "autoria indefinida". Nesta data, no espaço de comentários desta publicação, surgiu a participação de Antonio Pereira Apon, reivindicando a posição de autor do poema, corrigindo algumas linhas do mesmo - e de pronto foi atendido.   

E.A.G.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Pra você, Bete Gomes


PRA VOCÊ, BETE GOMES

Sonhei que sonhava.
No sonho do meu sonho eu tinha um sonho. 
Acordei.
Acordado, vi que o que havia sonhado já era real.
Que felicidade!
Você é minha realidade!

[Escrito em 09/06/17]

E.A.G

Acalantos


ACALANTOS


A distância é fria.
A ausência esfria.
A presença acalenta e esquenta o amor.
A proximidade promove felicidades,
O sonhador sonha menos
Conhece a mais feliz das realidades.

(Em 09/06/17 para Bete)

quinta-feira, 6 de abril de 2017

A poesia evangélica contemporânea em três livros gratuitos para você


Neste início de 2017 tive a oportunidade editar três ótimos livros reunindo textos de excelentes autores cristãos. O quinto volume da Antologia Águas Vivas (que é publicada a cada dois anos, e neste volume reúne poetas de Brasil, Portugal e Moçambique), além de livros individuais dos poetas J.T.Parreira (português) e Newton Messias (pernambucano). 
Desfrute, gratuitamente, de um pouco do melhor da poesia que é produzida contemporaneamente por nosso irmãos.
Sammis Reachers


Águas Vivas Volume 5 - Nesta nova seleta, como já é tradicional em Águas Vivas, reunimos a voz experimentada de poetas laureados à voz de jovens iniciantes nos meandros poéticos, promissores e já de forte expressão.
Desde a primeira edição, apresentamos, junto aos autores brasileiros, a obra de excelentes poetas evangélicos portugueses. Neste volume, além da presença honrosa do pastor, escritor e poeta português Samuel Pinheiro, ampliamos nossa corrente fraternal até a nação irmã de Moçambique, na figura da jovem Carla Júlia, poeta cuja riqueza de expressão é de admirar. E não bastasse a reunião de tão boa poesia devocional, apenas isso -  a comunhão em livro de ótimos poetas de três continentes, três países da lusofonia – já seria um selo distintivo a chancelar a relevância de Águas Vivas.
O talento em comum é aqui o eixo axial a unir poetas tão díspares em estilo, que operam nas mais variadasfrequências poéticas, e que, juntos, dão o tom democrático que sempre norteou esta antologia. Da beleza clássica dos sonetos de Natanael Santos aos versos de moderna dicção e com um toque de poesia marginal de Newton Messias; da caudalosidade hermética de Jorge F. Isah ao poema franco e filosófico de Júnior Fernandes; da maturidade decantada de Samuel Pinheiro até os versos sublimados da jovem moçambicana Carla Júlia e à terna entrega devocional de outra jovem, Karla Fernandes, estabelece-se aqui a corrente confraternal que, tenho certeza, acrescerá encanto aos olhos de todo amante do verso inspirado.
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Sou Lázaro e Vou Recomeçar - J.T. Parreira - Em seu mais novo e-book, o estimado poeta João Tomaz Parreira, com sensibilidade e singularidade emblemáticas, nos apresenta uma reunião de poemas tendo por eixo temático esta personagem ímpar das escrituras, Lázaro, (protó)tipo de todo homem que se achega a Cristo.
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Passagem - Newton Messias - A poesia de Newton Messias é a verbalização de sua ampla humanidade: ora ferida (& exposta), ora oferta amiga, contundente em sua busca de paz e equalização, justiça e misericórdia. Frutos que ela quer e possui, e, em seu amor resiliente, avança semeando-os em todas as escalas, fundando suas próprias territorialidades semióticas.

Este pequeno volume, para parafrasear o título de um famoso livro de Mário Quintana, é um Baú de (alegres) Espantos, uma aprazível seleta de poesia das mais vivazes, audazes e comunicantes de empoderamento, empoderamento em amor, que tenho lido nos últimos tempos.
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sábado, 31 de dezembro de 2016

O curioso episódio inédito do Chaves que nunca foi imaginado, roteirizado e nem gravado por Roberto Gomez Bolaño e sua trupe de palhaços divertidos


Quando o sol saiu por detrás das nuvens espessas seu brilho aqueceu a alma de cada um e fez nascer a esperança a todos para tentar vencer outra vez.
Arte: Tiago José.
A suposta sinopse exageradamente sensacional.

O Chaves chutou a porta do condomínio porque estava trancada e chateado desabou a chorar de dor no pé e por ninguém o ouvir chamar.

A Chiquinha finge chorar porque tem vontade de comer churros e seu “paizinho” não tem dinheiro para comprar o doce.

O Kiko quer encontrar o carrinho de brinquedo esquecido atrás da cesta quadrada e cheia de chuchu na quitanda do outro lado da quadra.

Seu Madruga perdeu o sono e só foi dormir ao-meio-dia.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Uma estrada


Uma estrada
Um caminho
Um chão
Uma razão de ser
Uma despedida
Uns passos no chão
Uma felicidade
Um afago
Um coração
E dois braços abertos

Feliz Natal.

Versos de Aniz Mustafat, publicados na revista Ponto de Encontro, edição 62, junho-julho de 2016, página 38 (Drogaria São PAULO / Profashional Editora Ltda).

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Teologia é poesia?

Por C. S. Lewis

Por Teologia, queremos significar, suponho, a série de afirmações sistemáticas acerca de Deus e da relação do homem com Ele, relação essa mantida pelos fiéis de uma religião.

(...)

Eu talvez possa presumir que Teologia significa principalmente Teologia cristã. Sou mais audacioso para fazer essa suposição porque algo do que penso acerca de outras religiões aparecerá naquilo que tenho a dizer. Devemos também lembrar que apenas uma pequena minoria das religiões do mundo tem uma teologia. Não se encontra nenhuma série de afirmações sistemáticas em que os gregos consensualmente cressem acerca de Zeus.

O outro termo, Poesia, é muito mais difícil de definir... Teologia é meramente poesia? (...) A primeira dificuldade para responder a essa pergunta nessa forma é que não temos consenso geral quanto ao que significa "verdade poética", nem se de fato existe algo desse tipo. Seria melhor, portanto, usar para este trabalho uma noção muito vaga e modesta de poesia: simplesmente como a escrita que desperta e satisfaz em parte a imaginação.

Deparado com essa questão, volto-me naturalmente para examinar o crente que eu conheço melhor - eu próprio. E o primeiro fato que descubro, ou acho que descubro, é que para mim, de qualquer forma, se a Teologia é Poesia, não é poesia muito boa.

Considerada poesia, a doutrina da Trindade parece-me oscilar entre duas posições. Não tem nem a grandeza monolítica das concepções estritamente unitarianas nem a riqueza do Politeísmo. A onipotência de Deus não é, a meu ver, uma vantagem poética. Odin, lutando contra os inimigos que não são criaturas suas e que, na verdade, no final vão derrotá-lo, tem um atrativo heróico que o Deus dos cristãos não pode ter. Há também certa pobreza na descrição cristã do universo. Considera-se que existe um estado futuro e ordens de criaturas sobre-humanas, mas os indícios que se oferecem da natureza deles são os mais tênues possíveis. (...) O cristianismo não oferece a atração do otimismo e nem do pessimismo. Ele representa a vida do universo como muito semelhante á vida mortal dos homens deste planeta - "um conto que mistura o bem e o mal".

(...)

Não podemos rejeitar a Teologia simplesmente porque ela não evita ser poética. Todas as visões de mundo produzem poesia para aqueles que nelas creem pelo mero fato de ser nelas. E praticamente todas têm alguns méritos poéticos, quer se creia quer não se creia nelas. É isso que deveríamos esperar. O homem é um animal poético e não toca em nada que não tenha adorno.

(...)

Eu apenas falei de símbolo e isso me leva ao último tópico em que vou considerar a acusação da "mera poesia". A Teologia certamente compartilha com a Poesia o emprego de linguagem metafórica e simbólica. A primeira Pessoa  da Trindade não é o Pai da segunda no sentido físico. A segunda Pessoa não "desceu" à terra no mesmo sentido em que um paraquedista desce, nem subiu novamente aos céus como um balão... Em que os primeiros cristãos acreditavam? Acreditavam que Deus realmente tem um palácio material no firmamento e que Ele recebeu Seu Filho numa poltrona decorada posta a pouca distância à direita da Sua? - ou não criam nisso? A resposta é que a alternativa que estamos propondo provavelmente jamais se tenha feito presente na mente deles. (...) 

Deus não tem corpo e, portanto, não pode assentar-se em cadeira alguma...

(...)

Somos tentados a declarar que nossa crença numa forma isenta de metáforas e de símbolos. O motivo porque não fazemos isso é que não podemos.  Podemos, se preferirem, dizer "Deus entrou na história" em vez de dizer "Deus desceu à terra". No entanto, naturalmente, "entrou" é tão metafórico quanto "desceu". (...) Podemos tornar nossa linguagem mais insossa, mas não podemos torná-la menos metafórica. Podemos tornar as imagens mais prosaicas, mas não podemos ser menos pictóricos. 

E.A.G.

Texto extraído, resumidamente,  do livro O peso da Glória, de autoria de C. S. Lewis, páginas 113 a 133, edição 2008, São Paulo (Editora Vida. ­Web site: http://www.editoravida.com.br/p/105-o-peso-da-gloria/ ).

domingo, 28 de agosto de 2016

Só uma vida, que logo vai passar.





Só uma vida, que logo vai passar
So o que for pra Cristo irá ficar.
(Poema por C. T. Studd)

Um dia escutei duas linhas, nada mais,
Enquanto viajava ocupado numa vida falaz;
Aquilo, ao coração, trouxe certeza presente,
E nunca mais sairia do pensar de minha mente;
Só uma vida, que logo vai passar
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Uma vida só, isto mesmo, apenas só uma.
Cujas horas, fugazes, são como a bruma;
Então estarei com o Senhor no dia previsto,
Ali, em pé, diante do Tribunal de Cristo;
Só uma vida, que logo vai passar
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Só uma vida, ecoa uma voz no pensamento,
Rogando: "Escolha o melhor de cada momento";
Insistindo que eu deixe minhas metas egoístas,
E me apegue a Deus, em meus atos e m'ia vista.
Só uma vida, que logo vai passar
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Só uma vida de anos breves na balança,
Cada um com fardos, temores e esperanças;
Todos com vasos que preciso encher,
Do que é de Cristo, ou com o meu querer;
Só uma vida, que logo vai passar
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Quando o mundo e miragens vierem me tentar,
E Satanás quiser de minha meta desviar;
Quando um ego inflado quiser tomar o meu ser,
Ajuda-me Senhor, a sempre alegre dizer:
Só uma vida, que logo vai passar
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Dá-me, ó Pai, um só propósito eu ter,
Na alegria ou tristeza, a Tua Palavra viver;
Fiel e constante em qualquer tentação,
A Ti somente eu dedicar meu serão;
Só uma vida, que logo vai passar
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Que Teu amor atice a chama de fervor,
E me leve a fugir deste mundo vil de dor;
Vivendo para Ti, e para Ti somente,
O teu prazer seja minha meta frequente;
Só uma vida, que logo vai passar
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Só uma vida eu tenho, sim, só uma, é verdade,
Pra poder dizer, 'Seja feita a Tua vontade';
E quando ouvir Teu chamado, finalmente,
Eu possa dizer que a vivi intensamente;
Só uma vida, que logo vai passar
Só o que for pra Cristo irá ficar.

---

Só uma vida, que logo vai passar
Só o que for pra Cristo irá ficar.
E se eu morrer, quão grande gozo terei ali,
Se minha chama de vida foi consumida só pra Ti.

"Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus... remindo o tempo, porque os dias são maus." 1 Co 10:31; Ef 5:16

(Charles Studd foi um milionário britânico e famoso jogador de críquete no século 19, que gastou seus bens e sua vida servindo a Cristo na China, Índia e outros lugares. Traduzido e adaptado por Mario Persona)

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Liberdade feminina

Liberdade feminina. Par de botas usados como vaso de flores sobre a relva.

Liberdade feminina

"Queriam que ela
fosse do lar,
mas ela era do ler,
com essa liberdade,
ela era de onde quisesse ser."

Allê Barbosa.

________


O poeta tem razão. É bem assim mesmo. Os machistas querem que as mulheres trabalhem dentro de suas casas; as feministas dizem que devem trabalhar fora; e só quando a mulher busca conhecimento  é que ganha o discernimento necessário para saber discernir o que será melhor para si mesma, a ocupação e o lugar que melhor se encaixa com sua personalidade.

Pessoas não são feitas em esteiras de produção, como carros em fábricas. Cada qual é um ser único, criado por Deus com características distintas uma das outras e jamais deve querer se encaixar nas exigências das filosofias desse mundo, que apregoam modo de vida padronizado. 

Seja você, seja feliz! 

E.A.G.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Mensagem aos pais



Os pais podem dar alegria e
satisfação a um filho,
mas não há como lhe dar felicidade.
Os pais podem aliviar sofrimento
enchendo-o de presentes,
mas não há como lhe comprar felicidade.
Os pais podem ser muito bem
sucedidos e felizes,
mas não há como lhe emprestar felicidade.

Mas os pais podem aos filhos,
dar muito amor, carinho, respeito,
Ensinar tolerância, solidariedade e
cidadania.
Exigir reciprocidade, disciplina, religiosidade,
reforçar a ética e a preservação da Terra.

Pois é de tudo isso que compõe a 
auto-estima.
É sobre a auto-estima que repousa a alma,
e é nesta paz que reside a felicidade.

Baú de Mensagens

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Afinal, o que é o Natal?

Por Antônio Pereira de Mesquita

A data que se comemorava o nascimento do Salvador do mundo - Jesus Cristo - passou a ser considerada, a partir do seu estabelecimento, como forma de o homem se resgatar das impurezas cometidas durante o ano todo. Pelo menos num dia. Coisa estranha, não?

Outros aproveitam o feriado, dia de festa, e se encharcam de bebida. Que droga! Tomam, tomam, e tombam. Tombam no caminho, tombam no propósito, tombam no pecado, tombam nas ruas. E este consumo desenfreado, que às vezes começa no Natal, dura o ano inteiro, levando a índices indesejáveis: cada brasileiro consome 15 litros de cachaça por ano contra 5 litros de água mineral.

O contra-senso acaba mostrando a sua cara. A Água da Vida - Cristo -, é preterida até mesmo em seu dia. Vêm as consequências: acidentes de trabalho, intrigas entre casais, aposentadorias prematuras, mulheres alcoólatras... Também estranho, não acham?

Sem brecha

Cristo só tem um dia para nascer na alma do homem, e na restrição das 24 horas, não encontra uma pequena brecha. O homem sai de si, num salve-se quem puder, já na véspera, e só "volta" quando o "Dia do Salvador" terminou, perdendo o "bonde da história". A alma e os sentimentos do homem destoam e não balançam com o toque de Natal.

Acomodado no círculo vicioso, o homem não abre espaço para encontrar-se com o amor que Deus derramou. Não sabem que este amor é como o encontrar de um oásis pelo viajante do deserto. Os vícios o deixa insensível.

O homem gira em círculos, se perde, não percebe e nada encontra, como numa dança frenética de índios. Cabeça baixa, costas curvadas, olhando para o chão, de onde jamais virá a saída... O céu é para cima; para baixo, o inferno.

Precisa quebrar o círculo, romper as barreiras, erguer a cabeça e gritar a liberdade: Jesus nasce em mim. É Natal! É tão simples como o apertar de uma campainha, dando a ressonância lá dentro: blim, blom!

Entretanto, muitos ainda não podem ver, ainda não enxergam e pensam que o plim, plim é igual  àquele som. Não, não é um toque mágico e tão pouco a saída que ecoa da "caixa mágica"... É a mágica que sai; para dar lugar a Jesus, o novo som, o som da eternal melodia. E aí sim, você poderá dizer: é só alegria!

Antes era só utopia. Coisas que acontecem hoje, e amanhã não existem mais. Não é o oásis, mas apenas uma miragem. Nada real.

Bem, todos já perceberam que esta conversa é própria de Natal, quando sempre falam as mesmas coisas, só coisas boas, nada de mal.

Aparecem anjinhos; criancinhas voando, às vezes gordinhas como um milagre espantador. Nesta tela não tem anjos grandões, até Jesus continua lá no bercinho de capim, ao lado das vaquinhas, burrinhos e um dos três reis magos, chamado Eliaquim. De onde tiraram tudo isso? Não perguntem para mim!

Então Natal não é real?

Mas vamos mudar a conversa, jogando um pouco de alegria, falando em tom de poesia.

De que Natal você quer saber? Do Natal do amor de Deus ou do Natal comercial, o Natal do mal? Do Natal que nasce em cada coração a cada dia ou do Natal que temos para a orgia? Do Natal para beber um pouco mais, ou do Natal que leva o pecado para não voltar - nunca mais?

Mas todos parecem tão iguais, até as letras são reais!

Então, existe um farsante em tudo isso aí, é preciso descobrir; o certo e o verdadeiro, o último e o primeiro.

Veja, procure, busque... procure encontrá-lo em seu coração... olhe também para o seu irmão. Ah! Também não está! Continue a procurar.

Vá, percorra, busque e veja, vá também à igreja.

Você vai correr por muitos lugares e não encontrará, até parar um pouquinho, meditar num cantinho, às vezes sozinho. Voltando tudo como era antes... lembrando da dança do índio, caminhando de um lado para outro, com as duas mãos para trás, mas insistindo e dizendo: sem achar o Natal não volto mais.

Bem, quando você esgotar todo o seu esforço, estando lá no fundo do poço, vai parar e esperar. Agora não procuro mais, acabou o sentido, estou desiludido. Não há mais o que fazer; Jesus, vem me socorrer!

É quando, sem a sua ação, brilha a luz no coração. Aquela luz de Natal, que não queima, não faz mal, mas brilha, brilha e dá luz, e com alegria te conduz aos pés do Pai de amor, voando, livre como um condor...

Chega a vitória, como um voo para a vitória, a libertação final, agora sim, encontrei o Natal.

Mudei!!!

Já é noite, mas parece não ser tão escura assim... A Lua brilha, não mais é aquele escuro medonho, raia a esperança, que antes só tinha em sonho. Agora é realidade firme como morar  numa linda e brilhante  cidade - coisa da eternidade!

É, já estou falando diferente, logo vão dizer que já sou crente. Ah! também não me importo, não, podem até chamar-me de irmão, tenho o Natal, estou livre do mal. Mais que isso, no Natal encontrei-me com Jesus, Aquele que só conhecia no simbolismo da Luz ou pendurado na cruz...

Quando não era um Cristo triste, pregado e doente, era um menino numa manjedoura, quietinho e impotente. Qual a visão que vai lhe seduzir?  Seria o Cristo da cruz? Ou aquele da revelação de João, que aparece vivo, poderoso, resplandecente, de vestes brancas, voz ruidosa e pés reluzentes? Talvez este Cristo seja diferente!

Este não é o mesmo da manjedoura, também não é o da cruz, nem mesmo o de Isaías. É o Cristo sem igualdade, é o Pai da Eternidade.

Agora, não sei explicar. Ele é tão real... meigo, belo, simpático, cheio de amor para dar. Não é o amor que conhecemos, o amor do dia-a-dia, aquele que acaba, ou se esfria. É um amor esplendoroso, firme, glorioso, Sim! Minhas expressões mudaram, eu mudei mais também, conheci Jesus Cristo. Amém!

Poderia continuar a poesia, com calor, amor e toda a maestria... olha, acho que também já tenho mais sabedoria...

Sem explicação 

Que gostoso, como é bom, que legal... não existe adjetivo para mostrar o Natal. Só mesmo entrando nele, ou ele entrando em você; não sei explicar muito bem, mas sei de uma coisa bela, que antes nem mesmo ouvia e só conhecia na tela.

É... Também não sou pregador, nem mesmo pastor, talvez um simples tradutor, mas nem isso sei fazer, por mais que tente, explique, nem todos vão entender; mas uma coisa é certa, se fizer como eu, vai senti-lo de forma certa.

Irá além do Natal, se despindo do mal; voar como no milagre dos anjos gordinhos, que só as telas dos artistas têm, embora voando ou não, andando ou viajando, rico ou pobre, se sentirá muitíssimo bem!

É Natal. Toque a campainha. Ele te espera. O que está esperando???

Só para não destoar, como um arremate final...

Feliz Natal!

Fonte: Mensageiro da Paz, ano 68, dezembro de 1997, coluna Evangelização, página 1, Rio de Janeiro (CPAD). 

quarta-feira, 8 de julho de 2015

A voz da poesia cristã: Antologia Poética ÁGUAS VIVAS para download


      Paul Celan costumava dizer que “a poesia é uma espécie de regresso a casa.” Outro grande poeta, o espanhol Pedro Salinas, referia a poesia como “uma aventura [rumo] ao absoluto.” 
      Pois esse singelo e aprazível exercício rumo ao Absoluto, onde, por maneiras multifacetadas, cada autor (re)constrói sua trilha e funda(menta) sua singularidade, é o que você encontrará aqui neste quarto volume da antologia (bianual) ÁGUAS VIVAS, amigo leitor. E pensar que a poesia, há ainda quem o diga, ‘não tem função’. Mas, sintetizando as opiniões dos referidos poetas, acreditamos que, ao contrário, a ela cabe a função mais nobre: lembrar-nos do Absoluto, sendo a um tempo a ferramenta e o memorial; aproximar-nos de Deus, grande porto de conturbada saída e de graciosa chegada da aventura humana; enfim mapear, com sua cartografia do inefável, nosso retorno ao Lar uma vez perdido.
      Este volume apresenta jovens poetas de riquíssima expressão como Patrícia Costa, Marvin Cross, Maria Isabel Gonçalves e Luciano dos Anjos, ao lado de vozes experientes expressas pela força lírica e devocional de Rosa Leme e Romilda Gomes, o doce sotaque cordelístico de Roberto Celestino e a poesia francamente social de J.F.Aguiar.
      Convido você a deliciar-se com um pouco da ótima poesia cristã produzida atualmente por nossos irmãos, que têm no verso a expressão de suas almas, a extensão de sua fé.

Sammis Reachers

Opções de download: 
Para baixar  o livro pelo site 4Shared, CLIQUE AQUI.
Para baixar  o livro, ou realizar a leitura online pelo site Scribd, CLIQUE AQUI.
Para baixar  o livro, ou realizar a leitura online pelo site SlideShare, CLIQUE AQUI.
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terça-feira, 23 de junho de 2015

A voz devocional da jovem poesia evangélica

A poesia de três jovens e talentosos autores evangélicos.



HYGGE


Tu és o meu conforto quando me deito
O meu prazer perfeito    
Em ti está o meu bem-estar
O meu clarear
A boa-nova que vem a galope
Ou pelo vento que sopra nas folhas

Tu és a roda de violão com os amigos
Sobre a relva fresca no fim da tarde
Tu és cada sorriso decorado
Com sonhos a se preservar
E cada riso incontido
Do que jaz nos corações

Tu és o alívio, o remédio
O bálsamo que refresca e refrigera
Aquele bom momento que nem toda língua traduz
O som doce que a clarineta produz
À meia-luz, na penumbra da alma necessitada
Aquela resposta há muito esperada

Tu és o piquenique, o luau e o sarau
A confluência das artes
A união das partes
Meu natural transmigrado para o sobrenatural
O pranto e o perdão
A celebração da união

Tu és alguma coisa que nessas fracas palavras
Da minha humilde linguagem
Ecoa na língua do amor, a língua da verdade
Que se traduz no calor do abraço teu
Meu Deus




Dádiva

Patrícia Costa    

No convidativo tapete verdejante
deleito  pensamentos
enquanto a brisa acaricia os meus cabelos          
e a minha pele.

Silente
não arrisco nenhuma palavra acostumada
que acelere o tempo
ou  desfaça a inteireza
do plácido momento.

Deixo-me
nesse terno acontecimento
de sorver o milagre da esperança
em cada particularidade 
presenteada pelo GRANDE TAPECEIRO.




Sonhos de amor

Luciano dos Anjos

Sigo pelas ruas

Com a cabeça nas nuvens

Escalando estrelas

E plagiando o voo dos pássaros



As pedras que me ofertam

Transformo em poesia
Na foz do meu silêncio
Nasce sempre um novo salmo
Meu coração é um menino 

Só quer falar de amor. 


*Em breve estes e outros autores estarão presentes no volume 4 da Antologia Poética Águas Vivas.