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domingo, 4 de setembro de 2022

É possível vincular Jair Bolsonaro aos princípios cristãos?

"Alguém escreveu assim em uma rede social: "Não tenho a sabedoria de entender como podem vincular bozo [o Presidente Jair Bolsonaro] a princípios cristãos. Creio que não compreendi a Bíblia até hoje". Sem querer fazer ironia ou pirraçar quem lê, sinceramente digo que são muitos que leem a Bíblia e não entendem, mesmo, o que leem. Isso é uma triste verdade." 

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Por que os cristãos devem se posicionar contra o aborto?

Um “aborto” acontece quando um “conceito” morre. O vocabulário, “conceptus” é um termo geral para a vida antes do nascimento crescendo no útero da mãe. Especificamente, os médicos costumam falar da união de um espermatozoide e um óvulo como um “zigoto”. Um zigoto em crescimento é um “embrião”. Quando o embrião atinge cerca de sete semanas de idade, é chamado de “feto”. Porém, “feto” é geralmente usado no debate sobre o aborto para descrever toda a vida no interior do útero. 

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Por que cristãos devem rejeitar políticos comunistas como Márcio França do PSB e Fernando Haddad do PT?


O nome do partido de Marcio França é Partido Socialista Brasileiro. O que é socialismo?

O dicionário Michaellis tem a seguinte definição:

1 - doutrina política e econômica que prega a coletivização dos meios de produção e de distribuição, mediante a supressão da propriedade privada e das classes sociais.

2 - sistema político e econômico que põe em prática essa doutrina.

Eu sou assembleiano. E gosto de olhar para a vida e analisar tudo pelo ângulo bíblico. Com esta perspectiva, não entendo como pessoas que dizem seguir a Cristo estão dispostas a votar em comunistas.

 A doutrina de Cristo não é a mesma de Karl Marx, que o pessoal da esquerda segue às cegas. Jesus é enfático conosco sobre nossos posicionamentos. Ele disse: "quem não é comigo é contra mim, quem comigo não ajunta, espalha" (Lucas 11.23). Decida-se. Quem você quer seguir?

Se nós queremos viver como seguidores de Cristo, nossa caminhada precisa ser com inteireza de coração. Isto é, conhecer em profundidade a vontade de Deus, que está registrada na Bíblia Sagrada, e compará-la com as propostas que encontramos neste mundo, onde jaz o maligno. Uma destas propostas encontradas neste mundo é a filosofia comunista, que faz combate veemente às diretrizes do cristianismo. Quem é cristão deve escolher qual filosofia quer seguir. As ideias de Karl Marx ou as ideias do Filho de Deus.

A filosofia dos ateus é radicalmente contra a doutrina judaico-cristã. Mas no tempo das eleições os candidatos ateístas, que estão no Partido dos Trabalhadores (PT) e em outros partidos esquerdistas fingem não ser. Entre estes partidos estão o Partido Socialista Brasileiro (PSB), de Márcio França, o candidato ao governo de São Paulo.

Observe-os fora das campanhas eleitorais, o que eles fazem, quais são os discursos deles. Existe farto material sobre isso na internet. Sugestão: vá ao Google e digite “PT e o aborto”, ou “Márcio França, PT, aborto, comunismo”.

Sem, medo de errar, podemos comparar o cristianismo e o petismo/comunismo, assim:

É a luz contra a escuridão. Nunca ocuparão o mesmo espaço ao mesmo tempo.

É o óleo do Espírito e a água insalubre de Jericó, daquela passagem que encontramos em 2 Reis 2.19-22. Aliás, segundo a versão Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH) da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), aquela água estava terrivelmente envenenada, pois provocava abortos e mortes de muitos sedentos.

Entenda: faça uso do termo "morte" no sentido figurado, mas o vocábulo "aborto" é em sentido literal, porque o PT é favorável à interrupção da gravidez, considera embriões e fetos tumores malignos.

E.A.G.

terça-feira, 12 de junho de 2018

Os Dez Mandamentos de Lenin, um dos pais da fé comunista

Vladimir Ilyich Ulyanov
(Lenin)
A lista abaixo é compartilhada em redes sociais, atribuída a Lenin, conhecido como o pai do falido sistema político comunista.

Não há comprovação de que realmente foi Lenin, quem a escreveu, em 1913, como é dito por alguns. Contudo, o fato a ser ponderado é que tais diretrizes são praticadas por militantes marxistas, gente da ala esquerda da política, na tentativa de alcançar o poder. Não é difícil ver que adotam literalmente tais diretrizes; percebemos que consideram ao pé da letra o conteúdo da lista como fundamento ao modo de fazer política.

Ao publicar tal conteúdo, minha intenção é provocar uma reflexão positiva e sincera na pessoa que crê em Cristo como seu Senhor e Salvador, fazer com que perceba que não é possível ser cristão e ao mesmo tempo simpatizante das ideias políticas comunistas; não é possível ser praticante da Palavra de Deus e ao mesmo tempo apoiar grandes defensores da ideologia marxista, não existe conexão plausível entre o ideal de ateus, agnósticos e crentes em Deus.

Não faz sentido algum o cristão votar em políticos que, supostamente, falam em nome dos Direitos Humanos, mas sem piedade alguma, atacam o nascituro, são promotores de aborto, querem que os impostos de cidadãos brasileiros financiem clínicas para as mulheres abortarem. Não existe na Bíblia discurso favorável de Jesus Cristo falando em retirada de feto do corpo de uma gestante para descartá-lo em lata de lixo ou triturá-lo em moedor de carne.

Qual é a lógica em dizer que é seguidor de Cristo e dar o voto para apoiadores da liberação do consumo de drogas? Aquele que realmente segue a Cristo não deseja este mal ao próximo. Ao contrário, quer  o fim da promiscuidade social, combate todas as espécies de generalizações da desordem social.

Ninguém pense que Deus abençoa governos injustos. Não existe coerência em dizer "sou cristão" e votar em pessoas que buscam o afrouxamento da penalização aos criminosos. Qual é o motivo em um político honesto ser contra enviar políticos corruptos para a cadeia? É necessário votar com seriedade, jamais em seguidores de Lenin.

Não há racionalidade em se apresentar como cristão e ao mesmo tempo eleitor de Lula ou qualquer outro membro do Partido dos Trabalhadores (PT), pois estes são propagadores da ideologia feminista, cujas convicções exacerbadas afrontam os princípios bíblicos da concepção da estrutura familiar.

O alegado Dez Mandamentos de Lenin, são estes:
1. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual;
2. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação de massa;
3. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;
4. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo;
5. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público;
6. Coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no exterior e provoque o pânico e o desassossego na população por meio da inflação;
7. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
8. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;
9. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa socialista;
10. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa.
Caso não seja Lenin o autor desta lista, é fato que os comunistas, discípulos de Lenin, implantam essas situações em todo território que buscam e exercem domínio. Mesmo sem comprovação de autoria, sabemos que tais ideias fazem parte do leninismo. Toda pessoa que apóia partidos de esquerda é corresponsável com os políticos pela implementação de leis e iniciativas favoráveis ao aborto,  liberação das drogas, também é culpado pela desestruturação da família aos moldes bíblicos. E Deus o punirá em tempo oportuno se não mudar de comportamento movido por um arrependimento real.

E.A.G.

sábado, 21 de abril de 2018

A ética cristã e o aborto

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

Na maior parte dos grandes questionamentos éticos, a Bíblia Sagrada possui posicionamento definido e cristalino.

A ética embasada na Lei de Deus e no ensinamento de Cristo é obviamente uma escolha melhor, revela lógica e bom senso, do que uma ética que ambiciona basear-se no iluminismo ou em filosofias mais novas. A partir de um ponto de vista bíblico, é possível declarar por qual motivo o cristão deve ser ético, e também qual é a verdadeira origem da sua vontade de ser ético.

I – ABORTO:  CONCEITO GERAL E BÍBLICO.

1.1 Conceito geral de aborto.

O aborto é o fim da gravidez, a interrupção do nascimento, é a remoção de um embrião ou feto antes que ele possa sobreviver fora do útero, ou seja, é a causa a morte do embrião ou feto. Ao ocorrer espontaneamente, é descrito como aborto espontâneo. Se o aborto é causado de propósito, é então chamado de aborto induzido ou "aborto espontâneo induzido". A palavra aborto é freqüentemente usada para significar apenas abortos induzidos.

Hipócrates (460 a.C. - 370 a.C.), foi médico grego, considerado o pai da medicina na cultura ocidental, autor do juramento que leva seu nome. O Juramento de Hipócrates, escrito entre o terceiro e quinto século a.C. é um dos mais conhecidos textos médicos gregos e considerado mais que um rito de passagem para graduados em medicina. O juramento feito solenemente pelos médicos, por ocasião de sua formatura, é a expressão mais antiga da ética médica no mundo ocidental. Apresenta as bases de vários princípios aos profissionais na área da saúde que continuam sendo de suma importância na atualidade. A síntese deste documento aborda os deveres que o médico deve ter para com o seu professor e para com a profissão; inclui os princípios de sigilo e não maleficência; abrange a integridade de vida, a assistência aos doentes e o desprezo pela sua própria pessoa.

Por conta do Juramento de Hipócrates, é amplamente visto como questionável a execução da interrupção da gravidez na área legal da medicina.

A militância pró-aborto costuma salientar os seguintes argumentos a favor da sua posição, partindo da base de que o feto não seria uma vida humana:
• O direito da mulher sobre o seu corpo;
• O fato de não se autorizar o aborto faz com que haja muitos abortos clandestinos que envolvem riscos graves para a saúde;
• As mães pobres, que são forçadas a dar à luz aos seus filhos, têm muitos problemas financeiros;
• As mulheres não devem ser forçadas a trazer filhos indesejados ao mundo;
• As mulheres não devem ser obrigadas a trazer filhos gravemente deficientes ao mundo;
• As vítimas de violação ou de incesto não devem ser forçadas a seguir com a gravidez;
• A dissuação, se for usada, deve ser verbal e pessoal, e não legal;
• O apoio oficial a mães que tiveram filhos sem terem condições materiais para isso é muito dispendioso.
1.2 O aborto no contexto legal.

A consciência da pós-modernidade alega que quando permitido por lei, o aborto no mundo desenvolvido pode ser um dos procedimentos mais seguros na medicina. É discutível a afirmação da Organização Mundial de Saúde quando diz que os abortos induzidos não aumentam o risco de problemas mentais ou físicos a longo prazo, segundo matéria do Journal of Obstetrics and Gynaecology Canada, abortos realizados em instalações insalubres causam 47 mil mortes e 5 milhões de internações hospitalares a cada ano, com cerca de 45% de fracassos. 

As leis do aborto e as visões culturais ou religiosas dos abortos são diferentes em todo o mundo. Em algumas áreas, o aborto só é legal em casos específicos, como estupro, problemas com o feto,  pobreza, risco à saúde da mulher ou incesto. Em muitos lugares, há muito debate sobre as questões morais, éticas e legais do aborto.

Aqueles que se opõem ao aborto freqüentemente sustentam que um embrião ou feto é um humano com direito à vida, e assim eles podem comparar o aborto ao assassinato. Aqueles que defendem a legalidade do aborto freqüentemente sustentam que uma mulher tem o direito de tomar decisões sobre seu próprio corpo. Outros favorecem o aborto legal e acessível como uma medida de saúde pública.

1.3 Conceito bíblico de aborto.

A vida é sagrada e devemos procurar proteger toda a vida humana: o não-nascido, a criança, o adulto e o idoso. A criancinha no ventre materno não é uma massa de tecido, ele ou ela é um ser humano aos olhos de Deus. A má condição espiritual do homem é a raiz da questão que o leva a aceitar o aborto. Em quase todos os casos de gravidez indesejada, e outros perturbações, as pessoas envolvidas estão escravizadas pelo pecado. Somente quando há a conversão a Jesus Cristo é que diversos males são evitados e resolvidos.

Tal como a eutanásia, o aborto não é objeto de nenhum estudo específico nos livros da Bíblia Sagrada. Contudo, mais ainda do que em relação à eutanásia o texto de Êxodo 23.7, que aborda a defesa do Senhor ao inocente e ao justo, deve ser entendido como pondo de lado qualquer possibilidade de concretizar esse ato, pois Deus não justificará o ímpio. Na lei mosaica, provocar o encerramento da gravidez de uma mulher era tratado como ato criminoso, causar a morte do feto era cabível do pedido de retaliação (Êxodo 21.22,23).

1.4 O aborto na história da igreja.

Em 1973, nos Estados Unidos, Jane Wade foi à Justiça americana afirmando que sua gravidez tinha origem em um ato de violação e reclamava a exigência do Estado em que mantivesse a sua gravidez. Ela alegou seu direito a privacidade, com base na Constituição, e afirmou que essa privacidade se estendia ao útero. Seu caso ficou conhecido como Processo Roe-Wade. A sentença dada pelo Tribunal defendeu seu direito à privacidade e consequentemente arrastou vários outros casos de desejo ao aborto a uma situação de extrema permissividade. Vários anos depois que Jane Wade ganhou seu processo e abortou, admitiu que havia mentido, declarou que não havia sido violada e a gravidez fora consequência de falha nos métodos contraceptivos que usara. Em 1995 ela se converteu a Cristo, deixou seu trabalho em uma clínica de aborto e integrou-se a uma igreja cujo pastor é um dos líderes do Movimento Militante Pró-Vida.

O Criador não deixa de amar as mulheres que se dispuseram a abortar. Todas devem voltar o coração para Deus, não apenas para colocar esse problema em Suas mãos, mas para dedicar toda a sua vida a Ele, que deseja perdoar os equívocos do passado e guiar ao futuro com Jesus. Basta fazer um compromisso com Cristo e depois pedir a Ele ajuda para seguir realizando o que é certo.

II – O EMBRIÃO E O FETO SÃO UM SER HUMANO.

2.1 Quando começa a vida?

Se nos dermos ao trabalho de examinar a etimologia do vocábulo 'feto', constataremos que o aborto é um crime não somente hediondo, mas tremendamente covarde. No latim, a palavra fetus significa pequenino. O Dicionário Latino-Português de F. R. dos Santos Saraiva define a palavra simplesmente como filho no ventre.

Tenta-se definir em que momento, no período da gestação, o feto se transforma em pessoa. Todas as posições são subjetivas e não podem ser provadas cientificamente. Há quem defenda que só é "pessoa" ao nascer. Essa posição é a mais absurda, já que um bebê é praticamente idêntico em tudo ao bebê que nasceu no dia anterior, sendo que a única diferença é o espaço de tempo de aproximadamente 24 horas.

Apesar da situação inaceitável, só é compreensível haver quem faça defesa do aborto quando não há a percepção sobre a dimensão sacra da vida, quando não existe a compreensão de dignidade humana inerente à sua natureza. Quando se remove o transcendente, e foca-se somente numa ética materialista, o embrião é visto apenas como um amontoado de células que pode ser desprezado por qualquer motivo.

Defender o direito à vida do nascituro é a comprovação do compromisso com a dignidade do ser humano e a sacralidade da vida. A vida é santa, É uma dádiva de Deus. Por isso, é necessário aprofundarmos a visão bíblica e sacra da vida afim de que a cultura da morte, instaurada em nossa sociedade, seja finalmente sufocada.

2.2 O que diz a Bíblia.

A Bíblia nos relata sobre a origem da vida: "E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente' (Gênesis 2.7). Após o homem ser formado através do processo sobrenatural da combinação das substâncias que há na terra, o Criador lhe soprou o fôlego da vida, dando início, assim, à vida humana. Baseado neste fato bíblico, entendemos que, cada ser que é formado, a partir da fecundação, o sopro de vida lhe é assegurado pela lei biológica estabelecida por Deus.

A Bíblia mostra claramente que, no entender de Deus, o feto é uma pessoa.
• Jó 3.3 pressupõe a continuidade entre o ser que é concebido e o ser que nasce.
• Jeremias 1.5 e Isaías 49.1 descrevem a forma como Deus se relaciona com a pessoa quando esta ainda está no ventre de sua mãe.
• O Livro de Salmos, em 139.13-16, revela de maneira comovente que Deus é quem cria o ser humano desde o útero, desenvolve o ser humano no ventre de sua mãe.
• Salmo 51.5 diz que a pessoa tem a tendência de pecar desde o ventre
• Em Lucas 1.41, João Batista é descrito como "criancinha" (brephos, em grego). O texto  narra o episódio em que ele saltou de alegria quando ainda estava no ventre de sua mãe Isabel, quando esta recebeu a saudação de Maria, que viria a ser a mãe do Salvador. E em Lucas 2.16, o mesmo termo grego é usado para descrever Jesus, já nascido.
Em Isaías 49.1, encontramos o inicio do segundo dos quatro Cânticos do Servo, que retrata a missão do Messias e há a exortação para que a nação de Israel despreze os conselhos de sabedoria humana. A passagem bíblica refere-se a Jesus Cristo, que se tornaria um ser humano desde o ventre de Maria, que teria que se encarnar e seria conhecido como o Emanuel, que significa Deus conosco (Isaías 7.14).

Sobre a chamada ao ministério profético de Jeremias temos, no capítulo 1 e versículo 5, a informação que Deus o chamou antes que ele fosse formado no útero de sua mãe. Não se trata de reencarnação, trata-se do conhecimento absoluto que Deus tinha de Jeremias e do seu plano soberano para a vida dele antes que ele fosse concebido. Entendemos, assim, que a vida inicia na fecundação.

Em Gálatas 1.15, Paulo escreve que Deus o separou ao ministério apostólico antes que ele nascesse. Com isso, não queria dizer que ao nascer foi separado fisicamente de sua mãe, e sim sobre o momento que foi colocado à parte por Deus para o serviço apostólico, momento este que ainda não havia nascido.

2.3 Qual a posição da igreja?

No mundo greco-romano era comum a prática do aborto. Foi preciso que os pais da igreja entrassem em cena condenando essa prática. No Didaquê 2.2 existe a seguinte recomendação: "Não matarás o embrião por meio do aborto, nem farás que morra o recém nascido".

Essa questão contribuiu para estabelecer o debate acirrado, primeiro entre os gregos e depois entre os cristãos, sobre o momento em que o bebê, ainda em formação, recebia a alma, tornando-se um ser humano. Por influência de Aristóteles, o pensamento cristão aderiu à ideia de que o feto era animado pela alma humana apenas em uma fase tardia de sua gestação. Tomás de Aquino afirmou depois que na primeira fase o feto tinha uma alma vegetal, na segunda tinha uma alma animal e só na terceira recebia uma alma que podia ser considerada humana. Em 1588, o Papa Xisto V eliminou esse princípio aristotélico.

III – TIPOS DE ABORTO E SUAS IMPLICAÇÕES ÉTICAS.

A legislação brasileira autoriza a interrupção da gravidez em três casos somente. Neste tópico apresentamos as principais implicações éticas para estes tipos de aborto.

3.1 Aborto de Anencéfalo

Em 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) legalizou a interrupção da gravidez de feto anencéfalo (má-formação rara do tubo neural). A principal implicação ética desta decisão está no descarte de um ser humano por apresentar uma má formação cerebral. Trata-se de uma ideologia racista chamada "eugenia" que defende a sobrevivência apenas dos seres saudáveis e fortes. Uma nítida incoerência de quem defende os direitos humanos e ao mesmo tempo age de modo discriminatório. Neste quesito enfatizam as Escrituras: para com Deus, não há acepção de pessoas (Romanos 2.11). Como aceitar a ideia de que Deus permitiria a concepção de um ser humano e logo após o rejeitaria em seus primeiros dias de existência?

Estar neste mundo ou deixá-lo é uma decisão que cabe ao Criador e jamais algo que satisfaça aos desejos pessoais de alguma criatura humana. Cada ser gerado tem um propósito nobre a cumprir, maior que a vontade pessoal, portanto, interromper uma gestação é notadamente um enorme equívoco. Portanto,  ajamos com sabedoria, prudência e critério, nunca nos esquecendo da sacralidade da vida humana. As Escrituras Sagradas afirmam que a vida e a morte são, unicamente, da alçada divina (1Samuel 2.6; Filipenses 1.21-24).

3.2 Aborto em caso de estupro. 

Como não é necessária a comprovação do crime de estupro e nem autorização judicial para o aborto, a lei é permissiva e complacente com a interrupção da gravidez sob a alegação de estupro sem que ele tenha ocorrido. Assim, discute-se a inviolabilidade do direito à vida do nascituro (Art. 5°, CF e Art. 2° do CC). Outra questão ética relaciona-se ao fato de que um crime não pode justificar outro crime.

A implicação ética em relação ao aborto no caso de estupro relaciona-se ao fato de que um crime não pode justificar outro crime. Não convém reagir ao mal cometendo maldade. A reação do crente convertido a Cristo é mudar a situação da maldade para atitudes de bondade, benevolência, benignidade, magnanimidade. Aos cristãos. o ensino bíblico é claro: "Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem" (Romanos 12.21).

3.3 Aborto terapêutico.

O caso do aborto terapêutico é um caso que não deve haver penalização. Há a opção, muitas vezes angustiante, entre a tentativa de salvar a vida de uma pessoa, a mãe, e o risco de perder a vida da mãe e do filho.

É Deus quem dá a vida e nos permite viver em nosso corpo físico. Podemos decidir quem deve viver ou morrer? Procura-se justificar clinicamente a ação do aborto, no caso do risco da mãe perder sua vida no parto, sob a alegação de que a vida de um adulto tem maior valor que a de um ser em gestação. Daí surge questões éticas quanto à valoração da vida humana. Uma pessoa merece viver e outra não? Tertuliano, em sua obra Apologeticum (197), ensinava que não existe diferença entre uma pessoa que já tenha nascido e um ser em gestação. Outra questão é acerca do poder sobre a existência.

Uma mãe cristã, confiante no Senhor e na sua obra redentora, pode se recusar a abortar, mesmo quando o médico aconselhar o aborto terapêutico. Sabe-se de casos em que Deus interveio salvando a vida da mãe e do filho. É claro que não podemos esperar que a legislação, criada para crentes e descrentes, tente forçar esta opção.

CONCLUSÃO

Hoje em dia é comum pensar no aborto como uma resposta simples a uma situação inconveniente, mas na verdade a decisão de uma mulher em acabar com a vida de uma criancinha que está se desenvolvendo dentro dela, é um problema muito sério. Algumas das consequências invisíveis sobre a decisão de realizar o aborto é o profundo pesar e o sentimento da culpa pelo que aconteceu, assim esta mulher que poderia escolher dar à luz e ao bebê, mas opta em negar a ele a luz, entra em profunda crise depressiva. Ao lidar com o tema do aborto, o evangelista Billy Graham costumava dizer que "dois erros não criam um acerto". Aconselhava gestantes que não desejavam criar uma criança a optar por enviá-la para a adoção.

Todos os cristãos comparecerão diante do tribunal de Cristo, no segundo advento, portanto deve estar empenhado em pregar a revelação da Palavra de Deus exatamente como ela é. estar sempre preparado para proclamar a Verdade, deve abordar a questão do pecado na vida daqueles que servem ao Senhor e na vida de quem é pecador não arrependido. A doutrina de Cristo deve ser exposta com mansidão, mesmo que rejeitada (1Timóteo 4.1,2).

Valorizar a dignidade humana, o direito à vida e o cuidado à pessoa vulnerável são princípios imutáveis do cristianismo. Na sociedade secular, o cristão autentico deve tomar cuidado com o relativismo e estar alerta quanto às ações de manipulação de sua consciência e o desrespeito à vida humana.

É apenas da alçada de Deus levar o homem à beira da tumba e quando toda a esperança parece ter tido o fim, levantá-lo outra vez.

E.A.G.

Compilações:
Billy Graham Evangelistic Association, Billy Graham’s Answers on Abortion, January 25, 2017, https:// billygraham. org/ story/ billy-grahams-answers-on-abortion/ 
Ética Cristã Hoje - vivendo um Cristianismo coerente em uma sociedade em mudança rápida, Alan Pallister, páginas 147 a 154, edição 2005, São Paulo (Shedd Publicações).
Lições Bíblicas Adultos, Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais de Nosso Tempo, 2° trimestre de 2018, página 44 (CPAD).
Wikipedia / EUA - https://en. wikipedia . org/ wiki/ Hippocratic_Oath 
Wikipedia / EUA - https://en. wikipedia . org/ wiki/Abortion 

terça-feira, 20 de junho de 2017

Jesus, o libertador do medo

Por N. Laurence Olson

Uma das consequências do primeiro pecado cometido no mundo foi o medo que se apoderou do casal Adão e Eva. Por isso esconderam-se no bosque. O homem da parábola dos Dez Talentos, que recebeu apenas um talento, ao prestar contas a seu Senhor, testificou: "Atemorizado, escondi na terra o teu talento...". E por isso foi condenado como mau e negligente servo e foi-lhe tirado aquele único talento que recebera. Vamos estudar um pouco essa coisa - o medo, e como devemos vencê-lo.

Vamos adiantar que o medo de vencer o medo é ter conhecimento de Deus, por tê-lo como nosso Ajudador.

Não ao medo


sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Antes de abrir a boca para defender o aborto...


antes-de-abrir-boca-para-defender-o-aborto-feche-as-pernas-que-o-teu-ventre-seja-um-berco-nao-um-cemiterio
"Antes de abrir a boca para defender o aborto, feche as pernas." - Frase cuja autoria é desconhecida.

Extraída de uma rede social, considero esta sentença grosseira. Tosca. Porém, carrega em seu bojo um raciocínio lógico. É congruente dizer que se uma mulher não quer engravidar deve fugir da situação que leva-a à gravidez.

O povo que respeita a doutrina apregoada nas páginas da Bíblia Sagrada, que orienta aos solteiros esperar até o casamento para relacionar-se fisicamente com o sexo oposto, segue a seguinte determinação:

"O que Deus quer de vocês é isto: que sejam completamente dedicados a ele e que fiquem livres da imoralidade. Que cada um saiba viver com a sua esposa de um modo que agrade a Deus, com todo o respeito e não com paixões sexuais baixas, como fazem os incrédulos, que não conhecem a Deus" - 1 Tessalonicenses 5.3-5 (NTLH).

Veja as referências bíblicas sobre o aborto:

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

A vitória de Donald Trump e a derrota de Hillary Clinton e a tropa de artistas famosos


“Nós não precisamos de Jay Z ou Beyoncé. Não precisamos de Jon Bon Jovi. Não precisamos de Lady Gaga. O que precisamos é de grandes ideias para fazer a América melhor novamente”, disse Donald Trump em um discurso pouco antes de sair o resultado de que ele era o vencedor do pleito eleitoral contra Hillary Clinton.

Esta semana, que chega ao final, foi surpreendente, aos olhos de tantas pessoas ao redor do mundo; para quem acompanhava a eleição ao cargo de presidente dos Estados Unidos. Institutos de pesquisa, cientistas políticos – e ao reboque vergonhoso quase toda a mídia jornalística – dava como certeza a vitória de Hillary Clinton, torcendo abertamente por sua vitória.

A derrota de Hillary também é o fracasso de atores de Hollywood, considerados astros, como Robert de Niro e Chris Evans (o ator que interpreta o Capitão América); de atriz aclamada como estrela, como Meryl Streep (indicada dezenove vezes ao prêmio Oscar e ganhadora de três). Este revés de Hillary é um choque de realidade para gente famosa da área da música, como Bruce Springteen (Born in the USA), Bon Jovi (It's My Life). O insucesso de Hillary é também de Madonna, Jay Z, Beyoncé. 

Por quê? Porque tais artistas emprestaram suas imagens (a popularidade?) para angariar votos, fizeram comícios em favor de Hillary.

Mas, o resultado desastroso da campanha eleitoral de Hillary também é um grande desastre do presidente Barack Obama e sua esposa Michelle, que se emprenharam de corpo e alma em diversos comícios realizados em diversos estados americanos. Nunca antes um chefe-de-estado norte americano se prestou ao papel de cabo eleitoral como Obama!

Apesar de tantas declarações polêmicas de Donald Trump, eu desejei que vencesse a campanha eleitoral. Quis isso porque ele declara ser contra o aborto, enquanto Hillary é defensora ferrenha de que toda gestante possa abortar, inclusive até aos nove meses de gravidez, dizendo que a mulher é dona de seu corpo.

De fato, a mulher é dona de seu corpo, porém, o feto não é parte de seu corpo, é um novo corpo. Caso o feto fosse seu corpo, todos partos deveriam ser considerados mutilações. Não é?

Considero o posicionamento de Hillary, com relação aos abortos, uma atitude de monstruosidade, porque gravidez não é doença; o feto ou bebê é uma nova vida no útero materno, não é um tumor maligno. Qualquer pessoa com esta posição. que atenta contra o ser humano indefeso não pode ser presidente dos Estados Unidos e de nenhum outro país! Aliás, não é pessoa digna de nenhuma espécie de função que contenha status de autoridade.

E.A.G.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Aborto: Antibíblico, antiético, ilógico e imoral - o embrião e o feto são vida



O embrião (bebê nos primeiros três meses de gravidez) e o feto (bebê de três meses de gestação em diante) já são uma vida, mas não uma vida no mesmo sentido em que uma planta tem vida, como argumentam os defensores do aborto, que não dão importância ao feto como sendo um ser humano. O embrião ou feto tornam-se uma vida consciente em poucas semanas, enquanto a planta ou a árvore durante toda a sua existência, não tem vida consciente.

É uma falácia dizer que o embrião/feto é "parte" do corpo da mãe, e que, portanto, a mãe pode escolher o que fazer com ele, pois tem todo direito de legislar sobre seu corpo. Ora, o embrião/feto  não é parte do corpo da mãe. É uma pessoa dentro de outra pessoa.

"Na concepção, quando o espermatozoide se une ao óvulo, a molécula de DNA deste desenrola-se e une-se à daquele, formando um célula inteiramente nova (zigoto). Essa nova célula viva é tão diferente que, depois de se afixar à parede uterina o corpo da mãe reage, enviando anticorpos para eliminar o intruso não reconhecido. Somente alguns aspectos especiais e inatos do novo organismo o guardam da destruição. Por isso é incorreta a expressão 'meu corpo', empegada pelos defensores do aborto quando falam do embrião ou do feto, em qualquer estágio.

O organismo desenvolvido dentro da mãe é, na realidade, um corpo individual, diferente. A partir da concepção, esse corpo distinto produzirá mais células, e todas elas manterão o padrão único dos cromossomos do zigoto original. Está claro, portanto, que o corpo tem sua origem na concepção" (Dr Liley em Abortion: questions and answers, de J.C. WilKe, Hayes Publishing Co. Inc., páginas 51 e 52.,).

O embrião/feto não é uma coisa, nem "apenas uma vida", como vegetal. Ele é uma pessoa. "A criança não é um 'que', mas um 'quem'. É alguém a quem se diz 'tu' e que dirá, no momento certo dentro de algum tempo 'eu'. É um terceiro absolutamente novo, que se soma ao pai e à mãe. E é tão distinto que dois gêmeos univitelinos, biologicamente indiscerníveis e que podemos supor idênticos' são absolutamente distintos entre si e a cada um dos demais; são sem a menor sombra de dúvida 'eu' e 'tu', ressalta o filósofo Julián Marías.

Uma mulher nunca dirá "Meu corpo está grávido", mas sempre "Estou grávida!" Ninguém fala do feto como se fosse um tumor. Ninguém diz "Tenho um feto!" - que parece com "Tenho um tumor!". Porém, a lógica dos abortistas vai exatamente em caminho oposto e ilógico.

"Se afirmarmos que o feto não é um 'quem' porque não tem uma vida pessoal, então teríamos que dizer o mesmo da criança nascida durante muitos meses, e do homem durante o sono profundo da anestesia, da arteriosclerose avançada, da extrema senilidade, sem dizer do estado de coma", lembra Julián Marías. Logo, é uma hipocrisia dizer "interrupção da gravidez". A pena de morte seria o que, então? A criança não é um objeto ou um tumor, que se pode extirpar como se fosse algo nojento. Os defensores do aborto é que inverteram os valores do aborto e agem irracionalmente. Para eles, o 'quem' se torna 'que', as pessoas se tornam, quando lhes é conveniente, 'coisas'; e o feto, uma 'coisa' dispensável.

A Palavra de Deus valoriza tanto o embrião concebido, que define a concepção de um ser humano no ventre da mãe como algo "terrível e maravilhoso" (Salmos 139.14) Ela declara ainda que Deus escolhe pessoas desde o ventre (Isaías 49.12; Jeremias 1.5 e Lucas 1.15; 1.31-35).

O feto é vida humana para Deus, mesmo que ainda não plena em suas primeiras fases. Por isso, aborto por qualquer outro motivo, que não sejam o natural, o acidental ou o para salvar a vida da mãe, é pecado. Aborto por causa de estupro é pecado. Por meios bons ou maus, voluntários ou involuntários, desejados ou indesejados, sendo pelo amor ou pela violência, se uma vida está sendo gerada, fato é que ela deve ser respeitada. O bebê gerado por causa de um estupro não pediu para nascer. Ele não pode pagar com a vida por um erro que não cometeu. Não se pode culpar o bebê no ventre pelo pecado do pai, um estuprador, fazendo com que o bebê pague por ele com sua vida.

Aborto: a posição da Biologia, Ciência e Escrituras Sagradas são as mesmas?
Aborto - os sete métodos de homicício planejado contra seres humanos indefesos
Antes de abrir a boca para defender o aborto...
Estupro seguido de gravidez - abortar é a solução?
Jesus, o libertador do medo
Gianna Jessen sobrevive de aborto, reage e vence
O feto que segurou a mão do médico durante a cirurgia

E.A.G.

Fonte: Revista Geração JC, páginas 13 e 14; março abril de 2016, Rio de Janeiro (CPAD).

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Aborto: Antibíblico, antiético, ilógico e imoral.

Aborto: Antibíblico, antiético, ilógico e imoral. Entenda porque são absurdos todos os argumentos dos defensores da legalização do aborto no Brasil.


Um dos assuntos mais revisitados nos últimos anos em nosso país tem sido a descriminalização do aborto, que volta a pauta neste ano aproveitando a comoção nacional com os casos de microcefalia, que supostamente estariam ligados ao Zika vírus. Apesar de todas as pesquisas apontarem que a maioria da população brasileira é terminantemente contra a descriminalização do aborto, grupos liberais e feministas tem feito constantemente pressão seja no Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal, para tentar liberar o assassinato de seres humanos ainda no ventre.

A Pesquisa Nacional de Aborto, feita em 2010 por grupos pró-descriminalização, é bastante questionada ainda hoje pela forma como como teria sudo feita, mas, a ser verdade o que aparece ali, cerca de 13% das jovens evangélicas brasileiras já teriam praticado o aborto, o que torna o assunto ainda mais urgente no meio evangélico.

A legislação brasileira permite, já há muito tempo, os abortos por causa de estupro e para salvar a vida da mãe, e desde 2012, também o aborto de anencéfalos, após decisão do Supremo Tribunal Federal. Porém, o que diz a Palavra de Deus sobre o assunto? Qual deve ser a posição do cristão, à luz da Bíblia, em relação ao aborto?

O que diz a Bíblia

Independente do motivo pelo qual a criança foi concebida, é Deus quem forma as crianças no ventre de suas respectivas genitoras (Jó 10.11-12; 33.4; Salmos 139.13-16). A Bíblia também afirma que os filhos devem ser tratados como presentes de Deus, dádivas divinas (Gênesis 33.5; Salmos 127.3). Ela declara que não devemos rejeitar uma criança, mas recebê-la como trataríamos ao próprio Jesus (Mateus 18.5; Marcos 9.36-37). O próprio Deus diz que ainda que uma mãe rejeitasse seu filho no ventre, Ele não o faria e que nunca se esquece dos seus filhos (Isaías 49.15-16).

A Bíblia ressalta que a vida foi criada por Deus. Esse ensino é afirmado tanto no Antigo quanto no Novo Testamento (Gênesis 1.27-28 e Atos 17.26). Portanto, somente Deus pode tirar a vida. Aliás, declara que não devemos assassinar, matar deliberadamente (Êxodo 20.13).

Quando a Bíblia ordena "Não matarás", em Êxodo 20.13, não está se referindo ao assassinato involuntário, acidental, mas a algo proposital. O verbo hebraico "ratsach" aparece 47 vezes em todo o Velho Testamento, sendo a primeira vez nesse texto dos Dez Mandamentos, e seu significado mais exato é "Não assassinarás" ou "Não cometerás assassinato", subtendendo no original hebraico a necessidade da intenção de matar. O verbo "ratsach" refere-se claramente ao homicídio premeditado. Nunca é usado para referir-se à pena de morte, isto é, à execução de um assassino (Gênesis 9.6) e nem para homicídio culposo, e muito menos para defesa própria ou em situações de guerra. Logo, os abortos natural e acidental não são imorais à luz da Bíblia, pois eles não são provocados, são involuntários. O aborto natural ocorre por doença ou morte do feto. Já o acidental é resultante de fatores como susto, queda etc; enfim, acidentes.

No caso do aborto para salvar a vida da mãe, a maioria dos cristãos tem  entendido historicamente, à luz da Bíblia, que embora seja doloroso e uma decisão muito difícil, não é pecado. Nessa situação, a maioria dos cristãos entende que há moralmente duas decisões possíveis: ou abortar a criança e salvar a vida da mãe ou a mãe decidir morrer para salvar a vida do filho. Nesses dois casos a decisão não seria imoral. Nem os pais estariam autorizando um assassinato nem a mãe estaria cometendo suicídio, porque o objetivo é salvar uma vida - no caso, um ou outro. É preciso, porém, frisar que há médicos hoje em dia que exageram na sua definição de gestações de risco, visando a um aborto; logo, é bom os pais ouvirem a opinião de mas de um médico. Nesses casos, até porque hoje em dia, devido aos avanços da ciência, a gravidez de risco torna-se cada vez mais contornável.

Os abortos pecaminosos são todos os que são provocados por razões totalmente egosístas ou eugênicas (para evitar nascer um filho com deficiência física). Esses abortos são um crime, uma covardia.

A Bíblia diz que é Deus quem dá a vida e que Ele abomina a morte de inocentes (1 Samuel 2.6; Jó 1.21; Provérbios 6.16-17; Deuteronômio 27.25; Gênesis 4.10; 1 Coríntios 3.17). Ela frisa também que entre os sangues inocentes está o das crianças (Salmos 106.38). Sem dúvida alguma, o sangue da criança não nascida é inocente. Não existe razão científica, médica, social, moral ou religiosa para colocar a criança no ventre  em uma classe inferior ao das crianças já nascidas.

A Bíblia ressalta que, em relação aos direitos fundamentais, não se pode dizer que alguém tem menos direitos do que outro, e sabemos que um direito fundamental é o direito à vida, que nos foi dada por Deus (Jó 31.13-15). A Bíblia também enfatiza que devemos não apenas não consentir na morte de inocentes, mas também nos opormos a ela, em vez de fecharmos os nossos ouvidos e olhos para essa matança (Provérbios 24.11-12; 29.7).

A Bíblia diz que devemos nos colocar em defesa dos mais fracos e indefesos, dos injustiçados e oprimidos (Êxodo  22.21-24; Salmo 82.3-4; Jeremias 22.3). e a criança no ventre, inocente por definição, que esteja sendo ameaçada de aborto por outras pessoas, está obviamente nessas condições. E não se pode justificar o aborto dizendo que todas essas crianças mortas irão para o Céu, porque não temos o direito de tirar a vida de ninguém, e não se pode fazer males visando a um bem (Romanos 3.8). E mais do que leviano: é imoral.

E mesmo se consideramos apenas a lógica, o aborto é imoral, porque se a criança no ventre é uma vida - e é -, logo o aborto não é a mutilação do corpo da mulher, mas assassinato, pois o feto não é uma extensão do corpo da mulher, mas outro corpo dentro dela.

[Este artigo continua: O embrião e o feto são vida 

Fonte: Revista Geração JC, páginas 13 e 14; março abril de 2016, Rio de Janeiro (CPAD).

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Postagens paralelas:

Aborto - a posição da Biologia, Ciência e Escrituras Sagradas são as mesmas? 


quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Eu te agradeço Deus - Rachel Sheherazade louva no programa Raul Gil



Veja a íntegra da participação de Rachel Sheherazade no Programa Raul Gil no quadro Elas Querem Saber. Sheherazade é entrevistada pelo apresentador , Thammy Miranda, Val Marchiori, Dani Bolina e Penélope Nova e responde sobre o que pensa do aborto, ameaças que recebeu, novos projetos de programas de televisão, suas inspirações no campo jornalístico, opinião sobre a atuação do jornalismo brasileiro, preconceito contra a mulher, carnaval, casamento entre pessoas do mesmo sexo, dízimo, enriquecimento de pastores, pena de morte, legalização da maconha, posições políticas, seu casamento, seus costumes fora da televisão e sobre a Lei da Palmada. E cantou uma canção de louvor, de autoria de Cleber Lucas.

Vale a pena conferir: Programa Raul Gil no portal SBT Vídeos | SBT Online no YouTube

E.A.G.

domingo, 7 de dezembro de 2014

O espetacular e humilde nascimento de Jesus

Por Sarah Holmes
Eliseu Antonio Gomes (tradução livre)

Ao se aproximar esta época do ano, árvores são enfeitadas com luzes coloridas e piscantes, fachadas de residências e estabelecimentos comerciais são decoradas. Mas será que isso sempre acontece levando em conta o tema natividade, lembrando a história do nascimento do menino Jesus?

Na minha família, é conservada a tradição de na véspera de Natal todos se reunirem ao redor de meu pai para ouvi-lo contar, de acordo com as passagens bíblicas, como Jesus nasceu em uma estribaria. E nas igrejas é costume que se enfatize um ao outro que o motivo deste período, cheio luzes e celebração, é justamente o nascimento humilde de Jesus. 

Mas será que todos se dão conta de quanto é surpreendente o nascimento do Filho de Deus entre nós?

O simples ato da fertilização de um único óvulo é extramente complexo e cheio de detalhes. A mulher começa a ovular, o nível de hormônio aumenta e o óvulo viaja para a trompa de Falópio. Neste curto espaço de tempo em que o óvulo está na trompa de Falópio é que poderá ser fertilizado. E quando um espermatozoide se une ao óvulo, espetacularmente, é criado uma barreira em torno dele para que todos os outros espermatozoides permaneçam do lado de fora. Neste instante da genética é definido se aquela vida será de um menino ou uma menina. Nos quatro dias seguintes, o óvulo se divide rapidamente em células e segue das trompas de Falópio até o útero e no útero é protegido pela parede uterina, onde o pequenino ser vivente começa a se desenvolver durante os noves meses seguintes, até sair da mulher e estar nos braços daquela que abrigou-o dentro de si. 

É motivo de muita surpresa saber que existem muitas pessoas que nunca pararam para pensar que a gravidez é uma dádiva de Deus, que cada criança que nasce é realmente um milagre. E que o maior de todos esses milagres foi a concepção de Maria, a mãe de Jesus Cristo.

Artigo relacionado: A Odisseia da Vida.

Fonte: Shattered Magazine - https://shatteredmagazine.net/jesus-miraculous-yet-humble-beginnings/

quinta-feira, 6 de março de 2014

As leis civis entregues por Moisés aos israelitas

Por Eliseu Antonio Gomes

Deus é justo e deseja que o seu povo aja justamente, assim entregou a seu povo o Decálogo e algumas leis civis, com o objetivo de que Israel se tornasse uma nação-modelo. Os Dez Mandamentos e as leis que os judeus receberam têm como equivalentes no Brasil a legislação constitucional e o código penal.

É preciso ponderar sobre o objetivo de todo texto veterotestamentário, considerar exprimindo sua intenção e pensamento, visto que não é tudo que pode ser literalmente interpretado. Sempre é necessário observar os contextos dos momentos passado e presente, pois ações determinadas à Israel não são em sua totalidade aplicáveis à Igreja.

A natureza das leis eram civis, tinham a ver exclusivamente com a nação Israel, modo de viver e fatos daquele período e a religião do Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Porém, os princípios encontrados nessas leis - a apologia à vida, inclinação à prática da justiça e igualdade - são importantes em todas as épocas na vida de quem queira adorar ao Senhor exemplarmente.

A seção em Êxodo, capítulos 20.22 - 23.33, esclarece sobre o conjunto de regras que regeram a vida  da sociedade israelita e a norma de culto.

A escravidão

Deus jamais incentivou o degradante regime de escravidão, que fazia parte do contexto social dos israelitas, porém criou normas para que a relação desumana entre senhores e escravos fossem exercidas da maneira mais suave possível, protegendo o indivíduo escravizado.

A legislação judaica permitia que um israelita fosse dominado por outro, havia escravidão por toda parte. Entre os judeus, o israelita livre poderia transformar-se em escravo por causa de endividamento. O cidadão inadimplente poderia perder sua liberdade, e a liberdade dos filhos, e passar a viver em sujeição a outro cidadão que lhe emprestou dinheiro e não lhe pagou (Levíticos 25.39; 1 Reis 4.1), se roubasse e não tivesse condições de restituir o produto de roubo (Êxodo 22.2-4); ou ao ser nascido de pais escravos (Êxodo 21.1-7).

O dono de escravos não tinha liberdade para maltratar seu servo violentamente, caso o ferisse fisicamente a lei o obrigava a conceder-lhe alforria, e se o mesmo morresse em decorrência do castigo o amo deveria ser castigado também. O senhor tinha o dever de estabelecer ambiente de trabalho seguro para a pessoa escravizada, no caso de um escravo ser ferido por um boi, este escravo tinha o direito de receber indenização (Êxodo 21.1-7; 20, 26-27).

O assenhoramento não era definitivo, após seis anos o servo deveria ser libertado (Êxodo 21.2). O escravo que adquirisse condições financeiras poderia voltar a ser livre comprando sua alforria, ou quando parentes ou amigos quisessem resgatá-lo poderia voltar a gozar de liberdade. E no Ano do Jubileu, ocorrido de cinquenta em cinquenta anos, todos os israelitas escravos deveriam ser libertos por seus senhores (Êxodo 21.5; Levíticos 25.8-51).

Riqueza e pobreza

Em Israel haviam ricos e pobres. Nas páginas bíblicas encontramos diversas referências em que encontramos Deus interessado no bem-estar daqueles que possuíam poder aquisitivo menor (Gênesis 1.27, 28;  Isaías 1.17). Em caso de uma pessoa empobrecer, o rico não deveria aceitar o trabalho dele em regime de escravidão, mas tratá-la como trabalhador assalariado (Levítico 25.39-40). De sete em sete anos, o israelita rico deveria perdoar a dívida de seu patrício pobre (Deuteronômio 15.1, 4-11).

Desinteligências

Em que caso de luta corporal, quando um homem golpeasse outro e ele viesse a ficar acamado, quem o feriu deveria indenizá-lo pelo tempo em que ficasse no leito e era obrigado a pagar seu tratamento (Êxodo 21.18-19).

O assassinato 

Na Lei de Moisés há diferenciação entre o assassino que cometia a morte conscientemente e quem matasse de maneira involuntária. Ao assassino mau havia o tratamento do olho por olho, e ao assassino que matasse alguém por acidente havia o direito de abrigar-se em uma da seis cidades de refúgios construídas em Israel, onde os parentes da vítima não poderiam executar sua vingança (Êxodo 20.13; 21.12; Números 35.9-11, 19, 21, 27, 31, 33; Deuteronômio 4.41, 43; 19.2, 4).

Assassinos eram considerados profanadores do país. Crimes de sangue eram descritos como profanação do solo de Canaã e a única maneira de purificá-lo seria punindo quem cometeu o assassinato através da pena de morte (Números 35.33-34).

O aborto é sinônimo de assassinato (Êxodo 1.15-17;  21.22-25; Levítico 20.1-5; Salmo 127.3; 139.13-16; Isaías 49.1; Jeremias 1.4-5).

O roubo

A lei civil de Israel protegia proprietários com ênfase ao crime de apropriação de bois e ovelhas. Se um ladrão matasse o animal, tinha como penalidade devolver cinco bois por um, e quatro ovelhas por uma, e se isso não fosse possível, sua pena seria trabalhar em regime de escravidão para a vítima de seu delito. No caso de o ladrão invadir a residência da vítima durante o horário noturno, se flagrado em sua transgressão e morto pelo dono da casa, esse dono seria inocentado da morte, porque o horário da noite era considerado uma ameaça de morte, mas se a invasão ocorresse à luz do dia não poderia matá-lo (Êxodo 22.1-15).

Queimadas e a preservação da vida animal de terceiros

Se uma pessoa perfurasse a terra em busca de água e deixasse a perfuração sem uma proteção ao seu redor, ou sem a tampa, e ali caísse um animal, o dono do poço era multado, sendo obrigado a pagar o preço do boi ou jumento morto (Êxodo 21.33-34).

Quando o agricultor usasse o fogo para exterminar espinheiros, e a queimada perdesse o controle e atingisse os limites de propriedades vizinhas causando prejuízos, o responsável pelo início da fogueira deveria ressarcir todo o dano causado pelo incêndio (Êxodo 22.6).

Conclusão

Martinho Lutero escreveu o seguinte sobre o Código Mosaico: "O efeito da Lei é nos levar para fora de nossas tendas e tabernáculos, ou seja, sairmos de nossa calmaria, da zona de conforto que habitamos, e da confiança em nós mesmos, para nos levar diante da presença de Deus, a fim de revelar sua ira sobre nós e nos colocar diante de nossos pecados".

Na Dispensação da Lei de Moisés, Israel possuía países vizinhos que jamais poderiam ter como modelo, pois eram sociedades compostas de pessoas ímpias, idólatras, contumazes pecadoras contra Deus, e nesta situação os judeus eram carentes de orientação que os mantivesse conscientes sobre a maneira ideal de relacionarem-se com o Deus e com o próximo.

"Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor" - Levítico 19.18.  Jesus Cristo citou este versículo, mandando amar os outros como você ama a você mesmo e revelou que este é o segundo  mandamento mais importante da Lei (Mateus 5.43; 19.19; 22.39; Marcos 12.31; Lucas 10.27).

Na nova aliança, o crente que passa pela experiência do novo nascimento, aceita a Jesus Cristo e voluntariamente se submete às suas leis. Sabe que por intermédio de Jesus Cristo encontra o socorro de Deus (Atos 26.22; Filipenses 1.19; Hebreus 4.16; 13.6), está ciente que Jesus quer que seus discípulos ajudem todas as pessoas necessitadas (Mateus 5.42; Lucas 6.35, 36), tem consciência que deve viver a vida cristã sem  violência verbal ou física, e está cônscio que a recomendação bíblica é amar em todo tempo (1 Coríntios 6.1-11; 2 Timóteo 2.24; Provérbios 17.14), é orientado pelas Escrituras a renovar sua mente para não agir conforme os costumes do mundo (Mateus, capítulos 5, 6 e 7; Romanos capítulos 12 e 13; João 3.3; 1 Coríntios 9.21; Gálatas 6.2).

"E aquele que guarda os seus mandamentos nele está, e ele nele. E nisto conhecemos que ele está em nós, pelo Espírito que nos tem dado" - 1 João 3.24.

Consultas:
Bíblia de Estudo NTLH, edição 2005, Barueri -SP (Sociedade Bíblica do Brasil). 
Bíblia Evangelismo em Ação, Ray Comfort, edição 2005, São Paulo (Editora Vida).
Lições Bíblicas, Antonio Gilberto, 1º trimestre de 2014, Rio de Janeiro (CPAD).

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Malafaia e Feliciano. Pastores?

Líderes intrépidos, defensores da família e da vida.

Existe um grande equívoco em diversas denominações evangélicas, inclusive na maior igreja pentecostal do Brasil, a Assembleia de Deus, que Silas Malafaia e Marco Feliciano pertencem. Muitos homens recebem títulos de pastor, mas não o são. Não pretendo analisar a razão de isso acontecer, apenas quero tentar chamar a atenção para  as consequências nefastas que nos arriscamos a viver por causa do uso indevido do prenome sem que haja a chamada ministerial da parte de Deus. 

Não conheço Marco Feliciano, nunca o vi pregando de perto, nunca estive no mesmo ambiente em que ele foi o preletor do evento. Mas, observando pedaços de vídeos no YouTube e programas na televisão, analisei o teor de suas mensagens, e através desse vasto material não o reconheço como pastor.

Eu também nunca estive num mesmo evento em que Silas Malafaia pregou. Meu contato é pelas mídias: internet e televisão. E ao ponderar sobre tudo que já o acompanhei pregando a minha impressão é que ele não possui chamada ministerial para pastorear.  

As falas de ambos, o comportamento dos dois, causam a impressão que não possuem o perfil de pessoas dispostas a viver dentro da rotina pastoral, levar o rebanho ao campo para beber e comer, ficar em pé vigilante para afugentar os predadores, conduzir as ovelhas ao alimento diário e à margem do riacho observá-las saciar a sede. Vigiar para que durmam sobre a relva longe de perigos. Depois, trazê-las de volta ao redil, examinar se o ambiente está devidamente seguro e ter disposição de consertar buracos na cerca para impedir a entrada do lobo. Curar feridas em tratamento atencioso e personalizado. 

Digo que não os considero pastores, naquele sentido lato de conviver com o neófito e ajudá-lo a crescer na fé até que seja crente maduro, apto a ganhar almas. Digo que não parecem ser pessoas dispostas a viver diuturnamente com atenção voltada para dentro de uma comunidade, atendendo membros de uma igreja no gabinete, com palavra certa na ponta da língua, mensagem sob medida para aconselhar casos de crises conjugais, fechar a boca e ser ouvido-amigo e escutar um desabafo de quarenta e cinco minutos.

Ao dizer isso, não quero afirmar que Malafaia e Feliciano não possuem chamadas ministeriais e que não tenham legitimidade como líderes evangélicos. Ao contrário, afirmo que merecem o máximo de respeito e atenção de todos os cristãos brasileiros. Honremos suas atividades como apologistas cristãos no âmbito da família e da vida.

Sim, com certeza absoluta podemos afirmar que eles possuem chamadas ministeriais importantes para a nação Brasil. Pastores? Para mim é uma dúvida.

E.A.G.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

The Beatles - Yesterday and Today - capa Butcher


O álbum The Beatles Yesterday and Today foi lançado pela gravadora Capitol em 1970 exclusivamente aos mercados dos Estados Unidos, Canadá e Japão contendo faixas de dois álbuns britânicos, anteriores, e algumas faixas inéditas mundialmente. Este álbum é lembrado por uma de suas capas, intrigante, e que gerou grande polêmica. O invólucro continha como ilustração a fotografia chamada Açougueiro (Butcher), do fotógrafo Robert Whitaker, onde o quarteto aparece sorridente, usando janelos brancos, com pedaços de carne pelo corpo, e bonecas de plástico esquartejadas. A fotografia absurda foi feita para uso apenas na edição promocional, distribuída para as rádios e lojistas.  

Segundo o quarteto, a imagem impactante era apenas uma arte conceitual realizada com o objetivo de protestar contra a gravadora Capitol (inglesa). O grupo estava indignado com o modo como suas músicas estavam sendo lançadas em Yesterday and Today, desmembradas de seus lançamentos originais. Na época, a imagem não chegou ao público americano como capa daquele disco, mas saiu depois em uma revista britânica como peça publicitária de lançamento de uma música assinada por John Lennon e Paul MacCartney. Mais recentemente McCartney caiu em contradição sobre o episódio ao dizer que a ideia era protestar contra a guerra no Vietnã. 

Naquela época, lojistas e radialistas americanos também protestaram, mas foi contra a capa sangrenta. Eles se organizaram decididos firmemente não divulgar nenhuma música por causa da fotografia, obrigaram a gravadora Capitol a recolher tudo e enviar outra imagem. 750 mil cópias promocionais foram recolhidas, prejuízo de US$ 250.000,00. Apenas quando receberam exemplares novos as músicas foram veiculadas nas rádios.

A primeira explicação pode ser verdade, ou a segunda, pouco importa. Mas observando pelo ângulo da fé enxergamos na carnificina a representação de cadáveres de bebês reais, vidas inocentes mortas assassinadas por esquartejamento. É uma mensagem de cunho espiritual. Pode ser remetida ao ato do sexo irresponsável que leva à inconsequência de um aborto, aos rituais de sacrifícios ao falso deus Moloque.  

Em quase todas as vezes os sacrifícios a Moloque não são literais, mas em todas as vezes são tão ou mais nocivo quanto. Crianças nascem dia após dia e os pais não os orientam espiritualmente, elas passam por este mundo sem jamais reconhecer a Cristo como Senhor e Salvador e falecem, suas almas seguem à perdição eterna. Triste! 

No mercado de colecionadores o item sórdido possui grande valor comercial, pois é considerado peça de raridade. Hoje, no site E Bay um exemplar de Yesterday and Today com a capa sangrenta está cotado em US $795.00.

E.A.G.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Marco Feliciano e os 600 terreiros de umbanda


Entrevista ao portal CPAD News. Auge da perseguição da mídia secular.


“Nunca houve tanta oração neste país nunca houve tantos crentes anônimos mandando mensagem de Jesus dizendo: Protege o Pastor Marcos porque ele me representa naquele lugar. 

O Brasil foi abalado pelas orações, Igreja. Quem concorda com isso?

Nos primeiros dias Edmar, no meio daquele tumulto você assistiu reuniões na nossa frente… Onde estava tudo nublado não tinha o apoio de ninguém… meu partido tava quase roendo porque não aguentava mais a luta (…) entrou um homem na minha sala, um baita dum… tenho que tomar cuidado como falo…um baita dum afro descendente… desse tamanho o cidadão (…) O cabelo black power. Quando eu olhei pra ele empurrei minha cadeira e pensei: 'Tô frito! Não tão respeitando nem aqui mais'. Quando ele viu que eu fiquei apavorado ele disse: 'Fica tranquilo que minha vinda é de paz' (…). Ele era um babalorixá (…). 

'Vim do Rio de Janeiro através da minha instituição. Nós temos 600 terreiros de macumba e a nossa instituição pagou minhas passagens… vim aqui dizer para o senhor que o senhor nos representa, porque o senhor representa a família brasileira. E pra te ajudar eu trouxe para ao Senhor a espada de São Jorge' (…) Olhei pra aquele trem e pensei: 'Eu pego ou não pego?'

Na hora de ir embora ele voltou e disse: 'Pastor, a partir de hoje ninguém mais toca no Senhor'.  Eu perguntei o motivo. Não devia ter perguntado. Ele voltou, olhou para mim e disse: 'A partir de hoje, toda a sexta feira, 600 terreiros vão estar batendo tambor para nossas entidades protegerem o senhor' (…) Quando eu fui falar Jesus falou comigo: 'Quem não é contra nós é por nós… Quando ele virou as costas Jesus falou comigo: Quando a igreja não se levanta e não pode, eu levanto até demônio…” 

Pronunciamento do Pastor Marco Feliciano em 2 de novembro de 2013; no evento Clama Brasil (transcrição Gospel Hoje).

Síntese

Sobre o episódio, em uma rede social, li: "Como pode um negócio desse irmão? Um pastor como o Feliciano falar um negócio desse é algo estarrecedor."

Marco Feliciano, ao dizer sobre o ritual de "bater tambor" em favor dele em seiscentos terreiros de umbanda? Não ouvimos Feliciano dizer que recebe a situação de bom grado. Se disse, está em trecho que não tivemos acesso. Quem procurou quem? O Feliciano foi ao terreiro ou o religioso à Câmara dos Deputados?

Ninguém pode dizer que o Marco Feliciano não é homem de coragem e ousadia. Ele conquistou sua enorme notoriedade além do espaço cristão por causa dessas características e por causa da oposição -  opositores políticos e da mídia secular. O maior barulho envolvendo seu nome não foi criado diretamente por ele, mas por quem é favorável ao aborto e casamento gay. Ele sempre teve posicionamentos pró-família e pró-vida, muito antes de entrar no meio político, e seus opositores fizeram o Brasil e o mundo saber disso. É verdade que distorcendo quase tudo para tentar prejudicá-lo na carreira política. Não deu certo distorcer, porque com o uso da internet ele sabiamente rebateu essa mídia tendenciosa e a verdade prevaleceu.

Meu posicionamento

Sou eleitor de São Paulo, área em que Feliciano captou eleitores e foi eleito como o deputado federal evangélico que alcançou o maior número de votos. Eu não votei nele.

Não conheço-o como pastor. A priori, na parte teológica tenho as minhas diferenças, discordo dele em alguns pontos teológicos - divergência com cautela, porque sei que devo examinar mais porque ainda possuo conceitos baseados em informações muito superficiais.

O pouco que vejo dele pregando são os fragmentos de pregações, aqueles vídeos de filmagens com duração de apenas três minutos, e postados no YouTube. Então, não me sinto capaz de tecer maiores comentários. Sobre conteúdos de vídeos com pregações incompletas, entendo que auferir juízo, opinar, é arriscar-se a cometer injustiça, quem assiste está refém daqueles que o publicam.

Defesa da vida e da família

Acompanho notícias da atuação de Feliciano na área de parlamentar federal. No combate aos interesses da família, a luta contra o aborto, fecho questão com ele. Estou com ele nas questões pró-família e pró-vida.

Sempre defendi a família aos moldes bíblicos e fui contra o aborto e continuarei a ser. E quem também é, deve ponderar unir forças, esforçar-se para separar as questões teológicas, que discorda, das questões que envolvam a vida e a família aos moldes bíblicos, que concorda.

O vídeo no Clama Brasil

Gostaria de conhecer todo o conteúdo dessa declaração, ter acesso do início ao fim da fala, só com o conteúdo completo seria possível fazer uma análise. É preciso ter todo o conteúdo para opinar, temos apenas três minutos de uma preleção que deve possuir mais de trinta. Quanto há mais de tempo na palestra? O que há? Todo o restante do conteúdo que não temos acesso é muito relevante para interpretar o que pudemos acessar.

Por ser um registro fragmentado, não sabemos se a fala faz parte do prólogo, se é o meio ou final da mensagem. Não sabemos se houve comentário de desfecho do preletor na citação de “quem não é contra nós é por nós”, colocando assim o arremate pelo prisma espiritual.

Cogitações

Não me sinto confortável em comentar sob hipóteses. Debater conjecturas não é ação proativa. Mas, vamos lá.

Em se tratando de uma verdade por parte do religioso da cultura africana, a existência de seiscentos terreiros batendo tambor às sextas-feiras em favor do parlamentar, refere-se ao apoio político de uma parcela de membros da religião afro estar interessada na composição familiar aos moldes bíblicos.

Penso que Feliciano ao proferir o “quem não é contra nós” referia-se a relação de religiosos como eleitores - não são apenas evangélicos que lutam em favor da família e contra o aborto. Ele deve ter se referido apenas ao apoio eleitoral e não aludido às entidades de cultos afros como protetoras. Mas, digo isso apenas em forma de palpite. Não sei. Não vi todo o conteúdo.

Talvez, Marco Feliciano, ao citar "quem não é contra nós e por nós" tenha comentado sobre a passagem bíblica que narra a atuação de Ciro, o monarca pagão que Deus usou para favorecer o povo israelita. Embora o imperador persa jamais tenha reverenciado Jeová, jamais adorá-lo, o profeta se referiu a ele como "pastor de Deus" e "rei ungido de Deus" (Isaías 44.28; 45.1).

Acredito que nos tempos atuais Deus faz o mesmo para abençoar seus servos, afinal, Ele é soberano, está acima de todos as potestades, é o Todo-Poderoso entre crentes e descrentes. Não é só esta passagem do relato sobre Ciro que poderia ser usada como base para o conteúdo mostrado no vídeo em questão.

Conclusão

Não é preciso polemizar a situação.

Continuo querendo assistir o vídeo inteiro. Não dou parecer contrário ou favorável ao que o parlamentar disse no vídeo. Conhecer só uma parte não nos dá condição segura para avaliar o uso da referência bíblica. O vídeo é um recorte, temos disponível uma visualização de 3 minutos em uma pregação que com certeza tem mais de 30. É preciso ter todo o conteúdo para opinar. Repito: para sentir liberdade de marcar uma posição sobre a fala, exposta no vídeo, sinto o desejo de assistir antes toda a mensagem da preleção. Motivo: não gostaria que extraíssem alguns minutos de uma fala minha e a partir dela interpretassem quem eu sou. É a lei do amor ao próximo que me impede. Somos cristãos e precisamos amar o outro como amamos a nós mesmos.

Enfim, Feliciano pode ter comentado sobre a questão espiritual que o relato representa, mas não sabemos, porque o "ilustre autor" do vídeo não registrou tudo.

E.A.G.