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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

CPAD - EDB 2012 - 4º trimestre: Malaquias e a sacralidade da família


O profeta

Malaquias é o profeta que fecha o grupo Doze Profetas Menores e também quem Deus usou para fechar a mensagem divina na forma escrita no Antigo Testamento.

O nome Malaquias aparece na introdução da obra, significa "meu mensageiro, meu anjo". Pode ser entendido como nome próprio e também como um título a quem o Senhor usa como porta-voz.

O casamento

Deus criou a instituição família e odeia o divórcio. É digno de nota que o primeiro livro do Antigo Testamento Gênesis, é o livro que apresenta o Criador formando a família, e que Malaquias, o último, apresenta o Senhor repreendendo o divórcio (Gênesis 2.21-22, Malaquias 2.16).

Alexandre Coelho escreveu o seguinte: "Deus condena os filhos de Israel pela prática dolosa do divórcio com suas esposas judias, a fim de se casarem com mulheres estrangeiras. Pelo teor do texto, entendemos que se tratava de homens com certa idade, que desprezavam a esposa com quem tinham se casado na juventude para contraírem núpcias com mulheres estrangeiras mais novas".


O livro

O livro foi escrito a partir de 516 a.C, depois que foram retomados as cerimônias de culto no templo de Jerusalém, depois da reconstrução empreendida por Zorobabel.

Em sua mensagem, Malaquias anuncia que Deus virá julgar e purificar o seu povo, para o que enviará primeiro um profeta como Elias para lhe preparar o caminho. Nos Evangelhos de Mateus e de Lucas, esta promessa está relacionada com João Batista, escolhido para preparar a vinda de Jesus Cristo (Mateus 17.11-13; Lucas 1.17).  

Gostei do comentário de Esequias Soares na revista para mestres, no tópico Interação: Comumente isolamos um assunto de determinado contexto literário ignorando o tema central daquela obra. O livro de Malaquias é o exemplo perfeito disso. Quando falamos nele, pensamos logo em "dízimo". É como se "Malaquias' e "dízimo" fossem temas amalgamados. No entanto, veremos que o assunto predominante do profeta Malaquias não é o dízimo (este apenas é tratado num contexto de corrupção sacerdotal e da nação), mas contrariamente, é o ralacionamento familiar e civil entre o povo judeu que constituem o seu tema principal.

O ministério

Malaquias começou a profetizar quando o povo e os sacerdores desrespeitavam o mandamentodo Senhor. A situação religiosa tinha se degradado, a moral tinha descido ao nível do insuportável, o culto era menosprezado pelos judeus. 

Afirma-se que o profeta tenha agido no período intermediário entre os ministério de Ageu e Zacarias, por volta dos séculos VI e início do  V a.C. Também levanta-se a hipótese que Malaquias tenha profetizado e sua profecia tenha dado abertura para as reformas realizadas por Neemias, visto que seus escritos refletem as condições existentes da época em que os muros foram reerguidos.

Conclusão

A mensagem enérgica de Malaquias contra a degradação moral e religiosa de seu tempo, prepara a comunidade para o reencontro com Deus. O convite também é válido para todas as pessoas da Era Cristã, que hoje não realizam momentos de adoração pautados pelo que têm de melhor. 

Consulta:

Bíblia de Estudo Almeida, edição 2006, Barueri (Sociedade Bíblica do Brasil).
Os Doze Profetas Menores, Alexandre Coelho e Silas Daniel, página 106, Rio de Janeiro (CPAD).

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

EBD 2012: Barganhar com Deus?

É estranhíssimo ouvir pregadores, da ala pentecostal ou tradicional, criticar líderes da área neopentecostal, no que tange às ditas barganhas. Eu explico meu estranhamento.

Primeiro:  ouço e leio muita gente dizer que existe comportamento por aí de gente que faz exigências para Deus. Confesso que sou uma pessoa que gosta de ir às fontes. Até o momento, passados uns cinco anos de procura, não encontrei nenhum líder ensinando aos liderados a exigirem algo de Deus. Por favor, se você sabe quem é, e tem o link de alguma página da Internet, envie-me no espaço de comentários.

Segundo: nenhuma promessa de bênção divina está separada de condicionais divinas. Ou seja, Deus não abençoa sem critérios. Ele é justo, e em sua justiça pede ao ser humano algo em troca da bênção. Como podemos chamar essa exigência do Senhor? De barganha?

Se Deus prometeu, e o cristão tem a esperança de experimentar a promessa, não creio que isso seja o "espírito de barganha". A fé é a certeza das coisas que se não vêem", é o que lemos em Hebreus 11.1. Então, a expectação é uma das facetas da fé, a crença que o prometido será cumprido.  

Terceiro: considero uma "grande barganha" quando um pregador, para incentivar os cristãos a serem dizimistas, citam Malaquias 3.8-10, atiçando o povo a esperar as promessas contidas no texto e causando "terror" ao deixar, erroneamente subentendido, a ideia que o dízimo é um passaporte para entrar no céu. Eu não estou sendo contra os dízimos, não... Estou apenas focando o conteúdo do texto, que possue a mais conhecida condicional bíblica. Não é assim? "Trazei todos os dízimos... E abrirei as janelas do céu"?  

Enfim, escrevo sobre esse tipo de assunto desde 2007. Neste blog o leitor poderá encontrar diversas abordagens sobre o assunto. Favor pesquisar nas tags (marcas)  "dinheiro" e "prosperidade". Mas, creio que Duas espécies de crentes diante da fidelidade de Deus é o artigo mais pertinente e que se aproxima do assunto pautado para a lição bíblica, a ser lecionada nas igrejas que usam a revista A Verdadeira Prosperidade - A Vida Cristã Abundante (CPAD).

Confira todas as abordagens sobre as matérias da revista no blog Belverede: EBD 2012 primeiro trimestre: Verdadeira prosperidade - vida cristã abundante.

E.A.G.