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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Pérgamo o trono de Satanás e o Natal

Por Abraão de Almeida

O último Livro da Bíblia afirma o seguinte acerca da Babilônia: "Pois todas as nações beberam do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra se enriqueceram à custa da sua luxúria" (Apocalipse 18.3). É notável, entretanto, que o Senhor Jesus na Sua revelação a João, na Ilha de Patmos, tenha citado a cidade de Pérgamo (Apocalipse 2.13,13) como o trono de Satanás, não Babilônia. Por quê?.

É preciso buscar as respostas nos rastros dessas duas cidades, Pérgamo, a mais famosa cidade da Mísia, estava situada no vale do rio Caico, a 30 quilômetros do Mar Egeu, o que lhe conferia grande importância comercial e espiritual. Havia sido uma cidade-estado grega, doada ao Império Romano em 133 a.C. por Atallus III. A celebre cidade possuía a segunda mais importante biblioteca do mundo, com 200 mil volumes, os quais foram levados depois para Alexandria.

Quanto ao aspecto religioso, Pérgamo era considerada, segundo uma lenda, cidade natal do deus Júpiter. Sob o domínio dos reis atálacos, a cidade se encheu de templos, colégios e palácios reais. Um dos principais monumentos era o templo dedicado ao deus Esculápio, representado por uma serpente.

Estavam ainda sediados em Pérgamo quatro dos maiores cultos aos deuses gregos: Zeus, Atená, Dionísio e Asclépio, cujos templos possuíam majestosa beleza arquitetônica. A cidade tinha também uma antiga forma de adoração ao diabo e um antigo culto babilônico (o culto dos magos), além de ser um centro de propagação do famigerado culto ao imperador.

Antes de o apóstolo João escrever o Livro de Apocalipse, Antipas morreu como mártir em Pérgamo.

A influência de Babilônia na transformação de Pérgamo  em "trono de Satanás" e, mais tarde, na transformação de Roma em assento da "grande prostituta" (Apocalipse 17.1), remonta ao ano 487 a.C. Naquele tempo, pelo fato de Artaxerxes haver tomado Babilônia, a hierarquia religiosa daquela cidade se transferiu para Pérgamo.

De Pérgamo, o supremo pontífice da Ordem babilônica legou como herança, por lei, toda a sua autoridade e domínio à hierarquia babilônica de Roma, e, assim, os Césares se tornaram pontífices máximos e soberanos dessa organização idólatra. Esses imperadores ostentavam tais títulos, com todas as cerimônias, ritos e dignidades, mesmo depois de nominalmente convertidos ao cristianismo.

O primeiro imperador romano a receber tal autoridade foi Julio César, o qual foi eleito pontífice em 63 a.C., o qual foi eleito pontífice em 63 a.C. De Julio César a Graciano, todos os imperadores exerceram a autoridade babilônica, porém, este último, em 376 d.C., considerou que não convinha a um cristão ser pontífice da ímpia e idólatra Babilônia, por isso renunciou ao título.

Não havia naquela época, tribunal que julgasse os pagãos, por isso seguiu-se a confusão. Então, a autoridade da Babilônia foi outorgada ao bispo de Roma, Dâmaso, no ano 378 d.C., e colocada sobre ele, que se tornou pontífice máximo. Dessa maneira, concluímos que o poder papal realmente advém da Babilônia - do diabo.

No rastro da paganização - O caminho para a paganização do cristianismo romano, aberto da maneira como mencionamos, foi iniciada no início do século 4, quando o Papa Silvestre, falecido em 335 d.C., adotou a mitra dos sacerdotes pagãos, a qual aparece nos mais remotos monumentos assírios e egípcios, e era usada como símbolo de autoridade pelos egípcios, assírios, hindus e medos. A mesma mitra era usada na Pérsia pelas autoridades eclesiásticas.

No ano 381, surgiu o decreto da adoração a virgem Maria, que, de maneira alguma, honra de maneira alguma a bem-aventurada mãe do Salvador, porque tal adoração se inspirava nos mistérios babilônicos. Acompanhando essa heresia, a qual, mais tarde, ficou conhecida como mariolatria, várias outras foram admitidas no seio da Igreja de Roma, como a adoção de rezas Ave-Maria e Pai-Nosso, que surgiram pro volta do século II e, a partir de 1326, tornaram-se rezas comuns entre os católicos.

Natal: nascimento do Sol? - Não foi apenas a mariolatria introduzida pelo catolicismo. O cristianismo originário de Roma avançou tanto na sua tentativa de cristianizar o Natal babilônico, que consagrou até mesmo o pinheiro como símbolo natalino, não desconhecendo, por certo, que era esta a árvore preferida de Tamuz. Segundo algumas autoridades no assunto, a Bíblia se refere à celebração do Natal pagão quando afirma: "Porque os costumes dos povos são vaidade. Cortam uma árvore do bosque, e um artífice a trabalha com o machado. 4 Com prata e ouro a enfeitam, com pregos e martelos a fixam, para que não caia" (Jeremias 10.3,4).

Outro aspecto pagão do Natal é a data de 25 de dezembro, rejeitada por muitos especialistas em História e Cronologia bíblicas. Embora seja de importância capital por marcar o início oda era cristã, a data do nascimento de Jesus ainda não foi satisfatoriamente definida. Assim, o nascimento de Jesus foi comemorado no dia 20 de maio no Egito e na Palestina, até o século 3, e, em outros lugares, no dia 6 de janeiro ou no dia 25 de dezembro ou 28 de março.

O imperador Aureliano estabeleceu, em 275, a comemoração obrigatória da natividade do Sol invicto no dia 25 de dezembro, data que foi adotada pela Igreja Romana a partir do ano 336 para a comemoração do nascimento de Jesus, com reação ao paganismo.

O dia 25 de dezembro aparece pela primeira vez no calendário de Philocalus (354). No ano 245, o teólogo Orígenes repudiava a ideia de festejar o nascimento de Cristo "como se ele fosse um faraó".

A data atual foi fixada no ano 440, a fim de cristianizar grandes festas pagãos realizadas neste dia: a festa mitraica (religião persa, rival do cristianismo nos primeiros séculos), que celebrava o Natalis invicti Solis (Nascimento do vitorioso Sol), e várias outras festividades decorrentes do solstício do inverno, como a saturnália em Roma e os cultos solares entre os celtas e os germânicos.

Segundo alguns conhecedores do assunto, o nascimento de Jesus teria ocorrido, provavelmente, entre a segunda metade de março e as primeira metade de abril, quando faz calor na Palestina, e não em dezembro, época em que o forte frio desaconselharia a iniciativa imperial de realizar o alistamento. Reforça esse argumento o fato de pastores estarem no campo, na noite de Natal. É possível que, devido ao calor, os rebanhos permanecessem no curral durante o dia, á sombra, e fossem apascentados à noite.

E.A.G.

Abraão de Almeida é pastor da Igreja Evangélica Brasileira em Coconut, Flórida, EUA, e autor de mais de 30 livros em português e espanhol.
Fonte: Graça. Página 35. Dezembro de 2000.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

A verdadeira origem do catolicismo romano

Por Abraão de Almeida

No ano 312 d.C., Constantino, filho de Constâncio Cloro, marcha com um insignificante exército contra Maxêncio, seu concorrente ao trono imperial, o qual lhe declara guerra. Reconhecendo-se sem quaisquer condições de vencer um inimigo muitas vezes mais poderoso, Constantino invoca Deus dos cristãos, pedindo o milagre da vitória. Enquanto se preparava para a batalha, consta ter aparecido a ele e aos seus legionários uma cruz no Sol, sobre a qual lia-se: "in hoc signo vinces" (por este sinal vencereis). Durante a renhida luta, Maxêncio afogou-se no Tibre, e seus soldados foram derrotados. Para Constantino, aquela vitória devia-se à ajuda de Cristo; em sinal de gratidão, no mesmo ano publica um edito, em Milão, no qual declara: "Queremos que todo aquele que deseja seguir a religião cristã possa fazê-lo sem temor algum de ser inquietado".

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Arlindo, o evangelista

Mesmo que você consiga subir para muito longe do chão
sozinho, para encontrar-se com Deus, lá no Céu, será
necessário aceitar o auxílio de Jesus, caso quiser ser
recebido pelo Pai celeste.
Por Abraão de Almeida

"Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" João 14.6.

Final dos mil novecentos e sessenta. No culto de sábado à noite na Assembleia de Deus da Rua André Manojo 53, em Osasco (São Paulo), Arlindo entregou a sua vida a Jesus, foi salvo e instantaneamente liberto de demônios que o atormentavam e o haviam levado, diversas vezes, aos hospícios da região. Estive presente naquele culto.

A transformação daquele homem foi radical. Rompeu de vez com tudo o que lhe parecia comprometedor. Ao passar por minha residência numa das suas jornadas evangelísticas, ofereci-lhe café, ao que agradeceu e respondeu prontamente: "Jesus me libertou do café". Não me surpreendi com a resposta. Se ele achava que o café exercia algum domínio em sua vida, então ele queria ser totalmente livre.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

A transitoriedade da Lei


Por Abraão de Almeida

Ao apresentar Jesus Cristo como o fim da Lei, o Novo Testamento cumpre uma profecia de Jeremias: "Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei" - Jeremias 31.31-34.

Comentando esta profecia, o autor da Carta de Hebreus registra no capítulo 8 e versículo 13: "Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer".

A antiga aliança estava sujeita a ser por uma das partes pactuantes: Deus ou Israel. É evidente que Deus foi fiel, ao passo que os israelitas não; eles transgrediram a aliança; a invalidaram e a violaram. Esta verdade está registrada principalmente na segunda carta aos Coríntios (3.13-15), onde se afirma a transitoriedade da lei, e que "não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia. Mas os sentidos deles se embotaram. Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é removido. Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles" .

A aliança superior

A nova aliança, baseada na fé em Jesus, é incomparavelmente superior á antiga, porque na sua religiosidade, brotando espontaneamente de um coração perdoado e regenerado, independente de impulsos exteriores; a vontade divina, testemunhada antes em tábuas de pedra, está agora gravada nas tábuas de carne do coração; o conhecimento de Deus, diferentemente do modo como era ministrado na antiga aliança, torna-se, no Novo Testamento, uma experiência viva e profunda, magistralmente definida por Paulo nesta frase: Mas nós temos a mente de Cristo, 1 Corintios 2.16 b.

A aliança da Lei, portanto, era transitória. Os cristãos não estavam (e não estão) obrigados ao seu cumprimento, razão pela qual o apóstolo Paulo adverte: "Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados", Colossenses 2.16. A nova Lei, sob a qual estão os crentes, é a "Lei do espírito e vida, em Cristo Jesus", que os livra "da lei do pecado e da morte" (Romanos 8.2). Aos Coríntios afirma o mesmo apóstolo referindo-se aos gentios: Para os que estão sem Lei, como se estivesse sem Lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da Lei de Cristo) para ganhar os que estão sem Lei", 1 Coríntios 9.21.

A Bíblia e a história - o que é a Páscoa?
A lei, a carne e o Espírito
A Lei de Moisés e a lei de Cristo
A maravilhosa graça
As três coisas que Deus pede de você (Miquéias 6.8)
O Evangelho da graça
Vislumbre de um Criador

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Qual o significado para a Igreja, hoje, da festa do pentecoste?

Desde que a experiência do falar em outras línguas, de modo sobrenatural, começou a ser fenômeno comum em alguns grupos cristãos tradicionais, tem havido muita reação por parte dos conservadores, que não aceitam como algo normal para a atualidade, fazendo com que este assunto seja um dos mais controversos no seio da cristandade evangélica, apesar de ler nas Escrituras Sagradas que isso era algo experimentado na Igreja Primitiva.

Desde que a experiência do falar em outras línguas, de modo sobrenatural, começou a ser fenômeno comum em alguns grupos cristãos tradicionais, tem havido muita reação por parte dos conservadores, que não aceitam como algo normal para a atualidade, fazendo com que este assunto seja um dos mais controversos no seio da cristandade evangélica, apesar de ler nas Escrituras Sagradas que isso era algo experimentado na Igreja Primitiva.

Antes de qualquer explicação sobre o povo pentecostal e suas práticas, é importante ponderar na relação existente entre o Espírito Santo e o termo "Pentecostes". A maioria dos pentecostais sabe que esta palavra é de origem grega, cujo significado é "cinquenta", pelo fato deste evento ocorrer cinquenta dias após a Páscoa. Os outros nomes da cerimônia, são: festa dos primeiros frutos ou das primícias. O evento tratava-se de uma das sete festas comemoradas pelos judeus, sendo a quarta delas. As festas eram; Festa da Páscoa; Festa dos Pães Asmos; Festas das Primícias; Festa do Pentecostes; Festa das Trombetas; Expiação e Tabernáculos.

Sobre o Pentecostes no Antigo Testamento a respeito: "Contareis para vós outros desde o dia imediato ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Até ao dia imediato ao sétimo sábado, contareis cinqüenta dias; então, trareis nova oferta de manjares ao SENHOR. Das vossas moradas trareis dois pães para serem movidos; de duas dízimas de um efa de farinha serão; levedados se cozerão; são primícias ao SENHOR. Com o pão oferecereis sete cordeiros sem defeito de um ano, e um novilho, e dois carneiros; holocausto serão ao SENHOR, com a sua oferta de manjares e as suas libações, por oferta queimada de aroma agradável ao SENHOR. Também oferecereis um bode, para oferta pelo pecado, e dois cordeiros de um ano, por oferta pacífica. Então, o sacerdote os moverá, com o pão das primícias, por oferta movida perante o SENHOR, com os dois cordeiros; santos serão ao SENHOR, para o uso do sacerdote. No mesmo dia, se proclamará que tereis santa convocação; nenhuma obra servil fareis; é estatuto perpétuo em todas as vossas moradas, pelas vossas gerações" - Levíticos 23.15-21.

Os sete cordeiros significavam uma oferta perfeita, total e voluntária; o novilho é o símbolo da mansidão e do serviço; e os dois carneiros uma maior convicção do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz do Calvário.

Como o Espírito Santo desceu sobre os quase 120 irmãos que aguardavam a sua vinda, segundo a promessa feita por Jesus, no dia em que a cidade de Jerusalém comemorava o Dia de Pentecostes, tal acontecimento ganhou este apelido, identificando-se com ele apenas no calendário (Lucas 24.49; Atos 1.8; 2.1, 4). Assim, a partir do Novo Testamento, Pentecostes passou a significar  unção, capacitação, poder.

O termo mais apropriado para definir os pentecostais seria "carismáticos", por acreditarem na atualidade dos dons do Espírito Santo. Contudo, o termo já foi consagrado pelo uso, buscados e experimentados pelos "pentecostais" desde o dia em, atendendo à pregação de Pedro, houve a primeira colheira de almas para Cristo, quando três mil pessoas se converteram.

Jesus foi ungido com poder para o desempenho de sua missão, conforme anunciou o profeta: "O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram" - Isaías 61.1-2.

E.A.G.

Artigo contendo extratos resumidos, de:
Mais de 201 Respostas para o seu Enriquecimento Espiritual e Cultural, Abraão de Almeida, páginas 151 e 152, 1ª edição 2014, Rio de Janeiro (CPAD).
Teologia para Pentecostais, volume 2, Walter Brunelli, páginas 221-223, 1ª edição 2016, Rio de Janeiro, Central Gospel.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Vislumbres de um Criador

Por Abraão de Almeida

O elefante é o único animal cujas pernas se dobram para a frente. Por quê? Porque de outra forma seria difícil para esse animal levantar-se, por causa de seu peso, maior que os cavalos, para se erguerem usam as patas dianteiras.

Esse mesmo Deus, que coloca um punhado de argila no coração da terra, e, através da ação do fogo, transforma-a em formosa ametista de alto valor. Esse mesmo Deus coloca certa quantidade de carvão nas entranhas do solo, e, mediante a combinação de fogo e a pressão dos montes e das rochas, transforma esse carvão em resplandecente diamante, que vai fulgurar na coroa de reis ou no diadema dos poderosos!

Por que o canário nasce aos 14 dias, a galinha aos 21, os patos e gansos aos 28, o ganso silvestre aos 35 e os papagaios e avestruzes aos 42 dias? Por que a diferença entre um período e outro é sempre de sete dias?

Porque o Criador sabe como deve regular a natureza e jamais comete erros.

Ele determinou que as ondas do mar se quebrem na praia a razão de 26 por minuto, tanto na calma como na tormenta.

Aquele que nos criou pode também nos dirigir. Somente aquele que faz o cérebro e o coração pode guiá-los com êxito para um alvo útil.

A insondável sabedoria divina revela-se ainda nas coisas que poucos notam. A melância tem número par de franjas. A laranja possui número par de fileiras de grãos. O cacho de banana, na última fila, tem número ímpar.

A Ciência moderna descobriu que todos os grãos de espigas são em número par, e é admirável que Jesus, ao se referir aos grãos, tenha mencionado exatamente números pares: 30, 60 e 100 (Marcos 4.8). Pela sua maravilhosa sabedoria e graça, é assim que o Senhor determina à vida que cumpra os propósitos e os planos dEle.

Somente a vida sob o cuidado divino está a salvação de contratempos.

Outro mistério que a Ciência ainda não descobriu. Enormes árvores, pesando milhares de quilos, apoiadas em apenas poucos centímetros de raízes. Ninguém até agora conseguiu descobrir esse princípio de sustentação a fim de aplicá-lo em edifícios e pontes.

Mas há maravilha ainda maior. O Criador toma o oxigênio e o hidrogênio, ambos sem cheiro, sem sabor e sem cor, e os combina com o carvão, que é insolúvel, negro e sem gosto. O resultado, porém, é o alvo e doce açúcar.

Esse mesmo Deus que realiza tais maravilhas no mundo que Ele criou, pode efetuar em nós um milagre ainda maior. Ele pode dar-nos um novo nascimento, fazendo novas todas as coisas(João 3.3). Ele pode tornar nossa vida triste, inútil e insípida, e torná-la alegre, útil e plena de significado para a glória dEle.

Portanto, leitor, não se desespere, não. Não importa quão grave seja a sua condição física, moral ou espiritual. O Senhor Jesus, que ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre, tem a última palavra. Você pode experimentar um milagre! Tão somente creia nEle, receba-o como seu único Senhor e Salvador, e coloque a sua vida nas mãos dEle. A Bíblia diz: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" - João 3.16.

O autor é pastor da Igreja Evangélica Brasileira em Coconut Creek, Flórida, EUA.
Fonte: Folha Evangélica, dezembro de 2003.

sexta-feira, 19 de março de 2010

A Bíblia e a história - o que é a Páscoa?

Por Abraão de Almeida

A Páscoa bíblica, ou judaica, foi estabelecida pelo próprio Deus há 35 séculos, e simboliza a renovação da vida, a volta da primavera, a ressurreição de Jesus Cristo. Para os judeus que viveram antes de Cristo, essa festa comemorava a saída do povo de Israel do Egito. Para aqueles israelitas, a Páscoa tinha o sentido de passagem - no caso a passagem do anjo destruidor ou, segundo alguns, também a passagem pelo Mar Vermelho -, e prefigurava a pessoa de Cristo, sacrificado por nós, como nossa Páscoa. 

Passada do judaísmo para certos segmentos do cristianismo, a Páscoa infiltrou-se em diferentes culturas e está presente em quase todo o mundo, até mesmo onde o cristianismo não é conhecido ou em regiões nas quais as religiões pagãs constituem grande maioria. Convém ressaltar que, na sua forma pagã, a Páscoa tem origem na antiga Babilônia, e já existia muitos séculos antes de Cristo.

Instituída para ser celebrada aos 14 dias do mês Abib (ou Nisã, conforme o uso babilônico), a Páscoa passou a tipificar a obra expiatória de Cristo no Calvário, sendo o cordeiro ou o cabrito, sem defeito, cujos ossos não seriam quebrados (Êxodo 12.4, 9, 46). Como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29), Jesus foi crucificado exatamente no dia da Páscoa, 14 de Nisã (o qual, provavelmente, corresponde ao nosso mês de abril), às nove horas da manhã, e expirou às três horas da tarde, quando, no templo, o sacerdote imolava o cordeiro pascal.

A Páscoa bíblica, portanto, consumou-se em Cristo, que instituiu, como um novo memorial, a Sua ceia, na qual o cristão comemora a morte do Senhor até que Ele venha. Não há, no Novo Testamento, nenhum lugar para a Páscoa ou outras festividades mosaicas. Estas foram abolidas na cruz justamente com as outras ordenanças, pois funcionaram tão somente como sombras das coisas futuras, espirituais, pertencentes à dispensação da graça.


A origem do ovo e do coelho 

Estranha ao Novo Testamento, a Páscoa moderna tem símbolos aceitos, em todo o mundo, o ovo e o coelhinho. Com o correr do tempo, muitas festas e tradições surgiram e chegaram até nós, através da cultura de muitos povos e países diferentes.

A palavra easter (Páscoa em inglês), supostamente, tem origem na deusa anglo-saxônica da primavera, Eostre, derivada da Istar babilônica. Outros atribuem sua origem às festividades de Eostur, que celebram a volta da primavera, também uma antiga tradição babilônica. No hemisfério Norte, essa festa corresponde ao princípio da primavera e, por isso, é o dia festejado de acordo com os mais diferentes ritos pagãos. Há muitos séculos povos sírios, troianos e nórdicos reuniam-se nos montes, ao amanhecer, a fim de celebrarem a volta do sol da primavera.

O ovo, significando começo, origem de tudo, abriu caminho para outras tradições. Está presente na mitologia antiga, nas religiões do Oriente, nas tradições populares e numa grande parte da cristandade. Segundo alguns, a tradição dos ovos na comemoração da Páscoa chegou ao Ocidente por meio do antigo Egito e, conforme outros, por intermédio do povos germânicos da região do Báltico.

Na Idade Média, os europeus adotaram o costume chinês de enfeitar os ovos, que eram cozidos e coloridos, e presenteavam os amigos na festa da primavera, como lembrança da contínua renovação da vida. No século 18, a Igreja Católica Romana adotou, oficialmente, o ovo como símbolo da ressurreição de Cristo e, assim, uma grande quantidade de ovos coloridos começou a ser benzida, antes de ser distribuída aos fiéis.

O coelho, como símbolo da fecundidade, apareceu por volta de 1215, na França, derivando-se também dos mistérios babilônicos. Era uma mistura de mitologia pagã com a simbologia cristã paganizada. A partir de 1928, quando o cacau começou a ser industrializado em larga escala, os enfeitados ovos de galinha foram substituídos pelos de chocolate, continuando, assim, o antigo costume pagão de presentear os amigos com ovos, na Páscoa.

Em 1951, o papa Pio XII introduziu modificações na festa, tentando restituir-lhe o esplendor religioso, transferiu a missa que era celebrada no sábado de aleluia - quando se "malha o judas" - para a meia-noite, na passagem para o domingo.


Cordeiro, a principal figura

Na vigência da Lei, deveriam os israelitas, ao comer o cordeiro pascal, volver os pensamentos aos fatos que culminaram na libertação de seus pais da escravidão egípcia, renovar os votos de felicidade ao Senhor e, também, divisar no porvir os sofrimentos e as glórias do Messias, de quem Moisés escreveu: O Senhor teu Deus te despertará um profeta como eu, do meio de ti, de teus irmãos. A ele ouvireis (Deuteronômio 18.15).

Esse sentido escatológico da Páscoa reflete-se nitidamente na ceia do Senhor, instituída por Jesus na noite em que foi traído, véspera do dia da Sua crucificação (Lucas 22.7-20). Foi aí que o Senhor Jesus deu-Se a conhecer aos Seus discípulos como o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (João 1.29).

Assim, Cristo é o Cordeiro pascal de Deus que foi morto, mas ressurgiu a fim de reconciliar o mundo com o Criador. Nesse sentido, Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós (1 Corintios 5.7). Mas, o dia finalmente chegará em que todos os judeus remanescentes O verão e chorarão arrependidos e chorarão arrependidos com grande pranto, como profetizou Zacarias (Zacarias 12.8-11).

O povo israelita, em geral, se pudesse, continuaria a sacrificar literalmente o cordeiro pascal, pelo fato de ainda estar esperando o Messias - que já veio. No entanto, esse sacrifício não pode ser realizado sem o templo, que foi destruído pelos romanos em 70 d. C. , ao final de uma guerra sangrenta que marcou o início da grande diáspora (dispersão dos judeus pelo mundo).


Libertação e salvação

Podemos ainda definir a Páscoa como figura da libertação e salvação. Fomos libertos do poderoso domínio do "faraó" (o diabo) por Jesus Cristo, e estamos peregrinando rumo à pátria celestial (1 Pedro 1.13-19; 2.11-12). O erro principal da maioria das pessoas reside no fato de viverem de forma mundana sem uma pausa a fim de refletir se essa vida, afinal, não seria mais do que uma passagem - pessah (Isaías 40.5-8; 1 Pedro 1.24).

As águas do Mar Vermelho separaram-se para dar passagem aos israelitas, o que constituiu, por si só, um marco histórico de fé do sofrido povo de Deus (Êxodo 14).

Já na ceia do Senhor, as contingências são outras. O cristão traz à memória o Cristo na cruz, na dupla condição de sacerdote e vítima, a derramar o sangue inocente purificador de todo pecado, e lembra-se das palavras de Jesus que, se alguém possui fé do tamanho do grão de mostarda, esse poderá remover montes (Mateus 17.20). É com essa pequena fé, porém colocada em um Deus grande, que nos convém peregrinar nesse mundo.

E não somente isso, mas relembrando-se do passado, o cristão consagra novamente sua vida no presente e dirige-se ao futuro, antegozando o cumprimento das palavras consoladoras do próprio Jesus: E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo convosco no Reino de meu Pai (Mateus 22.29).
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Abraão de Almeida é pastor da Igreja Evangélica Brasileira em Coconut Creek, Flórida, EUA, e autor de mais de 30 livros em português e espanhol.

Fonte: Graça - A revista da fé cristã, ano 1, nº 8 (Graça Editorial).

Artigo publicado com o título "O Que é a Páscoa?" 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

POR ONDE ANDA ABRAÃO DE ALMEIDA?

Um dos blogs que costumo visitar é o do jovem Gutierres Siqueira. Em seus posts mais recentes, ele pegunta onde estão os intelectuais protestantes. Achei a pergunta pertinente, pois os tais existem e estão calados por aí... Não me perguntem a razão.
Ao ler o artigo, me lembrei do Pastor Abraão de Almeida, que não está calado. Este pastor foi uma das primeiras pessoas que despertaram em mim a vontade de ler. Na época de minhas primeiras leituras, eu era um alguém na faixa dos dez aos doze anos. Meu pai comprava produtos da CPAD, e eu compartilhava com ele.
Hoje, Abraão de Almeida vive em Coconuth Creek – Flórida, pastoreia a Igreja Evangélica Brasileira. Ainda tenho o prazer de ler artigos dele. São publicados mensalmente na revista Show da Fé, editada pela Graça Editorial, de RR Soares.
Aos radicalistas, adianto: o que ele escreve nada tem a ver com o movimento neopentecostal. No bom e antigo estilo intelectual, Abraão de Almeida continua abordando temas da atualidade com perspetivas bíblicas aprofundadas, como poucos têm a capacidade de fazer.
E.A.G.

domingo, 13 de setembro de 2009

UNIVERSIDADE DE CAMBRIDGE, DE NOVA IORQUE: PASTOR ABRAÃO DE ALMEIDA RECEBE HOMENAGEM

O Pastor e escritor Abrãao de Almeida, presidente da Primeira Igreja Evangélica Brasileira na Flórida (EUA), agora figura entre os 300 mil cidadãos mais ilustres residentes em solo norte-americano. A distinção lhe foi conferida pela Universidade Cambridge, de Nova Iorque, a qual organiza, a cada dois anos, a lista intitulada Cambridge Who's Who (Quem é quem de Cambridge). Nela, são destacadas biografias de executivos, empresários e profissionais dos mais diversos segmentos, inclusive o religioso. A lista é feita a partir de indicações, e o nome do pastor, que vive nos EUA há 24 anos, foi apontado por autoridades da cidade de Tamarac, na Flórida, onde reside.
Fonte: Élidi Miranda – revista Graça / Show da Fé – nº 121 – ano 11
Nota publicada, originalmente, com o título Entre os Notáveis.