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terça-feira, 26 de julho de 2022

O cristão entre o ecumenismo, o sincretismo e a Grande Comissão

Nos dias atuais ocorre uma situação preocupante, que é o uso de palavras de maneira distorcida. Há uma corrente ideológica, que não é coisa só de Brasil, realizando uma campanha para alterar os significados de muitos verbetes que estão nos dicionários e rodas de conversas do dia a dia. Entre muitas, duas palavrinhas atacadas: amor e ódio. Desde os anos de 1960 que o termo amor passou a ser usado como sofisma para ato sexual. E mais recentemente, ter uma opinião diferente é descrito como manifestação de ódio. 

sábado, 23 de julho de 2022

A sutileza da normalização do divórcio

INTRODUÇÃO

É de vital importância ao cristão estudar sobre as sutilezas de Satanás, pois a Palavra de Deus diz que os últimos dias seriam tempos difíceis, marcados por uma intensa ação maligna contra a Igreja [2 Timóteo 3.1-5]. É necessário conhecer aquilo que as Escrituras revelam sobre o maligno e a forma como ele age, para sermos capazes de nos proteger. Quando o apóstolo Paulo escreve aos crentes em Corinto, faz um alerta para que eles não ignorem os "maus desígnios" de Satanás, pois o inimigo das nossas almas é habilidoso ao atuar dissimulando suas más intenções [2 Coríntios 2.11]. 

sábado, 16 de julho de 2022

A sutileza da imoralidade sexual

É público e notório que a família, indistintamente, passa por uma das piores crises, desde o seu estabelecimento por Deus no Éden. Ignorar esta realidade é dar de costas às evidências.´


Por todos os meios possíveis, as forças deletérias do mal têm combatido a instituição familiar, com a finalidade de prejudicar o plano divino para a humanidade, e estabelecer o caos moral, social e espiritual no mundo. Mas, nem tudo está perdido. Ainda há uma esperança, pois Deus não apenas instituiu a família nos primórdios da história da humanidade. Deus está empenhado na preservação e bem-estar da família e do lar, instituição mais antiga que o Estado e a própria Igreja.

sexta-feira, 8 de julho de 2022

As sutilezas da banalização da graça de Deus concedida a todos

Vivemos em um tempo que a graça de Deus está banalizada, a vulgarização da fé acontece em razão de muitos viverem insensíveis à voz do Espirito Santo [2 Pedro 1.3-11]. Neste contexto social, é importante buscar o conhecimento bíblico, pois através da informação correta do que são e representam a graça, a justificação, o pecado e a fé em Cristo, é que o crente poderá anunciar ao mundo perdido que existe o plano divino da salvação aos pecadores.

quarta-feira, 11 de maio de 2022

Existe gente super crente?

Em todas as circunstâncias, o cristão precisa estar preparado para discernir o que escuta e lê, nem todas as citações sobre Deus, Cristo e a doutrina cristã estão de acordo com as Escrituras Sagradas. O inimigo de nossas almas se aproxima sorrateiramente de cada um de nós, faz uso de formadores de opinião com destaque na mídia, como usuários de redes sociais da internet, artistas, professores universitários e jornalistas com o fim de arrastar a alma daquele que crê em Cristo ao secularismo, radicalismo religioso e desvios doutrinários relativos ao cristocentrismo. Apresenta diversas

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Usos e costumes no lugar da doutrina de Cristo

O cristão precisa conhecer a Bíblia Sagrada, pois ela é o mapa que indica o caminho que leva ao céu. Quem a conhece não é vítima de engano. Sabe diferenciar a doutrina de Cristo de ensinos extra bíblicos.


Ter culto três ou quatro vezes na semana e preferir por um dia ou outro é costume; congregar-se regularmente com os irmãos na fé para mútua edificação é doutrina bíblica. 

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Yvone do Amaral Pereira e o livro Memórias de um suicida

Será que alguém sabe para onde vão as pessoas que cometem o suicídio? No livro "Memórias de um suicida" há um relato supondo que o destino final de quem atenta contra a própria vida é um suposto lugar denominado Vale dos Mortos.

Este blogueiro, que agora você lê, é um cristão evangélico que congrega em uma Assembleia de Deus. Antes de continuar a digitar, preciso enfatizar o seguinte: "Memórias de um suicida" é apresentado como um romance psicografado pela médium espírita brasileira Yvonne do Amaral Pereira, que atribui autoria ao escritor português Camilo Castelo Branco.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Como provar se o espírito é de Deus ou não?

"Amados, não deem crédito a qualquer espírito, mas provem os espíritos para ver se procedem de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído mundo afora" - 1 João 4.1 [NAA].

Ter título eclesiástico; conhecimento teológico profundo; ótima capacidade para desenvolver a oratória ao microfone e prender a atenção da audiência do início ao

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Breve comentário sobre Lilith no folclore judaico e em Isaías 34.14

No passado, Lilith foi uma figura considerada deusa e demônio feminino. Aparece em crenças tradicionais islâmicas como uma entidade demoníaca. Representações artísticas babilônicas mostram "lilith" como se fosse uma mulher alada e serpentina,  associada com ventos e tempestades. Durante os séculos 7 e 6 antes de Cristo, período em que os hebreus ficaram exilados na Babilônia, os babilônicos cultuavam lilith como deusa da fertilidade, responsável por enfermidades e morte. 

Na enciclopédia Larousse, o verbete a descreve assim: Hebraico, monstro noturno. Demônio feminino do folclore judaico cujo nome e

domingo, 10 de outubro de 2021

O cristão e a astrologia à luz da Bíblia Sagrada

A astrologia é um mito moderno crido por milhões, a crença baseada na suposição de que o sistema planetário e as constelações afetam misteriosamente a vida do ser humano. A astrologia declara que a influência dos astros começa no nascimento e continua por toda a vida do indivíduo. A prática da suposta previsão astrológica  não é ciência, mas oferece às pessoas a falsa esperança de que através do "conhecimento" dos astros ser possível controlar o próprio destino, manipular o próximo ou acontecimentos em benefício pessoal. 

sábado, 2 de outubro de 2021

O olhar protestante e respeitoso sobre Maria, a mãe de Jesus

Cristãos católicos usam muitos nomes ao referirem-se a Maria, mãe do Salvador: Mãe de Deus, Virgem Santíssima, Nossa Senhora, Rainha do Céu, Mãe da Misericórdia, Rainha da Paz, entre outros títulos devocionais. Mas na Bíblia ela é conhecida como Maria.
 
Cresci frequentando escola bíblica dominical e levado aos domingos por meus pais aos cultos dominicais noturnos. Nesta condição, jamais presenciei alguém escamoteando Maria como alguns católicos insinuam que protestantes o façam. O cristão protestante, em sua prática de exposição bíblica, apenas reproduz o que está escrito na Bíblia Sagrada, sem aumentar e nem tirar nenhuma

domingo, 26 de setembro de 2021

Lúcifer: o nome, o orgulho, a soberba e o Padre Fábio de Melo

Igor Rickli Christóforo é Lúcifer em
Gênesis - novela da Record TV
Vejo sendo compartilhada em redes sociais uma afirmação sobre Lúcifer. Em alguns casos o texto está sem autoria, em outros a autoria está atribuída ao Padre Fábio de Melo mas com algumas variantes. Seja frase do sacerdote católico ou não, gostaria de expor algumas referências bíblicas para reflexão de internautas sobre a questão. Confira:

"Então, Lúcifer não foi expulso do céu porque bebeu, se prostituiu, por ter usado drogas, por ser heterossexual ou gay, por ser umbandista, católico, evangélico ou ateu. Ele caiu pelo seu próprio orgulho. Caiu pela soberba em se achar melhor que Deus. Isso é o que acontece quando você acha

terça-feira, 13 de julho de 2021

1 Timóteo 2.5 e a mariolatria na igreja de Roma


A Bíblia não recomenda invocar a Maria visando sua intercessão.

"Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, que deseja que todos sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e a humanidade, Cristo Jesus, homem, que deu a si mesmo em resgate por todos, testemunho que se deve dar em tempos oportunos" - 1 Timóteo 2.3-6.

E.A.G.

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Mateus 7.15 - Doze características do perfil de um falso profeta


"Cuidado com os falsos profetas, que se apresentam a vocês disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes. Pelos seus frutos vocês os conhecerão. Por acaso se colhem uvas de espinheiros ou figos de ervas daninhas?" - Mateus 7.15-16 (NAA).

Os falsos profetas são dissimulados. Inevitavelmente, se comportam como ovelhas, com o objetivo de tirar proveito da bondade do povo de Deus. pois na sua essência são lobos devoradores. Deus dá ao crente sincero a condição de discernir entre o falso e o verdadeiro profeta, para não ser enganado por eles (1 João 4.1). As boas obras confirmam quem são os verdadeiros seguidores de Jesus Cristo (Mateus 7.21-23). 

1. O falso profeta se promove como ovelha do rebanho de Cristo, mas seu coração é de um lobo devorador (Mateus 7.15).

2. O falso profeta distorce o Evangelho da graça de Cristo e da salvação unicamente pela fé no seu sacrifício, por um evangelho falsificado, que não é divino, legalista e personalista. (Gálatas 1.8).

3. O falso profeta é carnal, tem instinto lascivo, o mesmo usa a graça de Cristo como uma falsa licença para uma vida pecaminosa, e influencia multidões a uma vida de licenciosidade, de impureza, de relações sexuais ilícitas (Efésios 5.6-7, Apocalipse 2,14-15).

4. O falso profeta é arrogante, egocêntrico e interesseiro, geralmente o mesmo usa o cristianismo para se promover e enriquecer (1 Timóteo 6.5).

5. O falso profeta prega a encarnação de Cristo, porém, através de suas ações nega-a (1 João 1.3).

6. O falso profeta prega a ressurreição literal de Cristo, mas demonstra não acreditar nela através do seu estilo de vida reprovável (1 Coríntios 15).

7. O falso profeta tem uma vida cristã dupla, é hipócrita, muitas vezes por meio de suas mãos são feitos milagres, expulsões de demônios, todavia tudo isso não confirma sua conversão, pois o mesmo não nasceu de novo (Mateus 7.22).

8. O falso profeta não crê na inspiração e na inerrância das Escrituras (Salmo 119.140; 2 Timóteo 3.16).

9. As mensagens do falso profeta são de paz e prosperidade, mesmo em meio ao pecado e rebelião do povo ou da igreja contra Deus (Jeremias 6.14).

10. O falso profeta profetiza coisas que nunca acontecerão, tenta enganar o povo fazendo predições vagas, e perverte incautos com afirmações de difícil comprovação (Deuteronômio 18.22).

11. Os falsos profetas sofrerão condenação eterna (Gálatas 5.10).

12- O falso profeta nega o sacrifício salvador de Cristo (2 Pedro 2.1).

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Uma breve reflexão sobre a sabedoria e pecados do rei Salomão e do apologista Ravi Zacharias

Por Eliseu Antonio Gomes

Ravi Zacharias, considerado um grande teólogo apologético em nível internacional, faleceu vítima de câncer em 19 maio de 2020. Após sua morte, a organizão Ravi Zacharias International Ministries (RZIM), tornou público uma investigação interna que o apontava como um homem de vida dupla. Afirma que ele escondia da sua família, amigos, colegas de ministério e do público um comportamento reprovável ao padrão cristão. Além de escândalos sexuais, surgiram ao longo de sua vida acusações de que mentiu sobre suas credenciais acadêmicas. Teria alegado que estudou na Universidade de Cambridge e era professor na Universidade de Oxford. As duas instituições o desmentiram.

Em um trecho da nota emitida pela RZIM, lemos o seguinte:
“Ravi usou uma ampla gama de medidas para esconder seu comportamento de sua família, colegas e amigos. No entanto, também reconhecemos que em situações de abuso prolongado, muitas vezes existem questões significativas de estrutura, política e cultura interna ... Nossa equipe, doadores e o público confiaram em nós para orientar e monitorar Ravi Zacharias e garantir seu desempenho. Contas, e falhamos nisso”.
Obviamente, tal situação provocou vergonha aos evangélicos em todo o mundo.

O que dizer sobre este fato? A Bíblia informa que Deus deu a Salomão sabedoria, e então ele se tornou o rei mais sábio em seu tempo (1 Reis 3.16 a 28 – 5.5; 2 Crônicas 2 a 4). Mas a Bíblia diz também que Salomão teve seu coração corrompido ao reunir um grande número de mulheres como suas esposas e concubinas, sendo que a Lei de Moisés determinava que nenhum monarca poderia constituir um harém para si (Deuteronômio 17.17).

Salomão envolveu-se com mil mulheres, havia moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e heteias. Então elas perverteram seu coração, induzindo-o a adorar os falsos deuses. Salomão caiu nos pecados de idolatria e relações sexuais ilícitas e mandou edificar no Monte das Oliveiras templos para Astarote, Moloque e Camos (1 Reis 11.1 e 2 – Neemias 13.26).

O que houve com Salomão? Infelizmente, ele decidiu deixar de usar a sabedoria que havia recebido do Senhor e imitar os reis pagãos, trocou a santidade pela promiscuidade! 

Segundo está escrito na Carta de Tiago (1.5), Deus continua a dar sabedoria aos que lhe pedem. E, segundo Paulo, muitos se enganam ao pensar que é sábio segundo os padrões da geração em que vive (1 Coríntios 3.18). Nesta situação, muitos homens e mulheres de Deus se afastam da sabedoria do Senhor, deixam de usá-la e se transformam em pedra de tropeço para muitos neófitos da fé. 

 Ai desses sábios e sábias, porque apostatam da fé em Cristo, trocam a sabedoria do alto pela sabedoria humana ou sabedoria diabólica (Tiago 3.15).


Consultas:
https://en.wikipedia.org/wiki/Ravi_Zacharias
https://www.coalicionporelevangelio.org/articulo/recuerda-el-evangelio-una-reflexion-sobre-el-pecado-de-ravi-zacharias/

domingo, 21 de julho de 2019

A Mordomia da Família


Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

A família é uma instituição divina. Possui atribuições, que são as seguintes: vida íntima conjugal, multiplicação do gênero humano, preservação da espécie, educação, proteção, afeto. É o conjunto de todas as pessoas que vivem sob o mesmo teto, proteção ou dependência do dono da casa ou chefe. Em termos de unidade, a família não é um grupo de pessoas alheia aos interesses uma das outras, que competem entre si; a rivalidade é posta de lado, seus membros visam ao bem-estar do lar; se comunicam, se amam e se ajudam.

Individualmente, seus membros devem fazer a sua parte com o propósito de tornar mais resistente os seus laços de união, ocasionar segurança, felicidade e desempenhar sua missão bíblica para a glória de Deus. Todo cristão deve ter em alta conta que o Criador possui um propósito específico ao estabelecê-la, confere responsabilidades a cada membro dela e um dia teremos de prestar-Lhe contas.

I - A FAMÍLIA NO PLANO DE DEUS

1. A instituição do casamento.

Quase todos conhecem muito bem os relatos sobre a origem do casamento. Está em Gênesis, capítulos 1 e 2. No princípio, Adão foi a única criatura do sexo masculino que vivia sozinho no jardim do Éden. Deus criou todos os animais aos pares, mas o ser humano foi feito antes da sua figura feminina. Uma simples parceira seria incapaz de preencher as necessidades orgânicas, emocionais e sociais de Adão, por esta razão, ao formar Eva, Deus não os fez exatamente iguais, mas companheiros conjugais.

Deus poderia ter trazido Eva à existência criando-a a partir do pó da terra, assim como fez com aquele que viria a ser o seu esposo, mas formou-a da costela do homem para que houvesse um relacionamento mais íntimo entre os dois (Gênesis 2.24; Efésios 5.28-29). Em Gênesis 2.4, sobre o relato da criação de Eva. encontramos a expressão hebraica "kenegdô", que descreve algo diferente e que se ajusta com perfeição.

A narrativa bíblica esclarece a condição de solidão de Adão com as seguintes palavras: “para o homem não se achava uma auxiliadora que fosse semelhante a ele". Em seguida temos o relato de como Deus fez uma provisão sob medida para Adão. Extraiu uma costela dele, da parte óssea criou um ser vivente consanguíneo, fez Eva para Adão, "e a levou até ele” (Gênesis 2.19, 20). E daquele dia até hoje, nenhum outro acontecimento tem tido maior importância para homem do que sua mulher. Sozinho o homem é incompleto.

A obra-prima de Deus são uma fêmea e um macho juntos, feitos segundo a imagem e semelhança do Criador (Gênesis 1.27), para se complementarem e gerarem filhos também à sua imagem e semelhança (Gênesis 5.3). Eles foram o primeiro casal de seres humanos a celebrarem o casamento. Começando pelo casal Adão e Eva, o matrimônio é uma instituição estabelecida com elevados objetivos em todos os sentidos da vida. No ambiente íntimo do encontro de corpos surge o lar com crianças, e conforme o planejamento divino, a linhagem descendente do ser humano cresce. Assim, a posteridade do primeiro casal, atravessa gerações, é a Humanidade da qual somos parte.

Deus criou e abençoou o casamento, para ser único e definitivo na vida do homem e da mulher (Gênesis 2.24). Moral e legalmente para que marido e esposa se relacionem afetivamente, e com a mesma dignidade entre si, estejam vinculados por toda vida. A expressão do verbo “apegar-se-á à sua mulher” (Gênesis 2.24, ARC) pressupõe afeição e amor que une homem e mulher, também aliança; amizade (Deuteronômio 11.22-25; Rute 1.14; Provérbios 18.24).

A união física do casal,  sempre deve fluir do amor e do acordo mútuo:

"Seja bendito o seu manancial, e alegre-se com a mulher da sua mocidade" - Provérbios 5.18.

"Aproveite a vida com a mulher que você ama, todos os dias dessa vida fugaz que Deus lhe deu debaixo do sol, porque esta é a parte que lhe cabe nesta vida pelo trabalho com que você se afadigou debaixo do sol" - Eclesiastes 9.9.

Usando como base bíblica Gênesis 1.28 "Frutificai, e multiplicai-vos" (ARC), por muito tempo interpretes das Escrituras falharam ao afirmar que a única finalidade da conjunção carnal de pessoas casadas era a fecundação. De fato, o Criador assegurou a dádiva da fertilidade e ordenou a reprodução do homem para que houvesse o povoamento do gênero humano na terra, porém, tal designação não significa que não deve haver o prazer e a felicidade conjugal na vida a dois.

2. A origem da família.

Antes de estabelecer a família, Deus instituiu o casamento. Consequentemente, é de suma importância zelar com extremo cuidado tanto da união matrimonial quanto das pessoas que estão ligadas a nós pelos laços do parentesco sanguíneo ou da adoção.

Lemos que Adão viveu por algum tempo sozinho no Éden, dava nome aos animais que passavam diante dele, até que o Criador providenciou para ele aquela que seria a mãe de seus filhos e pôs fim ao seu período de solidão. Lemos, em Gênesis 1.24-27, que no sexto dia da criação, após criar os animais que vivem sobre a Terra, criou o homem e a mulher, e os pôs para cuidar de toda a natureza. A bênção do Senhor para eles, então foi: "Sejam fecundos, multipliquem-se, encham a terra e sujeitem-na. Tenham domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra" (versículo 28).

Após criar a família (Gênesis 2.18-25), Deus estabeleceu o governo (Gênesis 9.4-7; 10.5; Romanos 13.1-8) e muito tempo depois a Igreja (Mateus 16.18). As três instituições formam o elemento básico de uma sociedade firme e bem estruturada.

II - A MORDOMIA DA FAMÍLIA

1. Os princípios que regem o casamento cristão.

A monogamia foi instituída pelo Criador, porém a poligamia foi criada pelo ser humano. O primeiro polígamo da história foi o quinto descendente de Caim, chamado Lameque, ele teve duas mulheres e tal qual Caim foi um assassino (Gênesis 4.17-19, 23-24). A declaração bíblica "e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gênesis 2.24) fala de monogamia, ou seja, o princípio do casamento de um homem com uma única mulher e da mulher com um só homem. O Novo Testamento ratifica o princípio monogâmico apresentado em Gênesis (Ler em Mateus 19.5; 1 Coríntios 7.2 e 1 Timóteo 3.2).

O corpo do cristão é membro de Cristo e templo do Espírito Santo, assim sendo as Escrituras proíbem marido e esposa de realizarem práticas sexuais ilícitas (1 Coríntios 6.16). São consideradas transgressoras, dentre outras, as relações incestuosas (Levíticos 18.6-18), o coito com animal (Levíticos 18.23), o adultério (Êxodo 20.14) e a homossexualidade (Romanos 1.26-27). O corpo não pode servir a libertinagem (1 Coríntios 6.13), entretanto deve prestar adoração a Deus em todas as circunstâncias (1 Coríntios 6.20).

No plano de Deus para a família, os princípios que regem o casamento cristão são a monogamia e a heterossexualidade. Quando o casal não aplica os fundamentos bíblicos em seu matrimônio, a relação humana se transforma em caos no ambiente do lar.

2. A prioridade da família.

Toda pessoa cristã, que é um potencial pai ou mãe, analisando cuidadosamente a situação de gerar e criar uma vida, deve meditar nas palavras do salmista: “Herança do SENHOR são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão' (...) 'Feliz o homem que enche deles a sua aljava" (Salmos 127.3-5).

A Palavra de Deus nos ensina a valorizar a família, esclarece a missão dos pais em ensinar a criança no ambiente familiar tradicional (Deuteronômio 6.1-9). É vontade de Deus que cada criança tenha um pai e uma mãe para zelar por ela e cuidá-la. Cada bebê que nasce ou criança que é aceita na família envolve o pai e a mãe nas seguintes responsabilidades:
• cuidar do corpo (prover roupas, manter sua saúde etc);
• alimentá-la;
• estruturar sua personalidade convenientemente;
• educá-la;
• conduzi-la a Cristo, seu Salvador e Senhor. 
A Carta aos Efésios contém alguns princípios que norteiam o relacionamento familiar, entre o casal, pais e filhos. O conselho do apóstolo Paulo é que exista uma plena união entre os casados, uma parceria de amor e de respeito. Quanto aos filhos, ele exorta-os à obediência. Aos pais, seu aconselhamento recomenda-lhes a cuidar bem de seus filhos (Efésios 5.22 a 6.4).

2.1 - Exemplo dos fiéis como marido e pai.

Ao escrever sobre as qualificações de presbíteros e diáconos, isto é, fazer uma abordagem destinada às classes ministeriais do pastorado e do diaconato, o apóstolo Paulo inicia o assunto com uma frase que diz muito sobre uma ação exterior e não interior: "se alguém deseja o episcopado, excelente obra almeja" (1 Timóteo 3.1). Desejar e almejar são duas palavras que juntas descrevem bem a pessoa que possui uma motivação muito forte para conquistar um objetivo.

Em seguida, o apóstolo passa a falar sobre a necessidade do pretendente ao ministério eclesiástico possuir um estilo de vida que representa um comportamento exemplar (3.1-12). Entre outras exigências, aquele que pretende liderar o rebanho de Cristo na igreja, antes de assumir o posto, precisa:
• provar na intimidade da sua família que é capaz de guiá-la à salvação e à edificação. (3.4, 12).
• ser um testemunho-vivo em ambiente público que é capaz de guiar sua família à salvação e à edificação. (3.4, 12).
• viver relacionamento excelente ao relacionar-se com a esposa e seus filhos no ambiente familiar;
• viver relacionamento excelente como marido e pai em ambientes longe do lar;
• precisa ter bom relacionamento com sua companheira e sua prole em momentos de crises internas e externas que os envolva diretamente;
• ser um modelo daqueles que sabem usar a autoridade (que não é o mesmo que autoritarismo) sobre tudo o que está relacionado à sua casa;
• possuir a imagem de pai que todos os filhos gostariam de ter tanto na infância, quanto na adolescência e ao atingir a maturidade.
Ao ser alguém que tem índole de pessoa justa e afável ao  relacionar-se com a esposa e seus filhos, e possuir histórico familiar contendo lições de boa convivência entre os familiares,  o pretendente ao ministério eclesiástico é apto para realizar a governança espiritual.

A pergunta perspicaz do apóstolo sobre esta condição deve ressoar nos tímpanos de todos os cristãos: "Pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?" (3.5).

2.2 - Qual tipo de esposo e pai você tem sido para sua família?

Não é apenas as pessoas que pretendem ser ministros na Obra do Senhor que precisam exercer boa liderança no lar. Todo cristão tem o dever de cuidar bem da instituição familiar que Deus lhe confiou o papel de mordomo. Que espécie de impressão sua esposa e seus filhos têm da sua pessoa? Sua mulher quase não o vê acordado, porque está dominado pelo cansaço? Os filhos se relacionam com um pai que costuma ler a Bíblia com eles, orar e brincar junto, ou o diálogo entre vocês é apenas no momento de repreendê-los? Será que as crianças conhecem um pai dedicado a gastar toda a energia fora de casa trabalhando, alguém não que não tem nenhum, ou tem pouco tempo de atenção para dar a eles?

Logicamente, é compreensível o esforço de estar muitas horas longe de casa, gastando quase toda a energia em um labor que produz o meio de sustento para a família. Porém, não é aceitável aceitar isso como se fosse uma situação natural, sem buscar a Deus em oração para que Ele, que criou a família, estenda suas mãos abençoadoras e crie condições para você ter espaço de tempo satisfatório para estar no lar desempenhando as funções de marido e pai.

Para recomeçar a atitude de priorizar o tempo em família, um ponto de conversão considerável é planejar a reestruturação da convivência familiar com antecedência, sem criar grandes expectativas na cabeça dos pequeninos. Para isso, convém organizar bem a agenda, separar de todos os outros compromissos o tempo em que estará presente e com a atenção voltada por inteira aos filhos e à esposa (a). Então, neste momento, desligar o televisor e o smartphone para orarem juntos, comerem juntos, brincarem juntos. É importante conversar descontraidamente, falar em tom amoroso com a criançada. Sem se esquecer que é preciso reservar também noites à sós, e divertidas, com o cônjuge.

3. O relacionamento entre pais e filhos.

O primeiro mandamento que Deus deu a Adão e Eva foi: “Sejam fecundos, multipliquem-se, encham a terra” (Gênesis. 1.28). Os filhos não são estorvos na vida do casal, ao contrário disso, eles são bênçãos (Salmos 128.1-6).

Deus tem posto os pais cristãos por seus mordomos ao confiar a eles as crianças (Colossenses 3.21). Pai e mãe são os responsáveis pelo clima do ambiente familiar, o bom andamento da rotina diária depende muito das atitudes pessoais e da maneira de pensar dos pais. Se eles têm comportamento seguro quanto ao exercício da fé no Pai celeste, tal conduta se refletirá nas relações familiares, pois seus exemplos - tanto positivos quanto negativos - são estímulos aos membros do lar. O jeito de liderar o lar produz reflexos na condição psicológica e espiritual dos filhos. Quando o casal não aplica os princípios do plano de Deus  para a família, desprezam os preceitos que regem o casamento cristão, a relação matrimonial se transforma em caos e afeta profundamente de modo negativo o ambiente do lar.

Atualmente, a ciência coloca ao alcance dos casais recursos que possibilitam a redução de filhos, e até, em muitos casos, a ausência total deles. É importante ter cautela quanto ao planejamento familiar. Não há pecado quando o casal faz controle entre as datas de um e outro nascimento e limita o número de filhos ou filhas, porém, comete pecado se isso é feito por simples interesse material. Não convém a mulher evitar a gravidez para não mudar a anatomia do seu corpo; e também não é correto ao homem evitar procriar para fugir da responsabilidade paternal. O casal que consulta ao Senhor, e aceita a vontade divina sobre a questão da paternidade ou maternidade quanto ao número de seus bebês, é abençoado em toda a esfera de sua família.

III - A FAMÍLIA CRISTÃ SOB ATAQUE

1. O ataque do Estado materialista.

A palavra ideologia é composta dos vocábulos gregos eidos, que indica “ideia”, e logos cujo sentido é “raciocínio”. Assim, ideologia define qualquer conjunto de ideias que se propõe a orientar a maneira de pensar e de agir. Em sentido amplo, é apresentada como o que seria ideal para um determinado grupo.

O termo Ideologia de Gênero foi desenvolvido pelo francês Destutt de Tracy (1758-1836) e aproveitado pelos alemães Karl Marx e Fredrich Engels, autores do Manifesto Comunista (1848). É um conjunto de propostas, ideias e práticas que visa cumprir as pretensões de Marx e Engels de destruir a estrutura familiar judaico-cristã.

A Palavra gênero tem origem no grego genos e significa "homem" e “raça”. Na concepção da lógica, o termo indica “espécie”. Deveria ser apenas esta indicação, como ocorre na Gramática, porém, na sociedade pós-moderna tal significado foi relativizado e distorcido.

Agora, este termo também é conhecido como “ausência de sexo”, pois ignora a natureza e os fatos biológicos, alegando que o ser humano nasce sexualmente neutro. É dito por essa gente que o sexo biológico criado por Deus não é interessante. Segundo esta filosofia, ninguém nasce com o "gênero masculino" ou "gênero feminino", quem faz o "homem" e a "mulher" é a sociedade, "homem" e "mulher" é uma construção social.

Marx e Engels, preconceituosos contra o judaísmo e o cristianismo, ateus e fundadores do comunismo, ao mentirem dizendo que nenhuma pessoa nasce com o sexo masculino ou feminino, tentaram em vão destruir a identidade biológica do ser humano. Absurdamente, possuem seguidores repetindo tal inverdade como se fossem papagaios. Ninguém mudará o que Deus criou (Gênesis 1.26, 27).

O padrão bíblico da família é alvo de constantes agressões. A classe intelectual desprovida da fé em Deus age completamente contrária aos valores cristãos. Evidentemente, existe um grande sentimento de incômodo de movimentos progressistas em relação ao modelo tradicional da família. Esta cultura pós-moderna impulsiona a parcela não cristã da sociedade a afrontar e desvalorizar o núcleo familiar constituído de um casal heterossexual, monogâmico e com gênero definido.

As influências da civilização, regida pela doutrina marxista, atrapalham, de muitas maneiras, a tarefa dos pais na educação dos filhos, dia após dia ameaças veladas e diretas são dirigidas à integridade e ao bem-estar da família. Quando os valores morais e éticos do cristianismo são debatidos e em alguns casos até trocados por membros desta sociedade pós-moderna, o cristão autêntico não é tolerante e flexível com tal prática. Ao crente em Cristo que verdadeiramente ama a Deus, a Lei de Deus é mantida acima da Lei dos homens. Se os interesses dos homens contrariam as diretrizes das Escrituras Sagradas, o servo do Senhor faz posicionamento firme e declara em alto e bom som para todos - principalmente para sua família - quais são os princípios estabelecidos pelo Criador que todos devem obedecer.

2. O ataque da famigerada Ideologia de Gênero.

Ideologia de Gênero é uma maneira de esconder o que há por trás de uma campanha comunista, pois não se trata apenas de uma "ideologia", mas de um conjunto de propostas desprezíveis, ideias péssimas e práticas ignóbeis que visam cumprir as pretensões de Karl Marx e Friedrich Engels de destruir a estrutura familiar judaico-cristã. Segundo essa filosofia repulsiva, ninguém nasce com o "gênero masculino" ou "gênero feminino". Esta ideologia condenável também apregoa que quem faz o "homem" e a "mulher" é a sociedade, "homem" e "mulher" é uma construção social. o sexo biológico criado por Deus não interessa. Tal investida é uma grande afronta diabólica contra os princípios do Criador, que fez o ser humano "macho" e "fêmea" (Gênesis 1.27, 28).

Marx e Engels, preconceituosos contra o judaísmo e o cristianismo, ateus e fundadores do comunismo, ao mentirem dizendo que nenhuma pessoa nasce com o sexo masculino ou feminino, tentaram em vão destruir a identidade biológica do ser humano. Absurdamente, possuem seguidores repetindo tal absurdo como se fossem papagaios. Ninguém mudará o que Deus criou (Gênesis 1.26, 27).

Usando o conhecimento elementar da ciência, líderes de igrejas, pais e mães podem rebater a Ideologia de Gênero. O cristão precisa estar atualizado quanto a essas investidas de cunho materialista. Ao estarem conscientizados que a família é de importância vital para a criança, protegê-la de indivíduos que tentarão confundir sua crença e a verdade quanto a sua masculinidade ou feminilidade. O temperamento herdado dos pais constitui uma forte contribuição para a formação dos filhos, a educação recebida na família é que determina a direção que o temperamento irá tomar na fase adulta. A família é, sem dúvida alguma, a influência de impacto mais profundo no futuro da criançada, não existe outra instituição que possua tão grande capacidade de moldar o caráter e personalidade das pessoas.

No exercício da mordomia da família cristã, a valorização da Palavra de Deus no ambiente do lar, a escolha de boas literaturas cristãs; momentos devocionais em família e o culto doméstico, são estratégias eficazes para vencer o ataque do mal. O convívio e a boa comunicação entre os familiares indica o grau e o nível das relações com o Pai celeste e determina o curso do sucesso do casal como pais de família.

3. Um ataque a  Deus e à ciência.

Notamos que em muitas passagens das Escrituras, ao fazer menção à Humanidade, o Criador a denomina de "homem". A designação do gênero masculino retrata a Humanidade. Movimentos feministas se empenham para mudar esse critério, não se conformam com o tratamento fixado por Deus, de igual maneira os ativistas das causas ligadas aos homossexuais brigam pelo fim do uso dos termos que apontam os gêneros sexuais, homem e mulher.

O marxismo exerceu enorme poder sobre as feministas. O livro “A Origem da família, a propriedade privada e o Estado” (1884), trata a família patriarcal como sistema opressor do homem para com a mulher. A ideia central do conceito de gênero nasceu com a feminista e marxista Simone de Beauvoir autora da obra “O Segundo Sexo” (1949), onde diz que “não se nasce mulher, torna-se mulher”. Assim, a marxista Beauvoir, deu desdobramento à “luta de classes”, rebaixando-a à “luta de gêneros”, que é a “luta de classes entre homens e mulheres”. Há feministas que defendem "a libertação da mulher da prisão da maternidade", para que ela desfrute total liberdade sexual, e que o ser humano pode fazer sexo com quem quiser, inclusive com crianças, parentes sanguíneos de primeiro grau, e um número incontável de pessoas desconhecidas. No entanto, Deus deu para a mulher a bênção de ser mãe, abomina a pedofilia, o incesto, o adultério e a prostituição.

A Ideologia de Gênero despreza a base científica e ataca de maneira desonesta a realidade biológica do ser humano. Veja:
• A séculos que a Biologia mostra que uma pessoa é homem porque seu aparelho reprodutor é masculino, além de ter hormônios masculinos, dos quais a testosterona é o principal responsável pelas características do homem, e em sua genética tem os cromossomos XY, como marcadores biológicos que são impossíveis de serem apagados.
• A ciente mostra que uma pessoa é mulher porque seu aparelho reprodutor é feminino, além de ter hormônios femininos, como o estrogênio e a progesterona. Em sua genética, as mulheres possuem os cromossomos XX, que marcam sua identidade feminina, e também é impossível apagá-los.
A Ideologia de Gênero não tem nexo algum. Está reprovada por cientistas de alto nível. A Associação de Pediatria Americana [ 1 ] rejeita-a, repele o seu ensino nas escolas, principalmente a crianças. O Conselho de Medicina de São Paulo [ 2 ], órgão da classe médica e de caráter normativo sobre a ética na Medicina, divulgou uma resolução contra ela; segundo esta entidade paulista que responde pelos profissionais de Medicina, "a Ideologia de Gênero não tem que ser banida apenas das escolas ou das políticas de saúde, ela tem que ser banida da vida pública".

CONCLUSÃO

Há um meio de cuidar da mordomia da família de modo eficaz, preservando-a da destruição espiritual e moral pelas forças do mal. A Palavra de Deus é um guia para tudo na nossa vida, seu conteúdo precisa ser exposto no lar, periodicamente. É da Bíblia que vamos extrair o padrão de comportamento que cada membro da família deve ter, a partir da mais tenra infância. Procedendo assim, a vida de cada um de nós se aproximará bastante do ideal estabelecido por Deus.

E.A.G.

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1 - Associação de Pediatria dos Estados Unidos: https://www.semprefamilia.com.br (acesso 30 de junho de 2018).
2 - Conselho Regional de Medicina de São Paulo contra a Ideologia de Gênero: http://www.criticanacional.com.br  (acesso 30 de junho de 2018).
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Compilações:

Lições Bíblicas. Tempo, Bens e Talentos - Sendo Mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado. Elinaldo Renovato. Lição 3: A Mordomia da Alma e do Corpo. Terceiro trimestre de 2019. Bangu, Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
Lições Bíblicas Jovens. Novos Tempos Novos Desafios: Conhecendo os Desafios do Século 21. César Moisés Carvalho. 3º Trimestre de 2015. Lição 8: As mudanças dos valores morais. Bangu, Rio de Janeiro (Casa Publicadora das Assembleias de Deus – CPAD).
Quem é Quem na Bíblia. Martin H. Manser e Debra K. Reid, 1ª edição 2013. Barueri/SP. (Sociedade Bíblica do Brasil - SBB).
Tempo, Bens e Talentos - Sendo Mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado. Elinaldo Renovato. Bangu, 1ª edição 2019, capítulo 4 - A Mordomia da Família. Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
Teologia para Pentecostais: Uma teologia sistemática expandida - Volume 3; Valter Brunelli. 1ª edição / abril de 2016 ; página 46. Rio de Janeiro - RJ (Central Gospel).

segunda-feira, 8 de julho de 2019

João 10.10 - o ladrão no qual Jesus se refere não é o diabo?


Por Eliseu Antonio Gomes

Muitos leitores da Bíblia acreditam que o ladrão, no qual Jesus se refere em João, capítulo 10 e versículo 10, é o diabo. Por outro lado, é impressionante como é fácil encontrar um número grande de pessoas contestando essa interpretação e afirmando que o "ladrão" de João 10.10 não é o diabo.

Será que nesta porção das Escrituras Sagradas "ladrão" se refere apenas a um criminoso qualquer? Ao ler esta passagem bíblica, cujo conteúdo é por demais apropriado às comunidades evangélicas nos dias atuais, é importante ter em vista o contexto do texto em foco.

Parcialmente, eu concordo com a afirmação de que Jesus tenha se referido a pessoas e não ao ser demoníaco, especificamente à referência citada. Nos versículos 8, 12 e 13 está bem claro que Jesus faz alusão aos falsos pastores, mestres e mercenários. Porém, percebemos no contexto bíblico que o diabo também tem muito a ver com ladroagem, todos sabemos que ele é ladrão, que a intenção dele é roubar, matar e destruir, o povo de Deus. O que quero dizer é que no modo literal os ladrões, mercenários e salteadores são líderes religiosos, mas no sentido figurado é o próprio diabo agindo na vida desses líderes religiosos, fazendo uso de seus apetites carnais, amor ao dinheiro, egoísmo, egocentrismo e etc.

Etimologia de palavras

É digno de nota que no original grego o termo "ladrão", que encontramos em João 10.1 é "cleptos". O termo também é usado na passagem O Bom Samaritano (Lucas 10.25-30) e em Apocalipse 16.15 (Eis que venho como um ladrão).

Em João 10, versículo 6, o vocábulo “parábola” não é a tradução de “parabolê”, definição das comparações, analogias e alegorias que Jesus apresentou com a intenção de passar lições espirituais aos seus seguidores. Neste versículo 6, o termo usado é “paroimia”, cujo significado é enigma e provérbio, como no Livro de Provérbios.

Encadeamento do tema

Certa vez, Jesus Cristo afirmou: “quem comigo não ajunta, espalha” (Lucas 11.23). Deu a entender, claramente, que na esfera espiritual não há meio termo, ou somos seus seguidores ou indivíduos inconvenientes que atrapalham o progresso da expansão do Reino de Deus aqui na terra.

O Evangelho de João, capítulo 10, traz a lição O Pastor e as Ovelhas, que está atrelada com a narrativa do capítulo anterior. O duplo “em verdade” (10.1), faz a transição entre o diálogo do capítulo 9 ao monólogo do capítulo 10.

No capítulo 9 de João, encontramos o episódio do cego de nascença, que Jesus curou passando lama em seus olhos e o mandando lavar-se no tanque de Siloé. A narrativa conta que depois este homem foi interrogado pelos fariseus, líderes da sinagoga, que se quer puderam acreditar que ele havia sido pessoa cega, só creram após o depoimento de seus pais. Ao invés de se alegrarem com ele por ter recebido o milagre, criticaram a situação pois o relato dizia que a cura ocorreu num dia de sábado. Estes judeus expulsavam da sinagoga as pessoas que confessavam que Jesus era o Cristo, mas com certeza teriam reivindicado para si o título de pastor, aos quais Cristo se refere como ladrões e salteadores. Nesta circunstância, com certeza o ex-cego faz parte do rebanho do Bom Pastor. 

Analisando o conteúdo contextual, podemos categoricamente afirmar que o "ladrão", de João 10.10, representa toda a classe de falsos pastores, são as lideranças inúteis que adentram os meios cristãos mais preocupadas em transformar ovelhas em alimento do que em alimentá-las, protegê-las e curar o rebanho de Cristo (Ezequiel 34.1-5; Zacarias 11.17).

Há muitos pseudos-pastores, falsos irmãos hoje em dia. Eles estão infiltrados no rebanho do Bom Pastor e agem como lobos camuflados em pele de ovelhas. Jesus se referiu a eles como guias cegos. Eles se apresentam com autoridade espiritual falsa, falam supostamente em nome de Deus, pregam sobre salvação mas colocam sobre os cristãos jugos pesados. O objetivo deles é lucrar financeiramente, não se importam em roubar, destruir e, espiritualmente, matar, com a finalidade de conquistar bens materiais, viver em glamour, projetar sua imagem com situações de pompa e circunstância. Quanto a essa gente desnaturada, é preciso ter o máximo de cuidado, afastar-se delas. Ainda bem que quem é ovelha, e se mantém vigilante, reconhece e atende apenas a voz do verdadeiro pastor.

Exortações apostólicas

O apóstolo João fez referência aos que “não ajuntam com Cristo”, chamando-os de anticristos (1 João 2.18). Tais opositores do progresso do Reino de Deus, se assumem posto de líderes, são mercenários, ladrões e salteadores. Eles se comportam como os fariseus que ao invés de ajudar o cego o expulsaram do rebanho no qual eram responsáveis por seu bem-estar.

Precisamos meditar em outro contexto para João 10. Façamos uso da nossa força de raciocínio, para relembrar a exortação de Pedro aos cristãos. Ele nos alerta assim: “Sejam sóbrios e vigilantes. O inimigo de vocês, o diabo, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1 Pedro 5.8). Ora, alguém já viu, ou ouviu falar, que o diabo atacou literalmente uma pessoa? Ele faz isso no sentido amplo da situação, usa todo aquele que “não ajunta com Jesus”, mas espalha, atrapalha o progresso do Reino de Deus.

O apóstolo Paulo aconselha o povo de Deus a viver em harmonia, pede aos irmãos de fé que, assim como ele, tenham disposição para perdoar. “A quem vocês perdoam alguma coisa, eu também perdoo. Pois o que perdoei, se é que perdoei alguma coisa, eu o fiz por causa de vocês na presença de Cristo, para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não ignoramos quais são as intenções dele.” (2 Coríntios 2.10-11).

Conclusão

Naquele triste acontecimento do rompimento da barragem em Brumadinho, muitas vidas foram ceifadas pela lama. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros pediram para diversas famílias deixarem as suas residências, elas corriam risco naquele local devastado. E foi triste saber que cidadãos maus aproveitaram a ocasião para saquear as casas cujas famílias não estavam presentes. A estratégia do diabo é impulsionar pessoas para agirem malignamente, ele quer roubar toda a nossa paz e toda a nossa alegria. Essa história é uma advertência para aqueles de nós que podem ser pegos despreparados ao lidar com ataques do diabo. Ele assume o posto de comando de vidas humanas por meio do pecado que é praticado sistematicamente. Quando o indivíduo se esquece de ser crente vigilante, dá lugar para o diabo moldar suas opiniões, controlar suas atitudes e apagar seus objetivos nobres (Efésios 4.27).

De uma maneira similar ao caos causado pela lama, o pecado pode destruir coisas que aparentemente estão em boa ordem. O esforço para remover a lama e limpar depois de o diabo aparecer no caminho do crente é muitas vezes mais doloroso do que o evento inicial. Se as brasas ardentes da vontade carnal quer guiar nossas atitudes, a melhor coisa a fazer é lembrar-se da Palavra de Deus e tomar as medidas apropriadas para superar o mal, pois ao dar vez às obras da carne o crente cria a oportunidade para que o diabo tire vantagem da sua falta de vigilância, pois nesta condição o crente é um infeliz anticristo.

Mantenha-se em oração, para estar sempre firme e forte, livre das amarras diabólicas.

domingo, 28 de abril de 2019

A pregação do Dragão no meio cristão

Ovelha descansa no gramado. A pregação do Dragão no meio cristão, por Jossy Soares. Jornal Mensageiro da Paz, Julho de 2013, Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD). Blog Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br

Por Jossy Soares

Há algo de errado com muitas pregações no meio cristão mundo afora. Muitos estão colhendo e promovendo glorificação para si, ao homem e seus próprios interesses.

As colunas centrais da pregação cristã são aquelas recomendadas por Jesus Cristo: arrependimento e remissão dos pecados (Lucas 24.47). A primeira trata-se da obra produzida pelo Espírito Santo convencendo o homem de sua condição de miserável pecador e destituído da glória de Deus (Romanos 3.23; Atos 3.19); a segunda trata do plano de Deus elaborado antes da fundação do mundo (Apocalipse 3.18), a Obra de Cristo no Calvário onde Ele ofereceu a Si mesmo pelos nossos pecados em oferta agradável a Deus. Foi do agrado de Pai que o Filho padecesse por nossos pecados (1 Pedro 2.24).

Jesus Cristo ofereceu seu próprio sangue para remir os que estavam sob a maldição do pecado, purificando e trazendo o homem para perto de Deus (1 João 1.7; 2.3).

A pregação cristã deve sempre fazer referência ao Jesus Cristo e seu sacrifício vicário São assim as expressões de expressões de adoração e louvor a Jesus Cristo na revelação de seu triunfo em todo o Livro do Apocalipse (5.2, 9, 13). A menção de Jesus como Cordeiro sempre aponta para seu sacrifício na cruz.

O inimigo de nossas almas há muito vem executando seu plano de subtrair essa glória ao Cordeiro de Deus da boca e dos corações dos homens. Uma das formas é tentar fazer o homem acreditar que tem em si alguma condição de autodeterminação tirando, sutilmente, Deus so centro de todas as coisas e ponto de vista humano.

No círculos seculares, nega-se sua total dependência de Deus. Prega-se a força interior, como algo inerente ao homem que o torna senhor de sua vida. Vemos fatos semelhantes no meio cristão. Aliás, muito se tem falado sobre o poder da fé, como se a fé fosse um fim em si mesmo. Assim, se prega a "fé na fé" e não a fé em Deus. Em outras palavras, essa fé na fé é a versão evangélica da atitude mental positiva das ciências associadas à Nova Era e ao Humanismo. Não existe o poder da fé. Existe o poder de Deus.

Geralmente, os propagadores desse "outro evangelho" são os que têm ganhado aceitação e dinheiro com essa situação porque mexem com o emocional das pessoas, levando-as a acreditar em algo aparentemente muito bom, mas invariavelmente antibíblico.

Não adiante barulhos de glorificação a Cristo e, ao mesmo tempo, a ocultação da sua maior realização pela humanidade: sua morte de cruz e o perdão que dela decorre. As pregações que estão promovendo o pregador e massageando o ego do povo não tem as "digitais" do Espírito Santo de Deus. Se elas ocultam a Obra expiatória do Cordeiro de Deus, apresentam a fé na fé e a atitude mental positiva, tornou-se uma pregação humanista e é notória que uma das estratégias do Anticristo será a elevação do ego humano acima de tudo, até extinguir Deus e tudo que com ele se relacione da mente da humanidade.

O apóstolo João menciona, no Apocalipse, o discurso do Falso Profeta, a besta que subiu do mar. Ele tinha chifres como de cordeiro, a aparência era de espiritualidade, de piedade, de religiosidade, parecia ser algo confiável, lembrava um cordeiro, entretanto, a fala dessa besta era a pregação do Dragão (Apocalipse 13.11).

O Falso Profeta, como agente satânico, nos últimos dias influenciará todo o pensamento da humanidade contra o Cristianismo, seja de forma contundente, seja de forma velada. A falsa espiritualidade tem acometido o meio cristão com esse "outro evangelho" e transtornado a mente de muita gente deixando em desuso a mensagem da cruz e a glória devida ao Cordeiro de Deus.

Uma das funções do Espírito Santo de Deus é glorificar a Jesus. Falando do Consolador Jesus diz: "Ele me glorificará, porque vai receber do que é meu e anunciará isso a vocês" (João 16.14). Assim, a pregação inspirada pelo Espírito de Deus é aquela que glorifica ao Cordeiro. Não temos nenhuma obrigação de ouvir ou de tolerar pregação que não tenha a autenticação do Espírito Santo.

O momento que vivemos exige discernimento. Rejeitemos e denunciemos qualquer mensagem que não tenha a autenticação do Espírito de Deus. "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre" (Hebreus 13.8).

E.A.G.

Fonte: Mensageiro da Paz, ano 83, nº 1537, julho de 2013, coluna Apologética Contemporânea, página 16. Bangu. Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
Postagem publicada de modo resumido.

domingo, 10 de março de 2019

A diferença do cristianismo e as seitas


Por David Fairchild

O que separa o cristianismo de toda religião mundial? Você ora? Os muçulmanos também. Você evangeliza? As Testemunhas de Jeová também. Você adora? Também os hindus. Você lê sua Bíblia? Os judeus também. Você faz viagens de missões? Os Mórmons também. Você valoriza a família? Da mesma forma os Sikhs. Você busca auto-aperfeiçoamento? Os budistas também.

Se ser cristão não é nada além de manter regras, seguir conselhos e fazer boas ações, não somos diferentes de qualquer outra fé. Mas, se o significado do cristianismo for encontrado no que Cristo fez por nós, isso muda tudo.

Ser cristão não é escravidão da tradição, da religião, das regras e do ritual. Ser cristão tem a ver com Cristo: quem Ele é, o que Ele fez, o que Ele está fazendo e o que Ele promete fazer. É sobre a Sua justiça, Sua vida, Sua morte, Sua ressurreição e Seu retorno iminente. Todas as experiências maravilhosas, realizações intelectuais e ações realizadas pelos cristãos mais bem intencionados, não beneficiam nada se a sua fé não estiver completa e completamente fundamentada no que Cristo fez em seu favor. É por isso que a verdadeira igreja proclama: somos salvos somente pela graça, somente pela fé, somente por Cristo, somente para a glória de Deus.

Comentário deste blogueiro

Se você fizer uma pesquisa superficial no Google, formulando a pergunta "o que é ser cristão?", talvez encontrará a seguinte resposta: Cristão é todo o indivíduo que adere ao cristianismo, uma religião monoteísta abraâmica centrada na vida e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, e que foi profetizada na Bíblia hebraica (Antigo Testamento).

E se quiser resposta mais aprofundada, encontrará em dicionários algo parecido com essa definição: A pessoa cristã é aquela que professa sua fé em Cristo, frequentadora de igreja que incentiva a agir de acordo com os princípios do cristianismo. Em sentido figurado, qualquer ser humano que, socialmente, se apresenta do modo como deve ser; razoável, próprio. É o indivíduo que recebeu o batismo; cognome atribuído pelos judeus, ou liberais, aos membros do partido conservador entre 1847 e 1860.

Se desejar encontrar uma resposta dentro da Bíblia Sagrada, saiba que cristão é ser crente em Deus (Atos 5.14); é ser "os do caminho", é ser discípulo de Cristo (Atos 9.2, 26; 11.29); ; ser cristão é pertencer a ma fraternidade de santos (Atos 15.1 e 23; Romanos 8.27; 15.25; e 1 Corintios 7.12).

Enfim, saiba que em Atos 11.26 está o relato de que em Antioquia os discípulos de Cristo foram chamados pela primeira vez cristãos; e que em 1 Pedro 4.16, o apóstolo escreveu que toda pessoa que sofrer por causa da sua escolha em ser cristã, não deve se envergonhar disso.
                                                                                                                                 
E.A.G.

Fonte: Sidnei Silvestrin, 25 de agosto de 2017, Facebook pessoal 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Homem-Aranha e conflitos da Igreja Atual

Homem-Aranha no Aranhaverso 
Animação da Sony Pictures é indicada ao Oscar 2019

Em agosto de 1962 chegava às bancas dos Estados Unidos a primeira história em quadrinhos do Homem-Aranha. Criado por Stan Lee e Steve Ditko, o personagem trazia uma nova temática aos gibis: os problemas comuns do ser humano.

Até então, quem lia revistas de quadrinhos nunca havia encontrado histórias nas quais o personagem tivesse a preocupação de pagar as contas no fim do mês. Ou que enfrentasse problemas para conseguir agradar a namorada. Muito menos que tivesse que driblar os valentões da escola, que o humilhavam diariamente.

E o que os criadores do Homem-Aranha fizeram foi justamente explorar esses dilemas com os quais todos vivemos, em aventuras de combate ao crime. O resultado foi tão espantoso que a fórmula se repetiu em diversas revistas. A partir daí, não era mais possível imaginar um super-herói sem crises emocionais, traumas e medos.

O interessante é que em algumas igrejas estamos vivendo um momento absolutamente inverso a tudo que pode explicar o sucesso do Homem-Aranha.

Enquanto as histórias do herói valorizam os conflitos de um ser humano comum e os problemas de alguém com “os pés no chão”, mostrando que não existe poder que dê vitórias em todas as áreas da vida, algumas igrejas e líderes religiosos fazem o discurso inverso. Insistem em seus sermões numa suposta autoridade que podemos exercer sobre Deus, pela qual temos condição de exigir alguma coisa do Criador, determinando bênçãos em nossas vidas. Para esses líderes religiosos, o cristão não vai enfrentar derrotas nunca, a menos que tenha uma fé insuficiente, fraca e pobre.

Esses aí, logo vão dizer que a morte de Jesus Cristo na cruz se deu pela falta de fé do Filho de Deus…

Voltemos aos quadrinhos do Homem-Aranha. Quando Peter Parker foi picado por uma aranha que lhe daria poderes, isso não lhe garantiu uma forma fácil de ganhar dinheiro, nem um lar rico, nem um bom círculo de amizades. Grandes poderes só trouxeram grandes responsabilidades.

E é um modelo de vida assim que encontramos nas palavras de Jesus. Falando de uma forma figurada, quando somos “picados” pelo amor de Deus, salvos por Ele, passa a correr em nossas veias um sangue que nos torna “mais que humanos”, sim. Somos filhos do Altíssimo. Ganhamos o “poder” de conversar com o Pai sem intermediários, de ouvir Sua voz, de adorá-lo e de seguirmos seus ensinamentos. Mas não ganhamos nenhuma garantia de que nossos problemas desaparecerão!

Pelo contrário, nos ensina Jesus que “no mundo teremos aflições”, e que devemos ter “bom ânimo”, porque ELE venceu o mundo. E a nossa responsabilidade é levar essa mensagem adiante.

A Bíblia ainda fala que muitos serão mortos pelo evangelho, serrados ao meio, perseguidos e injustiçados em nome de Deus. Entretanto, parece que essa mensagem não faz mais sucesso em nossos púlpitos, é evitada para não afugentar congregações que preferem se embebedar com promessas de felicidade e riqueza, entre gritos e gemidos de aleluia.

Fuja disso.

Fonte: Deus no Gibi - https:// bit.ly/ 2S5OnKQ | Autoria não identificada.