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terça-feira, 14 de junho de 2022

A bondade de Deus em nos atender

INTRODUÇÃO

Nossa vida além de estar fincada num relacionamento pessoal com Deus prevê uma vida comunitária. Sendo assim, Jesus evidencia no Sermão do Monte que o cristão deve estar atento quanto ao relacionamento com o próximo.

Nesta questão, observamos a importância da reflexão e atitudes ponderadas sobre como desmistificar, identificar e tratar um falso profeta é de extrema importância.

sábado, 9 de abril de 2022

Jesus, o discípulo e a lei

Após o Senhor ter pregado sobre a aproximação do Reino de Deus, perguntas devem ter surgido da parte dos israelitas: "Qual a relação do ensino de Cristo com as leis de Moisés?"; "O novo mestre veio acabar com a antiga lei?"; "O que devo fazer para entrar nesse Reino?" E com o propósito de responder as indagações e estabelecer o padrão de conduta dos cidadãos do Reino, o Senhor proferiu seu discurso-chave, que conhecemos como "O Sermão do Monte" ou "Sermão da Montanha". 

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Mateus 7.15 - Doze características do perfil de um falso profeta


"Cuidado com os falsos profetas, que se apresentam a vocês disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes. Pelos seus frutos vocês os conhecerão. Por acaso se colhem uvas de espinheiros ou figos de ervas daninhas?" - Mateus 7.15-16 (NAA).

Os falsos profetas são dissimulados. Inevitavelmente, se comportam como ovelhas, com o objetivo de tirar proveito da bondade do povo de Deus. pois na sua essência são lobos devoradores. Deus dá ao crente sincero a condição de discernir entre o falso e o verdadeiro profeta, para não ser enganado por eles (1 João 4.1). As boas obras confirmam quem são os verdadeiros seguidores de Jesus Cristo (Mateus 7.21-23). 

1. O falso profeta se promove como ovelha do rebanho de Cristo, mas seu coração é de um lobo devorador (Mateus 7.15).

2. O falso profeta distorce o Evangelho da graça de Cristo e da salvação unicamente pela fé no seu sacrifício, por um evangelho falsificado, que não é divino, legalista e personalista. (Gálatas 1.8).

3. O falso profeta é carnal, tem instinto lascivo, o mesmo usa a graça de Cristo como uma falsa licença para uma vida pecaminosa, e influencia multidões a uma vida de licenciosidade, de impureza, de relações sexuais ilícitas (Efésios 5.6-7, Apocalipse 2,14-15).

4. O falso profeta é arrogante, egocêntrico e interesseiro, geralmente o mesmo usa o cristianismo para se promover e enriquecer (1 Timóteo 6.5).

5. O falso profeta prega a encarnação de Cristo, porém, através de suas ações nega-a (1 João 1.3).

6. O falso profeta prega a ressurreição literal de Cristo, mas demonstra não acreditar nela através do seu estilo de vida reprovável (1 Coríntios 15).

7. O falso profeta tem uma vida cristã dupla, é hipócrita, muitas vezes por meio de suas mãos são feitos milagres, expulsões de demônios, todavia tudo isso não confirma sua conversão, pois o mesmo não nasceu de novo (Mateus 7.22).

8. O falso profeta não crê na inspiração e na inerrância das Escrituras (Salmo 119.140; 2 Timóteo 3.16).

9. As mensagens do falso profeta são de paz e prosperidade, mesmo em meio ao pecado e rebelião do povo ou da igreja contra Deus (Jeremias 6.14).

10. O falso profeta profetiza coisas que nunca acontecerão, tenta enganar o povo fazendo predições vagas, e perverte incautos com afirmações de difícil comprovação (Deuteronômio 18.22).

11. Os falsos profetas sofrerão condenação eterna (Gálatas 5.10).

12- O falso profeta nega o sacrifício salvador de Cristo (2 Pedro 2.1).

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Mateus 6.31 - Deus quer apenas nos dar o que comer, beber e vestir?


"E por que se preocupam com o que vão vestir? Observem como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, porém, afirmo a vocês que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não fará muito mais por vocês, homens de pequena fé? Portanto, não se preocupem, dizendo: “Que comeremos?”, “Que beberemos?” ou “Com que nos vestiremos?” Porque os gentios é que procuram todas estas coisas. O Pai de vocês, que está no céu, sabe que vocês precisam de todas elas. Mas busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas lhes serão acrescentadas" - Mateus 6.28-31 (NAA).

Usando este texto bíblico, mais de uma vez presenciei cristãos, cheios de boa intenção, interpretá-lo afirmando categoricamente que o nosso Pai celeste não está interessa em nos abençoar além do prato de comida de cada dia, do copo de água e das roupas que precisamos nos resguardar.

É complicado ouvir pregadores dizer que Deus não pretende nos abençoar no campo financeiro ou material, após haver orado e ter sido atendido pelo Pai celeste. O Senhor é soberano, age de muitas formas, deseja o nosso bem-estar. Milagres acontecem na vida do crente em Cristo, e não há como explicar tais ocorrências,  só nos resta agradecer por cada uma delas. O que dizer mais? Orei considerando meu Deus o meu Pai e simplesmente após isso esqueci que havia feito a oração e o milagre aconteceu.

O apóstolo Tiago (capítulo 4 e versículos 1 ao 3) nos ensina a orar e receber a resposta positiva do Pai celeste. Ele escreveu: "De onde procedem as guerras e brigas que há entre vocês? De onde, senão dos prazeres que estão em conflito dentro de vocês? Vocês cobiçam e nada têm; matam e sentem inveja, mas nada podem obter; vivem a lutar e a fazer guerras. Nada têm, porque não pedem; pedem e não recebem, porque pedem mal, para esbanjarem em seus prazeres".

Ao orar ao Pai, o Pai vê quais são as nossas motivações e o nosso jeito de se relacionar com as pessoas em nossa volta, vê se há dentro de nós ambição egoísta, sabe se existe ou não intenção de compartilhar com os irmãos a bênção que solicitamos. Não seremos atendidos caso faltar em nós o amor ao próximo. Ao orar, que o objetivo seja nobre.

Numa pesquisa do grego koiné, sobre Mateus 6.31, vi que os verbos “comer” e “beber” estão restritos ao sentido em português que usamos, porém, “vestir” vai além do sentido de vestuário. O termo (“peribalô”) abrange tanto as roupas quanto investimentos. 

A raiz dessa palavra é “peri”, usado como superlativo, indica figurativamente tempo , assunto e ocasião e lugar; literalmente, conota “circunstância” e “propriedade”.

“Ballõ” é um verbo, significa lançar (-se) com veemência.

Disto, podemos entender que além de “o que iremos vestir?”, a tradução também poderia ser outra, remetendo às situações de trabalho digno, salário justo, residência, estabilidade financeira. Mas observando diversas traduções da Bíblia, os tradutores que consultei, tanto em português quanto em inglês, escolheram verter “peribalô” se referindo apenas às vestes.

E.A.G.

sábado, 12 de maio de 2018

Mateus 6.22-23. Quando as luzes são trevas?


O que você me diz sobre a declaração de Cristo em Mateus 6.22, 23? Está escrito assim: “Os olhos são a lâmpada do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz; se, porém, os seus olhos forem maus, todo o seu corpo estará em trevas. Portanto, se a luz que existe em você são trevas, que grandes trevas serão!” (NAA).

Uma pessoa desabafou mostrando-se entristecida com um irmão que reencontrou por acaso em um estabelecimento comercial. A conversa só causou chateação. Quando quis compartilhar sua bênção de uma porta de emprego aberta, após muito tempo sofrendo desempregado, o tal desdenhou de sua alegria. Também, zombou do seu peso, chamando-o de “gordinho”. 

Eu digo que existe gente magra e saudável e outras magras por motivo de alguma doença; há pessoas obesas saudáveis e outras pessoas pesadas por motivo de enfermidade. Mas tais detalhes não passam pela cabeça de quem está escravizado pelo mau-hábito de falar sem pensar antes. 

É claro que a crítica construtiva é boa. Pois é o reflexo da mente virtuosa. Mas o bom-alvitre recomenda expressá-la somente quando solicitada, para que nunca sejamos inconvenientes.

Vamos refletir: Jesus disse “se a luz que há em você são trevas”?

Esta frase parece não ter sentido algum, é complicado encontrar o significado. Talvez seja uma força de expressão conhecida como hipérbole, o recurso de linguagem que usa o exagero como meio de chamar a atenção. Mas prefiro acreditar que “luzes que são trevas” seja aquela situação em que a pessoa está acostumada com a escuridão, deixa de se sentir incomodada com a falta de luz e não se importa mais com a utilidade que a iluminação representa durante o período noturno. 

Indo da ilustração para a prática, tal lição fala sobre comportamento. Os olhos são figuras de linguagem cujo sentido alude às intenções do coração humano. No caso, ver é o mesmo que estabelecer metas e se esforçar para atingi-las.

Ao cristão, cabe alimentar “objetivos iluminados”, fazer a vontade de Deus no que tange às relações interpessoais. Amar. O amor não faz mal ao próximo e jamais acaba. Portanto, em toda a nossa vida precisamos buscar a luz e vigiar para não nos acostumar com o breu desse mundo que não quer obedecer os mandamentos de Jesus Cristo.

E.A.G

segunda-feira, 5 de março de 2018

Onde estás?

Onde você está?

Esta é a primeira pergunta do Antigo Antigo Testamento (Gênesis 3.9) e também é a primeira pergunta que encontramos no Novo Testamento. (Mateus 2.2).

Em Gênesis, Deus pergunta ao casal, que se escondia do Criador após pecar. A pergunta é retórica, com objetivo de causar uma reflexão sobre o ato de desobediência de Adão e Eva. Entre os atributos do Todo Poderoso, existe a capacidade de estar em todos os lugares ao mesmo tempo e saber sobre todas as coisas e situações o tempo todo. São as qualidades da onipresença e da onisciência.

Em Mateus, a pergunta é formulada pelos magos. Sendo conhecedores das profecias sobre o nascimento do Salvador (Números 24.17 e Miqueias 5.2), ao observarem a estrela de Belém brilhar no céu, logo discerniram que o cumprimento da Palavra de Deus estava ocorrendo. Então eles viajaram do oriente até o palácio de Herodes, querendo saber onde estava o recém-nascido, descrito pelos profetas como o Rei dos Judeus.

Em qual posição você está? Vivemos no mesmo erro de Adão e Eva; e Deus, que é cheio de misericórdia, nos procura com vista à reaproximação? Ou, estamos tal qual os magos, dispostos a estar na presença de Jesus, com objetivo de prestar-lhe nossa adoração?

Vale a pena o auto-exame: espiritualmente, onde você está?

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Briga entre pessoas casadas

No início da relação matrimonial, tudo são flores. Com o tempo, o ninho do casal é lindo, quente, composto de móveis novos, bastante troca de afetividade. Mas, inevitavelmente, o peso da rotina chega e abafa a paixão, se encarrega de trazer boletos bancários, dívidas a pagar... Não é anormal que casais discutam, afinal, são dois seres pensantes, indivíduos que gozam da capacidade de raciocinar. Porém, a discussão não pode virar costume. Nestes momentos de choque de ideias, os exercícios de tolerância e de respeito é que provam se existe disposição em manter o amor aceso entre os dois. 

Ao invés de sustentar o pensamento de separação, o que se tem a fazer é buscar retomar o convívio em paz. Deve haver a reconciliação o mais rápido possível. Ninguém deve sustentar situações de malignidade no laço conjugal. O matrimônio deve permanecer levando-se em conta o texto bíblico: "até que a morte os separe" (Mateus 19.6).

Em momentos de conflito, que haja inteligência para rejeitar o sentimento de orgulho, que o marido despreze a filosofia machista e a esposa as coisas feministas. 

sábado, 22 de julho de 2017

É válido o sacrifício de oferecer a outra face para ser esbofeteada?


Arte: James Tissot
Eliseu Antonio Gomes

Encontramos em Mateus 5.39 a orientação de Jesus de que se recebermos um tapa na face direita devemos oferecer a esquerda. Não se trata de um incentivo para ações de covardia, o Mestre ensina a agir de maneira oposta à vingança, a não fazer a retaliação do “olho por olho e dente por dente” – que na Lei de Moisés só ocorria após o infrator ser julgado e condenado, sendo que a espécie de punição era determinada pelos juízes e jamais pela pessoa vítima da violência (Deuteronômio 19.15-21). 

O problema em lidar com os radicais é esquecer que Jesus manda oferecer a outra face. Dar o outro lado do rosto nunca será sinal de fraqueza ou de se render ao opressor, mas de confiança no Deus que manda amar o inimigo e promete socorro ao servo aflito.

Sabemos bem, Estevão morreu apedrejado... Porém, temos que estar cientes que a morte do crente fiel é apenas o passaporte que o Senhor o dá para entrar no Paraíso, lugar na eternidade de descanso perfeito, paz eterna, saúde constante e outras bênçãos indescritíveis e inimagináveis. Cito o exemplo de Estevão para usar o argumento extremo neste assunto. Porém, em muitos casos, a intervenção divina se apresenta e socorre o oprimido antes que o opressor pratique a maldade que deseja praticar, e até durante a prática do mal, como aconteceu com Sadraque, Mesaque e Abednego, atirados dentro da fornalha de fogo (Daniel 3).


Sou testemunha viva do socorro divino - sem ser merecedor de tamanho auxílio. Deus é o nosso Juiz e dá a resposta na medida justa (Salmo 94; Tiago 4.12).

sábado, 6 de maio de 2017

Conhecimento bíblico, sim. Praticar o que sabe também!

"Bem aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus" - Mateus 5.8.

Ser cristão de verdade não é apenas saber falar de Cristo, mas se esforçar para viver segundo tudo aquilo que Cristo ensinou. Quer o resumo das lições? Abra o Novo Testamento no Sermão do Monte. São apenas três capítulos, que estão em Mateus, dos capítulos 5 ao 7.

E.A.G.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Mateus 18.19 - Resposta ao leitor de Belverede sobre a oração da concordância e a prática de coleta de dízimos entre os cristãos evangélicos


Mateus 18.19: Resposta ao leitor de Belverede sobre a oração da concordância e a prática do dízimo entre cristãos evangélicos
Recebi, por meio da Caixa de Contato deste blog a pergunta de um leitor de Belverede. Considero o questionamento importante e, portanto, salvaguardando a identidade do autor, trago ao público o conteúdo, com o desejo de que indagação e retorno possam gerar edificação aos que encontrarem esta postagem.

Título do e-mail: Texto sem contexto. 
Wellington F. | 17 de novembro de 2016
"Olá, graça e paz!
Sou de Pernambuco, membro da Igreja Assembleia de Deus.
O que me traz aqui é o seguinte: estava lendo um artigo seu na internet que fala a respeito de Mateus 18. Meu pastor, quando fala de dízimo, explica porquê é cobrado e quando era cobrado, até aí tudo bem, concordo. Mas o que ele argumenta para que seja cobrado nos dias atuais é que "Se duas pessoas concordarem a respeito de algo, será feito por Deus.
O que ele fala é fora de contexto ou pode se aplicar ao caso concreto?
Obrigado!"
Resposta:

"Olá.

Sem dúvida, a Oração da Concordância é uma ferramenta poderosa, colocada por Deus ao alcance de todos os cristãos. A eficácia da oração em companhia de outros, quando aqueles que oram estão em pleno acordo e também estão em acordo com a doutrina de cristã quanto à petição, emana da comunhão fraternal. Unidade esta que o Espírito Santo também apresenta em Salmos 133, versículos 1 ao 3:

 “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes. É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre.” (ARA).

A prática de coleta de dízimos entre os cristãos não está proibida nas Escrituras neotestamentárias, Portanto, acredito que há liberdade para o crente em Cristo entregar suas ofertas nesta modalidade de contribuição percentual.

Logicamente, quando o cristão dizimista contribui com os dez por cento de seu salário, esta entrega deve ser realizada com cem por cento de voluntariedade. Se houver pressão de terceiros, entendo que a situação é apenas uma ação religiosa, estritamente carnal e em conflito com a vontade de Deus."

Indo mais além na resposta enviada  ao Wellington, escrevo o seguinte:

1. Sobre este assunto da contribuição financeiras às igrejas, convém meditar em Zacarias 4.6 e Romanos 14.22.

2. Todas as pessoas que negam-se à contribuir, precisam examinar o próprio coração, pois a Palavra de Deus não apóia motivações de avareza (1 Coríntios 6.10).

E.A.G.

Postagem paralela:
Mateus 18.18-19 - bastam apenas que dois concordem na terra para ser feito por Deus no céu? .

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Bem-aventurados os misericordiosos

Bem-aventurado os misericordiosos; Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff. Misericórdia é a capacidade de colocar-se na pele de quem está sofrendo, procurar entender a dor do próximo para poder auxiliá-lo de verdade. O misericordioso perdoa injúrias e ofensas e ainda socorre o ofensor; busca transformar ofensores em amigos e irmãos.
As bem-aventuranças formam um crescendo contínuo, uma cadeia progressiva que descreve como são os filhos do Reino de Deus. Pobreza, choro, mansidão, fome... Reconhecer nossa pobreza evita que a vaidade nos cegue, endureça o coração, impeça-nos de reconhecer os erros e sujeitar-nos ao Criador. Corações endurecidos e rebeldes não concedem misericórdia, nem alcançam a misericórdia de Deus. A graça é para todos os mansos; a lei é para os rebeldes.

O misericordioso perdoa injúrias e ofensas e ainda socorre o ofensor; busca transformar ofensores em amigos e irmãos.

Misericórdia também é a capacidade de colocar-se na pele de quem está sofrendo. É procurar entender a dor do próximo para poder auxiliá-lo de verdade. É procurar entender a dor do próximo para poder auxiliá-lo de verdade. Jesus é sempre o melhor exemplo:sendo Deus, tornou-se hoem e experimentou na pele todas as nossas dores, para então tomar sobre si o castigo que nos estava reservado e trazer-nos paz com Deus.

Nele vemos a misericórdia e a graça lado a lado. Enquanto sua graça nos alcança como pecadores, sua misericórdia nos alcança como sofredores. O misericordioso é alguém atraído pela dor alheia, desejoso de lhe trazer cura.

A indiferença e a falta de perdão matam a alma por dentro. Elas envolvem a alma numa nuvem negra de mágoas, ressentimentos e depressão. São as causas de muitas e graves enfermidades que, não raro, levam à morte. É como o veneno que alguém ingere esperando que, com isso, os outros morram. A alma presa ao arrependimento não consegue ser feliz.

A felicidade vem para os que, livres do egoísmo, abrem-se para o perdão e o amor. Dedicam-se a minimizar a dor dos outros. aquilo que o homem semear, isso ele colherá (Gálatas 6.7).  Quem age com misericórdia encontrará também a misericórdia em farta medida, tanto de Deus quanto dos homens. A vida será graciosa para eles. Deus mesmo se encarregará disso!

E.A.G.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de julho, Curitiba (Luz e Vida). 

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Bem-aventurados os mansos


Os mansos não covardes, não são fracos, não são imbecis. Eles são equilibrados o bastante para exibirem coragem, força e inteligência quando existe objetivo nobre e momentos necessários.
Para encontrar a felicidade, Jesus também nos ensina que devemos ser mansos. A mansidão não nos atrai. Vemos o manso como fraco, tímido, sem personalidade, um pau-mandado. O mundo procura a autoafirmação, jamais a mansidão! Muitos são gentis, subservientes e educados apenas por medo ou carência emocional. Mas a mansidão mencionada por Jesus é bem diferente.

O manso é alguém cujo coração foi tratado  a tal ponto que deixou de agir como escravo, toornou-se príncipe. Ele encontrou o tesouro verdadeiro em seu coração, em seu caráter. Essa é a verdadeira força. Então o manso descobre que é capaz de vencer e subjugar inimigos antes invencíveis. Mas ele não se deixa corromper pela experiência do poder.

O escravo, ao alcançar o poder, torna-se tirano e escraviza todos. Ele pode ser temido, mas não é respeitado. Cedo ou tarde vem a sua ruína e desprezo. Ele pode prevalecer pela violência, esperteza, sagacidade ou por ser duro como o ferro. Mas é somente a força de caráter que fará com que seja respeitado, admirado e seguido.

O manso é um príncipe: serve à comunidade aliviando o sofrimento, não o multiplicando. Ele é gentil e amável, não por falta de opção, mas por escolha. Não se torna violento mesmo diante da provocação e injustiça. Não revida, não é ríspido, olha o ofensor com compaixão e misericórdia. A mansidão genuína exige muita coragem e confiança em Deus para abrir mão dos seus direitos.

Eles dizem, como Jesus: "Não seja o que eu quero, mas o que tu, ó Deus, queres" (Mateus 26.42). Por render-se à vontade de seu Senhor, o manso é grandemente usado. Ele vive para servir, acima de tudo, ao seu Criador.

Ele é feliz porque encontrou descanso em Deus. Não tem outro cuidado senão cumprir a vontade de seu Senhor. Ele herdará a terra. Os violentos deste mundo mundo destroem-se mutuamente e desaparecem, mas os mansos, protegidos por Deus, permanecem. A terra que Deus lhes promete está neste mundo, mas também no céu. Lá reinarão juntamente com o seu Senhor. 

O maior exemplo de mansidão é Jesus, o Filho de Deus, Criador dos Céus e da Terra. Bastava-lhe proferir uma palavra e todos os que o injuriavam morreriam imediatamente, mas, em vez disso, orou: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" e abriu mão dos seus direitos para se tornar o nosso Salvador.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de maio, Curitiba (Luz e Vida).

sábado, 12 de março de 2016

Bem-aventurados os pobres de espírito

Bem-aventurado os pobres de espírito (  ). Menina descalça, com pés no gramado, vê lagarta sobre folha em planta no jardim. Ilustração de Donald Zolan.
Jesus falou: "Felizes são os pobres de espírito". Estranhamos estas palavras; achamos que felizes são os ricos, belos, habilidosos, inteligentes, os que não precisam de nada, nem de ninguém.

"Pobre", indica alguém que não tem absolutamente nada, Jesus não diz que pobre é santo por ser pobre, mas fala do homem que reconhece que depende de Deus para tudo.

Não é o "ter" e o "fazer" que definem  sua identidade e valor; não são suas posses nem suas habilidades, mas o caráter. Devemos viver para Deus e seu Reino, não para nós mesmos. Jesus nos convida a reconhecer nossa dependência dEle. A felicidade, segundo Cristo, começa quando deixamos tudo para segui-lo. Quando todos os recursos somem e nada mais pode ser retido, quando a salvação não pode vir de suas mãos, então o homem pode encontrar a felicidade. O pobre de espírito entende que sua vida não tem propósito fora do Criador. Não há um só recurso que não tenha origem no Criador; nem sequer existiríamos sem Ele.

"Pobreza de espírito" também indica o reconhecimento de que há em nossa vida, coisas que gostaríamos de apagar. Os humildes de espírito se deixam ensinar; reconhecem que precisam de cura e não justificam seus erros. Reconhecer as suas falhas é o início de um processo de cura e libertação interior. Pobreza espiritual é arrependimento na forma mais profunda.

Os pobres de espírito são aqueles que se rendem a Deus. Para eles, Deus é o real tesouro. Deles é o Reino dos Céus, o qual acontece sempre onde prevalece a vontade divina. Se o ego impera, não há Reino. Somente quem reconhece sua condição de pobreza deseja render-se a Deus e ao seu Reino. E onde a vontade de Deus se cumpre, ali há vida, ordem, paz, propósito e felicidade. Felizes são os pobres de espírito.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de março, Curitiba (Luz e Vida). 

quarta-feira, 9 de março de 2016

7 detalhes que precisamos considerar em Mateus 6.33


"Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? (Pois a todas estas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso. Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal" - Mateus 6.27-34.

"Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? (Pois a todas estas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso. Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal" - Mateus 6.27-34.

Detalhes que precisamos considerar sobre Mateus 6.33.

1. Jesus nos ensina a amar a Deus em primeiro lugar, orienta a buscar seu reino e a sua justiça, e afirma que ao adotar estas duas prioridades as coisas necessárias nos serão acrescentadas.

A lição não é um incentivo a contentar-se com a pobreza, diz que é preciso confiar em Deus em tempos de crise, sabendo que Ele não deixará faltar alimentos e vestuário, é um alerta importante contra a estar em ansiedade constante e em ganância exagerada.

2. Buscamos e amamos a Deus em primeiro lugar, ou temos Deus em nosso coração no mesmo patamar das riquezas, ou até abaixo das riquezas? O que é mais importante para nós, a bênção ou o Abençoador?

3. Cuide-se para que a espiritualidade não seja trocada pelo sentimento materialista. A pessoa espiritual discerne bem tudo e de ninguém é discernida, mas quem busca, desesperadamente, só coisas dessa vida é o mais miserável dos homens (1 Coríntios 2.15; 15.19).

4. Não despreze a prosperidade que Deus reserva para você (Eclesiastes 3.11-13; 5.18-19). É preciso ser fiel a Deus em tempos de alegrias e farturas, como nos ensinou o apóstolo Paulo em Filipenses 4.12;

5. Paulo também ensinou que o desejo de ser rico é sempre um risco na vida do cristão, principalmente se este cristão for um pastor, como era o caso do jovem Timóteo (1 Timóteo 6.9);

6. É preciso vigiar para não se tornar uma pessoa avarenta. Avareza é idolatria. Idólatras, avarentos, não entrarão no céu (Colossenses 5.5);

7. O acúmulo de dinheiro atrai doenças (Eclesiastes 5.13).

E.A.G.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Mateus 5.4 - Bem aventurado aquele que chora?


Sermão do Monte: Bem-aventurados aqueles que choram.

Parece sem sentido esta declaração, pronunciada por Jesus. Como pode alguém ser feliz, se tem motivos para derramar lágrimas? Muitos crentes choram, mas têm dentro de si o Consolador, o Espírito Santo. É por este motivo que conhecem a bem-aventurança, a felicidade, mesmo quando o momento é de grande lamentação. Infelizes, realmente infelizes, são aqueles que sofrem sem conhecer a Jesus Cristo, pois não há o consolo divino que os faça ter a dor aplacada pelas Mãos Divinas.

E.A.G.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Mateus 5.8 - Cristão limpo, cristão limpo

"Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus" - Mateus 5.8. Sermão do Monte e a conversão de Mateus.
“Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus” -Mateus 5.8.

Bem-aventurados, ou felizes, os puros lá no íntimo do seu ser. Tal estado de pureza não é visto pelos homens, mas é visível para Deus, e por este motivo receberão as recompensas gloriosas do futuro, no céu.

Jesus limpa o coração do pecador arrependido: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”- 1 João 1.9.

Mateus era um publicano (cobrador de impostos), estabelecido em Cafarnaum ao serviço do governo romano ou de Herodes. Quando Jesus chamou-o para segui-lo, estava assentado na coletoria e posteriormente foi contado entre os doze apóstolos (Mateus 9.9; 10.3). Jesus ao receber um publicano em sua companhia, animou outras pessoas de classes desprezíveis da sociedade a segui-lo também. Isto é evidenciado por ocasião do banquete que Mateus deu a Jesus, logo após a sua conversão, quando a presença de muitos publicanos e pecadores provocou críticas por parte dos fariseus, que os consideravam indignos, cerimonialmente sujos. A eles Jesus disse: “Eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores ao arrependimento” – Mateus 9.13.

Mateus, nome pelo qual também é conhecido o primeiro Evangelho na ordem canônica, escrito no idioma dos judeus com o objetivo de atingir a leitores que prezavam pelo Antigo Testamento, apresentou Jesus Cristo como o Messias predito pelos profetas. Provavelmente, escreveu-o em Antioquia. Depois o conteúdo foi traduzido para o grego. O conhecimento que os escritores pós-apostólicos tinham deste texto indica que teve larga aceitação assim que foi divulgado.

E.A.G.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Nenhuma pedra sobre pedra

A destruição do templo de Jerusalém.
Tela de Francesco Hayez 


"O Senhor está no seu santo templo, o trono do Senhor está nos céus; os seus olhos estão atentos, e as suas pálpebras provam os filhos dos homens" - Salmo 11.4.

O templo é considerado como o protótipo terreno de um arquétipo celeste. A presença de Jeová em seu templo na terra não exclui sua presença nos céus, devido ao seu atributo da onipresença.

O período do primeiro templo

A construção do primeiro templo judaico ocorreu durante o reinado de Salomão, e concluída em 957 a. C. A extensão do edifício era menor que a extensão do pátio.

O templo foi construído para ser um domicílio para a Arca, que antes era posta em tenda, e um lugar para as pessoas adorarem a Deus. A tenda e o templo serviam como meios de comunicação com Deus e como uma relação visível entre Deus e Israel (Êxodo 29: 42-46; 1 Reis 8.4).

Este templo foi derrubado em 587 a.C., quando os babilônicos atacaram Israel e levaram os judeus para o exílio.

A profecia de Miqueias

"Portanto, por causa de vós, Sião será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de pedras, e o monte desta casa como os altos de um bosque" - Miqueias 3.12.

Durante o reinado de Ezequias, Miqueias, cheio de sabedoria, coragem e revestido pela força do Espírito, bradou contra os maiorais de Judá - o rei, os sacerdotes e os falsos profetas -, porque eles eram corruptos e executavam a maldade e se esqueciam da bondade e do direito, por abusarem da autoridade contra o povo.

Naquela geração, a vigência do ministério de Miqueias ocorreu entre 750 e 686 a.C., os sacerdotes e falsos profetas faziam uso da religião para servir-lhes a uma ação pervertida, embora seja o mundo e nunca Deus, o fundamento sobre o qual repousam todas as atitudes perversas. Os sacerdotes deveriam instruir o povo corretamente, pois, com base na Lei de Moisés, para isso eram sustentados dignamente e assim poderiam viver com honra e conforto, mas eles não se satisfaziam com a boa condição estabelecida por Deus e ensinavam de maneira relaxada a audiência e vendiam oráculos para qualquer um que quisesse comprá-los, com o objetivo de ganhar dinheiro. E os profetas fajutos, com interesse de receber benesses em troca, entregavam mensagens agradáveis às autoridades e gente comum do povo, afirmando que tais mensagens mentirosas vinham da parte do Senhor.

Então, ousadamente, Miqueias levantou-se contra este estado de coisas deploráveis, emitiu a sentença divina contra os corruptos e corruptores, afirmando que Sião seria lavrada do mesmo modo que um campo de plantação e seus edifícios seriam queimados até o chão. A profecia não se cumpriu naquele tempo porque ocorreu o arrependimento de Ezequias e do povo. Mas, muitos observam que tal profecia se cumpriu literalmente, na destruição de Jerusalém quando os romanos a invadiram no ano 70 d.C.

O Período do segundo templo

Em 538 a.C, Ciro, o fundador da dinastia aquemênida da Pérsia e conquistador de Babilônia emitiu uma ordem permitindo que os judeus exilados voltassem a Jerusalém para reconstruir o templo. O trabalho foi concluído em 515 a.C.

Antes de os israelitas serem exilados em 587 a.C., o termo "judeus" era considerado apenas como uma nacionalidade, mas após o retorno o judaísmo passou a ser visto também como uma religião. Durante os domínios persa e cultura helenística, os rituais do templo foram respeitados e em parte subsidiado por governantes estrangeiros, de 539-333 por governantes persas.

Em 333 a.C., Alexandre o Grande conquistou a Palestina e o judaísmo sofreu com a influência helenística.

Em 169 a.C., Antioco Epifânio saqueou e profanou o templo ordenando sacrifícios a Zeus em um altar construído por ele, desencadeando a revolta de Judas Macabeus.

O templo construído por Herodes

De grande importância foi a reconstrução do segundo templo. Começou por Herodes, o Grande, rei  da Judeia. A construção começou em 20 a.C. e durou 46 anos. Voltou a ser o centro da vida israelita. Não foi apenas o foco do ritual religioso, mas também o repositório das Escrituras Sagradas e literatura nacional e local de encontro do Sinédrio, o mais alto tribunal da lei judaica durante o período romano.

Durante a conquista romana  (63 a. C.), Pompeu entrou no Santo dos Santos, mas deixou o templo intacto. Em 54 a.C., Crasso saqueou o tesouro do templo.

A profecia de Jesus

"Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada" - Mateus 24.2. Jesus Cristo, ao sair com seus discípulos do interior do templo, estando com eles no pátio do mesmo, comentou sobre a destruição de Jerusalém e daquela monumental construção de Herodes, aludindo à profecia de Miqueias (3.1-11).

O templo era o lugar de adorar a Deus e oferecer sacrifícios. O Mestre não era contra o templo, que simboliza a relação do Senhor com seu povo, a fala do Mestre deve ser relacionada com a cena em que Ele expulsou os vendedores da casa de Deus e os acusou de transformá-lo em esconderijo de ladrões (Mateus 21.13).

Aos discípulos que o acompanhavam, quis explicar-lhes que não deveriam esperar a restauração do reino de Davi, que a demolição do prédio não significava o final do relacionamento entre Deus e as pessoas, pelo contrário, era o começo de uma relação mais profunda de amor eterno, não mais baseada em rituais de sacrifícios de animais, mas na fé, cuja estrutura não é construída de pedras, não é física, é espiritual.

A destruição do segundo templo ocorreu durante a rebelião contra o domínio romado sobre Israel. Em 70 d.C, os romanos, comandados por Tito, destruíram completamente Jerusalém e os edifícios do templo. Através de escavações arqueológicas em 1968, descobriu-se que até mesmo as pedras - algumas delas mediam 11,5 metros de cumprimento; 3, 7 de altura; e e 5,5 de altura - foram derrubadas pelos invasores e separadas umas das outras à força, para achar as sobras das folhas de ouro do teto que se derreteram quando o templo foi incendiado.

Templo é dinheiro?

Como cristão é importante frequentar um templo evangélico, para confraternizar com outros cristãos, e ser contribuinte, contribuir financeiramente para que haja a manutenção do templo e possa haver obras sociais, iniciativas de evangelismos e missões transculturais.

Em determinadas denominações do meio cristão, é de assustar o que temos observado. Deus, que é Senhor e deve ser tratado como tal, é apresentado como se fosse servo, o garçom remunerado para atender aos desejos das classes média e baixa, afundadas em dívidas, insucessos nos negócios e que procuram ascender economicamente; e, ainda, como o terapeuta que presta serviços, se for pago, aos que estão em conflito amoroso.

Logicamente, cremos que  Deus é o nosso "socorro na hora da angústia" (Salmo 46.1). Mas, é necessário declarar que Deus não pede dinheiro para realizar milagres, espera a conversão genuína e o sincero arrependimento dos pecados. O socorro material e financeiro, o amparo às frustrações emocionais, amorosas, psíquicas, relacionais e até espirituais são encontradas em consequências de estar aos pés de Cristo.  Sendo Deus o nosso Senhor e não o nosso subalterno,  a resposta de nossas orações nem sempre são exatamente da maneira que esperamos,

Sim, quando usamos fé e praticamos os ensinamentos da Bíblia, quando as Escrituras não são manipuladas tirando textos de seus contextos, todo cristão é um verdadeiro vencedor em Cristo. Contudo, a vitória não significa alcançar todos os sonhos, mas, sim, tudo o que necessitamos.

A busca da vitória sobre os males não pode ser vinculada às entregas de dinheiro, ofertas e dízimos entregues nos templos. Esta estratégia, adotada por alguns pregadores, para incentivar a arrecadação da contribuição financeira, é antibíblica e anticristã. Jesus e os apóstolos nunca propuseram a troca de favores divinos por dinheiro, e não orientaram a fazer esta proposta como condição para orar e curar enfermos ou libertar endemoninhados.

O templo: habitação de Deus

"Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" - 1 Coríntios 3.16. Em sua carta aos crentes de Corinto, Paulo informa que cada cristão é um templo do único Deus vivo. Tal qual Deus se fez notado no templo judaico, tomou possessão dele por meio da nuvem que era o símbolo da sua presença entre os judeus, de igual modo Cristo, pelo seu Espírito habita em todos os verdadeiros cristãos. Isto é, os cristãos são santos pela fé e devem ser puros e limpos tanto no coração quanto nas conversas. Todos os cristãos são separados do mundo e apartados para Deus e para sua obra. Portanto, o seguidor de Cristo deve abominar e evitar tudo aquilo que contamina a degrada o que deve ser consagrado a Deus.

"Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta. O céu é o meu trono, e a terra o estrado dos meus pés. Que casa me edificareis? diz o Senhor, ou qual é o lugar do meu repouso?" - Atos 7.48-49. Aos seus algozes, Estevão fez saber que a glória de Deus não está restrita aos templos edificados por seres humanos. Ainda que o templo físico seja posto por terra, a glória do Senhor permanece intocável.

"O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens" - Atos 17.24. Paulo, ao discursar aos atenienses idólatras, metidos no politeísmo, os convidou a adorar o único Deus vivo e verdadeiro, que criou o mundo e o governa. Argumentou que pelas operações de uma força infinita, de acordo com a existência de uma sabedoria infinita, no início dos tempos, Deus fez o mundo e tudo que nele existe. Apenas Deus é o Senhor do céu e da terra, isto é, o legítimo dono e possuidor de todos os seres, poderes e riquezas do mundo superior e inferior, material e imaterial, visível e invisível.

Enfim, todo aquele que reconhece a Jesus Cristo como Senhor e Salvador pessoal, necessita reconhecer que o seu coração é a morada do Deus Altíssimo, e que para glorificá-lo necessita manter-se afastado das práticas desse mundo contaminado com sentimentos egoístas, perversos, negativos.

E.A.G.

Com informações de:
Bíblia de Estudo NVI,  páginas 1657, 1658, 1704, São Paulo, edição 2003, (Editora Vida).
Bíblia de Estudo Matthew Henry, página 1349, 1350, 1730, 1856, edição 2015, Rio de Janeiro (Editora Central Gospel).
DeliriumsRealm - Essays on Good & Evil,  Brief History of Judaism, www.deliriumsrealm.com/brief-history-judaism/ 

domingo, 13 de dezembro de 2015

Mateus, o Evangelho do reino de Deus

Autoria e data

Segundo a tradição (Papias de Hierápolis, 155 d.C, o autor do livro é Mateus (em hebraico, homem fiel), também chamado pelo nome Levi (Mateus 9.9, 10; Marcos 2.13-15; Lucas 5.27-29). Ignácio (115 d.C.) reconhecia esse Evangelho como de autoria de Mateus.

Como escritor, Mateus oferece um estilo metódico. Apresenta uma alternância surpreendente de grandes blocos de discursos voltados para o ensino e seções narrativas. Ao final de cada seção há um modo elaborado com o propósito de unir o material narrativo com a seção de ensinos formando uma sequência natural (conferência: Mateus 7.28; 11.1-7).

Quando foi chamado entre os doze apóstolos, Mateus era publicano, ou cobrador de impostos, provavelmente sua função era receber direitos alfandegários perto do mar da Galileia.

A data do Evangelho de Mateus deve ser posterior da de Marcos, sendo o mais tardar em 68. d.C. As expressões "até ao dia de hoje"(27.28; 28.15) indicam um período de tempo substancial entre os eventos no livro e a ocasião em que foram escritos.

Propósito

O Evangelho de Mateus, segundo informação de Papias, adaptava-se, e ainda hoje de adapta, para convencer os judeus sinceros que Jesus de Nazaré é o Messias prometido no Antigo Testamento.

Mateus é um judeu escrevendo para judeus. O apóstolo é reconhecido como um habilidoso editor que esforçou-se para dispor o material narrativo disponível em uma forma mais conveniente para o uso litúrgico da comunidade cristã. Também, fez registros com objetivo apologético, visando municiar os cristãos com citações das Escrituras que os ajudassem a fazer frente às críticas contra o cristianismo.

O autor escreve sob um ponto de vista definido: ele pretende mostrar que os eventos principais na vida de Jesus aconteceram  em cumprimento às profecias do Antigo Testamento. Assim, introduz citações diretas do texto hebraico por meio da fórmula "para que se cumprisse". A expressão parece ter feito parte de uma coleção prévia e ilustra a forte convicção dos cristãos sobre o elo íntimo existente entre o cristianismo e o Antigo Testamento.

Características

O Evangelho de Mateus foi o mais usado nas primeiras gerações de cristãos, conforme o demonstram citações encontradas em escritores cristãos primitivos. A obra tem exercido grande apelo ao longo da História Cristã, e uma das razões para isso é a narrativa do Sermão do Monte.

Alguns autores descrevem o Evangelho de Mateus como uma biografia teológica. Também, é observada a aplicação para fins litúrgicos, que pode ser verificada a partir de uma análise do seu propósito e estrutura.

O esboço do livro:

A ordem da matéria desse evangelho não é cronológica. Os assuntos são apresentados em grupos: discursos (Sermão do Monte. capítulos 5, 6 e 7); os milagres (capítulos 8 e 9); as parábolas (capítulo 13); a denúncia dos fariseus (capítulo 23); a profecia da destruição de Jerusalém e o fim do mundo (capítulos 24 e 25).

I - O primeiro período em duas partes (capítulos 1 e 2):
a. o nascimento, a infância e a juventude de Jesus;
b. o silêncio biográfico.

II - O segundo período (capítulos 3 e 4), aproximadamente de seis meses, entre 27 e 29 d.C., abrange o auge do ministério de João Batista e sua pregação; assinala o batismo e a tentação de Jesus; o começo do ministério de Jesus em várias partes da Palestina; a chamada dos primeiros discípulos.

III - O terceiro período (capítulos 5 ao 18), aproximadamente em 27-29 d.C., tempo do ministério de Jesus na Galiléia, inclui excursões dentro de territórios circunvizinhos, assinala o Sermão do Monte, milagres, parábolas, a confissão de Pedro, a transfiguração.

IV - O quarto período (capítulo 19 ao 20), de seis meses, aproximadamente em 29 d.C. narra sobre o ministério de Jesus em várias partes da Terra Santa, o Mestre enfatizando na sua pregação, sua morte e ressurreição e que a sua crucificação estava próxima.

V - O quinto período (capítulos 21 ao 28), relata a semana da paixão, ressurreição, as aparições e a ascenção de Jesus, salientando-se a sua entrada triunfal em Jerusalém, várias parábolas, seu discurso contra os escribas e fariseus, seu sermão profético, a última páscoa, a ceia do Senhor Jesus no jardim do Getsêmane, a traição, Jesus perante as autoridades do sinédrio e do governo, a crucificação, Jesus no túmulo, a ressurreição, as aparições.

O Sermão no Jardim das Oliveiras (24.1 - 25.46) predisse a destruição de Jerusalém em 70 d.C.

Conclusão

O Evangelho termina com uma instrução e desafio para ir ao mundo e fazer discípulos; o evangelho não é apenas para os judeus, mas para todos os povos. Mas esta instrução não é a última. A declaração final é a tranquilizadora "eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (28.20).

E.A.G .

Toda a Bíblia em um ano: Mateus a Filipenses, volume 3, Darci Dusilek, páginas 12-14, 9ª edição, 2013, Rio de Janeiro (Horizontal Editora).
Bíblia Sagrada com dicionário e concordância - gigante; apêndice: Conciso Dicionário Bíblico (Ilustrado), páginas 299, 300; 2ª edição, 2013, Santo André/SP (Geográfica Editora).

sábado, 24 de janeiro de 2015

As famílias e a providência divina

"Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos" - Mateus 10.29-31.