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domingo, 27 de janeiro de 2019

Elias, o tisbita


A lição nº 2 da revista Lições Bíblicas, comentada pelo Pr. José Gonçalves, professor de teologia, vice-presidente da Comissão de Apologética da CGADB, nos faz refletir que Deus usa pessoas simples para missões importantes.

Quem era Elias?

Além do profeta, existem outros três personagens bíblicos chamados Elias. O primeiro deles era sacerdote benjamita (1 Crônicas 8.27) . O segundo e o terceiro foram um sacerdote e uma pessoa leiga nas coisas religiosas, que se casaram com mulheres estrangeiras (Esdras 10.21, 26). 

Exceto a referência ao profeta em 1 Reis 17.1, que nos informa que Elias era tisbita, um dos moradores de Gileade, não há informação sobre seu passado, nem se quer os detalhes de seu chamado ministerial e informações sobre sua família. Ele aparece nas páginas das Escrituras Sagradas de maneira repentina e sem introdução pormenorizada.

O ministério de Elias pode ser descrito como determinado pelo Espírito Santo através de grandes ações impactantes. Ele é precursor dos profetas escritores, as suas mensagens antecipam os oráculos de Amós e Oséias, traz à memória dos israelitas a necessidade de adoração exclusiva ao Senhor e os padrões de retidão contidos no Código Mosaico. 

Comparações entre Moisés e Elias 

A vida de Elias é comparada em muitos aspectos com a de Moisés.  

No Antigo Testamento, o Monte Sinai também é conhecido como Monte Horebe. O episódio da passagem de Elias na região é bastante relevante e fortalece o paralelo entre ele e Moisés, que viveu no mesmo local experiências extraordinárias com Deus.  

Os ministérios de Moisés e de Elias foram marcados com a presença do fogo (Êxodo 13.21; 19.18; 24.17; Números 11.1; 16.35; 1 Reis 18.38; 2 Reis 1.10, 12).

O fim da jornada terrestre de Moisés é cercada de mistério, de igual modo existe uma aura misteriosa ao fim da caminhada de Elias (Deuteronômio 34.6; 2 Reis 2.11).

Elias recebeu o acompanhamento leal de Eliseu e por ele foi precedido, assim como Moisés teve como companheiro de jornada o amigo Josué, que o substituiu em seu ministério (Deuteronômio 34.9; Josué 4.14; 2 Reis 2.14).

Referências neotestamentárias

Malaquias profetizou que Deus enviaria Elias antes do grande e terrível Dia do Senhor (4.5, 6). Jesus Cristo esclareceu que essa profecia fazia referência à semelhança de ministerial entre Elias e João Batista, à maneira direta como ambos se comunicavam e à simplicidade como viviam e se vestiam (Mateus 11.14; 17.12).

É importante comentar o seguinte: O profeta Elias reapareceu em pessoa no monte da transfiguração, ele é citado pelo próprio Jesus Cristo. Confira em Marcos 9.4 e Lucas 4.25, 26. As Cartas apostólicas também o citam. Ver Romanos 11.2-4 e Tiago 5.17-18.

E.A.G.


Elias, o profeta servido por corvos à margem do riacho de Querite


O MINISTÉRIO DE ELIAS

No capítulo 17 do primeiro livro de Reis, entra no olhar dos leitores das Escrituras Sagradas um dos mais importantes personagens do Antigo Testamento, o profeta Elias (que viveu, aproximadamente, entre 874 a 852 a.C.). Seu nome significa “meu Deus é o Senhor”, e correspondia a característica de seu ministério, ele foi designado a declarar a Israel, que o Senhor é Deus e não há outro. A sucessão de fatos de sua vida está registrada nos capítulos 17 a 19 e em 2 Reis, capítulos 1 e 2.

A DECADÊNCIA RELIGIOSA DE ISRAEL 

Quando Elias surgiu, a situação espiritual em Israel era calamitosa, o país prosperava em termos políticos, mas perdia sua comunhão com Deus. Naquele tempo, o rei Acabe, influenciado por sua esposa Jezabel, havia colocado o ídolo Baal em lugar do Deus verdadeiro. Portanto, era ilegal exercer o ministério de profeta do Senhor e a adoração a Baal era requerida por lei. O povo “acreditava” no Senhor, porém sob pressão “dobrava os joelhos” em adoração a Baal. Era necessário demonstrar a falsidade de Baal e a existência do único Deus vivo.

BAAL: “MESTRE” E “SENHOR”

A chamada de Elias trouxe à tona a verdade sobre Baal, o mais conhecido dos deuses cananeus (1 Reis 16.32). Cego, mudo e inanimado, porém considerado o deus da fertilidade, era atribuído a ele o crescimento do número de crianças na comunidade. Apregoava-se que era o responsável pela germinação das colheitas, pelo aumento dos rebanhos. Era adorado como deus da chuva e como vencedor da morte.

O culto a Baal constituía de prostituição religiosa, masculina e feminina.

ACHADO ARQUEOLÓGICO SOBRE O CULTO A BAAL

O Instituto Oriental da Universidade de Chicago, auxiliado pelo governo da Palestina, em 1924, adquiriu o direito de escavar a Colina de Megido. Sistematicamente, uma equipe escavou e removeu muitas camadas de terra, registrando e preservando tudo que era avaliado como peça de valor histórico.

Nas proximidades do templo de Acabe, o Instituto encontrou as ruínas do templo de Astarote, deusa esposa de Baal e também o templo de Baal. A poucos passos dos templos de Astarote e Baal havia um cemitério, onde encontraram muitos jarros contendo despojos de crianças sacrificadas no dito templo. Daí, a conclusão de que os sacerdotes de Baal serem assassinos de criancinhas, o que esclarece a matança deles pelo profeta Elias, na narrativa de 1 Reis 18.

 Manual Bíblico Henry H. Halley, páginas 184 192, 193. Edição de 1994. São Paulo /SP (Edições Vida Nova).

ELIAS E O PENTATEUCO

As chuvas de outono e o orvalho de verão eram necessários para as colheitas de Israel. O Senhor havia avisado que faria cessar a precipitação de águas das nuvens e o orvalho noturno e das madrugadas sobre a plantação, se o povo se desviasse dEle para servir a outros deuses (Levítico 26.19-8-19; Deuteronômio 11.16-17; 28.23-24).

Neste cenário, o ministério de Elias começa um tanto abrupto. Corajosamente, o profeta não manda recado, não fala aos ouvidos do povo, em pessoa ele comunica o juízo divino ao rei Acabe, que matava os profetas do Senhor enquanto os profetas pagãos sentavam-se à mesa do monarca. Deus determinou que a seca e que a fome deveriam durar três anos e meio na terra de Israel, então, Elias prediz esta grande seca e um longo período de fome, com o qual Israel seria punido pelos seus pecados de idolatria.

Elias orou pela seca e Deus respondeu sua oração, não houve chuva do céu durante três anos e seis meses conforme escreveu Tiago em sua carta (5.17). Diante deste fato, muitos israelitas de coração endurecido pereceram, o gado morreu e a vegetação se transformou em pau e palha.

A RECLUSÃO DO PROFETA

Naquela época, a missão dos profetas de Deus era condenar o pecado e o culto pagão dos israelitas. Os profetas não estavam vinculados ao palácio e nem ao templo judaico, então, o sustento deles dependia totalmente da providência de Deus e da sua comunidade de discípulos.

De acordo com a vontade do Senhor, Elias deveria se dirigir à beira do riacho de Querite, cujas correntes desaguavam no rio Jordão, próximo ao mar Morto. O Senhor determinou que o profeta fosse e permanecesse ali, para receber sua provisão sobrenatural, muito semelhante ao maná e às codornizes durante as peregrinações de Israel pelo deserto (Êxodo 16.13-36).

Às margens do Querite, era possível a Elias saciar sua sede com suas águas correntes, esperasse duas vezes ao dia pão e pedaços de carne trazidos por corvos, seus improváveis fornecedores alados, enviados pelo Criador. Havia condição para que o profeta pudesse aproveitar seu tempo meditando sobre as coisas celestes e orando. A provisão era boa e abundante, embora não fosse um banquete o profeta aprendeu a ficar contente com a providência divina. Assim, enquanto a nação sofria com as dificuldades de beber e comer, o profeta tinha água e alimento suficientes.

A ATUAÇÃO DOS CORVOS

As Escrituras Sagradas narram que Elias foi sustentado por corvos. Infelizmente, existe quem duvide que o Criador proveja sustento aos seus servos de modo fora do comum ou do natural, quando a ocasião é necessária. A palavra hebraica que encontramos em 1 Reis 17.4 é “oreb” (referência 6158 na Concordância de Strong), cuja tradução aos idiomas que a Bíblia Sagrada está traduzida, é “corvo”, inclusive à Língua Portuguesa.

O Senhor é o Criador de todas as coisas, Ele tem controle total sobre os elementos que criou; assim Ele possui controle absoluto sobre as aves dos céus e tudo o mais que existe. 

Devido a seca, o Querite secou. Após a experiência com as aves de rapina, Deus dirigiu Elias até a viúva de Sarepta (cidade em que nos dia de hoje localiza-se o Líbano). Ali, uma mulher estrangeira, desconhecida e pobre, teve a sua fé usada pelo Senhor para a multiplicação da farinha, que serviu como sustento a Elias, para ela mesma e ao filho, por três anos (1 Reis 17.8-24; 18.1).

DEUS DOS IMPOSSÍVEIS

Muitas vezes, a forma de Deus agir está além da lógica humana. Pois, Ele “escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes. E Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são, a fim de que ninguém se glorie na presença de Deus” – 1 Coríntios 1.27-29”.
De acordo com Salmos 147,9 e Jó 38,41, Deus se ocupa em alimentar até os filhotes dos corvos. Se Ele ouve até os filhotes de corvos quando clamam, não se preocupará com os seus próprios filhos (Mateus 7.9-11). Jesus disse: “Observem os corvos, que não semeiam, não colhem, não têm despensa nem celeiros; contudo, Deus os sustenta. Vocês valem muito mais do que as aves!” – Lucas 12.24.
O Criador preparou um grande peixe para transportar Jonas, salvando-o de afogar-se em alto-mar e para que profetizasse em Nínive; também usou um pequeno peixe que vivia nas águas do mar da Galileia fazendo-o engolir uma moeda com o objetivo de que a moeda chegasse às mãos de Pedro e com ela Pedro pagasse aos romanos o seu tributo e o de Jesus (Jonas 1.17; Mateus 17.24-27).
O Criador usou o canto do galo para despertar a consciência de Pedro, quando este estava enfraquecido na fé (Marcos 14.72).
O Criador usou um jumento, dando-lhe o poder de falar, para que o animal repreendesse Balaão, que se encontrava repreensível; usou um jumentinho como meio de transporte para que Jesus entrasse em Jerusalém (Números 22.27-31; Lucas 19.28-38).
De acordo com 1 Reis 17.4-6, o leitor da Bíblia aprende como Deus trabalha de forma imprevisível para dar bênçãos aos seus servos. Ele age como não imaginamos; realiza fatos onde não haveria nenhuma ocorrência positiva; é responsável por acontecimentos com quem pensamos que nada de bom aconteceria. Quem imaginaria que Deus usaria corvos como garçons do profeta Elias?

OBJETIVOS DO CRIADOR

Tudo o que Deus faz tem um propósito definido. No caso do episódio dos corvos, ao trazer alimentação para Elias duas vezes ao dia, o Senhor quis provar de maneira inequívoca que é o Todo Poderoso. Nesta ocasião, o sustento do profeta em tempo de estiagem mostra a intenção do Criador em se revelar como provedor de seus servos. No mesmo capítulo, Ele mostra ser o Deus que vence a morte ao ressuscitar uma criança e no capítulo 18, através de Elias, desafia quatrocentos profetas de Baal e os vence quando o fogo desce sobrenaturalmente do céu e os consumiu.

CONCLUSÃO

Se confiarmos nas promessas de Deus, haver em nós a convicção sobre a providência de recursos, como demonstrou Elias ao obedecer a ordem de ocultar-se nas proximidades do riacho conhecido como Querite, teremos a garantia de sua provisão.

Elias confiou em Deus para responder às suas orações. Em resposta à confiança de Elias, Deus manifestou-se com os milagres espetaculares registrados na Bíblia Sagrada. Quantas vezes as pessoas afirmam que estão comprometidas com Deus e dizem confiar nEle mas se recusam a tomar posição firme quando é o momento de exercer a sua fé?

Deus não era a causa das dificuldades do povo israelita, eles é que eram a causa por quebrarem o pacto com o Senhor. Enquanto o pecado continuou em Israel, não houve bênção sobre o povo rebelde. A fé em Deus requer não só que digamos que cremos e confiamos nEle mas também que coloquemos realmente nosso o coração, nossa alma e o corpo em suas mãos. Longe de Deus o tempo se fecha e densas trevas cobrem a vida. Só o arrependimento pode trazer de volta as chuvas de bênçãos do Senhor. Se a sua vida tem falta de luz e você está longe da vontade de Deus, amarrado ao pecado arrependa-se, mude de hábitos. Esforce-se para viver próximo do Senhor, entregue o seu coração ao Deus verdadeiro. Só então os céus se abrirão, a chuva cairá e as bênçãos voltarão a florescer.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

O profeta Elias e a viúva de Sarepta




Tema da mensagem: Elias e a viúva de Sarepta.

Texto-base: "Dispõe-te, e vai a Sarepta, que pertence a Sidom, e demora-te ali, onde ordenei a uma mulher viúva que te dê comida" - 1 Reis 17.9.

00:00 a 14:11 - Saudação e depoimentos.
14:12 - Mensagem.

Preletor: Antonio Luiz Sellari.

Assembleia de Deus em Jardim Mangalot - setor 62 - Pirituba (Ministério Belém). Pastor Heber Souza.

Imagem: Eduardo Moraes.

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Quem são os órfãos e as viúvas segundo o contexto brasileiro de hoje em dia?

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Elias no monte Horebe - medo, desânimo ou depressão?

O ministério do profeta Elias é repleto de grandes milagres: orou e interrompeu o ciclo das chuvas; orou, e fez surgir fogo sobrenaturalmente; foi sustentado através de corvos e pela farinha multiplicada na panela da viúva e botija de azeite que não esvaziava, não morreu de fome; ressuscitou um rapaz; orou outra vez e os céus se abriram e voltou a chover.

Entretanto, ameaçado de morte pela perversa rainha Jezabel, Elias perece ter se esquecido do poder de Deus e foi para bem longe dos olhos de todos.

"E Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito, e como totalmente matara todos os profetas à espada. Então Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses, e outro tanto, se de certo amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles. O que vendo ele, se levantou e, para escapar com vida, se foi, e chegando a Berseba, que é de Judá, deixou ali o seu servo. Ele, porém, foi ao deserto, caminho de um dia, e foi sentar-se debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte, e disse: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais. E deitou-se, e dormiu debaixo do zimbro..." - 1 Reis 19.1-4, 5a.

Aparentemente desanimado, o profeta  ora e pede que Deus permita que ele deixe de viver, depois deita-se para descansar e dormir.

"...e eis que então um anjo o tocou, e lhe disse: Levanta-te, come. E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas, e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se. E o anjo do Senhor tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque te será muito longo o caminho. Levantou-se, pois, e comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus. E ali entrou numa caverna e passou ali a noite; e eis que a palavra do Senhor veio a ele, e lhe disse: Que fazes aqui Elias? - 1 Reis 19.5b-9.

Ali, Elias tem suas forças renovadas, mas volta a deitar-se para dormir, então passa a ter uma comunicação extraordinária com o anjo do Senhor. Não está claro se esta experiência é ainda acordado. Seja através de um sonho ou não, Elias ingeriu o alimento que o anjo do Senhor lhe ofereceu e a ingestão da comida restabeleceu sua força física, pois teve disposição para empreender uma longa viagem. Dirigiu-se ao Monte Horebe, o mesmo local em que 500 anos antes Moisés havia orado pedindo que Deus o deixasse morrer.

"E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo Senhor Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada, e só eu fiquei, e buscam a minha vida para ma tirarem. E Deus lhe disse: Sai para fora, e põe-te neste monte perante o Senhor. E eis que passava o Senhor, como também um grande e forte vento que fendia os montes e quebrava as penhas diante do Senhor; porém o Senhor não estava no vento; e depois do vento um terremoto; também o Senhor não estava no terremoto; E depois do terremoto um fogo; porém também o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada. E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias?" -  1 Reis 19.10-14.

No Monte Horebe, distrito montanhoso no centro do qual estava o monte Sinai, Elias dialoga com Deus como se fosse um tolo: gloria-se de seu zelo pelas coisas de Deus; demonstra acreditar ser o único homem piedoso de sua geração; demonstra medo; justifica sua fuga e motivo de esconder-se; ao invés de interceder pela nação, se queixa de Israel. Nesta conversa, o Senhor ensina-lhe uma grande lição sobre sua presença e poder. Mostra que não pretende interagir com o profeta através das forças da natureza, como as ventanias, abalos sísmicos e a destruição pelo fogo, mas pela brandura de uma brisa suave.

Podemos entender que Jesus Cristo está presente nesta conversa, pois disse: "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas" - Mateus 11.29.

Deus ensina a Elias que não é correto prender-se ao passado, ordena-lhe que volte ao serviço profético e o ocupa com novos serviços futuros.

Tal qual o profeta no interior da caverna, em tempos de crise o cristão tem disponível o recinto de seu quarto à porta fechada, momento que recebe é possível desfrutar do isolamento para descansar, trocar as atividades deste mundo e estabelecer contato com a esfera espiritual, refletir, orar, receber  o consolo de Deus e a orientação para continuar a enfrentar todos os problemas deste mundo como servo fiel. Mas, o quarto não é o seu lugar permanente, é preciso abrir o coração ao encorajamento divino e sair do isolamento para enfrentar os reveses, sabendo que mesmo que não pareça, o Senhor está presente durante os momentos difíceis oferecendo proteção, comida e bebida.

E.A.G.

A Bíblia Explicada - S. E. McNair, página 126, edição 1997, Rio de Janeiro (CPAD)
Manual Bíblico Henry H. Halley, edição 1994, página 189, São Paulo (Edições Vida Nova).

sábado, 2 de março de 2013

EBD 2013 - Elias no monte da transfiguração

Por Eliseu Antonio Gomes

A transfiguração de Cristo é o momento pontual em que a natureza humana encontra a natureza de Deus, quando o estado temporal conecta-se ao eterno. Na ocasião, Elias e Moisés estavam presentes e também os discípulos Pedro, João e Tiago.

O episódio da transfiguração está registrado em Mateus 17.1-9, Marcos 9.2-8, e Lucas 9.28-36 e ecoa a mensagem que nos faz entender que Cristo é Deus de vivos e não de mortos (Mateus 22.32). Séculos antes, Moisés havia falecido e Elias levado para o céu a bordo de uma carruagem de fogo, e não mais foi visto por seres humanos (Deuteronômio 34.7; 2 Reis 2:11), mas ambos surgiram vivos na presença do Filho de Deus e dos discípulos.

O corpo transfigurado é o momento sobrenatural do ministério de Jesus, equiparável à crucificação, seguida da morte, ressurreição e ascensão.

A narrativa de Jesus no monte da transfiguração objetiva apresentar Jesus como o nosso Deus Conosco (Cristo, em grego; Emanuel, hebraico). Na ocasião, a presença de Moisés tipificava a lei; a pessoa de Elias representava toda a classe de profetas, que predisseram sobre a vinda do Messias; e os discípulos estiveram ali como testemunhas do ocorrido. A experiência aconteceu logo após a confissão de Pedro sobre a divindade de Jesus: "Tu és o Cristo" (Mateus 16.16; Marcos 8.27-29).

O apóstolo Pedro fez comentário sobre o momento, está no capítulo 1 e versículos 16 ao 18 de sua segunda carta. João, no entanto, que também estava presente não escreveu sobre o assunto, referindo-se a si mesmo como testemunha ocular (João 1.14). No Novo Testamento, não há notas de Tiago, mas com certeza ele cumpriu tal objetivo, fez depoimentos orais aos seus contemporâneos.

Elias e Moisés, pessoas que cumpriram missões importantes no plano de Deus ao povo hebreu e à humanidade, eram propensos ao erro, assim como todos nós somos inclinados a pecar. Eles refletiram o brilho da glória de Cristo, brilho este que um dia nós também o refletiremos.

O apóstolo Paulo aludiu à transformação de Cristo, expandindo essa experiência para cada um dos cristãos, afirmou o seguinte: Com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor." -   2 Coríntios 3.17-18.

E.A.G.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O legado de Elias

Blog Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br
Por Eliseu Antonio Gomes

A chamada ministerial é uma situação de especificidade, é uma característica única na vida das pessoas, algo impossível de ser copiado, repetido por outros. É uma relação entre o Senhor e a personalidade do servo.
Deus prepara o ser humano para a missão a ser desempenhada, coloca nas entranhas de sua alma talentos próprios, para cumprir sua função ministerial, dá-lhe situações na vida para aprimorar sua vocação.

Características distintas entre a vida de Elias e Eliseu

Qual a profissão do profeta Elias? Talvez não tivesse nenhuma ocupação especializada, pois a Bíblia Sagrada relata apenas seu local de origem e não sua atividade de trabalho secular. Por sua vez, Eliseu era boiadeiro e trocou o ofício terreno pelo sagrado.

A Bíblia não relata a morte de Elias, informa que ele foi arrebatado numa carruagem de fogo. Mas, informa a morte de Eliseu, e que seu cadáver continha virtude e foi capaz de ressuscitar um homem morto.

Imitadores de Eliseu?

Quando o profeta Elias encontrou o jovem Eliseu, ele arava a terra usando doze juntas de bois. Elias passou sobre ele o seu manto. Após o ato simbólico, Eliseu fez uma mesa de confraternização usando como alimento as carnes dos animais que usava para trabalhar na terra, para isso usou o jugo dos bois como madeira  de combustão para preparar o fogo. Isto é, deixou a sua profissão para exercer o ministério de profeta em tempo integral.

Alguns cristãos tomam a atitude como um exemplo para a carreira de obreiro. É preciso situar e contextualizar. Não é possível comparar sem fazer as devidas proporções. Eliseu era um profeta no Antigo Testamento, viveu na Dispensação da Lei, não conheceu Cristo e não pregou as Boas Novas do Calvário. Nós somos almas que estamos na Dispensação da Graça, conhecemos a Jesus e seu sacrifício vicário, temos a missão de anunciar ao Senhor como Salvador.

O legado cultural tem a ver com o idioma, costumes e tradições, que passam de uma a outra geração. Mas, para o cristão, a herança que é uma obrigação ser transmitida é apenas a fé em Cristo, como Senhor e Salvador. A missão do cristão é ensinar seu semelhante a imitar a Cristo (1 Coríntios 11.1).

E.A.G.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

EBD 2013 - Elias e a viúva de Sarepta

Por Eliseu Antonio Gomes

O artigo é escrito com o objetivo de servir de subsídio à lição bíblica A Viúva de Sarepta, número 6, contida na revista Lições Bíblicas, comentada por José Gonçalves, publicada pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Apesar de estar direcionado aos alunos que fazem uso dessa material pedagógico, também visa colaborar com todos os estudantes da Palavra de Deus, que não têm qualquer contato com o periódico    

O estado civil do profeta

Elias era um homem solteiro. E como tal tinha maior liberdade de agir, em viagens e colocar a sua vida em risco, ao desafiar os monarcas hereges de sua nação, estar sujeito às intempéries e ser alimentado por corvos à beira de um riacho no meio da mata. Contudo, a Palavra de Deus anuncia "Deus faz que o solitário viva em família" - Salmos 68.6a.

Em Gênesis 2.18, temos a declaração do Criador "não é bom que o homem esteja só" e providenciou a Adão uma companheira idônea.

O apóstolo Paulo, enfatizando que não falava da parte do Senhor, apenas emitia opinião pessoal, escreveu que preferia que os obreiros não casassem, porque os casados têm a obrigação e dividir as atenções entre os compromissos desse mundo e os compromissos referentes à eternidade. Ele pensava que viver tal estilo de vida solitária deveria ser de fórum íntimo, sem pressões de terceiros, porque praticar relação sexual fora da instituição casamento é pecado (1 Coríntios 7.8-11).

O sexo heterossexual é uma bênção. Deus criou o casamento para que homens e mulheres desfrutem dele dentro do casamento, inclusive para procriar. Alguns dados interessantes sobre isso:

1 - Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, e primeiro do Antigo Testamento, mostra o Criador unindo Adão e Eva, instituindo o casamento heterossexual (Gênesis 2.21-22);

2 - Malaquias, o último livro do Antigo Testamento, apresenta o profeta avisando que o Criador detesta o repúdio/divórcio, referindo ao desprezo do esposo a sua esposa (Malaquias 2.16); 

3 - O primeiro milagre de Jesus foi em uma casamento (João 2.3; 4.46);

4 - O último livro do Novo Testamento e da Bíblia apresenta a união da Igreja com Cristo nos céu, usando a simbologia do casamento heterossexual. Isto é, Jesus é o Marido e a Igreja a esposa (Apocalipse 21.12).

O estado emocional da viúva de Sarepta

Elias foi homem fiel, zeloso diante do Todo-Poderoso ao confrontar a apostasia no reino do norte. Por sua coragem e fé era um perseguido político. Como Pai amoroso, Deus o guiou para fora de Israel, para Sarepta, uma cidade fenícia entre Tiro e Sidom, território em que o rei Acabe e a rainha Jezabel não tinham autoridade para matá-lo.

Jesus Cristo, ao narrar o episódio em terra siro-fenícia, revelou que a caminhada de quinze quilômetros do profeta até essa mulher foi um esmerado cuidado e providência divina (Lucas 4.25-26). Entendemos que o Senhor usou a fé e o  ministério de Elias para que ela e seu filho sobrevivessem à estiagem de três anos e meio e usou o talento de cozinheira da viúva para que o profeta se servisse de uma boa culinária.

O profeta encontrou a pobre viúva com a mente triste, pensando em morrer de fome, ela havia desistido de lutar por sua sobrevivência e de seu filho, apanhava gravetos para fazer a última refeição, depois não havia mais com o que se alimentar e alimentar a criança. Quando Elias lhe pediu água e algo para comer, ela já estava instruída por Deus a obedecê-lo (1 Reis 17.9) Com certeza, ao ver-se como parte do plano do Senhor, que poderia ser útil ao profeta, exilado político, servindo um prato de comida, animou-se. Vendo o ânimo da mulher, Elias profetizou a ela que ela e o filho seriam abastecidos de comida enquanto não chovesse: "Assim diz o Senhor, Deus de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará, até ao dia em que o SENHOR dê chuva sobre a terra." - 1 Reis 17.14.

Reparem, economicamente, a viúva quase nada tinha a oferecer, mas possuía a experiência para cozinhar. Se se recusasse compartilhar a água e a confecção do bolo, o profeta teria seguido adiante em sua fuga. O relato bíblico não diz que ela recusou-se a servir ao estranho homem estrangeiro. Ao contrário, a viúva recebeu o profeta como hóspede por muitos dias e neste período ele esteve debaixo de seu teto bebendo e comendo. Ela foi abençoada por Deus pelo fato de ser hospitaleira, abrir porta de sua instalação domiciliar ao profeta. Um dia o filho dela veio a falecer, e Deus usou o profeta para ressuscitá-lo. Caso Elias não estivesse ali, aquela senhora não teria enterrado apenas o marido, mas o filho também, ou até morrido antes dele (1 Reis 17.17-24).

Por tudo isso, a dona de casa fenícia, que as Escrituras não divulga o nome, apenas seu coração bondoso e dotes culinários, foi uma bem-aventurada.

"Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber." - Atos 20.35.

Conclusão

O Senhor é o mesmo, é o nosso Provedor, tem uma variedade de formas de ajudar o seu povo, está sempre disposto a socorrer e sustentar os seus filhos, Ele usa os meios mais inesperados. Sempre cuidará daqueles que se dispõe a fazer a sua vontade (Salmo 37.6).

Belverede - Eliseu Antonio Gomes - A família pela perspectiva bíblica - http://belverede.blogspot.com.br/2013/02/a-familia-pela-perspectiva-biblica.html
Ensinador Cristão, ano 14, nº 56 (CPAD)
Lições Bíblicas, 1º Trimestre 2013, José Gonçalves (CPAD).

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

EBD 2013 - 1º Trimestre: Elias, a depressão do homem de Deus

Artigo relativo à lição nº 5, Um Homem de Deus em depressão, com comentários de José Gonçalves. Este conteúdo visa servir de subsídios aos alunos que usam a revista Lições Bíblicas, publicada pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus, cujo material é dirigido à Escola Bíblica Dominical (EBD) no período do  1º Trimestre de 2013: Elias e os profetas de Baal. Contudo, o texto é abrangente, serve a todo aquele que deseja meditar sobre o assunto.

O que é a depressão? Depressão é parte de um processo psicológico. é um transtorno psiquíatrico ligado ao desequilíbro das substâncias químicas no cérebro. É mais do que uma simples tristeza, é uma doença que precisa ser tratada. Ela pode ser de origem genética, como também aparecer devido estresse, estilo de vida, alimentação e problemas de ordem pessoal. Causa desânimo, delírio, comportamento autodestrutivo, suicídio.

"Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança" - Romanos 15.4.

Como homem de Deus, Elias era espiritual, tinha a capacidade de fazer o extraordinário de Deus acontecer, apesar de todos os pesares da limitação humana. As Escrituras Sagradas relatam a fragilidade do profeta tisbita e de outros grandes personagens bíblicos. E através disso vislumbramos que o Senhor está interessado em ajudar os depressivos a superarem a depressão.

Observe como Deus trata o deprimido Elias em 1 Reis 19.5-7: Ele o faz dormir duas vezes e lhe dá dois pratos de comida. Isso o profeta deveria ter feito por si mesmo. Muitos cristãos desabam deprimidos por negligenciar os devidos cuidados necessários quanto às coisas mais essenciais da vida, que são comer e dormir.

É surpreendente a diferença de comportamento de Elias em 1 Reis 18 e 1 Reis 19. Primeiro, um Elias entusiasmado e ousadíssimo demonstra o poder e a grandeza de Deus ao confrontar o rei e 850 sacerdotes pagãos, depois, diante da ameaça de Jezabel, corre assustado e se esconde. O que houve? Talvez o profeta esperasse que diante do fato de orar e descer fogo do céu, tudo mudaria em Israel, a idolatria acabasse e Acabe se convertesse ao Deus verdadeiro. Talvez, a mudança drástica de ânimo aconteceu porque ao invés de ocorrer um grande avivamento, a perseguição passou a ser mais intensa, havia o iminente risco de morrer.

Elias, como ser humano era sentimental, se decepcionou e experimentou a dor da alma,, todas as intempéries da vida. Durante os momentos de conflitos internos, períodos de enorme tristeza, sentiu medo e empreendeu fuga, isolou-se e sentiu comiseração. Em sua solidão e sentimento de autopiedade quis morrer, e descobriu que estava debaixo dos cuidados de Deus (1 Reis 19.3-7; Tiago 5.17-18).

Aprendemos com a expectativa de Elias que apesar de Deus trabalhar em nossas vidas de maneira espetacular, nem sempre a reviravolta que desejamos que aconteça, acontecerá de imediato. Se nos concentramos em determinado resultado rápido, poderemos cair na mema depressão do profeta: sentimento de fracasso, medo e frustração. É preciso ter paciência, ignorar as aparentes dificuldades e enxergar além dos problemas. Não há nenhum erro em querer ver o melhor, mas é necessário tomar cuidado com a espécie de nossas expectativas, pois elas podem levar às grandes decepções.

Nenhum cristão está imune ao desconforto psicossocial. Então, precisa manter o foco na direção certa. Não andamos por vista mas pela fé. Usando a fé  jamais nos esqueceremos que Deus está no controle de tudo (2 Coríntios 5.7; Salmos 103.19; 115.3). Ao manter a confiança que o Senhor é fiel, e descartamos os anseios equivocados, descansamos nas promessas e princípios revelados nas Escrituras Sagradas (Números 13.1-2; Salmo 19.7-9; 93.5; Romanos 4.16-21).

E.A.G.

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Consulta:
Bible Org - http://bible.org/seriespage/crisis-elijah-1-kings-194-14
Easy English Bible - http://www.easyenglish.info/problems/tpaou07-pbw.htm
Lições Bíblicas, José Gonçalves, Rio de Janeiro, 2013 (CPAD.

domingo, 27 de janeiro de 2013

EBD 2013 - 1º Trimestre: Elias e os profetas de Baal

Elias e os profetas de Baal é o nome da quarta lição da revista Lições Bíblicas, à Escola Bíblica Dominical (EBD), publicada pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), com comentários de José Gonçalves. A matéria foca o confronto de Elias, que em si é uma comparação de altares. Os sacerdotes de Baal dedicaram culto a Baal e Elias ao Deus verdadeiro. E essa distinção religiosa tem uma lição muito importante aos cristãos. 

Um dia, ouvimos o chamado do Salvador e passamos a servir a Ele como Senhor. E para o restante de nossos dias é assim que deve permanecer a nossa disposição. Mas, infelizmente, assim como aconteceu com a religiosidade dos judeus, acontece com diversos cristãos nos dias atuais (1 Reis 18.21). 

Os deuses da atualidade são diferentes, mas quem incentiva o ser humano a distanciar-se do Deus verdadeiro ainda é Satanás e o propósito continua igual: afastar as criaturas do seu Criador. Os falsos profetas induzem o povo a servir ao dinheiro, ao culto pessoal e de terceiros e às placas denominacionais. Isto ocorre, inclusive, com a introdução de sincretismo religioso.

É perfeitamente aceitável a analogia da vida cristã com um altar. Cristo deve ser entronizado em nossos corações e adorado como único Deus verdadeiro em nossas vidas, diuturnamente. Cada decisão que tomamos é um tijolinho posto no altar espiritual. A vida cristã é construída corretamente através do conhecimento das Escrituras Sagradas e da decisão de afastar-se do pecado (Salmo 119.11).

Paulo escreveu: "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus" - Romanos 12.1-2. 

O apóstolo Tiago descreveu o comportamento daqueles que, apesar de extremamente religiosos, constroem altares desagradáveis ao Criador. Por ser influenciados com o estilo desse mundo, vivem a religiosidade carnal, mundana, impulsionada pelos interesses de Satanás "Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica (...) De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?" - Tiago 3.13-15; 4.1.

É preciso promover a verdadeira adoração. Ela é praticada através de imparcialidade baseada nas Escrituras Sagradas.

"E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada (...) Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz" - Tiago 1.5; 3.17-18.

E.A.G.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

EBD 2013 - 1º trimestre: Elias e Eliseu e a apostasia no reino Israel

Por Eliseu Antonio Gomes

O nome Elias significa "o Senhor é Deus". E Eliseu, "Deus é salvação".

A fé que nos leva à salvação possui exatamente a sequência dos significados dos nomes desses profetas: é preciso crer e confessar que Jesus Cristo é o Senhor pois só no Senhor é possível ser salvo (Mateus 10.32; Atos 16.31; Filipenses 2.11).

Tanto Elias quanto Eliseu viveram após o reinado de Salomão, quando a nação de Israel estava dividida em dois reinos independentes. Judá ao sul e Israel ao norte. Ambas tiveram entre seus cidadãos homens levantados pelo Senhor para tratar de assuntos como justiça social, a necessidade do afastamento do pecado e da aproximação a Deus.

Naquela época, Deus havia instituído nos dois reinos as figuras dos profetas, dos sacerdotes e permitido a existência da monarquia como forma de governo administrativo. Quando os líderes e os governos desviavam-se dos propósitos divinos os profetas entravam em ação.

Os dias de Elias em Israel se passaram num período em que seu país ganhou fama devido a grande impiedade do rei Acabe e sua esposa Jezabel e desvios dos caminhos do Senhor por parte da maioria dos judeus.

A apostasia de Onri e Acabe

Onri (em hebraico, impetuoso) foi rei de Israel e pai de Acabe. Na esfera de poder neste mundo, foi um grande administrador, fundou Samaria e fez dela a capital de seu reino. No que tange à fé, exerceu um mau reinado e aplicou uma péssima instrução ao filho, que o precedeu no trono (1 Reis 16. 23-28).

Acabe (hebraico: irmão do pai, isto é, muito semelhante ao pai), governou no período de 874 e 853 a.C.. Ele é descrito como o monarca que mais irritou ao Senhor, e esta declaração é apresentada revelando que ele construiu um bosque (1 Reis 16.33). Não se trata da construção de um simples arvoredo, era a tentativa de misturar elementos de culto judaico com elementos de culto cananeu,  a criação de um ambiente de culto pagão preparado pelo rei, onde se encontrava troncos de árvores com imagens de esculturas, lugar em que o povo era incentivado a reunir-se para adorar a Baal e Asera (sugestão de leitura no rodapé), ou seja, Acabe institucionalizava a apostasia dos judeus, o governo de Acabe patrocinava a idolatria em Israel, induzia o povo de Deus a afastar-se dEle.

A apostasia na Igreja

O coração do crente cheio de dúvidas é lançado para todos os lados e nada receberá do Senhor. Nada! A consequência de ser um crente inconstante leva ao mesmo resultado que as ondas recebem do oceano. Grandes movimentos ondulatórios de águas são lançados às praias e quebram-se nos rochedos ou na areia. Ao ler a Bíblia Sagrada, é preciso ater-se aos detalhes. Tiago redigiu carta aos crentes, não foi aos incrédulos. Em sua missiva mencionou cristãos com ânimo inconstante: num momento seguem a Cristo e em outro seguem os instintos da carne. Vamos ao que está escrito pelo apóstolo: "Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações; sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma. E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa. O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos" - Tiago 1.2-8.

O apóstolo Paulo tratou do mesmo assunto, porém, focando crentes que estão em outro nível deplorável. Existem pessoas que em alguma parte do passado delas tiveram a condição de salvas e depois perderam a salvação que Deus lhes deu. A fé e a salvação não foram tirada delas. Ao desprezar por conta própria a fé e o dom da salvação, perderam a posição de salvas. Após a inconstância à fé elas decidiram por abandoná-la em definitivo. Paulo escreveu o seguinte: "Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios" - 1 Timóteo 4.1.

Apostatar é o mesmo que renunciar. Não é possível abandonar aquilo que nunca foi nosso. Paulo não afirmaria que alguns largariam a fé se em alguma fase da vida não a possuíram.

A fé genuína e a fé pagã

É uma pena ver cristãos entrando em seminários teológicos e ao concluírem seus cursos saírem de lá piores do que entraram - há casos de apostasia. Isto ocorre em algumas instituições de ensino que não prezam pela vida espiritual dos alunos. Que se multipliquem os teólogos entre nós, porém, que o conhecimento mais  importante seja enfatizado, que é o temor a Deus.

A palavra religião, tem raiz no termo latim religare (ligar outra vez). Tiago explicou como ocorre a religação com Deus - faça o bem aos necessitados e evite se sujar com o pecado: "A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo" - Tiago 1.2. Muita gente falha nesta lição. Pratica o bem e ao mesmo tempo não se importa em pecar, ou contaminado com o pecado faz o bem pensando que por meio da caridade se tornará limpo.

Na sociedade moderna, os religiosos que seguem as determinações bíblicas rigidamente são considerados fundamentalistas, fanáticos, retrógradas. E para esquivar-se dessa hostilidade, muitos que se apresentam como cristãos  praticam a religião proposta por Acabe - uma fé misturada. A filosofia da atualidade é: adore a Deus, mas não precisa seguir à risca os princípios bíblicos, relativize as propostas das Escrituras Sagradas. Adapte a Palavra de Deus a você, não permita que ela molde você.

Ao contrário de Jezabel, Acabe não teve iniciativa clara de matar profetas e nem de erradicar a religião judaica de Israel. Ele tentou misturar religiões. São muitos que hoje em dia desejam viver uma religião cristã cheia de misturas com diversos movimentos religiosos.

E isso nos leva a perguntar: como vai a sua fé? Quais são as bases de suas decisões diárias? Só a Bíblia Sagrada deve ser a nossa regra de fé e conduta (Salmo 119.109).

Conclusão

O objetivo de Deus não é fazer com que as almas se convertam em cristãos assembleianos, cristãos batistas, cristãos presbiterianos, arminianos ou calvinistas. Apenas deseja que as almas sejam seguidoras de Jesus Cristo. Você quer praticar seu cristianismo frequentando a Assembleia de Deus? Ótima opção! Batista? Muito bem... Mas, se fazendo presente nelas ou em outras denominações evangélicas, cuide-se para que a placa denominacional do ministério cristão que mais aprecia esteja sempre abaixo da sua adoração a Deus e a Jesus Cristo.

Equiparar  em importância o Evangelho de Jesus Cristo, sintetizado por Tiago como "a religião pura e imaculada", aos credos religiosos é o mesmo que viver uma situação similar à religiosidade proposta por Acabe. Que cada um de nós tenhamos o devido cuidado para não tratar dogmas e ortodoxias como deuses em nossa jornada de fé.

E.A.G.

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Artigo paralelo: O que é e o que não é pecado

Sobre a idolatria enfrentada por Elias, veja mais detalhes acessando o artigo Jeremias e o falso deus Baal

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Consultas:
Belverede - http://belverede.blogspot.com.br/2010/03/como-os-calvinistas-confrontam.html
Ensinador Cristão, nº 53, ano 14, 1º trimestre de 2013, Rio de Janeiro, CPAD
Lições Bíblicas - Mestre, José Gonçalves, 1º trimestre de 2013, Rio de Janeiro, CPAD
Pequena Enciclopedia Bíblica O.S. Boyer, 19ª edição, 1992, Minas Gerais, Editora Vida

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A sábia oração do profeta Elias e o jugo desigual do rei Acabe

http://www.tapuz.co.il/blog/net/viewentry.aspx?entryId=1870968
Fêmea de falcão, nas proximidades do Monte Carmelo, no kibbutz de Ramot Menashe - Israel

Houve em Israel um rei perverso cujo nome era Acabe. Ele era o sétimo filho de Onri, o segundo de sua família a sentar-se no trono real. A história do seu reinado está registrada em 1  Reis, entre os capítulos. 16 ao 22. 

Acabe casou-se com uma mulher estrangeira. Antes, Deus havia orientado seu povo dizendo que os israelitas não deveriam se casar com estrangeiros, porque os outros povos não o adoravam como único e verdadeiro Deus. 

A mulher que Acabe casou-se era sidônia e se chamada Jezabel. Ela cresceu sem aprender em sua casa a adorar ao Senhor Deus, mas ao falso deus Baal. Adorar a Baal era o mesmo que adorar ao próprio Satanás. 

Acabe jamais deveria ter escolhido Jezabel para ser sua esposa, pois ela não amava a Deus. O rei falhou como líder de sua família e como líder de Israel. Suas atitudes tiveram como consequência o fluxo de influências erradas em sua família e também entre os súditos judeus. A má influência de sua esposa Jezabel ultrapassou as muralhas do palácio. Ela introduziu na nação de Israel cultos pagãos. O povo começou a seguir o exemplo do monarca e sua esposa e muitas pessoas em Israel começaram a adorar os falsos deuses Baal e Astarote (1 Reis 21.25-26).

Após o casamento de Acabe, Deus colocou em seu caminho um profeta, que chamava-se Elias, que significa "meu Deus é o Senhor" (1 Reis 17.1). O profeta entregou uma mensagem dura ao monarca, fez veemente oposição a Jezabel por causa de suas tendências religiosas pagãs. Encontrou-se com o rei e disse-lhe: "Em nome do Senhor, o Deus vivo de Israel, de quem sou servo, digo ao senhor que não vai cair chuva durante os próximos anos, até que eu diga que anuncie que cairá". E foi exatamente o que aconteceu, o povo foi punido por causa da idolatria, as chuvas cessaram em Israel.

Tente imaginar essa cena. Tente imaginar o que deve ter passado na cabeça do poderoso rei Acabe e da rainha Jezabel. 

Elias observou as consequências daquele casamento equivocado, e deve ter ficado muito entristecido. Por que será que ele disse que não ia chover até o dia que ele orasse e pedisse que chovesse? Porque queria que o povo só adorasse a Deus e deixasse de adorar deuses falsos. Porque era conhecedor do conteúdo das Escrituras Sagradas, sabia que nos Dez Mandamentos constava a determinação que os judeus não deveriam ser idólatras, só adorassem ao Criador dos céus e da terra; sabia que as bênçãos divinas não são dadas aos pecadores; era conhecedor do texto do livro de Deuteronômio. 

"Guardai-vos, que o vosso coração não se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos inclineis perante eles; e a ira do SENHOR se acenda contra vós, e feche ele os céus, e não haja água, e a terra não dê o seu fruto, e cedo pereçais da boa terra que o SENHOR vos dá" - Deuteronômio 11:16-17. 

A carta de Tiago (5.17) cita a oração de Elias mas não diz qual pedido ele fez ao Senhor. Não temos essa informação bíblica, porém podemos compreender que foi uma oração bastante consciente. Elias sabia que Deus odeia o pecado e vela sobre sua Palavra para que ela se cumpra. 

Em momentos de privações Deus não abandona aqueles que são servos fiéis. Elias foi instruído a após transmitir a mensagem a Acabe a ir à beira de um riacho de Querite, além do Jordão, ali não faltou a ele água para beber. E toda noite Deus enviou corvos com pão e carne para que se alimentasse. Quando o ribeiro secou, Deus ordenou que ele se dirigisse à casa da viúva de Sarepta, uma cidade de Sidom, com as escassas provisões de quem ele foi alimentado durante grande período de fome. 

Ao passar três anos depois que o profeta Elias enfrentou os falsos profetas de Baal.,ele foi até o rei e disse-lhe. segundo a Palavra do Senhor "Agora, vá comer, pois eu já estou ouvindo o barulho de muita chuva." (1 Reis 18.1, 41-42). Enquanto Acabe foi comer, Elias foi subir ao alto do monte Carmelo. Ali ele se inclinou até o chão, pôs a cabeça entre os joelhos, e disse ao seu ajudante: "Vá e olhe para o lado do mar." O ajudante foi e voltou dizendo: "Não vi nada." Sete vezes Elias mandou que ele fosse olhar. Na sétima vez, ele voltou e disse: "Eu vi subindo do mar uma nuvem pequena, do tamanho da mão do homem. Então Elias mandou: "Vá onde está o rei Acabe e lhe diga que apronte o carro e volte para casa." Em pouco tempo o céu se encheu de nuvens escuras, o vento começou a soprar, e uma chuva pesada começou a cair. Acabe entrou em seu carro e partiu para um lugar chamado Jezereel. O poder e a alegria do Senhor Deus estava sobre Elias, ele apertou seu cinto e correu na frente de Acabe todo o caminho até a cidade. Transtornados, Acabe e Jezabel passaram a perseguir e tentar matar o profeta, sem sucesso em todas as tentativas.

A vida de Acabe é um exemplo aos cristãos solteiros, de como ele não deve fazer ao buscar uma companheira e instituir sua família. É necessário valorizar a Deus e obedecer seus mandamentos, tê-lo como Senhor, não casar-se com incrédulos, porque o cônjuge trará para dentro do lar influências que desagradarão profundamente ao Senhor, que reterá suas bênçãos.

Como cristãos, devemos orar como orou Elias, segundo a vontade de Deus, vontade esta que está patente na Bíblia Sagrada. Nenhum cristão tem necessidade de realizar núpcias com anticristãos, é um erro desnecessário esse tipo de aliança. Muitas pessoas passam por consequências dolorosas demais porque desprezam a vontade de Deus para suas vidas por causa de casamentos assim.

Todo aquele que segue a vontade própria e despreza a Palavra de Deus perece (Provérbios 13.13). 

 E.A.G.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Unção espiritual nas dispensações da Lei e da Graça

"Enchei-vos do Espírito" - Efésios 5.18.

Breve reflexão sobre a chamada ministerial do profeta Eliseu e de todos os cristãos.

Visitando o blog do Pastor Altair Germano, encontrei o excelente post Eliseu, um líder com propósito. Escrevi meu comentário lá e o adaptei para cá.

Vale relembrar: na passagem bíblica referenciada em 2 Reis 2.9, o profeta Eliseu pediu que houvesse sobre a vida dele porção dobrada do espírito de Elias, assim que este fosse arrebatado. Aconteceu. Ao longo de sua jornada, sem perder a personalidade, sem copiar o jeito de ser da ministração de Elias, Eliseu fez exatamente o dobro de milagres de seu antecessor.

Refletindo mais sobre o episódio da sucessão profética de Elias para Eliseu através da perspectiva da Dispensação da Graça:

Por que solicitar porção dobrada do espírito de Elias parece pedir muito e não é?

Porque até então Jesus não havia se manifestado, se sacrificado, ressuscitado, subido ao céu e o Espírito Santo não houvera descido para ser o Guia do ser humano e fazer morada em nossos corações. Durante a Dispensação da Lei não havia, plenamente, a atuação do Espírito de Deus entre os homens como é possível haver na Dispensação da Graça. Vide: João 14.25-26; 16.13.

Após o evento da cruz, o relacionamento do Espírito com a humanidade não é apenas parcial, não é mais limitado aos fatos circunstanciais no parâmetro da nação israelita. Após o sacrifício perfeito do Filho de Deus no calvário, o sangue de Cristo nos lava de todo pecado e então o Espirito Santo encontra liberdade para estar presente com inteireza na vida de todas as pessoas que se submetem ao Senhor de corpo, alma e espírito. Agora a relação do Espírito é mais ampla, visa nos conduzir à vida eterna, trabalha em favor de todas as almas de todas as nações da Terra.

Eliseu fez o dobro de milagres de Elias. Quanto aos cristãos, Jesus revelou que poderiam fazer obras maiores do que Ele fez, referindo-se ao seu ministério terreno. "Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai" - João 14.12.

No passado a unção era dada sob medida, hoje ela é dada plenamente. Graças ao nosso misericordioso Deus!

"E vós tendes a unção do Santo (...) E a unção que vós recebestes dele, fica em vós (...), a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis" - 1 João 2.20 a, 27 a.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Milagre no Haiti assemelha-se aos milagres no ministério do profeta Elias


"Equipes de resgate que trabalham no Haiti ficaram surpresos ao encontrar um sobrevivente 27 dias depois do terremoto que atingiu o país. Evan Muncie, de 28 anos, foi resgatado dos escombros de um supermercado de Porto Príncipe onde trabalhava vendendo arroz.

Desidratado e desnutrido, Muncie foi levado para o Centro Médico de Miami. Segundo os médicos, ele apresentava sinais de confusão mental. Uma enfermeira que o atendeu disse que ele ainda não havia se dado conta de que havia sido resgatado e achava que ainda estava soterrado.

As equipes ainda não sabem como o haitiano se hidratava. Aos médicos, o sobrevivente relatou que uma pessoa vestida de branco levava água para ele periodicamente."

Deste fato, me lembrei do ministério do profeta Elias, como Deus cuidou da subsistência dele e se mostrou soberano diante da natureza e dos governos deste mundo.

Elias, na primeira vez em que esteve com sua vida em risco, sob a ameaça do rei Acabe, deprimido, se escondeu próximo ao ribeiro de Querite, e de maneira sobrenatural, ali ele foi alimentado por corvos durante a longa seca que durou três anos e meio, seca que ele mesmo havia profetizado que aconteceria, avisando de seu início e fim a Acabe (1 Reis 17.1-6; 19.5).

Na segunda vez em que houve risco de morrer assassinado, o profeta ao se ver ameaçado pela rainha Jezabel, foi esconder-se sozinho no deserto, e deitou-se e dormiu debaixo de uma árvore chamada zimbro. Um anjo deu-lhe de comer. Acordando, teve forças para caminhar por 40 dias e 40 noites até o monte Horebe, hoje conhecido como Sinai.

Elias entrou numa caverna para pernoitar em segurança. Ouviu a voz de Deus ordenar-lhe ir ao cume do monte para estar diante dEle. Permanecendo no interior da caverna, viu um vento forte passar e destruir morros e despedaçar rochas. E constatou que Deus não estava no vento. Depois do vento, veio um terremoto. O profeta constatou que Deus também não estava no terremoto. Seguido ao terremoto, apareceu o fogo, que poderia ser erupção vulcânica, e não encontrou o Senhor nele.

Após tudo isso, Elias ouviu um sussurro e entendeu ser de Deus e tampou seu rosto em reverência. "Elias, o que faz aqui?", interrogou-o a voz sussurrante na entrada da caverna, porque o profeta deveria estar no cume do monte e não estava. Elias contou de seu medo e da certeza de ser o único profeta que O servia com fidelidade, apesar da desobediência na qual estava. E assim, Deus lhe mostrou sua soberania, que estava acima dos governos deste mundo. Pediu-lhe que ungisse dois reis, Hazael para rei da Síria e Jeú como rei de Israel, no lugar de Acabe e Jezabel. E ungisse a Eliseu, como profeta que o substituiria.

Nada foge do controle de Deus, mesmo que a situação pareça ser incontrolável para nós, seja pelas catástrofes naturais, governos déspotas e pagãos, e lideranças religiosas inconstantes ou desviadas.


Nota do Editor: O texto entre aspas consta em Paracletos  [https://bit.ly/3bvOEzz] e Portal Gospel Mais [https://bit.ly/2SM6d7I] .

Atualizado em 16 de maio de 2021, domingo, às 20 horas.

domingo, 7 de junho de 2009

Os seguidores do erro do profeta Elias e a reação de Deus

Às vezes eu paro e fico vendo e ouvindo, ou lendo, alguns irmãos em Cristo, e me entristeço. De uns tempo para cá, confesso, eles têm sido cada vez menos vistos, ouvidos ou lidos por mim. Não me sinto mais estimulado a usar meu tempo prestando atenção neles, porque não me sinto edificado com o que fazem.

Alguns cristãos agem como se a denominação evangélica onde congregam seja o caminho, a verdade e a vida. Quase chegam a declarar que a alma que não obedecer o estatuto da sua denominação não herdará o Reino de Deus. E, ainda, outros, criticam tudo e todos, talvez pensando que sofrer da falta de bom humor seja o selo de santidade do crente em Cristo. E, de todos, os irmãos mais complicados são os que confundem bom humor com ironia e pirraça.

A gota d'água que faltava para transbordar o cálice da minha paciência com esta Turma da Pesada foi ter recebido, sem perguntar nada a respeito, o depoimento de uma jovem garota. Ela disse para mim que passou a se sentir desanimada na fé após ler alguns blogs que se intitulavam como cristãos. Não citarei o nome deles aqui... Então, comecei a pensar na razão disso acontecer. Vi que o conteúdo publicado era apenas de críticas pautadas em interpretações bíblicas passíveis de contra-argumentações . Apontam problemas (ou o que interpretam como problemas), mas não mostram nenhuma solução. Isto é nefasto demais!

Essa Turma da Pesada me lembra 1 Reis 19. Um dia o profeta Elias estava muito estressado, a causa do estresse era a perseguição de Jezabel, empreendida com o objetivo de matá-lo. Ele fugiu e se escondeu numa caverna. Ficou deprimido e com pensamentos amargos. Levantou sua voz para o céu e disse para Deus que só ele era o certinho, só ele não idolatrava a Baal.

Era uma crítica sincera da parte dele, porém, equivocada. Ele falou segundo o que os olhos dele viram, era a constatação das suas observações por onde seus pés haviam pisado... Aí, então, Deus lhe deu uma repreensão. Disse-lhe: “Elias, eu tenho reservado 7 mil homens que não dobraram seus joelhos diante de Baal, teu ministério terminou, sua última missão será ungir a Eliseu em teu lugar e a Jeú rei". Fim de um magnífico ministério por causa de conclusões precipitadas!  

Sobre as considerações desses irmãos, quanto a qualidade espiritual da vida cristã nos dia de hoje, para que pudessem ser críticos justos, seria necessário que eles tivessem conhecimento da Igreja num todo para dizer o que dizem. O máximo que podem ajuizar com justiça, se não tiverem pressa para fazer conclusões, é até o lugar onde a vista deles alcança e os seus pés já pisaram. 

Deus é o único Todo-Poderoso, o único que tudo vê e tudo sabe, portanto, é o único capaz de falar em planos gerais sem errar. Isto é óbvio, mas alguns teimam em ignorar esta realidade e insistem em continuar se comportando como deuses entre nós.

Oremos pelos irmãos, imitadores do erro profeta Elias. O conteúdo da mensagem deles se consiste em criticar, apenas. Na mesma letargia do profeta, não apontam para a solução dos problemas, colocam o dedo na ferida do próximo, mas não sabem como efetuar a cura.