A visão de Hieronymus Boch (1450 - 1516).
A obra-prima O Jardim das Delícias, título dado no século 19 ao tríptico de Boch, proveniente da coleção de artes de Filipe II da Espanha, geralmente datada do período entre 1500 e 1505.
Em O Jardim das Delícias, o artista, com grande riqueza imaginativa, tentou responder às indagações de sua épica. A expressão artística faz parte do movimento surrealista, iniciado na França e que alcançou seu ponto alto nas décadas de 1920 e 1930. Seus artistas pretendiam exprimir o subconsciente e o processo do pensamento, misturando elementos dadaístas e cubista com imaginação fantástica. De maneira proposital os pintores surrealistas pintaram objetos distorcidos, fizeram combinações insólitas de objetos incomuns ou misturaram figuras banais e bizarras, tentando alcançar o senso coletivo.
A obra O Jardim das Delícias é descritas pelos peritos como uma obra-prima. Apontada como a primeira pintura convincente da representação do mal e dos pavores da mente humana.
As telas de Boch são consideradas notáveis pela coloração brilhante e técnica soberba. A obra encontra-se no Museu do Prado, em Mari, Espanha. O painel contém três quadros. As telas retratam a visão de Boch de como seria a eternidade. O quadro central possui as dimensões 2,20 por 1,95m, os postigos laterais têm 2,20 por 0,97 cada.
O tríptico fechado, verso das laterais evoca, numa frágil esfera transparente, o terceiro dia da criação. Aberto, à esquerda retrata o paraíso terrestre (fonte da vida, apresentação de Adão e Eva por Jesus Cristo); à direita a representação do inferno; (embaixo, instrumentos musicais transformados em instrumentos de tortura). A pintura central é o dito "jardim das delícias", apresenta diversas situações de fantasia de prazeres sensuais, destacadas, todavia, com uma angustiante falta de tranquilidade.
A visão bíblica do inferno
Ao contrário da negação de alguns, o inferno existe. A Bíblia Sagrada afirma que existe um lugar de tormento chamado inferno. Está pronto, espera os maus.
"Inferno" é a tradução da palavra "geena", nome de um vale vizinho de Jerusalém onde, durante algum tempo, eram feitos rituais pagãos com sacrifícios de crianças (2 Reis 23.10; 2 Crônicas 28.3; 33.6).
Jesus e os apóstolos usaram o vocábulo para aludir ao castigo eterno.
"Segundo o ensinamento das Escrituras Sagradas, os ímpios no inferno serão castigados na medida que requerem as suas faltas. Isto demonstra que o castigo será à medida da gravidade da falta, será gradual em intensidade e não quanto à duração, uma vez que as Escrituras dizem que o castigo será eterno" - As Grandes Doutrinas da Bíblia, páginas 324 (Raimundo de Oliveira - CPAD).
Jesus Cristo disse: "Digo-vos, pois, amigos meus: não temais os que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer. Eu, porém, vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder de lançar no inferno. Sim, digo-vos, a esse deveis temer" - Lucas 12.4-5.
E.A.G.
Informações extraídas de:
Grande Enciclopédia Larousse Cultural, volume 14, página 3319, edição 1998, (Nova Cultural Ltda).
Nova Encliclopédia Ilustrada Folha, página 125, edição 1996 (Empresa Folha da Manhã S/A);
Postagem atualizada em 09 de dezembro de 2017, 20h11.
Informações extraídas de:
Grande Enciclopédia Larousse Cultural, volume 14, página 3319, edição 1998, (Nova Cultural Ltda).
Nova Encliclopédia Ilustrada Folha, página 125, edição 1996 (Empresa Folha da Manhã S/A);
Postagem atualizada em 09 de dezembro de 2017, 20h11.
