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quarta-feira, 29 de junho de 2022

Resposta aos que afirmam que o inferno é apenas uma metáfora

"Ao vê-lo, caí aos seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não tenha medo. Eu sou o primeiro e o último e aquele que vive. Estive morto, mas eis que estou vivo para todo o sempre e tenho as chaves da morte e do inferno" - Apocalipse 1.17,18.

Definição

A palavra "inferno" não é encontrada nos idiomas originais da Bíblia. Ela tem origem no latim e significa "lugar das profundezas" e "mundo inferior". O fato de não encontrarmos o vocábulo não quer dizer que não exista. Ora, também não encontramos o vocábulo "oxigênio" na Bíblia, não o vemos, temos a certeza que ele existe e sabemos que ele é imprescindível para nossa sobrevivência. 

segunda-feira, 31 de maio de 2021

Charles H. Spurgeon e a jovem cantora

Conta-se que, na igreja em que Charles C. Spurgeon era pastor, uma jovem enviou-lhe uma carta, com a seguinte mensagem:

- Pastor, dê-me uma oportunidade. Quero cantar para Jesus!

Spurgeon leu, porém, não respondeu. Aquela irmã em Cristo enviou a mesma solicitação mais três vezes e foi ignorada em todas. Um dia, após o culto terminar e a membresia dispersar-se, cada qual para seus lares, ela foi até o pastor batista e perguntou-lhe:

- O senhor leu as minhas cartas?"

A resposta dele:

- Sim, li as três.

Surpreendida com a franqueza, ela insistiu mais e disse-lhe:

- Então, poderei cantar?

- Sim, pode começar.

Ela, sem entender muito bem, comentou:


- Mas o povo já foi se embora...

Ao que Spurgeon explicou-lhe dizendo assim:

- Mas não era para Jesus que gostaria de cantar? O nosso Senhor está aqui neste momento.

sábado, 16 de março de 2019

Evangelismo e critérios corretos para evangelizar


É atribuído a Charles H. Spurgeon a seguinte história:

"Um infiel uma vez se encontrou com um cristão e disse:
 - Por anos você tem passado por mim no caminho de casa ao trabalho. Você acredita que existe um inferno onde os espíritos dos homens são lançados, não é?
- Sim, eu creio - diz o cristão.
- E você acredita que a não ser que eu creia em Cristo eu serei enviado para lá? -  retrucou o infiel.
O crente respondeu:
- Sim.
O infiel retrucou, outra vez:
- Não, você não acredita, eu tenho certeza, porque se você acredita nisto, você deve ser o desgraçado mais desumano a passar por mim, dia após dia, sem nunca me contar ou me alertar a respeito disto!"
_______ 
Sobre a verdade da salvação em Jesus Cristo, é preciso que a anunciemos aos pecadores que ainda não tomaram a sua decisão de recebê-lo  como Senhor. E neste anúncio não há como se esquivar da condição das almas que se negam a se submeter ao senhorio do Filho de Deus. Doa a quem doer é preciso falar da realidade do inferno (João 3.16-18).

Os cristãos precisam sentir o peso da responsabilidade que Jesus o deu. Falamos de Jesus com palavras e pelo testemunho. Nem sempre é tempo de falar, porque nem sempre as pessoas estão em condições para ouvir ou possui disposição para isso. Eu tenho e você também deve ter alguma história de crente sem discernimento pregando no momento errado.

Alguém poderá questionar se testemunho de vida é pregação, lembrando que em Romanos 10 está escrito que "a fé vem pelo ouvir a palavra de Deus." Então,  contextualizemos a esse argumentação com outro trecho bíblico escrito por Paulo: "Vocês são a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos" (2 Coríntios 3.2). 

Tal comparação do crente com uma carta nos remete ao fato de que deve existir no estilo de vida do crente uma mensagem pronta, que o mundo tem acesso e lê (entende) sem que precisemos abrir a boca. É lógico que uma situação não invalida a outra. É claro que este versículo não é o incentivo a deixar de evangelizar, apenas refere ao fato que existe o tempo determinado para todas as coisas neste mundo.

E.A.G.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Spurgeon e o canto dos rouxinóis


O termo “rouxinol” é uma denominação bastante comum a pássaros melodiosos, do gênero Leiothrix, da família dos muscicapídeos, muito famosos pelo canto crepuscular. São de pequeno porte, alimentam-se de insetos e, segundo a Enciclopédia Barsa, constroem o ninho no solo. A espécie Leiothrix megarhyncos é encontrada desde a Europa ocidental até a África do Norte ao Cazaquistão, Tajiquistão, Quirguistão e Xinjiang. A espécie Leiothrix luscinia é vista na Escandinávia e Europa Oriental. E, no Brasil, Venezuela e Guianas, às margens dos rios Negro e Branco é encontrada a espécie Icterus chrysocephalus, da família do Icterideos, popularmente conhecido como Rouxinol-do-Rio-Negro.

Conta-se que o príncipe dos pregadores, Charles Spurgeon, ouviu que em determinado local da Inglaterra os rouxinóis cantavam de maneira mais graciosa do que em qualquer outra parte do mundo. Querendo comprovar o fato, resolveu viajar até este lugar.

Chegando ao local, Spurgeon reservou um quarto em uma pousada onde lhe fora informado que, quando começasse a escurecer, olhasse para o espinheiro em frente, que automaticamente veria o rouxinol cantando. Entretanto, ao aproximar-se a noite, o tempo esfriou, começando a chover, fazendo com que o pregador perdesse as esperanças de ouvir o cântico do pássaro.

De repente, ouviu uma doce e suave canção. Sem titubeios olhou pela janela, e lá pousado no espinheiro, debaixo de uma chuva torrencial, o pequeno rouxinol erguia sua voz em uma linda canção. Ao vislumbrar tão bela cena, Spurgeon comentou:

"Era tão doce e tão bonito que eu não creio que possa escutar algo tão comovente até ouvir os anjos cantarem."

A seguir, Spurgeon afirmou:

"O Deus do rouxinol é o Deus que eu sirvo. Mesmo na escuridão sentindo frio, na chuva ou entre os espinhos, Ele pode me levar a entoar belas canções a noite."

Cantemos as Escrituras. Cantemos os feitos de Deus. Cantemos pela causa de Cristo, o nosso Rei!

Extraído da mídia social Facebook via Jean-Solange Oliveira e Grande Enciclopedia Larousse Cultural volume 21, edição1998 (Nova Cultural LTDA).

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Por que é preciso orar?

Por que orar? Abaixo, frases atribuídas a nomes de líderes destacados no meio cristão sobre o valor e a necessidade de se viver uma vida de oração.

A. W. Tozer: “Orar, orar e continuar orando, até começar a orar de verdade.”

Andrew Murray: “O homem que mobiliza a igreja cristã para orar estará dando a maior contribuição para a história da evangelização do mundo.”

Agostinho de Hipona: “A oração é o encontro da sede de Deus e da sede do homem.”

Billy Graham: “A oração é simplesmente uma conversação de mão dupla entre você e Deus.”

Billy Graham: “Não é a postura do corpo, mas a atitude do coração que conta quando oramos.” 

Charles Muller: “Nunca pedi coisa alguma em oração sem um dia, afinal, recebê-la de alguma maneira, de alguma forma.”

Charles Spurgeon: “Sempre que Deus deseja realizar algo, Ele convoca seu povo para orar.”

Charles Spurgeon: “Eu preferiria ensinar um homem a orar do que dez homens a pregar.”

Dwight L. Moody: “O cristão de joelhos vê mais do que um filósofo nas pontas dos pés.”

Dwight L. Moody: “Um lugar em pé diante do trono, no Céu, é a consequência de estar sempre de joelhos, diante do trono, na terra.” 

John Bunyan: “Eu posso fazer mais que orar, depois de ter orado, mas eu não posso fazer mais que orar, até que tenha orado!.”

John Wesley: "Deus nada faz a não ser em resposta à oração."

Jonathan Edwards: "A oração é uma expressão de fé tão natural como a respiração é expressão de vida."

Hans Von Staden: “Quando agimos, colhemos os frutos do nosso trabalho, mas, quando oramos, colhemos os frutos do trabalho de Deus.”

Hudson Taylor: “Quando trabalhamos, nós trabalhamos, quando oramos, Deus trabalha.”

Martinho Lutero: “A oração é o suor da alma.”

Max Lucado: “Quando nós trabalhamos, apenas trabalhamos. Mas quando nós oramos Deus trabalha!”

Max Lucado: “Simplesmente ore… Quer saber como aprofundar a sua vida de oração? ORE. Não faça preparativos para orar. Simplesmente, ore!”

Samuel Chadwick: “A maior preocupação do diabo é afastar os cristãos da oração. Ele não teme os estudos, nem o trabalho e nem a religião daqueles que não oram. Ele ri de nossa labuta, zomba de nossa sabedoria, mas treme quando nós oramos.”

Sidlow Baxter: “Os homens podem desdenhar nossos apelos, rejeitar nossa mensagem, opor-se a nossos argumentos, desprezar-nos, mas nada podem fazer contra nossas orações.”

Willian Law:  “Não há nada que nos faça amar tanto uma pessoa quanto orar por ela.”

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Charles Haddon Spurgeon e a frase sobre a esposa com tripla personalidade


“Deus nos livre a todos das esposas que são anjos nas ruas, santas na igreja e demônios em casa” – frase atribuída a Charles Spurgeon (1834 – 1892).

Não é certeza se esta declaração, compartilhada em redes sociais, tem como seu autor o famoso pregador inglês. O que, com toda certeza, sabemos é que a conduta descrita na frase é altamente reprovável, seja ela um comportamento de uma mulher casada, ou de um marido, ou de alguém que ainda está solteiro ou solteira. 

Nem sempre será fácil, mas temos que tratar bem a todos, em todos os lugares e em todo tempo.

E.A.G.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

A multiforme sabedoria de Deus

Por Eliseu Antonio Gomes

Antes de tudo, é necessário esclarecer que a condição do ser humano agregar conhecimento ao seu raciocínio lógico é uma situação privilegiada dada por Deus e não pode ser desprezada. Contudo, todas as bênçãos que o homem recebe, são sempre recebidas vinculadas ao livre-arbítrio, e assim alguns usam a sabedoria humana, e outras bênçãos, de maneira justa para servir ao Senhor e ao próximo enquanto outros usam de maneira egoísta para alimentar seus interesses mesquinhos.

Charles H. Spurgeon certa vez formulou a seguinte pergunta retórica: "O que é a Ciência deste mundo?" E prosseguiu, respondendo mais ou menos assim: "Ela nos propõe abandonar a fé 'antiquada' de nossos antepassados por força de teorias e supostas descobertas. Mesmo que não seja a proposta, a Ciência é o método pelo qual o ser humano tenta esconder sua ignorância a respeito do Criador".

Portar a sabedoria terrena, mesmo que superior ao nível da maioria das pessoas, inclusive a teológica, não é sinal de possuir alta espiritualidade. Indivíduos inteligentes também são capazes de demonstrar total falta de temor de Deus e agir de acordo com a inclinação carnal, e entronizar seu ego como centro de atenções e glórias. Ser uma pessoa dotada de grande intelectualidade e elevado conhecimento humano não é indicação de viver para Deus de um modo agradável, se a mesma não aceitar viver de acordo com os ensinos das Escrituras Sagradas.

Para apresentar o plano da salvação eterna, Deus dispensou à Igreja as dádivas de amor, filiação e o ministério da reconciliação, através da morte e ressurreição de Cristo. Por esta razão, o apóstolo Paulo termina o capítulo 12 de 1 Corintios, em que trata dos dons espirituais, assim: "Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente" (verso 31). E em seguida, no capítulo 13, nos apresenta o ensino sobre o que é o amor e a relevância de se viver a vida cristã em excelência, isto é, compartilhando tudo de bom que Deus nos dá, amando a Deus e ao semelhante.

Deus expressa sua multiforme sabedoria ao mundo ao instrumentalizar a Igreja de Cristo com dons de revelação, dons de poder, dons de expressão e dons ministeriais.

• Dons de revelação: Palavra da Sabedoria; Palavra da Ciência; Discernimento de Espíritos.
• Dons de Poder: Dom da fé; Dons de Curar; Operação de Maravilhas.
• Dons de Expressão: Dom de Profecia; Variedade de Línguas; Interpretação de Línguas.
• Dons Ministeriais: Apóstolos; Profetas; Evangelistas; Pastores; Mestres.

A multiforme sabedoria celestial, apresentada por meio dos dons, nos leva a abrir o coração para Cristo e entronizá-lo no centro de nossas vontades; ser realmente sábio aos olhos do Senhor não é ser portador de um admirável cabedal de informações e expressá-las bem, ou possuir os dons, mas andar no Espírito, amar a Deus em primeiro lugar e ao outro como amamos a nós mesmos (Gálatas 5.16-23; Colossenses 1.26-29; 2.1-3; Tiago 3.13-18; Marcos 12.30-31).

A vontade de Deus é que todos os dons que Ele concede - expressão de sua sabedoria em múltiplas formas - sejam usados vinculados ao amor. Que cada cristão possa entender perfeitamente isso e se deixe submeter à santa vontade divina para ser usado como instrumento nas mãos do Senhor, na operação dos diversos e amplos dons espirituais e ministeriais em favor de seus irmãos e irmãs em Cristo.

Os dons espirituais e ministeriais são dados a homens e mulheres com a firme propósito de servir ao próximo, edificar a igreja local, e colaborar para que ela alcance o perfeito estado do amor: "Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor" - Efésios 4.15-16.

E.A.G.

Consulta: 
Bíblia Evangelismo em Ação, Ray Comfort, página 1199, edição 2005, São Paulo (Editora Vida).
Lições Bíblicas - Mestre, páginas 91-96, 2º trimestre de 2014, Rio de Janeiro, (CPAD).

sexta-feira, 23 de maio de 2014

A surpresa da morte realça o brilho da vida

A surpresa da morte realça o brilho da vida. https://belverede.blogspot.com.br Eliseu Antonio Gomes Belverede
Por Cícero Manoel Bezerra

"Deixem que eu seja sepultado em algum lugar quieto; onde folhas caiam, e os pássaros brinquem enquanto o orvalho brilha à luz do Sol" - C. H. Spurgeon.

A beleza da vida

A adolescência é uma fase da vida que dificilmente esquecemos. Nesse período desenvolvemos amizades, criamos valores. Aprontamos muito; aventuras, adrenalina, fantasias, sonhos, imaginações sem fim, noites sem dormir, refrigerante, televisão, filmes, brigas com irmãos, paixões, namoros (que só existem em nossa imaginação). Enfim, tudo o que faz parte das janelas da vida. É um tempo que fazemos coisas das quais jamais nos esqueceremos. Aprontamos "poucas e boas" nessa fase. (Nossos pais que o digam!)

Dor e sofrimento

Mas não foi bem isso o que aconteceu com Rebeca, uma "guria" que, na adolescência, teve de passar o que a maioria de nós jamais poderia imaginar.

Num período de aproximadamente cinquenta dias, Rebeca se deparou com uma tragédia inigualável para uma garota de pouco mais de dezessete anos. Dores foram surgindo em seu corpo, dando início a uma  luta sem precedentes, na tentativa de descobrir o que estava se passando. Teve que viajar para uma outra cidade, e começar a familiarizar-se com o ambiente hospitalar, o cheiro do éter, horários, a impaciência por parte de alguns médicos, consultas com especialistas, exames e mais exames, e os imprevistos. Mas também pôde contar com a ajuda de irmãos e conhecidos da comunidade, que se mobilizaram na tentativa de ajudar a solucionar o problema.

Quando finalmente chegou-se a um diagnóstico, a doença já havia se enraizado em seu organismo - um câncer fatal. Seus órgãos internos estavam totalmente tomados. Em questão de dias esse mal horrendo ceifou a vida da jovem Rebeca.

A diferença que a família faz

Vamos analisar um pouco a vida de Rebeca. Ela foi adotada por uma família de irmãos em Cristo, que se dispuseram a amá-la como a uma filha, dando-lhe tudo o que podiam para que se sentisse aceita e amada. Toninho, o pai, sempre preocupado em lhe proporcionar uma boa educação, e sempre zeloso pelo seu bem estar. Solange, a mãe, sempre carinhosa, atenciosa, conselheira, e amiga acima de tudo. Na maioria das vezes uma mãe adotiva é mãe duas vezes: por escolha e pelo apego natural, comum a todas as mães.

Nesse episódio de dor que essa família se viu envolvida, cabe salientar alguns pontos. A atitude que tiveram serviu de testemunho para toda a comunidade, e muitos se chegaram a Cristo. Por intermédio dessa triste eventualidade, pessoas no hospital foram impactadas; o colégio onde Rebeca estudava se mobilizou totalmente para o funeral. As pessoas estavam estarrecidas com a morte trágica e prematura daquela estudante.

A morte nos assusta, confronta, nos leva a questionamentos. Por incrível que pareça, ela nos faz pensar sobre a vida e nos estimula a refletir a respeito do fato de que todos, um dia, teremos de enfrentá-la.

O ser humano tenta fugir da morte, mas não há escapatória. Iremos nos deparar com ela de um jeito ou de outro. Nessas horas, as pessoas passam a pensar mais um pouco em seus ideais e valores. A sociedade moderna tenta por diversos meios ignorar a morte. Atividades sem fim, fortes emoções, uso de drogas, etc, são as alternativas atuais para vencer o impacto da morte.

Como no caso de Rebeca, de repente e de uma forma assustadora, nos deparamos com o que vamos passar um dia e isso nos leva a refletir, a considerar a respeito de nossas escolhas. O cidadão moderno não leva em conta os valores espirituais, age e reage de acordo com aquilo que vê, sendo que todos os dias, um dia, prestaremos contas diante de Deus por todas as nossas escolhas. Nossas decisões não fogem à regra da lei da causa e efeito. Diante do que aconteceu com essa menina, muitos que estavam afastados do Senhor consertaram sua vida com Deus.

A presença real do Senhor

Em todo o tempo Deus esteve com a família. Sobre a situação, o pai de Rebeca disse: "Foi uma atuação milagrosa de Deus em nosso favor." Não se pode imaginar o conforto de Deus numa situação assim. Nesses momentos o que conta é a nossa confiança na imensa graça do Senhor, em seu conforto inexplicável, e na sua presença forte e significativa. São situações que jamais imaginamos passar.

Por mais que nos esforcemos, não podemos medir o que essa família passou. Podemos sim, testemunhar que Deus esteve sempre com eles. Podemos também tirar lições da conduta que tiveram perante tamanha dor, da luta na tentativa de solucionar as questões e encontrar respostas. Somente Deus poderia ter dado tamanha assistência.

Somos um corpo

Em momentos como esse vale destacar o amor e o cuidado dos irmãos, todos tentando ajudar. Pessoas com as quais nunca haviam se relacionado, de repente e prontamente, se colocaram à disposição para servir e para cooperar de alguma forma. É em circunstâncias assim que percebemos que somos um corpo: uma palavra amiga, um gesto solidário, e mesmo aquela presença silenciosa de alguém que gostaria muito de ajudar, mas não sabe como. Tudo isso é muito significativo. A presença da igreja, o apoio da comunidade, dos parentes, nos faz sentir que amamos e somos amados.

Rebeca agora está nos braços de Deus, debaixo dos cuidados do Senhor. Quando ainda estava consciente, havia demonstrado que realmente entregara a vida a Jesus. Uma detalhe marcante de seu testemunho foi que, já com o organismo todo tomado pela doença, mas ainda consciente, ela fazia sinais com os dedos como se ainda estivesse tocando órgão eletrônico, instrumento que ela gostava de tocar, e com o qual também louvava a Deus.

Os pais Toninho e Solange, pela graça de Deus têm suportado a dor. Não tem sido fácil: momentos de saudade, lembranças inesquecíveis, o perfume que usava, as roupas, a comida que mais gostava, tudo que fazia parte da convivência com Rebeca... precisam encarar de outra forma. Agora ela está com Deus!

A Ele seja a glória!

Mensagem da Cruz, nº 117, página 16, abril-junho de 2002 (Editora Betânia).

__________

Blog Belverede

"Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos" - Salmos 116.15.

A esperança do cristão é viver a eternidade com Deus. Deus não considera momento de baixo valor o falecimento de um justo. A morte de seus seguidores é um cuidado para o Senhor, que sente a dor e a tristeza do luto das famílias, atribui extremo valor à alma de qualquer de seus servos fiéis. Ele exerce o máximo zelo por todos os envolvidos na separação de um ente querido. Para nós, a despedida é uma tragédia, mas para Ele é uma promoção para a glória eterna, e se alegra ao receber quem O ama no Céu, que é lugar de paz para todo o sempre (João 14; Filipenses 1.21).

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

C. H. Spurgeon: o sermão Maravilhosa Graça

Algumas frases do sermão Amazing Grace, apresentado pelo pastor batista Charles Haddon. Spurgeon no Metropolitan Tabernacle, Newington, Londres - Inglaterra: 

“Em verdade, a Graça de Deus, como as grandes montanhas, não pode ser dimensionada! Assim como as profundezas do mar, ela nunca pode ser compreendida e, como o espaço, ela nunca pode ser medida! Ela é, como o próprio Deus, maravilhosa, incomparável, sem limites.” 

“Oh, quão docemente o Senhor guia os pecadores, primeiro a Seu Filho amado, e ordena a encontrar nEle o seu tudo em todos. Então, Ele leva o pecador ao propiciatório e Ele diz: ‘Pedi, e vos será dado, procurai e achareis’. Então, Ele leva o pecador para aquele grande livro antigo, a Bíblia, e Ele diz: ‘Leia ali e quando você lê-lo eu vou abri-lo para você. Eu vou abrir-lhe os olhos para ver os seus tesouros e maravilhas escondidas, e o guiarei em toda a Minha Verdade’. ‘Venha’, Ele diz: ‘Eu vou levá-lo mais longe. Vou guiá-lo em sua vida diária. Vou guiá-lo a respeito de como agir entre os ímpios. Sim, eu vou guiá-lo nas veredas da justiça por amor do Meu Nome’".

“O Bom Pastor vai atrás da ovelha – o segue, a acompanha, se apodera dela, a lança sobre seus ombros e a leva para casa com regozijo. Nós, hoje à noite, bendizemos essa poderosa Graça que não parou de nos procurar por nossa causa, mas nos procurou! Era como o orvalho que não espera por homens, nem se demora pelos filhos dos homens, mas vem em todas as suas alegres influências abençoadas e faz a terra feliz. Oh, poderosa graça de Deus, vêm dessa forma esta noite a esta multidão de pobres pecadores sem, “ses”, “mas”, ou condições!”

“O que é salvação? Que você acha que quero dizer com isso, a salvação das pessoas de descer ao Inferno e deixá-los viver como eles viveram antes? Nós nunca pretendemos qualquer coisa do tipo! Queremos dizer que Jesus Cristo cura as pessoas da doença do pecado, isto é, Ele lança fora o pecado, muda sua mente, renova seu coração e o faz odiar o pecado que uma vez eles amaram e os leva a buscar a santidade que uma vez que eles desprezaram! É verdade que Ele abriu uma casa para ladrões, bêbados e prostitutas - "Venha e bem-vindo" e defina a porta aberta e disse: Mas para quê? Para que, o pecador que entra trate de não mais ser um bêbado, em não mais ser um ladrão, em não mais ser impuro - para este objetivo é o culpado convidado a vir a Cristo – para que ele possa ter seu coração renovado!”

“Em seguida, o texto continua a dizer: ‘E o guiarei’. A pobre alma do homem, mesmo quando curada, não sabe para onde ir! Não há coisa mais desnorteada neste mundo do que um pobre pecador quando na primeira vez que ele é despertado. Você já foi com uma vela em um celeiro, onde há um número de aves empoleiradas? Você já as perturbou? Você não viu como elas se arremessam aqui e ali e não sabem por qual o caminho voar? A luz as confunde. Assim é quando Cristo vem para os pobres pecadores. Eles não sabem para onde ir! Eles veem um pouco, mas a própria luz os confunde. Agora, o Senhor amoroso chega e diz: ‘Eu o guiarei’". 

“Deus começa derrubando para fora nossos consolos. Ele tira o conforto que uma vez tivemos em nossa falsa paz e ele nos faz lamentar pelo pecado. Mas depois de um tempo ele restaura a consolação para nós. Que tipo de consolação? A consolação do perdão perfeito, a consolação da aceitação completa. O Pai dá um beijo quente sobre o rosto da criança e que é a consolação da Adoção. Considerando que eram herdeiros da ira, nos tornamos herdeiros do Céu, ter a consolação da esperança. Nós recebemos a consolação da comunhão diária, pois são admitidas para falar com Deus e para se aproximar dEle. A consolação do uma segurança perfeita, pois somos levados a sentir que se vivemos ou morremos, não importa, estamos seguros nos braços de Jesus!”

“(…) o Senhor está ciente da indignidade daqueles a quem Ele dá a sua Graça e é a glória desta Graça que Ele derrama sobre o absolutamente indigno. Ele sabe exatamente o que os homens são e ainda assim Ele é bondoso para com o malvado e para com os ingratos. Ele dá sua graça para aqueles que, como Manassés, e Saulo de Tarso, e o ladrão morrendo, não tem nada, senão o pecado sobre eles e merecem o Seu furor em vez de Seu amor misericordioso.”

“Ó, pecadores, não pensem, que porque viemos hoje à noite, para pregar a livre graça e morrendo de amor por vocês, proclamamos o perdão completo através do sangue de Jesus, que, portanto, Deus é conivente com o pecado! Não, Ele é um Deus irado e não tem por poupar o culpado! Tão certo como o fogo consome o restolho, assim a sua ira arde contra a maldade! E Ele a destruirá totalmente de sobre a face da terra, pois “Deus está irado com o ímpio todos os dias”. 

 “(...) se há ou não haverá ninguém salvo pelo Evangelho que eu prego não depende se eles vieram aqui querendo ou não, pois o Senhor disse: ‘O meu povo se apresentará voluntariamente no dia do meu poder’”. Existe um poder maior do que a vontade humana, qualquer que seja o poder que possa haver neste – e certamente há um grande poder – nem eu quero negar o fato. Mas há um poder maior do que a vontade do homem, de outra forma, o homem seria Deus e a vontade do homem seria Onipotência”. 

“(...) o meu propósito eterno será executado – Eu o curarei, eu o sararei. Vou deixar o mundo inteiro ver que a Graça é mais forte que o pecado e que a misericórdia eterna não pode ser cortada, até mesmo por transgressões infames”. Oh, as profundidades do amor Divino! Verdadeiramente ele é inescrutável!” 

Sermão nº 1279, “Amazing Grace” (Maravilhosa Graça), de C. H. Spurgeon, Metropolitan Tabernacle, Newington, Londres, Inglaterra.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A travessia do mar vermelho

Por Eliseu Antonio Gomes

Os hebreus viveram 430 anos sofrendo como escravos no Egito. O Todo-Poderoso tirou o povo israelita do cativeiro de maneira marcante, com cuidado e zelo, através de Moisés o conduziu no meio do deserto à Terra Prometida.

A saída deles do território de Faraó significou um desastre para a economia egípcia. Além da perda da mão de obra escrava, os israelitas não saíram daquele país com as malas vazias, eles despojaram os egípcios, como uma forma de ressarcir os anos em que não foram pagos pelos quase quatro séculos e meio trabalhados em regime forçado.

Mares na Bíblia

Entre os hebreus o termo "mar" compreendia qualquer massa de água. Então, na Bíblia encontramos à extensão de água designada como mar, a água salgada ou doce. Exemplos: o oceano (Gênesis 1,10; Jó 38.8); o Mar da Galiléia (que é um lago, Mateus 4.18).

Os mares são:

1 - Mediterrâneo, também chamado apenas de Mar, ou de Mar dos Filisteus, Mar Grande, Mar Ocidental (Números 34.6).
2 - Mar Morto, ou de Arabá, ou Oriental, ou Salgado (Josué 3.6).
3. Mar Vermelho, ou Mar Eritreu, Mar de Sufe, ou Mar do Egito (Êxodo 13.18)

O Mar Vermelho

Mar de Sufe ("Yam Suph"), significa "de plantas marinhas". Não se sabe como originou o nome Mar Vermelho, suas águas não são avermelhadas, mas verde-azul.

Embora não pertença à Terra Santa, encontra-se estreitamente ligado à história do povo israelita.

O Mar Vermelho separa os territórios egípcios e sauditas, está entre a África e a Arábia. Na parte setentrional divide-se em dois golfos pela península do Sinai: o braço ocidental é conhecido como o Golfo de Suez; o oriental, Golfo de Acaba.

É provável que os israelitas tivessem atravessado o Mar Vermelho num ponto que fica 300 milhas * ao norte da atual entrada do Golfo de Suez. Como todo o exército pereceu nas águas, a largura deveria ser de pelo menos 12 milhas.

A parte mais larga do Mar Vermelho, até o sítio onde se fende em dois golfos é de 200 milhas e a parte mais estreita é de 100 milhas. O Golfo de Suez ao longo do tempo da era cristã tem se estreitado. A mudança de largura, secando-se a língua do Mar Vermelho, dificulta localizar a região onde ocorreu a travessia dos hebreus. Mas cogita-se que possa ter sido próximo dos Lagos Amargos.

Escravidão na Bíblia

Muitos se perguntam sobre o motivo de os judeus escaparem da servidão no Egito e depois incorporarem o regime escravagista após o estabelecimento da sua sociedade. Segundo Charles H. Spurgeon, comentando a passagem de Êxodo 21.5-6, a escravidão que existia entre os judeus antigos era uma coisa muito diferente daquela que desgraçou  humanidade nos tempos modernos. O escravo de um judeus tinha liberdade para sair da casa de seu mestre e ir sozinho onde quisesse. Mas, parece que, por ser a servidão tão leve - diz Spurgeon - benéfica para a pessoa escravizada, era comum o escravo não buscar sua liberdade.

Conclusão

Depois da conversão, o pecador torna-se servo de Jesus Cristo. Ele apresenta seu como um sacrifício vivo. Seus ouvidos estão sempre abertos na direção da porta do Salvador. O pecador arrependido ouve a sua voz (João 10.3, 9).

O cristão verdadeiro submete-se voluntariamente à Lei de Cristo: 1 Coríntios 9.21; Gálatas 6.2).

É necessário crer na eficaz proteção de Deus e eficiente providência divina. Assim como Ele não havia se esquecido das promessas que havia feito para Abraão, não abandona o cristão. Se esperamos que os planos do Senhor sejam realizados, não podemos cair em desespero e nos esquecer que nenhum objetivo do dEle é frustrado. Ele jamais se esquece das promessas que faz, todas são concretizadas efetivamente.

E.A.G.

* - Para converter medidas de milhas para metros, e obter o número exato, é preciso usar o Sistema Internacional, multiplicando o valor por 1 609,344.

Consultas:
Bíblia de Estudo Almeida, Dicionário, página 109, edição 2007, Barueri, (SBB).
Bíblia Evangelismo em Ação, página 76, edição 2005, (Editora Vida).
Geografia Bíblica, Claudionor de Andrade, página 140 1987, Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas, Antonio Gilberto, 1º trimestre 2014, Rio de Janeiro (CPAD)..
Pequena Enciclopédia Bíblia O.S. Boyer, páginas 401 e 402, 404, edição 1992, São Paulo (Editora Vida).

quinta-feira, 21 de junho de 2012

A Bíblia Sagrada e a revelação do Espírito Santo (parte 3 de 3)


A Bíblia Sagrada e a revelação do Espírito Santo - parte1

A Bíblia Sagrada e a revelação do Espírito Santo - parte 2

Tenho escrito há algum tempo na Blogosfera que a pratica da autêntica apologética é mostrar o erro, sem enfatizar os errados, e apontar para a solução. Por quê? A luz que recebemos, por intermédio do conhecimento da Palavra de Deus, nos dá discernimento para entender que nosso inimigo não é o nosso semelhante, mas um ser espiritual, o diabo Miremos o alvo certo e deflagremos chumbo grosso apenas nele!

"Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais" - Efésios 6.12.

Me converti nos idos de 1980. Naquela época, editoras de renome em nível nacional lançavam diversos livros com temática escatológica, com vista na virada do século e no fim dos tempos. Eu li alguns livros sobre o Apocalipse, com interpretações que hoje fazem as pessoas rirem, pois os anos mostraram que as interpretações estavam erradas... Escritor com reputação caiu em ridículo, porque quis interpretar textos que não possuem contextualização bíblica que dê suporte para chegar em uma elucidação das simbologias. Existem editoras de renome nacional nessa história, hoje os lançamentos estão fora de catálogo e com certeza jamais voltarão a ser publicados.

A escatologia é terreno perigoso. É o ramo da teologia que menos possui respostas e o que mais coloca teólogos em posições ridículas. Mentes aguçadas perguntam sobre trechos bíblicos que nos levam apenas à superfície das hipóteses.

Entendo que para tudo o que é mais importante a Palavra de Deus é clara e responde sem deixar sombras de dúvidas. O que não importa muito, o que não muda o destino da nossa salvação, não precisa de clareza.

Se a Palavra não explica determinado tema, então nos contentemos com o que estiver revelado. Deuteronômio 29.29 é a resposta para essas situações: "As coisas encobertas são para o Senhor e as reveladas são para nós e nossos filhos."

A regra da hermenêutica diz que Bíblia explica a Bíblia, quando não há contexto que responda um texto então é preferível calar. Exercer humilde e dizer "não sei" em muitas ocasiões é a postura correta.

Certa vez, Spurgeon afirmou que quando alguém procura uma resposta bíblica e não encontra, o erro está em quem procurou, pois não se aprofundou o suficiente na pesquisa. Entendo que para as coisas práticas do viver cristão há respostas, mas para o futuro remoto nem sempre há elucidação.

Os cristãos do primeiro século acreditaram que Jesus voltaria na geração deles. Interpretaram errado as profecias. Não era importante para eles, então Deus não revelou-lhes que haveria vida na Terra por tantos séculos.

Hoje em dia existem muitas suposições sobre As Duas Testemunhas do Apocalipse, perguntam quem seriam elas. Na concepção de uns seriam Moisés e Elias e na de outros a simbologia da Antiga e da Nova Aliança. Não há condição de ter certeza de quem sejam elas. Não existe base para afirmar nada. Toda resposta é apenas conjectura. Eu não respondo este assunto indicando uma ou outra vertente, prefiro ficar em silêncio nas passagens que a Bíblia não apresenta conclusões.

Deus é soberano, e não diz nada além do que seja útil e proveitoso para nós. Precisamos nos contentar apenas com o que estiver revelado. Em momentos de ausência de explicação bíblica, o que importa é exercer nossa humildade.

O silêncio bíblico ocorre porque não é edificante saber tudo no presente momento, algumas informações só poderão edificar vidas na ocasião dos fatos e não antes.

E.A.G.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Alimentando as ovelhas ou divertindo bodes?

Charles Haddon Spurgeon

Existe um mal entre os que professam pertencer aos arraiais de Cristo, um mal tão grosseiro em sua imprudência, que a maioria dos que possuem pouca visão espiritual dificilmente deixará de perceber. Durante as últimas décadas, esse mal tem se desenvolvido em proporções anormais. Tem agido como o fermento, até que toda a massa fique levedada. O diabo raramente criou algo mais perspicaz do que sugerir à igreja que sua missão consiste em prover entretenimento para as pessoas, tendo em vista ganhá-las para Cristo. A igreja abandonou a pregação ousada, como a dos puritanos, em seguida, ela gradualmente amenizou seu testemunho; depois, passou a aceitar e justificar as frivolidades que estavam em voga no mundo, e no passo seguinte, começou a tolerá-las em suas fronteiras; agora, a igreja as adotou sob o pretexto de ganhar as multidões.

Minha primeira contenção é esta: as Escrituras não afirmam, em nenhuma de suas passagens, que prover entretenimento para as pessoas é uma função da igreja. Se esta é uma obra cristã, por que o Senhor Jesus não falou sobre ela? "Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16.15). Isso é bastante claro. Se Ele tivesse acrescentado: E oferecei entretenimento para aqueles que não gostam do evangelho, assim teria acontecido. No entanto, tais palavras não se encontram na Bíblia. Sequer ocorreram à mente do Senhor Jesus. E mais: Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres (Efésios 4.11). Onde aparecem nesse versículo os que providenciaram entretenimento? O Espírito Santo silenciou a respeito deles. Os profetas foram perseguidos porque divertiam as pessoas ou porque recusavam-se a fezê-los? Os concertos de música não têm um rol de mártires.

Novamente, prover entretenimento está em direto antagonismo ao ensino e à vida de Cristo e de seus apóstolos. Qual era a atitude da igreja em relação ao mundo? Vós sois o sal, não o docinho, algo que o mundo desprezará.  Pungente e curta foi a afirmação de nosso Senhor. Deixa aos  mortos o sepultar os próprios mortos (Lucas 9.60). Ele estava falando com terrível seriedade!

Se Cristo houvesse introduzido mais elementos brilhantes e agradáveis em seu ministério, teria sido mais popular em seus resultados, porque seus ensinos eram perscrutadores. Não O vejo atrás do povo dizendo: Pedro, vá atrás do povo e diga-lhe que teremos um culto diferente amanhã, algo atraente e breve, com pouca pregação. Teremos uma noite agradável para as pessoas. Diga-lhes que com certeza realizaremos esse tipo de culto. Vá logo, Pedro, temos de ganhar as pessoas de alguma maneira!

Jesus teve compaixão dos pecadores, lamentou e chorou por eles, mas nunca procurou divertí-los. Em vão, pesquisaremos as cartas do Novo Testamento a fim de encontrar qualquer indício de um evangelho de entretenimento. A mensagem das cartas é: Retirai-vos, separai-vos e purificai-vos! Qualquer coisa que tinha a aparência do mal de brincadeira evidentemente foi deixado fora das cartas. Os apóstolos tinham confiança irrestrita no evangelho, a igreja se reuniu para orar, mas não suplicaram: Senhor, concede aos teus servos que, por meio do prudente e discriminado uso de recreação legítima, mostremos a essas pessoas quão felizes nós somos. Eles não pararam de pregar a Cristo, por isso não tinham tempo para arranjar entretenimento para seus ouvintes. Espalhados por causa da perseguição, foram a muitos lugares pregando o evangelho. Eles transformaram o mundo. Essa é a única diferença! Senhor, limpe a igreja de todo o lixo e baboseira que o diabo impôs sobre ela e traga-nos de volta aos métodos dos apóstolos.

Por último, a missão de prover entretenimento falha em conseguir os resultados desejados. Causa danos entre os novos convertidos. Permitam que falem os negligentes e zombadores, que foram alcançados por um evangelho parcial; que falem os cansados e oprimidos que buscaram paz através de um concerto musical. Levante-se e fale o alcoólatra para quem o entretenimento na forma de drama foi um elo no processo de sua conversão! A resposta é óbvia: a missão de prover entretenimento não produz convertidos verdadeiros. A necessidade atual para o ministro do evangelho é uma instrução bíblica fiel, bem como ardente espiritualidade; uma resulta da outra, assim como o fruto procede da raiz. A necessidade de nossa época é a doutrina bíblica, entendida e experimentada, de tal modo, que produz devoção verdadeira no íntimo dos convertidos.

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Nota Belverede:

A reprodução deste artigo é feita em caráter informativo e sua reflexão é recebida parcialmente.

Entendemos que para tudo na vida é preciso manter o equilíbrio. Quanto ao entretenimento não é diferente, é preciso ser moderado.

Ponderamos que nem todas as modalidades de entretenimento se configuram em pecado. É possível ser um autêntico cristão e ao mesmo tempo divertir-se, desde que o divertimento não seja usado nas modalidades que a Bíblia Sagrada o descreve como obras da carne (Gálatas 5.16-23), e não seja uma ação que troca os compromissos evangelísticos e de culto a Deus.

Não é razoável fazer comparação entre a vida dos apóstolos e a vida cristã dos tempos atuais da sociedade brasileira, pois no passado os crentes da Igreja Primitiva estavam em período de perseguição religiosa, eram presos e mortos, então não havia ambiente para promoverem uma festividade aberta, construírem templo religioso, salão de confraternização.

Sugerimos a meditação em Eclesiastes 11.9-10; 12.1-4 e Filipenses 4.8.