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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Salvação e Livre-Arbítrio

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

O principal plano de Deus foi salvar a humanidade, porém, em concordância com sua sabedoria, deu o livre-arbítrio ao homem.

I. A ELEIÇÃO BÍBLICA É SEGUNDO A PRESCIÊNCIA DIVINA

1. A eleição de Israel.

Qualquer estudo sobre a eleição deve começar por Jesus. Toda conclusão teológica que não fizer referência à doutrina de Cristo seja posta como ação suspeita, pois em Jesus encontramos o amor de Deus.

A eleição de Israel foi ímpar e pontual. Deus tinha o objetivo de enviar o Salvador ao mundo através da nação hebreia. Cristo reflete o Deus que elege. sem fazer acepção de pessoas. Por este motivo o apóstolo Paulo vinculou o amor à eleição ou predestinação.
a. "Antes da fundação do mundo, Deus nos escolheu, nele, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele. Em amor  nos predestinou para ele, para sermos adotados como seus filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o propósito de sua vontade" - Efésios 1.4-5.
b. "Portanto, como eleitos de Deus, santos e amados, revistam-se de profunda compaixão, de bondade, de humildade, de mansidão, de paciência" - Colossenses 3.12; 
c. "Sabemos, irmãos amados por Deus, que ele os escolheu" - 1 Tessalonicenses 1.4;
d. "Mas devemos sempre dar graças a Deus por vocês, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus os escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade" - .2 Tessalonicenses 2.13.
O Deus que elege é o Deus que ama o mundo inteiro de maneira tal, com um amor indescritível. Por isso não é aceitável a afirmação que Ele escolhe alguns para a salvação eterna e envia outros para a perdição sem-fim.

2. A eleição para a salvação.

A eleição divina é o ato pelo qual Deus chama os pecadores para a salvação em Cristo e torna-os santos. Essa eleição é proclamada através da pregação do Evangelho, e Deus deseja que todos sejam salvos e respondam afirmativamente ao chamado para a salvação. Romanos 8.29-30; João 1.11; Atos 13.46; 1 Corintios 1.9; Atos 2.37; 1 Timóteo 2.4; 2 Pedro 3.9.

A eleição é segundo a presciência de Deus.

É necessário nascer outra vez

3. A presciência divina.

A presciência é a capacidade de Deus saber todas as coisas de antemão e interferir na história humana (Atos 22.14; Romanos 9.23; Neemias 9.21; Salmos 3.5; 9.4; Hebreus 1.3).

Estamos sob os cuidados e a presciência de Deus, mas também desfrutamos paradoxalmente da liberdade do livre-arbítrio dado por Ele, situação que aumenta a responsabilidade humana em obedecer aos seus mandamentos (Hebreus 10.38; Apocalipse 3.20).

II. ARMÍNIO E O LIVRE-ARBÍTRIO

1. Breve histórico de Jacó Armínio (Jakob Hermanzoon)

Armínio, teólogo e reformador, nasceu na Holanda em 1560, foi pastor em uma igreja em Amsterdã, recebeu o título de doutor em teologia pela Universidade de Leiden. Suma mais enfática defesa é o livre-arbítrio humano. Por este posicionamento, enfrentou oposição, falsas acusações por parte dos calvinistas, porém manteve-se sempre manteve postura não combativa, embora firme em suas convicções. Armínio morreu no auge da controvérsia teológica na Holanda, em 1609.

Não trouxe nenhuma novidade à teologia cristã no sentido doutrinário. Para embasar seu parecer, usou em seu método os pais da Igreja, escritos medievais e muitos outros protestantes que lhe antecederam. Assim, refutou duramente algumas doutrinas de linha calvinista, com o objetivo de enfatizar o caráter bondoso, amoroso e justo de Deus.

Nomes arrolados ao lado de Armínio:
Melanchton, líder luterano;
Erasmo, reformador católico;
Balthasar Hubmaier líder anabatista do século XVI;
Menno Simons, líder anabatista contemporâneo de Hubmaster.
Segundo a doutrina arminiana, não apenas a cruz de Cristo é necessária para solicitar e obter a salvação, a fé no sacrifício realizado por Cristo na cruz também é necessária para obter a redenção. Deus elegeu e destinou todos para a salvação (João 3.14-16; 1 Pedro 2.9).

A principal característica do arminianismo é o livre-arbítrio. Os pontos básicos desta doutrina, são:
a. A predestinação depende da maneira de o pecador corresponder ao chamado da salvação. Assim, a salvação está fundamentada na presciência divina; não é um ato que segue única e exclusivamente a vontade de Deus;
b. Cristo morreu, indistintamente, por toda a humanidade, porém somente serão salvos os que crerem;
c. Como o ser humano não tem a capacidade de crer, necessita do auxílio da graça divina;
d. Apesar de não ter fim, a graça pode ser resistida;
e. Nem todos os que aceitaram a Cristo perseverarão.
Antes de existirem tradicionais-históricos, pentecostais e outros, já haviam milhares de cristãos fiéis ao Senhor. . Isso significa que a história da Igreja não teve seu início com uma pessoa ou uma só denominação. Por isso não se justifica guerras teológicas, brigas denominacionais e rompimentos de amizades. A Palavra de Deus não existe para trazer contendas e rivalidades. A diferença teológica não deve servir de motivação para erguer muros de inimizades entre irmãos. Não convém debater sobre o assunto em foco, oremos e nos esforcemos para que não haja ânimos exaltados por causa de linhas doutrinárias diferentes. Antes de Armínio e Calvino, tenhamos em alta consideração Jesus, que é o nosso Salvador. Vivamos nossa fé em Cristo fazendo uso do amor cristão uns pelos outros.

2. O livre-arbítrio.

O Criador fez o homem livre e independente, inteligente e permite que cada indivíduo escolha entre o bem e o mal. Deus quer que todo ser humano, livre e espontaneamente, o ame de todo o coração e mente. Então, em sua bondade, deu para seus filhos a possibilidade de escolha. Ele proveu a salvação para todos, mas nem todos atendem ao seu convite. Assim, Deus cortou Israel por escolha de Israel e enxertou pessoas de outras nações, que creram em Cristo como Salvador e o receberam como Senhor, em seu lugar e foram esses salvos que se tornaram o Israel de Deus (Mateus 21.43; Romanos 11.17-24).

Deus é soberano, amoroso e quer salvar a todos, mas isso não anula o direito de escolha do ser humano. Na Bíblia temos tanto a predestinação divina como a livre escolha humana, em relação à salvação, porém não uma predestinação em que uns são destinados à vida eterna e outros à perdição eterna. O que coube a Deus realizar no plano perfeito da salvação, está feito; mas a parte do ser humano, que é crer e aceitar o sacrifício de Jesus, o homem precisa fazer.

Aqueles que crerem serão salvos; os que não crerem, porém, serão condenados. Alguns, ao ouvirem o Evangelho, se endurecem ainda mais em seus pecados e perdem a oportunidade de salvação (Marcos 16.16; João 1.11; Atos 17.32).

3. O livre-arbítrio na Bíblia.

De acordo com sua soberania, Deus concedeu o livre-arbítrio ao homem. O livre-arbítrio é a possibilidade que os seres humanos possuem de fazer escolhas e tomar decisões  que afetam seu destino eterno, especificamente se tratando da salvação.

A ênfase inconsequente à livre vontade do homem conduz ao engano de uma salvação dependente de obras, conduta e obediência humanas.

III. ELEIÇÃO DIVINA E LIVRE-ARBÍTRIO

1. A eleição divina.

Eleição é a escolha que Deus faz para com grupos e indivíduos com finalidade específica determinada por Ele - no caso do presente assunto abordado, a salvação. Mas a eleição é condicionada à vontade humana. Essa vontade não prejudica em nada a vontade de Deus, pois prevê tudo antecipadamente.

Uma das palavras hebraicas para eleição é "yãdha". Este termo expressa sentido de amorosidade, carrega a ideia de que Deus escolhe porque seus afetos o levam a escolher as pessoas para a salvação.

No texto bíblico capitulado em Romanos 8.29, encontramos o vocábulo grego "proginõskõ", cujo significado remete à eleição amorosa, ao fato de que Deus amou a todos previamente.

2. Escolha humana e fatalismo.

"Portanto, assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os seres humanos para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos para a justificação que dá vida" - Romanos 5.18.

A graça divina é estendida a todos os seres humanos, abre a cada indivíduo a oportunidade de crer no Evangelho, o que descarta a possibilidade de a eleição ser uma ação fatalista de Deus. Por fatalismo, entenda-se acontecimentos que operam independentemente da nossa vontade e dos quais não é possível evitar.

3. A possibilidade da escolha humana.

Uma das informações admiráveis da Palavra de Deus é a que nos faz saber que embora Deus seja o Altíssimo, o Soberano Senhor dos senhores, Ele criou os seres humanos livres, dando-lhes a possibilidade de relacionar-se de maneira espontânea e livre, amando-o de todo o coração.

 Há vários textos bíblicos que apontam para o fato de o ser humano ser livre para escolher:

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" - João 3.16..

"Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora" - João 6.37.

" Porque: 'Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo' ” - Romanos 10.13.

CONCLUSÃO

O Evangelho é uma dádiva maravilhosamente indescritível entregada a todas as pessoas, independente de merecimentos pessoais. Deus, em sua infinta misericórdia, nos chama para vivê-lo, diariamente: "Venham a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e eu os aliviarei" - Mateus 11.28. Os que aceitam o convite estão predestinados a "serem conforme a imagem de seu filho Jesus (Romanos 8.29).

E.A.G.

As citações bíblicas expostas por extenso são extraídas da Nova Almeida Atualizada (NAA), tradução publicada pela Sociedade Bíblica do Brasil.

Compilação:
A Obra da Salvação. Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida; Claiton Ivan Pommerening; páginas 85 a 89; 2ª impressão 2017; Bangu/RJ (CPAD);
Ensinador Cristão; ano 18; número 72; página 40; 4º trimestre de 2017; Bangu/RJ (CPAD);
Lições Bíblicas / Professor. A Obra da Salvação - Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida; Claiton Ivan Pommerening; 4º trimestre de 2017; páginas 54 a 60; Bangu/RJ (CPAD).

domingo, 13 de novembro de 2016

O casamento e o livre-arbítrio



Com todo respeito a todos que pensarem diferente de mim, quero dizer que eu creio na doutrina do livre-arbítrio. E assim como Deus nos dá a liberdade de escolha para nós em tudo que decidimos realizar, também nos deixa livres para escolher o marido ou esposa. O que o Senhor faz neste caso do matrimônio, e em todos os outros, é nos apresentar critérios sábios para fazer as melhores escolhas - e após a escolha feita da pessoa do cônjuge, ensinar a ter uma vida à dois em respeito mútuo. Sendo mais direto: não entendo que o Senhor queira escolher no lugar do pretendente ao casamento a pessoa que será o marido ou esposa de quem se casa.

Isaías 46.10 dá base para os calvinistas refutarem o livre-arbítrio?
Qual a permissão dada na Bíblia para o divórcio?
Salvação e Livre-Arbítrio


terça-feira, 2 de outubro de 2012

Jesus Cristo e o livre arbítrio de cada dia


VIDA CRISTÃ. Blog Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br
Deus prioriza a liberdade de decisão, porque Ele é o Autor da liberdade de escolhas.

Morrer não é o fim. É o começo da existência no porvir, espaço onde cada qual dará conta de suas decisões  nesta vida. Vide Hebreus 9.27.

Em Mateus 11.28, Jesus Cristo nos convida a estar com Ele, chama almas cansadas e em opressão a receber o alívio que Ele tem condições de dar.

E, em Romanos 1.25, está escrito que o Criador abandona na vida de pecado quem não dá importância ao conhecimento de Deus. O próprio Deus os abandona às consequências nefastas da vida em pecado, e por suas opções erradas os tais não têm discernimento de que praticam coisas inconvenientes a eles próprios. Então sofrem em consequências de suas paixões e desprezo ao Senhor, por honrarem mais a criatura do que o Criador.

Via de regra, o cristão prega a Palavra de Deus sem enfatizar condutas. E é fato que quem sempre fala através da pregação é o próprio Criador. A mensagem de Deus salta aos olhos do ser humano em pecado, incomoda-o, porque o Espírito Santo quer comunicar-se com ele. Para alguns pecadores, expressar a verdade é como se fosse insulto, mostrar a realidade espiritual é o mesmo que desejar-lhes o mal. Não compreendem que a Verdade liberta. Então, às vezes, o crente é perseguido por anunciar o Evangelho, é desdenhado e visto com maus olhos por quem tem mentalidade apenas para as coisas desse presente momento, é contraditado e ridicularizado por quem não consegue entender os fatos que ocorrem além-túmulo.

A Palavra de Deus tem poder para libertar o pecador. Porém o Senhor não age como ditador, prioriza em sua relação com o ser humano à liberdade de escolha, nunca força os ouvintes à conversão. A libertação da alma só acontece quando ela aceita o convite para receber em seu coração o Caminho Certo - Jesus Cristo.

O pregador não deve aumentar e nem diminuir o que está escrito, através de interpretações particulares

Mesmo quando a Palavra de Deus é enérgica, não tem propósito de ofender, mesmo aqueles que se sentem ofendidos ao ouvi-la.

É importante anunciar o conteúdo bíblico exatamente como é. Quando citamos textos bíblicos sobre determinado comportamento errado, cabe a nós mostrar a posição bíblica, e nada mais que isso. Como cristãos evangélicos, devemos tão-somente anuncia-la..

O cristão temente a Deus não aceita a abominação e sentimentos perversos, sabe que seus praticantes caminham para o inferno, e por este motivo odeia o pecado. Ama o pecador e sabe que a verdade precisa ser dita e ele. E faz isso.

 E.A.G.

sábado, 10 de abril de 2010

O LIVRE ARBITRIO E O CORAÇÃO DURO DE FARAÓ

Deus não tem seus prediletos.

Quando Moisés solicitou ao monarca egipcio para deixar o povo judeu partir, Deus deu a ele a opção de entrar para a História de uma maneira diferente. O rei do Egito teve liberdade de escolha, em não endurecer o coração contra a vontade divina.

Vemos que o endurecimento do coração dele não foi o suficiente para imperdir que a vontade divina prevalecesse.

A Bíblia ensina que Deus é justo e imparcial (Salmo 111.7);

A Bíblia declara que Deus não tem prazer na morte do ímpio (Ezequiel 18.23);

A Bíblia declara que Deus deseja que todos os homens sejam salvos (1ª Timóteo 2.4).

Faraó não foi uma vítima fatal de Deus.

Ele não foi arrastado para a desobediência, não esperneou e nem gritou contra a decisão de oprimir os judeus e tentar mantê-los na escravidão, ele queria a mão-de-obra gratuita, via-os como instrumento para alcançar suas ambições.

Ele se opôs a vontade de Deus por iniciativa própria.

"Porque a Escritura diz a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder..." - Romanos 9.17 a.

A palavra traduzida por "levantei" não significa, no idioma original, "criar". É "ficar em pé", é "permanecer".

Vemos que Deus manteve Faraó no poder, com vista a fazer dele instrumento de anunciação de seu poder ao povo israelita. Quando Moisés pediu-lhe para libertar os judeus, ele escolheu endurecer o coração quando poderia ter optado em deixá-lo partir.

A Bíblia diz "em ti mostrar o meu poder", não diz que Faraó estava predestinado à ser condenado.

Faraó não foi joguete nas mãos de Deus.

O fim que ele teve foi merecido, pois agiu com a liberdade de escolha.

Mesmo que alguns textos bíblicos, no primeiro lance de leitura, levem a crer que os acontecimentos, e a reação de Faraó diante destes acontecimentos, não foram reações inteiramente suas, o contexto bíblico mostra que o endurecimento do coração de rei egípcio ocorreu de diferentes maneiras e momentos por iniciativa pessoal.

Nove passagens bíblicas mostram que o próprio Faraó endureceu seu coração: Êxodo 7.13, 14, 22; e, 8.15, 19, 32; e, 9.7, 34, 35.

Somente na sexta praga do Egito é que lemos, com clareza que Deus endureceu o coração de Faraó. E podemos concluir com isso que existe perigo em resistir a vontade do Senhor, a rebeldia obstinada nos conduz ao castigo de nossas próprias escolhas. Foi isso que o apóstolo Paulo explicou em Romanos 1.24, 26, 28. Deus entrega o homem às suas paixões pecaminosas, e o pecado leva à morte.

E.A.G.

Consultas: A Bíblia de Estudo Vida (Editora Vida); Manual Prático de Teologia - Eduardo Joiner (Editora Central Gospel).

quinta-feira, 1 de abril de 2010

CALVINO E A PREDESTINAÇÃO EM CONFRONTO COM A TEOLOGIA DOS APÓSTOLOS PAULO E JOÃO

Quem são os eleitos, quem são os predestinados a serem salvos?

João 3.16 responde esta pergunta: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna".
Está claro que Deus ama a todos, e elegeu a todos para serem salvos, porém, vemos na sequência deste texto, claramente, que nem toda alma amada por Deus presta reciprocidade neste amor divino. A falta de correspondência no amor divino é que faz com que uma parte da humanidade caminhe para a perdição eterna, a apostate da fé em Cristo como Senhor e Salvador.

Analisemos João 3.17-21: "Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus".

A teologia calvinista erra ao afirmar que predestinação da salvação é dirigida apenas para uma parte da humanidade, não é correto crer que uns são eleitos ao céu e outros eleitos ao inferno por um decreto antes da fundação do mundo. Por que não? Porque Deus enviou Jesus para a salvação de todos: Deus amou o mundo, não amou apenas uma parte do mundo, e o amor foi tal que Jesus morreu por todos, para salvar a todos que crerem nEle.

“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça”
- 1ª João 1.8-9.

Usando 1ª João 3. 6, 9; 5.1, os calvinistas apregoam que os eleitos não pecam e por causa disso são uma classe que uma vez salva é salva para sempre. As citações bíblicas não dão bases para pensar assim. Elas só afirmam que o cristão não pode pecar.

Sem medo de errar, podemos considerar que as ovelhas pecam, baseados em 1ª João 1.8-9. A realidade é que não podem pecar, mas pecam. Não deveriam pecar, mas pecam... E pela misericórdia do Senhor, quando não há prazer em viver pecando, temos a Jesus como Advogado, Cristo está entre os cristãos e Deus (1ª João 2.1).


"E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente
para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que antes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou" - Romanos 8.28-30.

Deus conhece a todos deste a fundação do mundo, e sabe quem são os que perseverarão até o fim, sabe quais serão os que o amarão até o fim.

Deus predestinou aos que O amam para a salvação, porém, não predestinou ninguém a amá-lo!

Releiamos texto bíblico e atentemos para o trecho sublinhado.

"Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra. E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas. Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós" - 1ª João 1.4-10.

Os calvinistas precisam parar e reler: "vos escrevemos para que o vosso gozo se cumpra.

Estamos caminhando na fé sem predestinação. Existem muitos "se's na jornada cristã. Só seremos salvos se perseverarmos até o final da vida cristã considerando a Cristo como Senhor e Salvador.

Paulo escreu o seguinte em Efésios 1.4, 5: Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade".

Equivocadamente, os calvinistas apregoam que a eleição e a predestinação foram feitas arbitrariamente, sem outra razão, a não ser porque Deus assim o quis - "segundo o beneplácito de sua vontade". A frase não tem sentido absoluto, mas quer dizer a concordância plena e benevolente da vontade de Deus com algum sábio e ato divino gracioso.

Por isto lemos a seguir o seguinte em Efésios 1.11-12: "Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade; com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo".

"Segundo o conselho da sua vontade" é uma frase que diverge plenamente da noção de que a mera vontade é, em qualquer caso, a regra de conduta divina. Em outras palavras: se Deus fizesse tudo por mera vontade, isto excluiria o conselho.

O decreto aos eleitos, promulgado desde a eternidade, segundo o propósito de Deus, é este:

"Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado" - Marcos 16.15.

E.A.G.


__________

Os cometários sobre João 3.16-21; Efésios 1.4-5; 11-12 foram adaptados do livro Manual Prático de Teologia - de Eduardo Joiner - 2ª reimpressão, março de 2008 - Editora Central Gospel.

Veja mais neste blog: Como os calvinistas confrontam a afirmação do apóstolo Paulo sobre a apostasia dos últimos dias.
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