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quarta-feira, 30 de outubro de 2019

A Instituição da Monarquia em Israel

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

Ao final do ministério de Samuel, os israelitas rejeitaram os filhos dele como juízes e pediram um governante. O pedido precipitado dos israelitas fez com que Saul se tornasse o primeiro rei de Israel. Ao passar do tempo, Saul mostrou que tinha mais aparência do que conteúdo. Seu reinado trouxe graves consequências espirituais para a nação dos judeus.

Os israelitas pediram o monarca, mas quem escolheu quem seria este monarca foi Deus, que revelou a Samuel que no dia seguinte ele encontraria a pessoa que deveria ungir ao reinado (1 Samuel 9.15-16).

I - POR QUE A MONARQUIA

1. Um sentimento de orgulho nacional (1 Samuel 8.4,5).

Deus sabia que o desejo de Israel por um rei baseava-se em sua confiança na força humana, em vez de confiar no poder divino.

O povo falhou em compreender que somente Deus era seu Rei, e que sua desobediência ao Senhor era a razão de seus problemas.

2. O fracasso dos filhos de Samuel.

Samuel foi um juiz excepcional sobre Israel. Quando chegou o momento de Samuel se aposentar, os israelitas rejeitaram veementemente Joel e Abias, seus filhos, quando os escolheu ao ofício de juízes, tornando-os seus sucessores, pelo fato de que eles se achavam corrompidos e inadequados para conduzir a nação.

O paralelo comportamental entre os filhos de Eli e de Samuel é surpreendente. Os filhos de Samuel cometeram impiedades parecidas, usaram os cargos que ocupavam e a sua autoridade em benefício próprio, algo especificamente proibido pela Lei (Êxodo 23.8; Deuteronômio 16.19).

Na verdade, o fracasso dos filhos de Samuel é consequência do fracasso do próprio Samuel e sua esposa como pais. Como pais cristãos, temos uma grande responsabilidade no destino dos nossos filhos. É preciso compreender que falhar em educá-los de acordo com os preceitos do Senhor pode  trazer como resultado grande impiedade.

Como cristão, dedique seus filhos ao Senhor, sem esquecer que eles são herança e bênção. Ofereça-os ao Senhor para que o Pai celeste cumpra os seus propósitos através deles e continue a treiná-los para que frutifiquem em vida piedosa. A educação cristã só termina quando os filhos tornam-se independentes e constituem suas próprias famílias.

2.1 Os anciãos na Bíblia.

Quando os israelitas se opuseram à vontade de Samuel em tornar seus filhos os seus sucessores, os anciãos, agindo como representantes do povo, procuraram Samuel e lhe disseram que os israelitas não queriam tê-los como juízes de Israel.

Nas páginas bíblicas, frequentemente, o termo ancião indica uma função e nem sempre a idade avançada de quem a exerce. Por este motivo, algumas traduções bíblicas vertem o vocábulo hebraico por "chefe", "responsável" etc. No Antigo Testamento, os anciãos eram os chefes das famílias e dos grupos de famílias que formavam as tribos. Os anciãos de uma mesma cidade formavam um conselho responsável que dirigia a cidade e administrava a justiça. Eram guardiões da tradição. No Novo Testamento, os Evangelhos  mostram os anciãos como pessoas responsáveis por tarefas  de responsabilidade na comunidade hebraica; nos Atos dos Apóstolos e em algumas Cartas, são cristãos com algumas responsabilidade na comunidade local; e no Apocalipse, 23 anciãos fazem parte de uma corte, no céu, talvez como representantes do povo de Deus.

3. Rejeitando os planos de Deus (1 Samuel 10.6,7).

Era da vontade de Deus que Israel tivesse um rei? Estava claro em Israel que Deus pretendia que o povo tivesse um rei. Profecias do tempo de Moisés indicam que sim (Gênesis 49.10; Números 24.17; Deuteronômio 17.14-20).

Quando a nação israelita firmou-se na terra que mana leite e mel, Deus foi entronizado como o verdadeiro Rei de Israel, mas, em Gênesis 49.10 há a informação que a dinastia real viria da tribo de Judá. Porém, nos dias de Samuel, a reivindicação para que a instituição do regime monárquico substituísse o teocrático tinha motivação em desacordo com os preceitos divinos. A atitude de desaprovação de Deus estava relacionada ao fato de Israel desviar seus olhos e passar a olhar as nações em volta deles. Em vez de segui-lo, os israelitas cederam à pressão social, alimentaram o desejo de ser "como as outras nações" (8.20).

Israel fez pouco caso da situação privilegiada de ter Deus como o seu único Rei, pediu um rei na ocasião errada e com motivos impróprios, com base na aparência humana e dados superficiais. Contudo, em resposta a esse pedido Deus escolheu um rei para o povo, pois estava dentro da sua vontade permissiva.

Os anciãos erraram ao não reconhecerem Deus como seu verdadeiro Rei (8.7; 12.12). São apresentadas três razões para o pedido dos anciãos:
• o desejo deles de se conformarem ao padrão de outras nações. Como as outras nações tinham reis que se vestiam e se exibiam como pavões, ostentando uma coroa na cabeça, os israelitas pareciam querer se transformarem em súditos de alguém com este perfil.
• a corrupção dos filhos de Samuel;
• a necessidade de um comandante militar (1 Samuel 8.30).
II - A ESCOLHA DE SAUL COMO REI

1. Por que Saul?

O pai de Saul, Quis, que era um cidadão de destaque; a lista detalhada dos antepassados de Saul indica que ele pertencia a uma família ilustre (Mateus 1.1-17). Saul tinha a imagem perfeita de um líder político, era o homem mais alto e mais bonito de Israel (9.2; 10.3). Mas apenas possuir boa aparência e bom nome não era o bastante para ser um bom governante. Para ser líder eficaz não é suficiente ter formosura e uma família admirável.

Reflitamos sobre o grau de dependência que temos do Senhor. A vida cristã passa pela tomada de decisões. Para tomar quaisquer decisões o crente deve pedir orientação de Deus, tomá-las sem buscar a direção pode trazer grandes prejuízos.

No começo, tudo parecia ir muito bem, o profeta Samuel fez um um belo discurso de posse. Sob o governo de Saul, Israel venceu uma batalha contra a importante nação de Amom.

2. A unção de Saul por Samuel (1 Samuel 10.1).

No Antigo Testamento, a unção, ao mesmo tempo que estabelecia um vínculo particular entre Deus e a pessoa ungida, o ato de ungir significava dedicar, declarar, consagrar formalmente alguém para o desempenho de uma vocação, cargo, ofício ou uma função (Levítico 8.12). Era um ato realizado pelo sacerdote. Primeiramente privativo, depois seguido de atos públicos de reconhecimento. É comparado hoje com o chamado de Deus por meio do seu Espírito a alguém e à consagração por meio de envio ou ordenação de um ofício.

Encontramos no capítulo 10 e versículo 1 o primeiro registro de uma unção com azeite fora da unção dos sacerdotes e do santuário. Neste texto, está registrado o trato de Deus com a monarquia em equivalência com o sacerdócio.

Enquanto Saul  confiasse no poder de Deus, ele seria capaz de governar com sabedoria. Quando o Espírito do Senhor o dominou, ele se tornou "um novo homem" (10.6). Isto é, enquanto ele escolhia obedecer, o Espírito era operante em sua vida e fazia dele um poderoso servo de Deus. Quando Saul foi coroado rei, Samuel  lembrou que Israel seria uma nação feliz e próspera, de fato isso aconteceu, porém, o apogeu da prosperidade se deu nos reinados de Davi e Salomão.

O Espírito do Senhor veio sobre diversas pessoas no Antigo Testamento, conforme o relato ocorrido com Saul. Podemos ler sobre ocorrências semelhantes em Juízes 3.10; 6.4; 11.29; 13.25; 1 Samuel 16.13; 1 Crônicas 12.18. O Espírito também estava em algumas pessoas (Números 27.18; Daniel 4.8; 6.3; 1 Pedro 1.1) e encheu alguns dos servos de Deus a fim de que realizassem serviços específicos (Êxodo 31.3; 35.31).

3. Os sinais de confirmação da unção (1 Samuel 10.2-7).

Na Antiga Aliança, a manifestação do Espírito era "com" os servos de Deus, em contraste com o relacionamento do Senhor junto aos crentes da Nova Aliança, agora, a partir do dia do Pentecoste, o Espírito faz de nós a sua habitação permanente (João 14.17). Não é necessário o derramamento de azeite para difundir a Palavra ao pecadores, para a separação ode obreiros ao ministério basta a imposição de mãos do presbítero (1 Timóteo 4.14; 2 Timóteo 1.6).

Nas Escrituras Sagradas, o azeite simboliza o Espírito Santo. A unção envolvia uma consagração ou separação para o serviço. Era um ato religioso que estabelecia um relacionamento especial entre Deus e o rei, que servia como seu representante e líder do povo. Quando Samuel ungiu Saul como rei, Deus passou a ser com ele, mas a habilidade para governar bem, dependia da sua tomada de decisão neste sentido (versículo 7).

Jesus, como Rei do universo, subjuga a todos sob o seu governo, que provê libertação da opressão do pecado. Lucas (4.18,19) relata o comprimento da profecia de Isaías (61.1-2) na vida de Cristo. Jesus foi à sinagoga e diante das pessoas presentes leu em voz alta o texto escrito pelo profeta Isaías a respeito de sua vinda e missão. O texto diz que Deus ungiu a Jesus para evangelizar os pobres, libertar os cativos e apregoar o ano aceitável do Senhor, que era o Ano do Jubileu, o tempo que os judeus deveriam cancelar dívidas e libertar escravos (Levíticos 25.8-55).

O cristão tem a unção do Espírito e a mesma missão do Senhor (1 João 2.20). É necessário assumir a chamada de Deus e cumprir a vocação espiritual que há em nós (Efésios 1.5-8). Fazemos bem ao reconhecer a unção espiritual sobre nós e imitar a Cristo, no sentido de transformar o conteúdo de Isaías 61.1-2 na essência da nossa atividade cristã, pois Jesus disse "aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará" (João 14.12).

Alimentar-se da Palavra é o segredo para o sucesso espiritual: "Não cesse de falar deste Livro da Lei; pelo contrário, medite nele dia e noite, para que você tenha o cuidado de fazer segundo tudo o que nele está escrito; então você prosperará e será bem-sucedido" (Josué 1.8). 

III - O REI QUE O POVO ESCOLHEU

1. Uma escolha pautada na aparência? 

No princípio, o povo de Israel não entendeu bem o que significava ter um rei. Tanto o rei como o povo, deveriam viver debaixo da autoridade e do julgamento de Deus (1 Samuel 2.7-10).

A história de Israel demonstra que nosso desejo de imitar o mundo pode parecer justo, mas o resultado final é sempre desastroso. Os relatos registrados nos livros 1 e 2  Reis mostram que o sucesso de qualquer rei, e da nação israelita inteira, sempre dependia da medida de fidelidade à Lei de Deus; o fracasso dos reis sempre resultou em quedas sucessivas, e, por fim, arrastava os judeus ao cativeiro em territórios gentílicos.

Deus é quem escolhe a liderança de sua igreja, o cristão deve estar submisso nesta situação (Números 27.15-18; Mateus 9.38; Lucas 10.2). Em um mundo onde  todos estão  constantemente ocupados, a reclusão periódica para a oração é essencial durante a caminhada cristã, para todos os crentes (Lucas 5.16; Efésios 6.18). Para ser cristão autêntico é necessário assumir as mesmas posturas de Cristo. Na Galileia, quando Jesus olhou para a multidão sofrida, comparou o povo como ovelhas que não tinha pastor. Ele reuniu os doze discípulos e os fez saber que a liderança cristã deve ser escolhida tendo como base a oração, tal ensino foi transmitido com seu próprio exemplo, ao escolhê-los em oração e orientando-os a rogar a Deus sobre a necessidade de trazer trabalhadores para a seara (Lucas 6.12-14; Mateus 9.37,38).

2. Os direitos do novo rei.

O direito do reino foi estabelecido em Israel, havendo a exigência que o rei fosse um homem hebreu (Deuteronômio 17.14-15).

Apesar das advertências de Deus sobre haver um rei em Israel naquele tempo, o povo permaneceu com a ideia fixa sobre isso. O Senhor revelou a Samuel acerca das desvantagens do regime monárquico, e Samuel advertiu o povo  enumerando os privilégios e direitos do rei sobre os demais israelitas, descrevendo o abuso de poder sobre a vida, a produção e o trabalho dos cidadãos  (1 Samuel 8.10-18):
• recrutamento de rapazes e moças (versículo 11 a 13);
• alienação dos bens, a apropriação de servos e de animais (versículos 15 e 16);
• perda da liberdade individual (17 b). 
Fora do momento determinado por Deus, os israelitas buscavam um governo que propiciasse segurança, mas eram avisados por Samuel que, naquela circunstância o rei que deveria propiciar apenas bem-estar também provocaria opressão a ponto de chegar um momento quem eles clamariam por misericórdia, mas não seriam atendidos prontamente em seus clamores (versículo 18). Apesar dos pesares, os direitos de todo o povo, ricos e pobres, eram garantidos pelas leis de Deus.

3. O novo sistema político e o aspecto teológico.

Os cristãos devem saber se conduzir em relação à lei civil e à aliança que tem com Deus. É necessário aprender a relacionar-se de forma apropriada com as autoridades ordenadas por Deus. Saber tais princípios é uma parte importante da caminhada cristã, revela o nível da nossa maturidade espiritual.

Muitas vezes, a natureza pecaminosa que há em nós tenta sobrepôr nossa natureza renascida em Cristo. Por estar em constante  rebelião contra Deus, cria situações conflituosas de relacionamento com as autoridades constituídas. Precisamos de muito cuidado nesta questão, para não esquecer de usar a disciplina exposta na Palavra do Senhor, com vista a ter uma vida social calma e sossegada (1 Pedro 2.13-17).

Como crentes em Deus, é preciso entender que a sujeição que o Senhor pede de nós não tem como objetivo apenas evitar a punição, mas para nos manter em condições de influenciar a sociedade propagando a fé cristã em nossa geração.

Respeite as autoridades designadas por Deus, mas não dê mais honras a elas do que a Deus ou a sua Palavra. O cristão deve obedecer as leis civis, mas somente após constatar que não contrariam os ensinos das Escrituras Sagradas. Quando honramos mais as leis criadas pelos homens do que a lei de Cristo, quando damos maior valor ao governo humano, deixamos de honrar o Senhor dos senhores e praticamos idolatria.

CONCLUSÃO

A humanidade está ameaçada pelo maligno e escravizada pelo pecado. Jesus veio ao mundo para libertar o homem oprimido. Jesus trouxe o reino de Deus e a oportunidade de libertação às almas através do sacrifício vicário. É o reino de amor, de graça, de vida, de luz e salvação. Todo aquele que cumpre seus mandamentos faz parte da monarquia do Rei dos reis e Senhor dos senhores, foi salvo do cerco de Satanás e está livre do mal.

Se você deseja ser usado por Deus, o que vê como a fonte de seu grande sucesso? Confia demais em sua força humana ou duvida por causa de sua fraqueza humana? Lembre-se: não podemos perder de vista que o Pai, por meio da intermediação de Jesus, é quem governa a nossa vida, somente o poder de Deus pode fazer-nos realmente úteis ao serviço de seu reino, portanto, a nossa vontade e escolhas precisam sempre estar bem alinhadas com a vontade de Deus.

E.A.G.

domingo, 29 de setembro de 2019

Conhecendo os Dois Livros de Samuel


Por Eliseu Antonio Gomes 

INTRODUÇÃO

1 e 2 Samuel são dois importantes livros do Antigo Testamento: seus relatos mostram que Deus usou homens para falar ao coração do povo israelita. Deixa claro aos seus leitores que Deus levanta pessoas para cumprir o seu propósito. Vale ressaltar sua importância, lembrando a citação feita por Jesus Cristo a eles, ver Lucas 24.44.

I - CONTEXTO HISTÓRICO DE 1 E 2 SAMUEL

1. A originalidade de Samuel.

Seu conteúdo dá sequência aos livros Josué e Juízes. As lições se iniciam quando Deus rejeita a Saul e escolhe para ser rei um homem segundo o seu coração. 

Originalmente, as duas seções atualmente separadas, compreendiam apenas um livro, tinha o título Livro de Samuel. A divisão em duas partes foi feita pelos tradutores da Septuaginta, a antiga e conhecida tradução que verteu o hebraico do Antigo Testamento ao idioma grego.   

Os dois livros de Samuel são os primeiros dos seis 'livros duplos' que originalmente não estavam divididos e que perfaziam um total de três: Samuel, Reis e Crônicas. Samuel e Reis são encontrados no cânon hebraico ao lado de Josué e Juízes em uma seção conhecida como 'Os Profetas Anteriores'. Juntos, estes livros contêm o registro histórico iniciado por Josué e a travessia do Jordão e estendem-se até o período do exílio babilônico.

2. Os personagens principais do livro.

Os livros de Samuel iniciam-se com um resumo da vida e obra de Samuel, o último dos juízes e o primeiro da ordem profética, considerado o maior personagem na história de Israel entre Moisés e Davi (Jeremias 14.1).

Há vários personagens importantes nas páginas de 1 e 2 Samuel, mas somente três nomes aparecem destacados: Samuel, profeta, sacerdote e juiz; Saul, o primeiro rei de Israel; Davi, o homem segundo o coração de Deus. O rei Saul foi, de modo geral, desobediente a Deus, por isso o Senhor pôs em execução seu plano de fazer de Davi o rei seguinte de Israel.

Apesar de haver maior ênfase à cobertura dos passos de Samuel até o capítulo quinze do primeiro livro, ainda assim ele é protagonista nos dois livros. No segundo livro ele não aparece, mas as atitudes tomadas no primeiro são claramente fatores influentes. A última referência a ele consta em 1 Samuel 28.20.

3. O propósito de 1 e 2 Samuel. 

Israel veio a existir como nação na terra por causa do concerto incondicional que Deus fez com Abraão. O Senhor implementou o concerto abraâmico quando Ele resgatou o seu povo do Egito. E os livros de Samuel cobrem um dos períodos mais formativos do desenvolvimento da nação do povo israelita. 

O propósito de 1 e 2 Samuel é relatar a história do reinado de Israel, partindo do estado de anarquia no tempo dos juízes, quando havia o regime teocrático, para a monarquia (Juízes 21.25; 1 Samuel 10.1). Os dois livros registram essa mudança, tendo como linha narrativa às histórias sobre o ministério de Samuel, e os reinados de Saul e Davi.

Os destinatários originais de 1 Samuel foram os israelitas que viveram durante os reinados de Davi e Salomão, bem como as gerações subsequentes. As histórias  destes livros são dirigidas aos israelitas que viveram enquanto a monarquia estava em fase de consolidação, particularmente,  à luz do fato de que a narrativa atesta a escolha divina de Davi como monarca (1 Samuel 16.13).

Encontramos em suas páginas a tensão entre a lealdade pactual para com Deus e a monarquia humana. Podemos interpretar tal cenário como a luta entre a carne e o Espírito. E ponderar sobre a decisão de colocamos o reino de Deus e sua justiça em primazia ou se nos envolvemos com os desejos desenfreados da carne, dos olhos e viver impregnados pela soberba da vida (1 João 2.16-17; Romanos 8.5-17; Gálatas 5.16-23).

II - AUTORIA E DATA

1. Título e autor. 

Sobre o autor 1 e 2 Samuel, a questão é variável, de acordo com alguns estudiosos do Antigo Testamento, ao observarem o aspecto externo dos livros, as duas obras são produções anônimas no que se refere à autoria, assim como os outros livros históricos.

Entretanto, de acordo com o elemento interno, é diferente. A saber, uma das funções do profeta era agir como historiador, e é possível que Samuel tenha deixado anotações ou registros que foram incorporados aos livros. Temos informações de um livro escrito por Samuel e colocado por ele “perante o Senhor” (1 Samuel 10.25); em 1 Crônicas 29.29 há uma referência ao relato dos atos de Davi num livro chamado “crônicas de Samuel, o vidente”, cujos relatos seriam de ações realizadas antes da coroação. Portanto, é provável que dos capítulos 1 ao 24 de 1 Samuel, o filho de Ana pode ser apontado como autor, e os demais capítulos, atribuídos aos profetas Natã e Gade. Além desses, não há qualquer menção a outros autores que pudessem ter escrito.

É plenamente aceitável a informação que o profeta Samuel não seja o autor do seu início ao fim, uma vez que a morte de Samuel é descrita em 1 Samuel 25.1, quando Saul ainda vivia. Assim sendo, ele não poderia ter escrito os livros da maneira como se encontram hoje. Além disso, o reinado de Davi não foi presenciado por Samuel.

O período de relatos contidos em 1 e 2 Samuel é de aproximadamente 100 anos, começa nos dias de Eli (1 Samuel e conclui ao final do reinado de Davi (2 Samuel 24), o que nos leva a entender que  um único escritor ou compilador não poderia ter vivido tempo suficiente para registrar todas as informações do livro como testemunha ocular.

2. A data dos livros.

A datação de 1 e 2 Samuel está parametrizada entre 970 a 722 a.C.

A data do livro é muito discutida, todavia, se levarmos em consideração que quem os escreveu foi Samuel, Natã e Gade, tais escritos foram feitos no período do reinado de Davi, ou tempos próximos. Não há afirmação categórica por parte dos pesquisadores, outra ala de estudiosos apontam os capítulos 9 a 20 de 2 Samuel como tendo sido escritos no século 10 antes de Cristo, e as demais porções como tendo sido redigidas depois do período pós cativeiro babilônico. Contrapondo tais afirmações, é lembrado que 1 Samuel 27.6 afirma que Ziclague pertence ao rei de Judá, argumento que provaria que o livro fora escrito durante a o período da monarquia de Davi. 

3. A situação espiritual.

O conteúdo dos livros aborda fatos culturais e espirituais apresentando explanação da mais excelente qualidade. Aqui temos o retrato de Davi, o grande rei salmista, uma figura  detalhada com minuciosas que enriquecem a narrativa da Bíblia Sagrada. Apesar de muito haver nesses livros que reflete os baixos padrões morais daquela época, há igualmente grandes picos éticos e espirituais.

1 e 2 Samuel registra o tempo em que começou a suceder a distinção enfatizada entre as formas visíveis de adoração e da realidade por detrás delas.

III - A TEOLOGIA NOS LIVROS DE SAMUEL 

1. Profecias cumpridas.

A linha teológica que perpassa Samuel e Reis é a escolha divina de um líder para representá-lo, enquanto o Senhor implementa os concertos com Israel.

É digno de nota que 1 Samuel termina e Davi, ungido a rei, ainda não tomou posse do trono. Daí, aprendemos a respeito das promessas, propósitos e programas cronológicos de Deus. O leitor atento aprende que apesar de haver recebido promessas divinas, muita coisa pode acontecer durante o período da apresentação das promessas e do cumprimento de cada uma delas, e que deve aguardar com toda paciência, pois tudo o que foi prometido se cumprirá integralmente. 

Outro ponto a se considerar com atenção é que a bênção de Deus era dada a Israel apenas quando havia disposição à obediência, como declaradamente lemos a proposta do Senhor apresentada em Deuteronômio, capítulos 30 ao 33. Deus não mudou, nos dias atuais a condicional para ser abençoado continua a mesma na relação do Senhor com o ser humano. 

2. Em busca de um rei. 

Os dias na nação israelita foram dias sombrios, até que Deus levantou a Samuel, que viveu  com muita piedade por toda a vida e era agradável aos olhos de Deus. Samuel, embora seja uma das pessoas mais piedosas da Bíblia Sagrada, tenha exercido a função de juiz, que significa ser líder sobre Israel, no capítulo 8, do versículo 1 ao 22 do primeiro livro, no entanto, parece relatar um de seus poucos erros; já idoso, nomeia os filhos como juízes em seu lugar. Em nenhum lugar se define a sua idade, porém, em 12.2 Samuel fala de si mesmo com os termos “envelheci e encaneci”. Os nomes dos filhos de Samuel expressavam sua devoção ao Senhor: Joel significa “O Senhor é Deus”, e Abias quer dizer “O Senhor é Pai”. Infelizmente, os nomes não corresponderam à esperança que reside em seus significados, pois os filhos de Samuel não eram pessoas apropriadas para julgar Israel, eles tinham comportamentos reprováveis.

O cargo de juiz não era herdado, Deus era quem chamava pessoas ao magistrado. Israel não tinha rei, e parece que não pensava em tê-lo até o momento em que Samuel quis transmitir o cargo aos filhos. Até então, Israel era governado ocasionalmente por juízes em eventos de crise, quando o momento difícil passava o juiz, muitas vezes, retornava à sua vida anterior. Na situação de tentativa de transferência de autoridade, os anciãos recusaram a má liderança sugerida por Samuel e lhe pediram a que constituísse um rei sobre a nação. Os israelitas demonstraram indignação e clamaram, com muita contundência: "Dá-nos um rei que reine sobre nós, assim como todas as nações têm" Ao clamar dessa maneira, rejeitaram a Deus como Rei, sem saber como seria viver numa monarquia. De início, a monarquia se consistiu em um reino unido, mas dividiu-se por causa da desobediência dos reis.

3. A situação da dinastia davídica.

Em 2 Samuel 7.1-17, há o estabelecimento profético da dinastia de Davi. Ela surge pela ordem do Senhor. É importante ter atenção especial às promessas do Senhor a Davi e o modo como Davi reage perante o Senhor (versículos 18-29).

Davi morava em seu palácio, depois de conquistar todas as nações ao redor de Israel, quis construir a Casa do Senhor, faz um comentário ao profeta Natã sobre isso e ambos não cogitam em consultar ao Senhor respeito da intenção. Natã incentiva o rei a pôr o projeto em prática, porém, o Senhor diz ao profeta a sua vontade com fins a redirecionar os pensamentos humanos do rei (2-16). Contrário às intenções e suposições de Davi, Deus não queria uma casa naquele momento e não queria que Davi a construísse (versículo 7). E de acordo com as informações contidas em 1 Crônicas 22.8; 28.3, Davi não foi escolhido para construir o templo porque ele era um guerreiro que havia derramado muito sangue. 

Contudo, apesar disso, Deus honrou a boa intenção de Davi fazendo-lhe promessas:
• 7.9 - Deu-lhe um grande nome.
O Senhor renovou em Davi a promessa dada a Abraão (Gênesis 12.2), de abençoá-lo nas esferas material (Gênesis 13.2; 24.35) e espiritual (Gênesis 21.22);  
• 7.10 - Designou um lugar para Israel;
• 7.11 - Designou a Davi "descanso" de todos os seus inimigos.
Durante o período englobado pelo livro. nenhuma superpotência eclipsava a região hoje conhecida como a Palestina. Por isso Israel, liderado por Davi, aproveitou todas as oportunidades para subjugar as outras nações de Canaã.
• 12-15 - Deu-lhe Salomão.
Um filho para se sentar em seu trono, a quem supervisionaria como pai e o disciplinaria com misericórdia quando fosse necessário;
• 12.16 - Prometeu-lhe firmar a sua casa, estabelecer o reinado eterno de sua descendência.
No contexto imediato, a profecia sobre Salomão se referia ao reino temporal da família de Davi na terra. Mas num âmbito maior e mais sublime, referia-se ao descendente maior que ele viria a ter na pessoa do Messias, de natureza divina, a Jesus Cristo (Hebreus 1.8). 
IV - SAMUEL: DIVISOR DE ÁGUAS

1. Um momento de crise espiritual. 

Em Israel, a idolatria e a imoralidade eram os pecados dominantes. No início de 1 Samuel, Israel encontrava-se espiritualmente deficiente. Os sacerdotes era corruptos (1 Samuel 2.12-17; 22-26), a arca da Aliança não estava no tabernáculo (1 Samuel 4.3 - 7.2), havia prática de idolatria (1 Samuel 7.3-4), os judeus eram desonestos (1 Samuel 8.2-3). Porém, mediante a influência de Samuel (1 Samuel 12.23) e Davi (1 Samuel 13.14), essas situações foram revertidas. O livro de 2 Samuel termina com final feliz, relata que a ira do Senhor se afasta de Israel (2 Samuel 24.25).

2. O líder Samuel.

O livro começa com o relato do nascimento de Samuel. A informação, sobre a história de sua família lança interessante luz sobre as práticas e o estado daquele período, como igualmente sucede com o relato acerca de Eli, o sumo sacerdote. 

Em um dos momentos mais sombrios da nação israelita, quando por um longo período os filisteus intimidavam os israelitas e ameaçava tragá-los, Ana, a esposa de Elcana, estava muito preocupada com o fato de não ter filhos. Ao adorar ao Senhor no Tabernáculo em Siló, rogava para que o Todo Poderosa desse um filho, o qual ela ofereceria para ser um nazireu de Deus (Números 6). Ana foi atendida. Este filho foi Samuel, aquele que ungiu reis, o último dos juízes, e o primeiro dos profetas depois de Moisés. O filho de Ana foi um dos maiores líderes de Israel (2 Crônicas 35.18; Salmos 99.6; Jeremias 15.1; Atos 3.24; Hebreus 11.32). Samuel surgiu em uma das horas mais sombrias da nação israelita.

CONCLUSÃO

Os livros de 1 e 2 Samuel, e 1 e 2 Crônicas, registram os dias dos reis em Israel. Os filhos de Deus que foram criados a fim de "ser um reino, e sacerdotes", a fim de "reinar sobre a terra (Apocalipse 1.6; 5.10), podemos aprender muitas lições valiosas ao estudar esses livros. O conceito amplo que absorvemos na obra é que Deus é quem dá ordem ao rei, aos povo, ao profeta. é quem exalta, escolhe e abate, pois Ele é soberano.


Compilações:

Comentário Bíblico Beacon - Josué a Ester - volume 2. 4ª impressão 2012. Páginas 175 e 192. Rio de Janeiro / RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD). 
Lições Bíblicas. O Governo Divino em Mãos Humanas - Liderança do Povo de Deus em 1º e 2º Samuel. Osiel Gomes. 4º trimestre de 2019. Páginas 5-9. Bangu, Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
O Governo Divino em Mãos Humanas - Liderança do Povo de Deus em 1º e 2º Samuel. Capítulo 1: Conhecendo os Dois Livros de Samuel. Osiel Gomes. 1ª edição 2019. Páginas 7 a 13, 15, 17 a 19. Bangu, Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).   
Pastor Christian Mölk. 1 Sam 8:1-22; Israel begär en kung - https://www.christianmolk.se/2013/02/1-sam-81-22-israel-begar-en-kung/

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Davi vence Golias


Deus nos garante vitória pela autoridade que há no nome de Jesus Cristo. 

Para conquistar vitórias, enfrentemos todas as lutas com a prática da orientação da Palavra, tipificada nas Escrituras Sagradas pela espada, e não nos esquecemos de usar a fé cristocêntrica, simbolizada na Bíblia como o escudo.

Assim todos os problemas são derrotados, para a glória do Senhor.

As lutas que nos afrontam podem ser maiores que o gigante incircunciso que Davi enfrentou e o venceu, porque amava ao Todo Poderoso e vivia de acordo com as diretrizes das Escrituras, nós também seremos vitoriosos, porque o Criador está ao nosso lado e é bem maior que o tamanho do Universo.

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E.A.G.

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Deus abençoador e os abençoados com memória curta

Davi e os três heróis na caverna de Adulão. Óleo sobre tela. Arte datada em 1658. Blog Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br
Davi e os três heróis na caverna de Adulão.
Artista: Claude Lorrain

Na atualidade em que estamos, muitas pessoas estão dispostas a gastar quantias absurdas de dinheiro com publicidade para tornarem seus nomes e marcas de produtos grandes e famosos. Entretanto, no Reino de Deus é diferente. Ao servir a Deus fielmente e dar glória e honra ao seu excelso nome, por meio da nossa dedicação e humildade, o próprio Senhor decide nos honrar permitindo que tenhamos o nosso nome respeitado perante Ele próprio e diante da sociedade.
"Agora diga ao meu servo Davi: "Assim diz o SENHOR dos Exércitos: 'Eu tirei você das pastagens e do trabalho de andar atrás das ovelhas, para que você fosse príncipe sobre o meu povo, sobre Israel. Estive com você por onde quer que você andou e eliminei todos os seus inimigos diante de você. Engrandecerei o seu nome, como só os grandes têm na terra" - 2 Samuel 7.8-9. 
Você já ouviu a expressão "você tem memória curta? Esta expressão é pronunciada quando alguém se esquece de algo que foi feito em seu favor, e com o passar do tempo caiu em esquecimento. Com relação a Deus corremos o risco de fazer a mesma coisa. Por exemplo, f aça uma recapitulação de quem você era, dos momentos difíceis que você já passou. Agora perceba o quanto Deus já acrescentou e vem acrescentando em sua vida. Devemos fazer esta autoanálise constantemente para reconhecermos o cuidado que o Senhor tem conosco.

Você imaginou que um dia seria um profissional reconhecido, um profissional respeitado, um profissional bem-sucedido em sua área, ou um líder cristão estimado, ou um pastor de uma igreja avivada? Todos nós temos uma história de conquistas e superação em Deus. Com Davi não foi diferente. O pequeno pastor de ovelhas foi honrado por Deus e se tornou o rei de Israel. Contudo, antes de ter se tornado rei, honrou seus pais, serviu seus irmãos, foi desprezado por eles, teve que enfrentar um urso, um leão, um gigante e um rei atormentado por espírito maligno.

Agora que Davi está no auge da sua vida, Deus, através do profeta Natã, o faz lembrar quem ele era e de onde o Senhor o tirou: de detrás das ovelhas, para que fosse o monarca sobre os israelitas. Podemos dizer que o Senhor estava alertando Davi para não sofrer da síndrome da memória curta, não se tornasse o crente abençoado que se esquece dAquele que o abençoou.

Por que será que Deus chamou a atenção de Davi desta maneira? Porque todo aquele que se esquece sua origem, e de onde Deus o tirou, terá uma forte tendência a sair fora do propósito de Deus para a sua vida.

Naquela ocasião, Davi havia acabado de manifestar a intenção de edificar a casa que abrigaria a Arca da Aliança, símbolo da presença de Deus entre o povo judeu. Por mais linda que fosse a intenção de Davi, Deus repreende-o. Acredito que, neste momento, Deus estava querendo dizer: "Não se sinta melhor do que Eu pelo fato de você estar dentro de um palácio luxuoso, enquanto a arca da minha presença está no interior de uma tenda simples." Além da exortação, o Senhor não permitiu a Davi que construísse o templo, devido ao sangue que ele derramara. Porém, o Senhor autoriza que Salomão, o filho que iria nascer a fazer isso.

A síndrome da memória curta é perigosa, pois, quando ela pega alguém, acreditaremos que foi apenas o nosso braço forte que nos deu a vitória e construiremos cisternas rotas que não retém água. Não devemos nos esquecer de que todas as coisas foram feitas pelo Senhor, e sem Ele nada do que foi feito se fez (João 1.3).

Uma das principais características de Davi era a facilidade de reconhecer o erro e humilhar-se diante do Senhor em busca do perdão (1 Samuel 18.22-23; 2 Samuel 23,13; Salmo 40.17). Após Deus exortá-lo sobre a importância de não esquecer qual era a sua origem, Davi entrou na presença do Senhor e se humilhou, reconheceu a grandeza e majestade de Deus em sua vida (2 Samuel 7.18-22).

 Ser exortado por Deus é uma bênção divina, pois Ele corrige apenas a quem ama. Vivemos neste mundo em meio a tantos escândalos políticos, debaixo de uma nuvem de pessimismo, a economia brasileira desliza em sua curva de crescimento, mas quem é exortado pelo Senhor precisa entender que para ele existe esperança, a nuvem que está sobre sua cabeça é uma nuvem carregada de bênçãos.

A pessoa que tem a sua imagem ridicularizada, o seu nome é pronunciado na roda de escarnecedores, vive uma crise séria de relacionamento. Mas não deve desanimar, apesar de tudo isso. Precisa ter em mente que se permanecer em humildade perante o Todo Poderoso, que o repreende em algumas falhas que comete, inclusive em equívocos motivado por zelo ás coisas santas, tem plenas condições de superar todas as situações ruins. E a superação ocorre pelo fato de que a esperança do crente não está baseada em soluções humanas. A solução do crente está em Deus. Então, que cada um de nós se veja totalmente motivado a depender dEle e correr para Ele, que é capaz de mudar a nossa sorte e fazer com que o nosso nome seja respeitado em todos os lugares em que for citado.

Nunca se esqueça de onde você veio e nem se esqueça da promessa que Jesus fez quanto ao lugar que deseja levá-lo: o céu. Nunca nos esqueçamos que o nosso Salvador Jesus Cristo recebeu um nome acima de todo nome após sua humilhação e obediência ao Pai, ao realizar o maior feito do Universo: entregar a sua vida para salvar a humanidade (Filipenses 2.5-11).

Que Deus nos abençoe e nos faça melhores em tudo, e que jamais venhamos a nos esquecer de que isto só é possível porque o Senhor acabou de liberar em nossas narinas o seu fôlego de viva.

E.A.G.

Compilações em:
A Síndrome da Memória Curta, Pastor Davy Maia. Revista Renovação da Fé, ano 17, número 69, 3º trimestre de 2017, páginas 28 e 29, Bosque da Saúde, São Paulo/SP).
É Deus quem dá nome ao homem. Erivaldo de Jesus Pinheiro, Bíblia do Pregador Pentecostal, edição 2016, página 471. Barueri, São Paulo/SP. (Sociedade Bíblica do Brasil - SBB).