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terça-feira, 28 de novembro de 2017

O processo da salvação

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

O que Deus faz na vida da pessoa que se arrependeu dos pecados e creu no Senhor Jesus como Senhor e Salvador? Ele realiza o processo bíblico de salvação, que se dá por meio de três aspectos: a justificação, regeneração e santificação do ser humano. A obra do Espírito Santo não cessa quando a pessoa reconhece sua culpa diante de Deus, cresce a cada etapa subsequente. No momento da conversão, nascemos de novo, dessa vez nascemos do Espírito. Ao mesmo tempo o Espírito nos integra  no corpo de Jesus Cristo, que é a Igreja. Instantaneamente, somo lavados, santificados e justificados, mediante o poder do Espírito.

I - JUSTIFICADOS POR DEUS 

1. A natureza da Justificação.

A justificação é algo completamente imerecido. Não é uma conquista. É uma obtenção, não uma aquisição. Mesmo a fé não é alguma boa obra que Deus precise premiar com a salvação. É um dom de Deus. Não é a causa de nossa salvação, mas o meio pelo qual a recebemos.

A ação de Deus a justificar o pecador sugerem um contexto judicial e forense. Porém, não devemos considerá-la uma ficção jurídica, como se estivéssemos justos sem no entanto, sê-lo. Realmente, os o  termo justificação refere-se à nossa mudança de situação diante de Deus. É o ato pelo qual o Altíssimo declara os pecadores outrora acusados, culpados e condenados, agora livres e absolvidos com base na definitiva e satisfatória obra salvífica de Jesus Cristo operada na cruz. Por estarmos nEle, Jesus Cristo tornou-se nossa justiça (Efésios 1.4, 7, 11; e 1 Corintios 1.30).

Pela fé em Cristo e mediante a sua graça somos justificados por Deus. A fé no Filho de Deus e no seu sacrifício nos proporciona a justificação divina. Estar justificado  tem como consequência direta o perdão dos pecados, a reconciliação do pecador com Deus, a segurança da salvação e a santificação da vida.

A santificação precisa ser distinguida da justificação. Na justificação Deus atribui ao crente, no momento em que recebe a Cristo, a própria justiça de  Cristo, e a partir de então vê esta pessoa como se ela estivesse morrido, sido sepultada e ressuscitada em novidade de vida em Cristo (Romanos 6.6-10). É uma mudança que ocorre "de uma vez por todas" na condição legal ou judicial da pessoa de Deus.

A santificação, em contraste, é um processo progressivo, que ocorre na vida do pecador regenerado, momento a momento. Na santificação ocorre uma cura substancial da separação que havia ocorrido entre Deus e o homem, entre o homem e os seus companheiros, entre o homem e a natureza.

2. A necessidade da Justificação.

A justificação é necessária pelo fato de que o pecado levou a humanidade a contrariar as normas de justiça estabelecidas por Deus. A justificação implica em adequar o ser humano às normas que foram descumpridas, tornando-o justo e cumpridor da Lei de Cristo. A necessidade da justificação é para que nos encontremos justos e santos diante de Deus, a fim de que sejamos participantes das bênçãos da salvação e para que o Diabo não acuse o crente dos pecados que Cristo perdoou.

Assim como a regeneração leva a efeito uma mudança em nossa natureza, a justificação modifica a nossa situação diante de Deus. O termo "justificação" refere-se ao ato mediante o qual, com base na obra infinitamente justa e satisfatória de Cristo na cruz, Deus declara os pecadores condenados livres de toda a culpa do pecado e de suas consequências eternas, declarando-os plenamente justos aos seus olhos.

3. A impossibilidade da autojustificação.

A justificação não se refere ao esforço humano por santidade ou pureza, mas ao estado de retidão diante de Deus por meio de Jesus, o justo, que morreu tomando sobre si todas as acusações contra nós. O pecador é justificado pela graça de Deus somente, jamais por méritos pessoais (Romanos 3.21, 26, 28; e 4.5; Gálatas 3.11).

Os que reconhecem a necessidade de justificação são alcançados por ela. Para ilustrar essa realidade espiritual, o Senhor Jesus ensinou sobre a justificação apresentando a história  de um fariseu que se justificava orgulhosamente por evitar certos pecados, mas alcançou a justificação; enquanto o publicado, que reconhecia a sua miséria diante de Deus, teve os seus pecados perdoados e sua vida justificada (Lucas 18.9-14).

O Deus que detesta "o que o ímpio justifica" mantém a sua própria justiça  ao justificá-lo, porque Cristo já pagou a penalidade integral do pecado. Constamos, assim, diante de Deus como plenamente absolvidos (Provérbios 15.17; Romanos 3.21-26).

II. REGENERADOS PELO ESPÍRITO SANTO

1. A natureza da Regeneração.

Após o arrependimento e a fé, Deus nos regenera por intermédio do Espírito Santo. Depois de justificados, somos regenerados e santificados mediante a ação do Espírito Santo. A santificação é uma obra continuada, aplicada à vida do crente, realizada de maneira progressiva, pois a operação do Espírito é permanente. Sem a ação do Espírito não há salvação, justificação e nem o processo da santificação.

A regeneração não é uma reforma da natureza velha, mas a operação nova do Espírito (João 3.5 e 1.12, 13; 2 Coríntios 5.17, Efésios 2.10 e 4.24).

A regeneração é o milagre da criação de uma nova natureza interior. operado por Deus na âmago da pessoa, um fenômeno incompreensível à mente natural. É uma ação divina, decisiva e instantânea, de criar um novo homem, dando-lhe um novo coração, transformando-o em nova criação, tornando-o filho de Deus, e fazendo-o passar da morte para a vida. A regeneração espiritual é  uma ação semelhante ao que profetizou o profeta Ezequiel (11.19): " Eu lhes darei um só coração, e porei um espírito novo dentro deles; tirarei deles o coração de pedra e lhes darei coração de carne."

O substantivo grego (polingenesia) traduzido por "regeneração" aparece apenas duas vezes no Novo Testamento. Mateus 19.28 emprega-o com referência aos tempos do fim. Somente em Tito 3.5 refere-se a renovação espiritual do indivíduo. 

Embora o Antigo Testamento tenha em vista a nação de Israel, a Bíblia emprega várias figuras de linguagem para descrever o que acontece:
• "O Senhor 'tirará o coração de pedra e lhes dará um coração de carne (Ezequiel 11.19). 
"Então aspergirei água pura sobre vocês, e vocês ficarão purificados. Eu os purificarei de todas as suas impurezas e de todos os seus ídolos. Eu lhes darei um coração novo e porei dentro de vocês um espírito novo. Tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Porei dentro de vocês o meu Espírito e farei com que andem nos meus estatutos, guardem e observem os meus juízos" - Ezequiel 36.25-27.
• "Porque esta é a aliança que farei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no seu coração as inscreverei; eu serei o Deus deles, e eles serão o meu povo" - Jeremias 31.33.
• "O SENHOR, seu Deus, circuncidará o coração de vocês e o coração dos seus descendentes, para que vocês amem o SENHOR, seu Deus, de todo o coração e de toda a alma, para que vocês tenham vida" - Deuteronômio 30.6.
Mesmo após a condição de os crentes serem justificados, continuam cometendo pecados (Tiago 3.2; 1 João 1.10). Deus nos vê santos em Cristo, no entanto, nossa santificação é relativa em relação a nossa natureza inclnada ao pecado.(Romanos 7.15). Por isso, exige-se um esforço e dependência constante do Espírito Santo para a santificação.

2. A necessidade da Regeneração.

A necessidade da regeneração, isto é, o nascer de novo, vem da capacidade do homem natural para ser ou entrar no Reino de Deus. Ainda que seja inteligente, moral ou temente a Deus, o homem natural é cego às verdades espirituais e incapaz de entrar no Reino, pois ele não pode obedecer, entender, nem agradar a Deus (João 3.3, 5, 6; Salmos 54.5; Jeremias 17.9; Marcos 7.21, 23; 1 Coríntios 2.14; Romanos 8.7, 8; Efésios 2.3).

3. Consequências da Regeneração.

É possível verificar se somos regenerados por meio de algumas mudanças que passam a fazer parte de nosso viver:
• amor intenso a Deus (1 João 4.19; 5.1);
• amor pelos irmãos (1 João 3.14);
• rejeição ao estilo de vida do mundo (1 João 2.15, 16);
• amor à Palavra de Deus (Salmos 119.103; 1 Pedro 2.2);
• amor pela s almas perdidas (Romanos 9.1-3);
• desejo de estar em comunhão com Deus e adorá-lo (Salmos 42.1,2; 63.1; Efésios 5.19, 20)
• a vitória sobre o pecado, a carnalidade e as práticas contrárias ao Evangelho (1 João 5.18; Gálatas 5.16; 2 Corintios 5.17);
• o conhecimento da vontade de Deus (1 Corintios 5.12);
• o testemunho interior do Espírito Santo atestando nossa filiação ao Pai (Romanos 8.16);
o intenso interesse de praticar a justiça (1 João 2.29).
Pela experiência da regeneração o crente vem a ser participante da natureza divina e da vida de Cristo (Gálatas 2.20; Efésios 2.10 e 4.24; Colossenses 1.27; 1 Pedro 2 Pedro 1.4; 1 João 5.10-12).

III. SANTIFICADOS EM CRISTO

1. Uma consequência da salvação.

Somos salvos por meio de Cristo. Como crentes em Jesus, justificados, regenerados e santificados, devemos anunciar ao mundo as virtudes do Reino de Deus mediante a nossa maneira de viver.

Os cristãos são santificados para Deus pela redenção (Hebreus 10.9, 10). Santificar é fazer santo ou separado. Neste sentido, a santificação é o processo pelo qual o crente se afasta do pecado para viver uma vida inteiramente consagrada a Deus, desenvolvendo nele a imagem de Cristo (Romanos 8.29). Isso ocorre desde o momento em que creram (Filipenses 1.1; Hebreus 3.1);

Em experiência o crente está está sendo santificado pela obra do Espírito Santo mediante as Escrituras (João 17.17; 2 Coríntios 3.18; Efésios 5.25, 26; 1 Tessalonicenses 5.23, 26.

Quando agimos com falta de santidade, somos feridos de várias maneiras e acabamos ferindo também pessoas queridas a nossa volta.  Para evitar o sofrimento  da dor alheia ou até mesmo para esconder a falta de santidade, muitos acabam usando "marcaras", e, ao usá-las, tornam-se hipócritas.Por isso, a melhor maneira de evitar a falta de santidade é sermos transparentes com Deus, permitindo que Ele assuma o controle de nos vidas e livre-nos das garras do pecado.

O cristão aguarda a completa santificação na vinda do Senhor (Efésios 5.27; 1 João 3.2).

2. Um esforço pessoal.

Deus anela pela santificação de seus filhos e nossa natureza pecaminosa resiste ao processo de santificação. A Bíblia revela que devemos almejar e priorizar a santificação (Hebreus 12.14). Romanos 7.14, 21).

Às vezes, pensamos que podemos ser bons e santos em todo o tempo. Muitos cristãos têm sido aprisionados pela culpa e vivem em indignidade, não conseguindo exercer com desenvoltura seu chamado no Reino de Deus; mas o que entendem o que é a graça vivem livres da culpa, pois ninguém poderá acusá-los, nem mesmo sua própria consciência, pois ela está purificada graciosamente pela obra redentora de Cristo.

3. O desafio de sermos santos.

As Escrituras revelam que devemos almejar e priorizar a salvação, pois a nossa natureza pecaminosa insiste em resistir a esse processo. Deus anela pela santificação dos seus filhos, não por capricho divino, mas porque o pecado nos fere de morte e o nosso Pai de amor não quer ver os seus filhos feridos, mortos pelo pecado, pois isso contraria sua natureza amorosa.

Às vezes achamos que podemos ser continuamente bons e santos (1 João 1.10). Na verdade, a nossa meta deve ser essa, mas não devemos deixar de reconhecer que somos simultaneamente justos e pecadores. Em Cristo, Deus nos vê absolutamente santos; mas, em relação à nossa natureza inclinação ao pecado, nossa santificação sofre revezes. Por isso é exigido um esforço pessoal e dependência contínua do Espírito Santo para sermos santos.

CONCLUSÃO

A regeneração é uma doutrina urgente que deve ser pregada e ensinada. Uma das verdades que os crentes pentecostais não podem deixar de enfatizar é a mudança de vida como prova da verdadeira conversão em Cristo, pois a regeneração leva à santificação.

A maravilhosa doutrina da salvação precisa ser pregada, afirmada e reafirmada nos púlpitos e nas classes de escola bíblica.

E.A.G.

Compilações: 
A Obra da Salvação. Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida; Claiton Ivan Pommerening; página 119; 2ª impressão 2017; Bangu/RJ (CPAD); 
Ensinador Cristão; ano 18; número 72; página 41; 4º trimestre de 2017; Bangu/RJ (CPAD);
Lições Bíblicas / Professor. A Obra da Salvação - Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida; Claiton Ivan Pommerening; 4º trimestre de 2017; páginas 68 a 74; Bangu/RJ (CPAD).
Pequeno Dicionário Bíblico S. E. Mcnair, paginas 194, 195, 206 e 207, 8ª impressão 2016, Bangu/RJ (CPAD).

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Nomes, títulos e descrições de Jesus Cristo


Jesus Cristo é o Filho de Deus, que se fez homem para entrar neste mundo. A Bíblia enfatiza tanto a plena divindade como a plena humanidade de Jesus. Ele veio à terra para fazer Deus conhecido e para assegurar a salvação da raça humana. Por meio de sua ressurreição e ascensão, ele agora ocupa uma posição de autoridade no céu e voltará a este mundo no fim da história da humanidade.

A origem do nome Jesus no idioma português
Jesus ficou sepultado três dias e três noites?
► Jesus, o Messias
O caminho, a verdade e a vida
Os impérios mundiais e o reino do Messias

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Como se calcula a idade de Jesus ao morrer?

Por Rafael Luz

Como sabemos que Jesus faleceu com cerca de 33 anos e meio de idade? Como é feito esse calculo?

Falar com precisão a idade que Jesus tinha ao morrer está longe de ser uma tarefa fácil e descomplicada para o estudante das Escrituras Sagradas, uma vez que os Evangelhos não são como alguns acreditam uma espécie de "diário moderno" da vida de Cristo.

Ao contrário, é possível notarmos que os evangelistas não tinham como foco principal o interesse no "quando" da maioria dos eventos relacionados à vida do Mestre, o que se comprova pelo silêncio bíblico entre o período que vai dos doze aos trinta anos da história de Jesus.

Tal dificuldade se justifica pelo fato do texto bíblico não ser essencialmente um livro de história geral, antes, seu propósito original é ser um livro de salvação, que revela a incansável, justa e amorosa história de Deus em redimir e recuperar o ser humano caído e todaa criação das trágicas consequências do pecado.

Entretanto, embora não haja nas Escrituras uma passagem que afirme categoricamente com que idade Jesus morreu, é possível, com base em algumas informações extraídas dos Evangelhos de Lucas e João, chegarmos a uma idade provável, conforme apresentaremos a seguir.

A primeira informação diz respeito ao início do ministério de Jesus, que, nas palavras do médico historiador, "tinha cerca de trinta anos de idade quando começou seu ministério" (Lucas 3.23). É interessante destacar que essa era a idade, de acordo com o Pentateuco de Moisés, que os levitas deveriam iniciar seu ministério no Tabernáculo (Números 4.3, 47), bem como a idade que Davi começou a reinar (2 Samuel 5.3, 4). Outro detalhe é que o ministério de Jesus inicia-se após o batismo, pouco tempo depois de João Batista começar o seu.

A segunda contribuição vem de João, que nos ajudará a quantificar o tempo de duração da vida pública de Jesus. O Evangelho de João, diferente dos demais (que narram apenas uma Páscoa durante o período que Jesus ensinou), apresenta-nos três Páscoas durante seu ministério: a primeira em Jerusalém (2.13-25); a segunda na Galileia (6.4); e a terceira novamente em Jerusalém (11.55). Alguns admitem que a expressão "festa dos judeus" (em 5.1) seja uma referência à Páscoa; caso se confirme esse dado deveríamos acrescentar à cronologia de João mais um ano. Tais evidências nos apontam um ministério com no mínimo três anos e alguns meses de duração, considerando ser a Páscoa uma festa comemorada anualmente pelos judeus.

Desta forma, com base nas informações ora explicitadas como resultado da soma dos trinta anos apontados por Lucas mais três ou quatro anos narradas por João é que, histórica e majoritariamente, a tradição cristã tem admitido 33 anos e meio como a idade aproximada de Jesus ao ser crucificado no calvário.

Soli Deo Gloria.

Fonte Mensageiro da Paz, ano 87, número 1582, março de 2017, coluna A Bíblia tem a resposta, página 17, Bangu, Rio de Janeiro (CPAD).
Rafael Rodrigo Figueiredo Luz  é pastor auxiliar da Assembleia de Deus em São Francisco, Niteói (RJ), analista de seguros, graduado em Teologia, pós-graduado em Teologia Bíblica e Sistemática Pastoral, e MBA em Seguro e Resseguro.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

A carta ao líder da igreja em Éfeso, o inverno e o albatroz



Amanhã, chegaremos aos dias gelados de junho.

Na foto, a figura do Albatroz. Ainda é bem viva em minha mente a lembrança de um documentário que pude assistir quando ainda era criança sobre esta ave.

O Albatroz, maior entre todos os pássaros ainda existentes na natureza, é famoso por seu jeito atrapalhado de se locomover quando está em terra e por seus movimentos belos ao voar. Quando conquista seu par romântico, tanto a fêmea quanto o macho, estabelece um relacionamento monogâmico até o final da vida. É caçador, come crustáceos, moluscos, peixes, mas não rejeita comê-los se os encontrar mortos recentemente. Fazem ninhos em ilhas distantes dos continentes. Gosta de viver em colônias com os da sua espécie e não se incomoda em compartilhar o espaço da feitura de ninhos com aves de espécies diferentes.

No meio desta semana, deixando de lado o documentário antigo, assisti uma pessoa falar sobre a previsão do tempo para os próximos dias da atmosfera da cidade de São Paulo. A meteorologista afirmou que uma grande onda de ventos invadirá o céu da capital paulista e farão a temperatura baixar muito. Então, pensei naquelas pessoas que detestam o clima frio e sofrem porque sua saúde é sensível à friagem. Pensei nas criancinhas cujos pais não têm agasalho e calçados suficiente para mantê-las aquecidas.

Ao ouvir sobre o ar gélido, minha mente vagueou mais, fez com que eu me lembrasse do livro Apocalipse, relesse o capítulo 2, versículos 1 ao 7. Por quê? Aquele texto descreve os corações dos crentes frios da igreja em Éfeso, pessoas aparentemente imperturbáveis quando diante de situações perturbadoras. Nesta passagem bíblica, endereçada ao líder da igreja grega, somos informados o seguinte:

Primeiro: Jesus conhece as nossas obras, o tamanho da paciência que dentro de nós. Ele conhece, detalhadamente, qual é o grau de tolerância que exercemos para com as pessoas más. Ele sabe quando observamos e colocamos à prova aqueles que dizem ser o que não são, examina o íntimo de nossos pensamentos sobre essa gente dissimulada.

Em segundo lugar: Cristo é testemunha ocular do quanto sofremos e persistimos trabalhando em favor da expansão do conhecimento de seu nome. Nome que tem plena autoridade para curar enfermos e expulsar demônios. Ele sabe se, como crentes, agimos com disposição ideal ou se deixamos de priorizar o amor a Deus em nossas conversas e atitudes. Se errarmos quanto a isso, quer que mudemos o comportamento equivocado, e lembra que haverá o Dia de Acertos de Contas.

Ah... o Senhor sabe se nós odiamos aqueles que criaram, vivem e ensinam ao povo doutrinas estranhas ao Evangelho – ele odeia essa gente também.

Terceiro: Jesus recomenda aos que o ouvem que prestem atenção na mensagem do Espírito dada ás igrejas. O Espírito promete, aos que vencerem os problemas expostos acima, que dará a eles o fruto da Árvore da Vida, que está plantada no meio do Paraíso de Deus. Com certeza, este fruto é muito saboroso e bastante nutritivo!

Conclusão:

Mesmo que sejamos desajeitados como os albatrozes em nossa caminhada cristã, peçamos graças ao Senhor e nos esforcemos para alçar o voo da fé. Que possamos viver aninhados e aquecidos com nossos irmãos em Cristo, fiéis ao Pai celeste e com a pessoa que escolhemos para viver aconchego matrimonial. Viver sem desprezar as pessoas estranhas que se aproximam de nós, desejosas de fazer parte da irmandade que louva a Deus. E que a nossa comida espiritual seja comporta somente de porções diárias da Palavra de Deus, pois as Escrituras Sagradas são eternamente vivas e eficazes para nos manter fortes e saudáveis, seja em épocas de intenso calor ou frio.

E.A.G.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

A luz de Cristo brilha na escuridão

"A luz brilha na escuridão e a escuridão não conseguiu apagá-la" - João 1.5.

O propósito da encarnação de Jesus Cristo.

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela".

Evangelho de Jesus Cristo segundo João, capítulo 1, versículos 1 ao 5.

E.A.G.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O Anjo do Senhor visita Manoá para avisar que sua esposa gerará Sansão

Por Eliseu Antonio Gomes

“E o Anjo do SENHOR lhe disse: Por que perguntas assim pelo meu nome, visto que é maravilhoso” – Juízes 13.18 (ARA)..

Tenho carinho especial pelos capítulos 13 ao 16 do livro Juízes, tais capítulos narram a história de Sansão. Trazem em minha mente lembranças do meu tempo de criança na escola bíblica dominical.

Juízes 13 relata como foi o nascimento de Sansão, conta que naquela época a nação de Israel havia desprezado a fé em Deus, desprezo este que teve como consequências uma sociedade violenta e cruel, repleta corrupção moral e espiritual, e a grande opressão dos filisteus contra os israelitas por um período de 40 anos.

Neste cenário de caos, o Anjo do Senhor visitou a esposa de Manoá, com a finalidade de dizer-lhe sobre o nascimento de seu filho,e os propósitos de Deus para a criança. Aquela mulher não tinha capacidade de gerar filhos e o ser angelical declarou que ela engravidaria e deveria consagrar o menino ao Senhor pelo voto do nazireado desde o seu ventre, pois ele começaria a libertar a nação israelita - a libertação completa só aconteceu na geração de Saul e Davi (1 Samuel 13-14; 17; 2 Samuel 5.17-25; 8.1).

A mãe de Sansão

Consta no texto sagrado que a esposa de Manoá não duvidou do milagre de cura da sua infertilidade e nem que seu filho seria uma personagem de grande importância ao seu povo. A narrativa informa ao leitor que ela foi contar ao seu marido, detalhadamente, o encontro que teve com o Anjo do Senhor. Logo que soube, Manoá ficou interessado no assunto e foi orar, pedindo ao Senhor novo encontro, para que pudesse aprender dele como educar o seu filho que ainda haveria de nascer. Deus o atendeu. O Anjo do Senhor apareceu novamente a Manoá e à sua esposa, que ofereceram sacrifícios e se admiraram diante da manifestação de seu poder.

É comum encontrar muita gente interpretando o capítulo treze como uma narrativa que apresenta uma Teofania: aparição de divindade em forma humana. Existem outras passagens veterotestamentárias que citam o Anjo do Senhor, sendo a primeira o episódio do aparecimento a Agar (Gênesis 16.7). 

Manoá quis saber como se chamava o Anjo e perguntou seu nome. Penso que a resposta foi mais importante que a pergunta. “E o Anjo do SENHOR lhe disse: Por que perguntas assim pelo meu nome, visto que é maravilhoso?”.

Deus maravilhoso.

No idioma hebraico, “maravilhoso” é "pil'i". Este termo tem o sentido de “algo ou alguém que supera a compreensão humana"; "maravilhoso demais"; "maravilhosíssimo"; "misterioso". O termo hebraico aponta ao "conhecimento do Senhor" (Salmos 139.6); foi usado pelo profeta messiânico para identificar o Messias, que haveria de vir (Isaías 9.6).

Este personagem “maravilhoso”, na maioria das traduções bíblicas, tem o termo “anjo” traduzido com letras maiúsculas.

Quanto a “senhor”, traduz-se com as consoantes e vogais em maiúsculas. A tradução “senhor” é realizada em caracteres de maiúsculas porque os biblistas consideram importante evidenciar aos leitores da Bíblia que no idioma hebraico, onde se lê em português “senhor”, existem quatro letras, que compõem o nome que Moisés ouviu no Monte Horebe. Além de "senhor" nas Escrituras em português o nome de Deus está vertido como Jeová e Javé.

Deus revelou ao patriarca chamar-se EU SOU. Em hebraico, as letras são YHWH  (Êxodo 3.1-6, 14). As quatro letras (Tetragrama), vertidas ao português, são: YHWH. Hebraístas declaram que a sonoridade seria “iodevave”.

O Tetragrama aparece mais de seis mil vezes no Antigo Testamento. Aparentemente, sugere a atemporalidade de Deus, que é a origem de toda a existência. É provável que Apocalipse 1.4, onde está escrito sobre Cristo ("aquele que é, e que era. e que há de vir") se refira ao nome EU SOU / YHWH - fortalecendo assim a existência da Trindade. E por esta razão, estudiosos das Escrituras atribuem também, ao Anjo do Senhor, a identidade de Cristo e por conseguinte à narrativa de Juízes 13 uma aparição de Jesus  Cristo antes de sua encarnação (cristofania),

Não há dúvida que o Tetragrama, impronunciável aos judeus, refere-se ao nome de Deus. O nome de Deus é impronunciável pelos judeus por questão de reverência.

O propósito divino para o nascimento de Sansão.

Para mim, o aspecto mais notável neste texto é o fato de a mulher, para quem Deus colocou seus olhos e decidiu que seria a mãe de Sansão, não ser identificada pelo próprio nome. Ela é citada como a esposa de Manoá e como a mãe de Sansão. Ao contrário de Sara, Agar, Rebeca, Raquel, Rute, Noemi, Ana, Maria, mãe de Jesus, Isabel, mãe de João Batista, e tantas outras servas do Senhor. É digno de nota, também, que ela foi fiel e obedeceu às instruções que recebeu do Anjo; após gerar o bebê, educou-o dentro das normas estabelecidas para um homem nazireu (Números 6.1-21; Levíticos 11; Deuteronômios 14.3-21).

Como nazireu, Sansão  nasceu sobre a proteção dos céus, foi dedicado a uma missão especial, possuía uma força impressionante gerada pelo Espírito Santo e deveria levar uma vida diferente.

Sansão nasceu de forma milagrosa. Seu nascimento foi prometido e abençoado por Deus, quando a sua mãe não tinha mais esperança de engravidar. Havia um propósito definido por Deus para que ele nascesse, sua vida traria esperança de liberdade, graça e prosperidade ao povo. Desde o nascimento, passagem pela mocidade e fase adulta, o Espírito se manifestava através dele. Foi um dos juízes escolhidos para libertar os israelitas da opressão dos filisteus.

Assim que houve o anúncio de que Sansão seria gerado pelo Anjo do Senhor, houve a instrução aos seus pais que ele deveria ser consagrado a Deus como nazireu. Ou seja, havia um voto que consistia em não cortar o cabelo da criança e ensiná-lo que não deveria beber ou comer qualquer coisa que procedesse da uva, jamais comer alimentos considerados impuros.

Conclusão.

Façamos uma reflexão sobre esta passagem bíblica: Deus também tem um propósito especial para a Igreja; como cristãos, não devemos ficar de braços cruzados diante de tantas armadilhas diabólicas: vidas humilhadas e escravas da paixão, corrupção, violência, drogas, sexo ilícito, jogos de azares, desespero; o crente precisa buscar do Senhor o poder fenomenal para estar alerta e sempre pronto ao combate contra o pecado em suas diversas modalidades. Cabe a todos os cristãos realizar a obra do Espírito Santo nos dias atuais. Não mais usando a força física, mas as estratégias de sabedoria cuja origem está no conhecimento do Evangelho de Jesus Cristo.

E.A.G.

Fonte:
Bíblia de Estudo da Mulher Sábia, página 295, edição 2016, Várzea Paulista/SP (Casa Publicadora Paulista).
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego, página 70, apêndice Dicionário do Antigo Testamento página 1867, edição 2011,Rio de Janeiro (CPAD),  
Mensagens Bíblicas a Cada Dia, Suely Ceruci, postagem sem título, 22 de janeiro de 2017, http : // sbertoncini . zip . net / arch  2017 - 01 - 22 _ 2017 - 01 - 28 . html # 2017 _ 01 - 22 _ 07 _ 59 _ 19 - 127692565 - 0 

sábado, 31 de dezembro de 2016

As pisaduras de Jesus Cristo



"Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados." Isaías 53.5.

"Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados" - Isaías 53.5.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Jesus, o Messias

Jesus disse aos judeus: Vocês estudam cuidadosamente as Escrituras, porque vocês pensam que têm nelas a vida eterna. E são as Escrituras que testemunham a meu respeito" (João 5.39). As Escrituras do Antigo Testamento revelaram onde Jesus iria nascer (Belém), como Ele nasceria (de uma virgem) e porque Ele viria ao mundo (para sacrificar-se por nossos pecados). A passagem de Isaías, também registra que aquela criança seria Deus, o Deus Todo Poderoso e Pai da Eternidade.

Por Judith Kemp

Muitos e muitos anos antes de Jesus nascer, Deus Pai, através do profeta Isaías, disse ao seu povo qual deveria ser o nome do bebê. Ele seria a única criança na história da humanidade que seria chamado de Deus Forte e Pai da Eternidade.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Eu sou a porta

Por Iara Vasconcellos

Jesus, que nasceu na manjedoura, cresceu, viveu, morreu e ressuscitou por mim e por você. disse: "eu sou a porta..."

Você tinha ideia de quantos nomes diferentes Ele possui? Há ainda muitos outros, e agora, eu gostaria de comentar mais alguns.

Porta: "Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo; poderá entrar e sair e achará comida" - João 10.9. 

Luz: "De novo Jesus começou a falar com eles e disse: – Eu sou a luz do mundo; quem me segue nunca andará na escuridão, mas terá a luz da vida" - João 8.12. 

Ressurreição: "Então Jesus afirmou: – Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá" - João 11.25.

Caminho: "Jesus respondeu: – Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim" - João 14.6.

Deus: "Eu e o Pai somos um" - João 10.30.

E há muitos outros "Eu so", ditos por Jesus (Pão da Vida; Videira; Alfa e Ômega, etc) de onde se conclui que, se Ele não é o que disse ser, é - como já disseram - "o maior louco que já passou pela História" Que falta de reverência, você pode estar pensando. Mas, não é verdade? E, se Ele é tudo o que disse ser, louco é quem não o aceitar como Salvador e Senhor.

Você gostaria de, neste Natal, entrar pela "Porta", depois de passar pelo "Caminho" iluminado pela "Luz" e após a "Ressurreição" encontrar-se com o Pai celestial? Se sim, convide, então, a Jesus para morar em sua vida e transforme em prática a teoria do Natal.

E.A.G.

Fonte: Lar Cristão, nº 16, edição especial de Natal, dezembro de 2012, página 26 (Sociedade Religiosa Lar Cristão). 

Textos bíblicos extraídos da versão Nova Tradução na Línguagem de Hoje.

Eu-sou-a-porta-Iara-Vasconcellos-Lar-Cristao

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Jesus, a Estrela da Manhã


"Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã" - Apocalipse 22.16.

Jesus Cristo é a Luz do Mundo. Quem caminha com o Mestre anda muito bem acompanhado e iluminado. A força de seu brilho ofusca até a intensidade do brilho do sol.

E.A.G.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

A preexistência de Cristo

Jesus Cristo sempre existiu. Ele estava com Deus. No princípio Ele era; isto é, Ele já estava presente. Cristo não fora criado
Por Márcio Souza

Ao contrário do que alguns movimentos heréticos pseudocrístãos afirmam, como os Testemunhas de Jeová, as Escrituras Sagradas declaram ampla a claramente a preexistência  Jesus Cristo. Foi na cruz que um dia eu vi meus pecados castigados em Jesus! Foi ali pela fé que meus olhos abri, e agora me alegro em sua cruz!

Cristo não teve princípio. Ele é Deus!

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" - João 1.1.

Jesus Cristo sempre existiu. Ele estava com Deus. No princípio Ele era; isto é, Ele já estava presente. Cristo não fora criado. Sua eternidade pode ser vista até mesmo no Antigo Testamento: "E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade" (Miquéias 5.2).

Quanto à questão da sua própria eternidade, vejamos o que Jesus tem a declarar: "Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, Eu Sou" (João 8.58).

A natureza divina de Cristo

Jesus foi chamado no Antigo Testamento de Emanuel, que quer dizer Deus conosco. Esta profecia de Isaías 7.14 cumpriu-se na vida de Jesus em Mateus 1.23, que diz "Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel, que quer dizer: Deus conosco".

Cristo existia primeiramente nos céus: "Antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz." (Filipenses 2.7-8). Quanto à reencarnação de Cristo, a Bíblia ensina enfaticamente: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai" (João 1.14). E mais: "E todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo" (1 João 4.3).

Cristo é perfeitamente santo

O sacrifício de Cristo foi plenamente santo. Ele não tinha uma natureza pecaminosa subjugada pelo Espírito. Ele nunca fora tentado por sua própria natureza. O diabo, portanto, questionou e provou a Cristo com as adversidades da vida. Fez isso exatamente (veja Mateus 4.1). A epístola aos Hebreus tem como tema central a superioridade da obra de Cristo sobre todos os trabalhos, inclusive sobre a administração sacerdotal.

Diferente dos sacerdotes, que tinham de oferecer sacrifícios primeiramente pelos seus próprios pecados e depois pelo povo, Jesus sempre foi imaculado. Em Hebreus 7.22-28, está escrito: " Por isso mesmo, Jesus se tem tornado fiador de superior aliança. Ora, aqueles são feitos sacerdotes em maior número, porque são impedidos pela morte de continuar; este, no entanto, porque continua para sempre, tem o seu sacerdócio imutável. Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus, que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu. Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à fraqueza, mas a palavra do juramento, que foi posterior à lei, constitui o Filho, perfeito para sempre."

Conclusão

Os conceitos heréticos dos Testemunhas de Jeová, e outras seitas, não param por aí. Afirmam, ainda, que o diabo e os demônios são apenas uma influência impessoal. Que o Espírito Santo é uma força ativa impessoal. E, que, com a morte, todos ficam inconscientes.

Que o Senhor nos proteja!

Fonte: Defesa da Fé, ano 5, nº 30, janeiro de 2001, página 12 (Instituto Cristão de Pesquisas - ICP).

sábado, 28 de maio de 2016

A Nova Vida em Cristo

A nova vida em Cristo consiste em viver fervorosamente a vitória da cruz.
Por Eliseu Antonio Gomes

Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" - Romanos 12.1-2.

No capítulo 12 da Carta aos Romanos, Paulo dedica-se a aplicabilidade da doutrina cristã, que apresentou nos capítulos anteriores. Ele afirma que a partir da aplicação dos ensinos de Cristo é possível renovar o nosso entendimento.

O Reino de Deus é para todos aqueles que creem, não somente para o judeu. "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" - João 3.16.

Só existe uma coisa a fazer para receber o maior presente de Deus (Jesus Cristo), que é a maior razão para dar graças: crer. Aquele que crê no Evangelho de Cristo tem razões para dar graças  por toda eternidade.

Para fazer parte do Reino é necessário nascer de novo. "A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" -  João 3.3.

Jesus foi direto ao que a religião não pode prover. Um novo nascimento. A salvação não é assunto de conhecimento e nem de amadurecimento. A intenção ao ato de pecar tem que morrer e o ensino de Cristo nascer no coração da alma do pecador, para que agrade a Deus.  

A regeneração pela água e pelo Espírito nos torna novas criaturas. "Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. 6 O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito" -  João 3.5-6.

É necessário chegar a Deus em humildade, reconhecendo que Ele é o grande Mestre, ninguém sabe mais, a sua Palavra é indiscutível. Para Nicodemos, a sua religião não lhe oferecia a vida que ele podia experimentar em Cristo. Frequentemente, a religião tenta chegar a Deus mediante rituais e méritos pessoais; porém é impossível para o ser humano alcançar a Deus por estes meios.  Jesus quer abrir o entendimento do ser humano para que deixe  de pensar  somente em suas possibilidades e comece a considerar  o poder de Deus.

Deus é Espírito. Quem deseja entrar no reino deve passar por uma mudança espiritual. O Espírito Santo opera no ser humano o milagre do novo nascimento. Nesse processo, a pessoa morre para o pecado e nasce filho de Deus; torna uma nova criatura.

Se alguém está em Cristo é uma nova criatura e tudo se fez novo. "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" -  2 Coríntios 5.17.

A base da santificação do crente é a sua união com Cristo, pois é nesta unidade que o crente rompeu com o pecado e recebe condições para andar em novidade de vida conforme a eficácia da ressurreição do nosso Senhor (Romanos 6.4, 10-11).

A carnalidade sempre oferece desculpas e pretextos para que não façamos o que devemos. Essa conduta faz com que a culpa nos persiga e que não alcancemos a satisfação naquilo que fazemos. Somente nos aproximando de Deus podemos permanecer libertos da escravidão causada pela nossa natureza pecaminosa (Romanos 7.18-19, 24-25).

Diante do pecado, o cristão deve avançar sem olhar para trás, aceitar o novo começo, manifestar o verdadeiro arrependimento, que move o coração de Deus. Se não estamos satisfeitos com a vida que vivemos até o momento, não é tarde demais para começar uma nova vida. É possível ter uma vida melhor em Cristo, começando-a por cultivar e manter a comunhão com Deus (Filipenses 1.6).

Embora viver a piedade cristã não ser fácil, após receber a Cristo ainda continuar a existir o conflito pessoal, haja a dificuldade de renunciar alguns costumes do passado, Deus nos aconselha  a que nos desfaçamos do velho estilo de vida pecaminosa e comecemos de novo, junto com Ele atitudes de amor e santidade.

É necessário abandonar os vícios. Álcool e outras drogas. A Ciência afirma que, uma vez que alguém se torna dependente químico ou alcoólatra, será sempre assim. Mas, a Palavra de Deus anuncia que, ao decidir seguir Cristo, todas as coisas se fazem novas, pois Jesus liberta seus seguidores da escravidão (João 8.36).

Receber a Jesus como salvador é o início da vida cristã. "Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças" - Colossenses 2.6-7.

Após receber a Cristo como Salvador, o crente deve acatá-lo como Senhor, assim, evidenciar a sua fé mediante suas ações. Depois de experimentar a graça divina não é mais compatível  viver segundo modo de agir e pensar deste mundo pecaminoso. O crente convertido pertence ao Corpo de Cristo, e como membro desse Corpo é transformado por Deus em seu interior, recebe dons e talentos que, com humildade, deve compartilhar com o mundo ao seu redor.

Como novas criaturas fomos circuncidados em Jesus Cristo. "Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos" - Colossenses 2.11-12.

Como nova criatura, o crente precisa exercitar o amor, o serviço cristão e resistir a todo o mal, porque na condição de renascido em Cristo tem um ética fundamentada na obra da redenção. Somos chamados a cultuar o nosso Deus com a mentalidade esclarecida sobre a mensagem do Evangelho, sendo instrumentos disponíveis de Deus para abençoar a vida do próximo: amar cordialmente uns aos outros; sermos entusiasmados no cuidado com os outros; alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração. Somos chamados para em Cristo sermos santos (Romanos 12.9-11).

Conclusão

O Evangelho não é apenas poder para salvar o homem dos seus pecados, mas também, poder para viver diariamente uma vida vitoriosa e poderosa contra o pecado, contra o mundo e contra o Diabo. Quando justificado pela fé, o crente é também capacitado para tornar-se na prática, um vitorioso contra o pecado.

E.A.G.

Compilações:
Bíblia do Pescador, páginas 1117, 1118,1211, 1253, 1ª edição 2014, Rio de Janeiro (CPAD). 
Ensinador Cristão, ano 17, nº 66, página 40, abril a junho de 2016, Rio de Janeiro (CPAD). 
Lições Bíblicas - Professor - Maravilhosa Graça - O evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos; José Gonçalves, 2º trimestre de 2016, páginas 64-66, Rio de Janeiro (CPAD). 

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Jesus Cristo é Deus e também é o Salvador


Jesus Cristo é Deus e também é o Salvador. Belverede. Eliseu Antonio Gomes. Ailton Costa.

Deus é uno, ou triuno? Jesus Cristo é Deus ou apenas o Filho de Deus?

Não são poucas as criaturas que tentam descrever o Criador, pormenorizadamente, como se fosse possível para nós conceber tão grandiosa verdade, em nossos raciocínios de gente mortal e pecadora. Elas continuarão apenas tentando, porque é impossível para a mente humana alcançar todos os detalhes, todos os atributos daquEle que nos fez, é Santo e Eterno. Se não é possível compreender por completo a Pessoa do Senhor, resta-nos tão somente, pela fé, receber as informações que encontramos na Bíblia Sagrada, aquilo que Ele permite que saibamos.

Abaixo, a reprodução do conteúdo da página http://solascriptura-tt.org/Cristologia/CristoEhSenhorDeusSalvador-AECosta.htm , escrita pelo Pastor Ailton Costa.

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Jesus é Senhor [é Deus] e Salvador

Muito cuidado com os inimigos da cruz. As seitas negam a divindade de Jesus, isto é, dizem que Jesus não é Jeová; que Ele não é nosso Senhor e Salvador. Esses são os anticristos. As Igrejas Cristãs atestam que o Filho – JESUS – é o Deus encarnado. Eis o que diz a Bíblia:

01) Jesus é Jeová, que se fez homem e habitou entre nós (João 1.1,2, 14);

02) O próprio Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (João 10.30, 38);

03) Jesus disse: “Quem me vê a mim, vê o Pai” (João 14.9; 2 Co 4.4);

04) Jesus disse: “Antes que Abraão nascesse, EU SOU” (João 8.58); “Se não crerdes que EU SOU, morrereis em vossos pecados” (João 8.24). Jesus usou o mesmo nome usado por Jeová: EU SOU (Êx 3.14). “Eu Sou” transmite ideia de eternidade. Jesus é Eterno; não foi criado. Os inimigos de Cristo morrerão em seus pecados;

05) Jesus é Senhor dos vivos e dos mortos (Romanos 14.9);

06) Jesus é o Criador de todas as coisas (João 1.3; Cl 1.15-17);

07) Jesus é o “nosso grande Deus e Salvador” (Tito 2.13; 2 Pe 1.1,11);

08) Jesus deve ser adorado como Deus (Hb 1.6-8);

09) Devemos adorar somente a Deus (Mt 4.10), mas Jesus recebeu e aceitou adoração porque se igualava ao Pai (Mt 2.2,11; 8.2; 14.33; 28.9; Jo 9.38);

10) A Bíblia diz que a Igreja é de Deus (Atos 20.28). Igualando-se a Jeová, Jesus diz: “Minha Igreja” (Mateus 16.18);

11) A Bíblia diz que Jesus é DEUS-CRISTO e que nEle habita TODA a divindade (Colossenses 2.2-3, 9);

12) Jesus disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (João 14.6). O artigo definido “o” identifica, individualiza e indica Jesus como a única verdade;

13) A Bíblia diz que Jeová é autor da vida (1 Samuel 2.6). O mesmo título é dado a Jesus (Atos 3.15);

14) A Bíblia diz que somente Deus pode perdoar pecados (Isaías 1.18; 43.25; Provérbios 28.13; Mateus 6.12; Lucas 5.17ss). Jesus, na qualidade de Deus feito homem, e conhecendo os corações dos homens, perdoou muitos pecadores (Lucas 23.43; João 5.14; Mateus 9.2);

15) A Bíblia chama Jesus de Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz (Isaías 9.6);

16) Ao ver Jesus ressuscitado, Tomé disse: “Senhor meu e Deus meu” (João 20.28). Jesus não repreendeu o discípulo por ter sido chamado de Deus e Senhor. Ele é realmente Deus, Senhor e Salvador;

17) A Bíblia diz que Jesus é “Deus bendito eternamente” (Romanos 9.5);

18) A Bíblia diz que Jesus é “o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 Jo 5.20);

19) A onipotência é atributo exclusivo da Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Jesus se declarou onipotente: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim; aquele que é, que era e que há de vir, o TODO-PODEROSO” (Ap 1.8);

20) A Bíblia diz que Cristo é o nosso Salvador (Tito 3.4-6). O próprio Jesus declarou ser Salvador (Mt 18.11; João 3.18);

21) A Bíblia diz que em nenhum outro nome há salvação, somente em Jesus Cristo. Jeová salva e Jesus salva porque os dois são UM (Atos 4.12). 

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Jesus, nosso único Mediador perante Deus


Mediador é um agente moderador, alguém que intervém em situações de conflitos com o objetivo de conciliar, trazer a harmonia entre as partes conflitantes. Jesus Cristo fez este papel trazendo a paz entre Deus e os homens, quando entregou-se na cruz para morrer em nosso lugar.

E.A.G.

sábado, 1 de agosto de 2015

Paz Duradoura


por Arno Froese
A paz não é somente a ausência de conflito ou de guerra, mas é um dom de Deus. Estou falando daquela paz que ultrapassa todo o entendimento (veja Fp 4.7). 

Essa paz não pode ser obtida depositando nossa fé em um sistema. Ela virá quando confiarmos em uma pessoa: o Filho de Deus, Jesus Cristo de Nazaré. 

Ele pagou o preço necessário pelo pecado da humanidade, que é a causa da guerra. Quando Ele derramou Seu sangue na cruz do Calvário e bradou "Está consumado!" (Jo 19.30), o pagamento estava completo. 

Agora todos aqueles que vêm até Ele pela fé pedindo perdão pelos seus pecados recebem o perdão e a paz. Por isso, sabemos que a única paz que receberemos com certeza é aquela que podemos oferecer para todo mundo através do Evangelho.

Essa não é uma paz coletiva, ela é individual. Não está baseada em um tratado, negociação ou acordo, tampouco foi escrita com tinta no papel. Ela foi selada com o sangue do Filho de Deus. Ele nos garante em  João 14.27: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize".

Trecho do artigo Agitação no Mundo Árabe - http://www.sefiel.com.br/blog/opiniao/index.php?page=46

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Se Cristo vos libertar


A liberdade que Cristo dá é verdadeira, o texto bíblico no capítulo 8 e versículo 36 do Evangelho segundo João não é uma simples frase de efeito, não é reles discurso retórico, não há eufemismo nesta declaração. Todo aquele que crer em Jesus como Salvador e segui-lo como Senhor, tem condição absoluta de ser uma pessoa livre.

Então, tome a  decisão de desde já viver sua vida usando sua autonomia, faça valer sua posição de pessoa independente e isenta de restrições impostas pelas dificuldades desse mundo. Anuncie com ousadia a todos que Cristo abre cativeiros e liberta quem queira estar livre de hábitos ruins, vícios, doenças, opressões e possessões malignas. Faça todos saberem que Ele concede ao indivíduo o poder de não estar sujeito a controle e arbitrariedades limitantes, dá a todos o domínio para que estejam acima da coação física, moral e espiritual

"Se Cristo vos libertar..." Ele quer que os seres humanos gozem da liberdade, mas depende de nós aceitar a ação libertadora! Tenha bom ânimo, queira e acredite que pode ser livre das aflições desse mundo.

Para experimentar a regalada condição de pessoa não sujeita a servidão, é preciso crer na promessa bíblica, colocando a fé em prática através da obediência à Palavra de Deus. Faça isso e viva sua liberdade plenamente.

Algumas pessoas são libertas rapidamente, no tempo de um piscar de olhos, porém, outras passam por um processo que demanda algum tempo maior. Não importa se a libertação ocorre de um ou outro modo, o importante é conquistar a liberdade em definitivo.

E.A.G.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Um retrato de Jesus

Por Jeff Van Vonderen

Quando Erin estava com dois anos, certo dia veio para mim toda orgulhosa e me apresentou um desenho. Notei que a figura retratada era de um homem calvo, e o nome escrito iniciava-se com as letras J e E. 

Como não estivesse prestando muita atenção, erroneamente achei que o retrato fosse eu. Contudo, não entendi por que minha filha me fizera com três olhos. Logo em seguida, porém, compreendi que, quando uma criança de dois anos está olhando debaixo para cima, para um homem calvo, tem a impressão de que o nariz se encontra encontra entre os olhos. 

Olhei outra vez para o nome escrito: Jesus. Quase perdi o fôlego. A sensação que tive foi a de ter levado um soco na boca do estômago. Então, era assim que ela imaginava Jesus - igual a mim!

Não. Não tenho que assumir o lugar de Deus na vida de meus filhos! Entretanto, como Jesus, tenho de transmitir a graça do Senhor à minha família. Que tipo de Jesus estou sendo para meus filhos? No desempenho de meu papel de pai, será que sou um tipo de Cristo que lhes comunica mensagens (verbais ou não), dizendo-lhes:

- Ainda não estou satisfeito!

- Você tem algum problema!

- Precisa esforçar-se mais!

Ou será que estou refletindo para eles um Jesus cuja atitude é de amor incondicional, que sempre lhes lembra de que têm muito valor e que lhes proporciona o apoio moral de que precisam para viver?

O amor que Deus tem por nós é do tipo que vai até a cruz. Será bom, vez por outra, parar para pensar nisso.

Fonte: Mensagem da Cruz, nº 112, março-abril de 1997, página 24, Venda Nova - Minas Gerais (Editora Betânia). Trecho extraído do livro Vida Familiar Transformada Pela Graça, publicado pela Editora Betânia.  

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Jesus, o Leão da tribo de Judá

Por Eliseu Antonio Gomes

"Porque para Efraim serei como um leão, e como um leãozinho à casa de Judá: eu, eu o despedaçarei, e irme-ei embora; arrebatarei, e não haverá quem livre" - Oséias 5.14.

O leão é o maior animal carnívoro entre os felinos, em seu grande porte na fase adulta pode pesar até duzentos quilos. O macho chega a 90 centímetros de altura nos ombros  - a juba faz com que pareça maior do que é.  

Os leões africanos vivem em pequenos grupos de três a trinta indivíduos nos campos e nos cerrados; cada grupo possui seu próprio território de caça, estrito e preciso. Enquanto os machos asseguram a proteção do grupo e do território, as fêmeas se encarregam do alimento, caçar, e cuidar dos filhotes. A fêmea é um pouco mais baixa e menos pesada. Após uma gestação de 105 dias, nascem dois ou três filhotes com cerca de 30 centímetros de comprimento.

Quando está caçando, a leoa pode atingir a velocidade de 48 km por hora. Suas presas costumam ser zebras e antílopes, mas os leões também comem vários outros animais e tem por hábito aproveitar as sobras de carne que outros predadores desprezaram. Os grupos podem cobrir 48 quilômetros em uma noite a procura de caça.

É encontrado na África e na Ásia ocidental. Hoje em dia vive em reservas preservadas à África, exceto por alguns remanescentes em reservas na Índia. 

O leão é considerado o rei dos animais, em muitas terras representa autoridade e poder reais. 

Há cerca de 130 menções ao "leão" nas Escrituras Sagradas. está entre os mais citados, abaixo apenas da ovelha. Nas páginas do Antigo Testamento, encontramos o vocábulo "'aryeh", havendo também outros vocábulos diferentes que identificam os felinos em tamanhos, sexo e origens diferentes. Tamanha riqueza de palavras no vocabulário hebraico sugere que o leão era comum nos tempos bíblicos da Antiga Aliança.

Eles eram numerosos na Terra Santa. Seu bramido metia medo (Salmo 22.13; Provérbios 20.2). O rugido do leão está simbolizado nas páginas bíblicas tanto como a voz de Deus como a Babilônia (Jeremias 25.30; Daniel 7.4); tanto como o homem valente, a intrepidez de um justo, quanto a ira de um rei (2 Samuel 17.10; Provérbios 19. 12; 28.1).

Um leão matou o profeta enviado a Betel (1 Reis 13.24);
Um homem que não obedeceu a voz de Deus morreu em um ataque de leões (1 Reis 20.36);
Entre os melhores guerreiros de Davi, estavam os homens de Gade, cujos rostos eram como de leões (1 Crônicas 12.8);
Leões tinham a fama de despedaçavar corpos (Salmos  quebrava ossos (Isaías 38.13);
Atacava rebanhos (1 Samuel 17.34; Isaías 31.4; Jeremias 49.19; Amós 3.12);
Sansão, Davi, Daniel e Bemaia, um dos valentes de Davi, tiveram experiências em que manifestaram fé e coragem diante dos leões (Juízes 14.6; 1 Samuel 17.36; 2 Samuel 23.20; Daniel 6.7-22).

As armadilhas eram meios populares de captura. Outro método era fazê-los sair de seu covil para entrar em uma rede - nos dias atuais ainda é empregado esta estratégia na Índia. Em outras vezes, adotava-se o uso da rede e de uma cova, para capturá-lo vivo, como registram as referências de Jó 19.6 e Ezequiel 19.

Uma figura encontrada nos relevos do palácio de Assurbanipal, feita em meados de 650 a.C., sugere que houve uma espécime deste felino que já foi extinta. O animal tinha semelhanças com o leão asiático/europeu e também carregava características do felino africano. Vagueava pela Síria e Ásia Menor. Pensa-se que tenha sido exterminado da Palestina em caçadas durante as Cruzadas, mas por volta de 1900 eles ainda eram vistos na Pérsia.

Eles eram símbolos de realeza no antigo Oriente Próximo, conservados em grande número em cativeiro por Assurnasirpal II (883 - 859 a.C.) em Ninrud. Também, por sua alta ferocidade, empregava-se, metaforicamente, o leão em referência à crueldade e investida maligna (Salmo 7.2; 22.21; 2 Timóteo 4.17); e também ao próprio Satanás (1 Pedro 5.8).

Na visão do profeta Ezequiel de quatro seres viventes, ele os descreve com rostos de leão; e nas revelações do céu que João recebeu de Cristo, o apóstolo viu um ser semelhante ao leão (Ezequiel 1.10; 10.14; Apocalipse 4.7).

"E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos" - Apocalipse 5.5.

O leão era o emblema da principesca tribo de Judá. Em Gênesis 49. 8-12 está predito que a descendência de Judá empunharia o cetro, reinaria em Israel e governaria o mundo. (Gênesis 49.9). Também simboliza Cristo: Maria, mãe de Jesus, era da tribo de Judá, e Jesus é o Rei dos reis (Lucas 3.33; 1 Timóteo 6.15; Apocalipse 19.16).

E.A.G.

Dicionário Bíblico Universal, - A.R. Buckland & Lukyn Williams, página 361 e 362 , São Paulo, edição 2007, Editora Vida.
Grande Enciclopédia Larousse Cultural, volume 15, página 3528, ano 1995, Nova Cultural.
Nova Enciclopédia Ilustrada - volume 2, página 556, encarte das edições de domingo da Folha de São Paulo de  março a dezembro de 1996.
O Novo Dicionário da Bíblia, volume II, página 913, quarta edição 1981, São Paulo, Edições Vida Nova.
Pequena Enciclopédia Bíblica O. S. Boyer, página 377, edição 1992, Editora Vida.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Jesus, o modelo ideal de humildade

Os aspectos da humanidade e divindade de Cristo é a nossa lição exemplar sobre humildade. Sem dúvida, Jesus é o nosso modelo ideal de submissão, humildade e serviço (Filipenses 2.5-8).

A abordagem de textos bíblicos sobre as duas naturezas de Jesus

Jesus Cristo é o Verbo Divino, o Emanuel, Deus Conosco, verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Ele é a plena revelação do Altíssimo, a encarnação do Deus Pai (João 1.1; 14.9-11; 20.28; Tito 2.13; Hebreus 1.8; Apocalipse 21.7).

Na Bíblia Sagrada, existem dois títulos que remetem ao que Ele é. Como ser humano, Cristo recebeu o título de Filho do Homem, e em referência à sua divindade Ele é chamado de Filho de Deus (Marcos 13.24; João 20.31).

Jesus Cristo revelou-se de maneira muito frágil, como um bebê, e humana, Jesus de Nazaré. A presença dEle na terra é a suprema mensagem divina à Humanidade. Ao fazer-se ser humano, Cristo esvaziou-se de sua glória celestial e não de sua divindade. Em sua humildade, ao vir ao mundo não quis ser detentor de autoridade política ou da religião judaica. Poderia ter experimentado opulência, ter nascido em palácio, ser posto em berço de ouro, porém, nasceu como o filho de Maria dentro de um estrebaria rodeado de animais e foi acomodado em uma manjedoura; cresceu adotado por José, o trabalhador braçal que sustentava a família como marceneiro;  viveu como cidadão israelita, como mais um entre tantos judeus em Israel.

Ao esvaziar-se de sua divindade, nascer de uma mulher virgem gerado pelo Espírito Santo, deixar de ser divinamente semelhante a Deus para ser semelhante ao homem fisicamente, se fazer homem para se apresentar perto dos homens, viver em carne sem jamais pecar, fazer-se maldição por todos os seres humanos, Jesus levou sobre seu corpo todos os pecados dos homens para que todos recebessem a possibilidade de escapar da perdição eterna (Gálatas 3.13; 4.4). Ao viver impecável da manjedoura ao túmulo e entregar-se em sacrifício no Calvário, venceu o pecado e a morte, e Deus o tirou da sua humanização ressuscitando-o no sepulcro, tornou-o príncipe e Salvador, e o exaltou soberanamente como o Todo-poderoso, dando-lhe um nome sobre todo nome, com autoridade para que todo aquele que invocar seu nome seja salvo (Atos 5.31; Filipenses 2.9; Romanos 10.13; Efésios 1.20-22).

No primeiro século da Era Cristã, o imperador de Roma reivindicava para si o título de senhor e deus. Os apóstolos ao anunciar a Cristo o apresentaram como Senhor, confrontando a presunção e vaidade do império romano. Os cristãos da Igreja Primitiva reconheciam e identificavam Jesus Cristo como a única autoridade para salvar e comandar o reino de Deus. As páginas neotestamentárias referem-se a Jesus 650 vezes como Senhor.

É preciso tomar a decisão de negar-se. Negar a si mesmo representa o ato voluntário de dobrar os joelhos e declarar a Jesus Cristo como Senhor de nossas vidas. A confissão de Cristo como Senhor é ponto importante da igreja. Não basta confessar com os lábios, é preciso expressar com atitudes diárias condizentes com o Evangelho (Atos 10.36; Romanos 10.9; 1 Coríntios 8.6; Marcos 7.6).

A obediência de Cristo

"E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão" - Hebreus 2.14-15.

A obediência abnegada de Cristo era exclusiva à vontade de Deus. Após orar dizendo "não seja feita a minha vontade mas a tua" (Lucas 22.42), se deixou levar ao Calvário, no Getsêmane, lá experimentou a extrema angústia, a extrema dor e a morte de cruz. A cruz era símbolo da maldição (Deuteronômio 21.22,23). Assim sendo, aceitou a crucificação para tornar-se a maldição e pudesse resgastar a todos do pecado que gera a morte (Gálatas 3.13; Tiago 1.15).

O que é humildade? 

Sobre o ensino cristão, Jesus Cristo foi claríssimo:

"Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração" - Mateus 11.29.

"E perguntou-lhe um certo príncipe, dizendo: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna? Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é Deus" - Lucas 18.18-19.

Parece paradoxo, mas não é: o equívoco maior e mais comum no meio cristão é confundir subserviência com humildade. Ser humilde é considerar-se um ser criado por Deus, nem superior e nem inferior ao próximo no que tange a aplicar o cristianismo ao modo de viver.  É necessário servir ao outro, entretanto, sem considerar-se menos importante aos olhos do Criador. Sobre isso há o mandamento de amor: ame o próximo como a si mesmo (Mateus 22.39).

"E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Beréia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim" - Atos 17.10-11.

Os crentes de Beréia foram mais nobres que os crentes de Tessalônica porque exerceram a humildade perante o Senhor, amando-o em primeiro lugar, conferindo se o ensino de Paulo conferia com a mensagem divina que portavam em manuscritos.

A humilhação do crente em Cristo deve ocorrer apenas diante de Deus, tal qual fez Jesus ao obedecê-lo em seu projeto de salvação, curvar-se perante homens é praticar idolatria:

"Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará" - Tiago 4.10

"Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte" - 1 Pedro 5.6.

Conclusão

Paulo apela aos cristãos filipenses para que tenham a mesma postura de Jesus. O esvaziamento de Cristo implica no esvaziamento do cristão do sentimento de individualismo, vontade de fazer o mal, egoísmo, opressão, orgulho. Impele à atitude de fazer o bem e amar o inimigo. Constrange a ter o mesmo modo de agir e pensar, a praticar a humildade, sentimento que implica em obediência ao Pai Eterno.

Deus não quer do cristão o sacrifício físico, espera de cada um de nós que sacrifiquemos as paixões carnais, rejeitemos a vontade própria e abracemos a vontade divina (Colossenses 3.1-3; Gálatas 5.16-23).

Quem exerce a verdadeira humildade de Cristo aniquila a própria vontade e faz a vontade do Pai Eterno: ama o próximo fraternalmente, considera o outro superior a si mesmo e ao mesmo tempo considera apenas Jesus como seu único Senhor, ama seu semelhante sinceramente, ama todas as pessoas como Jesus amou (Romanos 12.9-15; Lucas 6.27-36; João 13.3-7; Filipenses 2.3).

Quem vive assim é servo de Deus.

E.A.G.

Consultas:
Ensinador Cristão, ano 14, nº 55, página 38, Rio de Janeiro (CPAD)
Lições Bíblicas - Filipenses: A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja - Mestre; Elienai Cabral; 3º trimestre de 2013 (CPAD)
Filipenses - A Humildade de Cristo como exemplo para a Igreja, Elienai Cabral, páginas 60-70; 1ª edição 2013, Rio de Janeiro (CPAD).

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Foi justo?

Por Helmuth Matschulat

"Homens israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela" - Atos 2.22-24.

Certa ocasião recebi o pedido de um ilustre desembargador, já aposentado, para conversar sobre o julgamento de Cristo. Ele admitia a inocência de Jesus, mas, como profundo conhecedor do direito romano, concluiu que o julgamento não estava bem contado. Segundo ele, não seria correto o justo sofrer pelo injusto. Cada um deve arcar com as consequências de seus próprios erros. Se Pilatos, representando o Império Romano, não achou culpa em Jesus, então não poderia ser condenado. O jurista concluiu que a narrativa do Novo Testamento não estava correta.

Apresentei diversos livros sobre o assunto, mas com muita habilidade ele refutava os argumentos dos escritores, sempre defendendo que o registro bíblico não estava correto. Passaram-se meses. Um dia estudamos Romanos, carta na qual Paulo faz uma dissertação jurídica sobre a justificação e conclui que a lei não é suficiente para a salvação, mas sim a graça de Deus. Ao ler os versículos "Deus demonstra o seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores" (Romanos 5.8) e "o amor é o cumprimento da lei" (Romanos 13.10b), o desembargador disse que se rendia e aceitava o julgamento de Jesus. Depois foi mais fácil entender e aceitar o que o apóstolo Pedro registrou: "Cristo sofreu pelos pecados de uma vez por todas, o justo pelos injustos" (1 Pedro 3.18a).

Recordei, então, a palavra que Deus fala pelo profeta Jeremias (23.29b): "Não é a minha palavra ... como um martelo que despedaça a rocha?" e também através de Paulo a Timóteo: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça" (2 Timóteo 3.16). Quando há dúvidas, procure na Palavra de Deus as respostas!

Toda a justiça de Deus cabe dentro da sua graça, e ainda sobra espaço para a nossa restauração.

Fonte: Pão Diário, edição 2012 (Rádio Trans Mundial).