Alguém lê e pode pensar que encontrou contradição das Escrituras Sagradas ao colocar em paralelo os textos contidos em Romanos 3.10 e Hebreus 10.38, que falam sobre a justiça. Mas a simples contextualização esclarece que existe coerência doutrinária de pensamentos entre os textos.
Romanos 3.10-12 diz: "Como está escrito: 'Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus.
Todos se desviaram e juntamente se tornaram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.'"
Hebreus 10.38 fala: "Mas o meu justo viverá pela fé; e, se retroceder, dele a minha alma não se agradará."
Não há contradição alguma. O principal elo contextual entre a afirmação em Romanos e a declaração em Hebreus, neste caso da justiça, está no Evangelho de João 3.1-8. Nesta passagem, a narrativa bíblica mostra que ninguém nasce justo, e é exatamente por este motivo que Jesus disse a Nicodemos que ele precisava nascer outra vez. O ser humano deve nascer de novo para ser salvo e considerado justo aos olhos de Deus. O segundo nascimento não é vir à luz saindo novamente do útero materno, mas reconhecendo que Jesus é a luz do mundo (João 8.12). Ser justo, significa ter nascido da água e do Espírito. Nascemos biologicamente injustos e ao renascer em Cristo, pela fé, nos tornamos justos através do sacrifício de Cristo.
Vejamos 1 João 1.8-9: "Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos enganamos, e a verdade não está em nós.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça."
"E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" - 2 Coríntios 5.17.
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