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segunda-feira, 27 de junho de 2022

Gênesis 1.1 - o Criador do universo e de tudo que nele se contém

O Salmo 136.7-9 apresenta o Senhor como detentor de uma misericórdia que dura eternamente, e com este amor sem-fim Ele estendeu a terra sobre as águas, fez o sol para governar o dia e a lua e as estrelas para governarem a noite. E desde que Deus fez o sol, a lua e as estrelas "para iluminar a terra" [Gênesis 1.15], essas luzes puderam ser vistas sobre o planeta em que vivemos. Elas cumprem o seu propósito, que é beneficiar o ser humano, desde o momento em que passaram a existir. 

Deus: o Criador do céu e da terra

O texto de Gênesis 1.1 declara que Deus criou todas as coisas, todo o universo, mas não diz quando e nem como o criou. No hebraico, o verbo "bara", traduzido por criar, sempre tem Deus como o sujeito e se refere sempre a uma ação divina que produz um resultado novo e imprevisível [Isaías 48.6-7; Jeremias 31.22], usado para designar a criação do mundo e da humanidade. O Criador fez tudo maravilhosamente bem; toda a obra divina foi abençoada por Ele, é por isso que o primeiro capítulo de Gênesis declara: "Deus viu tudo o que havia feito, e eis que era muito bom" [Gênesis 1.31]. O ato de criar é ato que somente Deus faz [Gênesis 5.1; Deuteronômio 4.32; Isaías 45.2].

No hebraico, o versículo de abertura da Bíblia contém sete palavras, e assim estabelece sete verdades essenciais sobre as quais se baseia o restante da Bíblia. 

• Deus existe. Para agradar ao Senhor é necessário reconhecer sua existência [Hebreus 11.6];

• Deus existia antes que houvesse Universo e existirá depois que o universo perecer [Hebreus 1.10-12];

• Deus é o principal personagem da Bíblia. Ele é o sujeito do primeiro verbo da Bíblia e executa uma ampla variedade de atividades mais do que qualquer outro ser citado nas páginas bíblicas;

• Como Criador, Deus fez o que nenhum ser humano jamais seria capaz. O verbo "bara" [criar], nunca tem um sujeito humano, expressa a obra exclusiva de Deus;

• Deus é misterioso. Embora a palavra hebraica para Deus seja plural, a forma hebraica da qual "Deus" é o sujeito é o singular - possível alusão à natureza trinitariana do Criador, três pessoas distintas em uma única essência;

• Como Criador dos céus e a terra, Ele não é apenas capaz de simplesmente modificar uma matéria preexistente, também tem o poder de chamar à existência a matéria a partir do nada [Salmos 33.6, 9; Hebreus 11.3];

• Deus não depende do universo, mas o universo é totalmente dependente dEle [Hebreus 1.3].

O Criador e a criação na interpretação da Ciência

Revelações científicas sobre os buracos negros, supernovas, os quarks e o big-bang chegam a sugerir que existe um grande projeto no universo, segundo uma matéria publicada no U.S. News Report, de 31 de março de 1997. "O universo subitamente explodiu para existir... a teoria do big-bang apresenta uma intrigante semelhança com os relatos de Gênesis", escreveu Jim Holt para a coluna de assuntos científicos do Wall Street Journal. A criação revela o gênio criativo presente no poder de Deus. O ser humano é indesculpável quando não crê nesta realidade diante de seus olhos. A mera explosão não seria capaz de gerar uma rosa perfumada, o mico-leão-dourado, os pássaros, o pôr-do-sol.

Não há dúvidas de que Deus criou Adão em fase adulta, por volta de 30 anos de idade, apesar de ele tivesse alguns minutos de idade. Do mesmo modo, as ervas e as árvores foram criadas já maduras e frutíferas como providência para suprir a fome do ser humano recém-criado.

Ateus e agnósticos perguntam: quem criou Deus? Para quem quem examina as evidências, não pode haver qualquer dúvida a respeito da existência de Deus. Todo prédio tem um construtor. O fato da existência do Criador é em si mesmo um evidência, apesar dos descrentes pensarem que a pergunta "quem criou Deus não tenha uma objeção. 

O Criador, os crentes, os agnósticos e os ateus

A pergunta sobre quem, afinal, criou Deus pode ser respondida simplesmente  ao olharmos ao espaço sideral, além da área física ocupada pelos corpos celestes. Será que o universo tem um fim? Obviamente não tem fim. Mesmo que houvesse um muro de tijolos e uma placa com os dizeres "Fim do espaço sideral", deveríamos então perguntar: "O que existe do outro lado desse muro?" Assim como o espaço é infinito, o Criador da terra e do céu é eterno. 

A Bíblia afirma que o tempo é uma dimensão que Deus criou, à qual o ser humano está sujeito. As Escrituras Sagradas ainda afirmam que um dia o tempo não mais existirá. Isto é chamado de "eternidade". O próprio Deus habita fora da dimensão que criou [2 Timóteo 1.9; Tito 1.2]. Ele mora na eternidade e não se sujeita ao tempo, é capaz de se movimentar no tempo da mesma maneira que podemos folhear um livro da primeira à última página, da frente para trás e do último parágrafo ao primeiro. Compreendemos o conceito da eternidade divina da mesma maneira que compreendemos o conceito do espaço, que não tem começo e nem fim - somente por fé. Basta crer que o cosmo é assim, e que o Criador existe e é eterno, mesmo que esses pensamentos desafiem nossa capacidade cerebral claramente limitada. 

Os seres humanos receberam da parte de Deus a capacidade privilegiada para explorar, pela investigação científica, de que forma todas as coisas foram criadas. Apesar de todo avanço tecnológico, não há consenso para afirmar quanto tempo o Criador usou para projetar e criar o mundo. Muitos entendem que os seis dias da criação representam longos períodos de tempo, simplesmente porque o dia de 24 horas não foi criado senão no quarto dia, talvez, bilhões de anos tenham transcorrido entre os versículos 1 e 2 de Gênesis.

Embora os "dias" da criação possam ser tomados em sentido figurado quanto no sentido literal de 24 horas, o relato é com certeza uma narrativa disposta cronologicamente como aconteceu. A ordem das coisas criadas informa que há inteligência, significado e propósito em tudo o que existe.

Conclusão

A questão da descrição dos dias e duração dos dias ser literal ou simbólica é bastante intrigante e uma das narrações mais debatidas da Bíblia Sagrada. Os dois ângulos de interpretação possuem seus argumentos, mas o que mais importa é crer que Deus é o Criador do universo. É importante ter o cuidado para não esquecer que Deus é responsável pela existência de tudo que há na natureza à vista e que não conseguimos ver. 

E.A.G.

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