Se os oráculos de profetisa Hulda procediam de Deus, por que o rei Josias, que deveria morrer em paz, morreu em guerra (2 Crônicas 34.22-33; 35.20-24)?
A profecia de Hulda a Josias era um aviso das coisas futuras e não uma sentença determinista e fatalista. O homem tinha como mudar o curso, dependendo da maneira como se comportasse diante dos mandamentos divinos. Ou seja, uma sentença dada por Deus poderia ser mudada dependendo do comportamento da pessoa envolvida.
Repare o comportamento do avô de Josias, o rei Ezequias. Quando o profeta Isaías lhe disse para colocar a casa em ordem porque morreria, o rei se vira para o canto e chora diante de Deus. Seu comportamento muda a decisão divina e o profeta é obrigado a voltar no meio do caminho e dar ao soberano a grande nova: Deus aceitara seu pedido e lhe concederia mais quinze anos de vida.
Portanto, uma profecia pode não se cumprir se o comportamento humano mudar a decisão divina.
Ao olharmos a história de Josias narrada nas Sagradas Escrituras, vemos que ele não obedeceu completamente o que Deus havia falado por intermédio da profetiza Hulda. Note que a principal palavra dada a ele era que morreria em paz e não em guerra. O rei havia conquistado a bênção de ver o fim de seus dias em paz, gozando do fruto de seu trabalho. A obra por ele realizada foi muito maravilhosa na purificação da nação. Entretanto, o texto bíblico em seguida diz: "...de tudo isso...". E o que vemos na sequência é que parece que o coração do rei se exaltou ao ponto de fazer o que queria e desobedeceu ao Senhor.
Vejamos o que aconteceu.
Em torno de 612 a.C., a Babilônia, com apoio dos medos, derrota a Assíria e seu rei foge para Harã. As coisas ficam fora de controle para os assírios que tentam por três anos proteger Harã e seu rei. Os interesses do Egito em tentar controlar a região e o comércio naquela rota levam seu rei Neco a entrar em batalha a favor dos assírios e contra os babilônios. Foi aí que veio o erro de Josias, que em vez de ficar em seu lugar, pensou ser taticamente melhor entrar naquela batalha para defender o lado da Babilônia.
Deus queria dar paz a Josias, mas ele mesmo foi quem procurou a guerra.
Josias entra no combate contra o Egito em Megido e morrer aos 39 anos de idade, prematuramente. Reparem na tristeza do cronista em narrar o acontecimento:
"Depois de tudo isto, havendo Josias já restaurado o templo, subiu Neco, rei do Egito, para guerrear contra Carquemis, junto ao Eufrates. Josias saiu de encontro a ele.
Então, Neco lhe mandou mensageiros, dizendo: Que tenho eu contigo, rei de Judá? Não vou contra ti hoje, mas contra a casa que me faz guerra; e disse Deus que me apressasse; cuida de não te opores a Deus, que é comigo, para que ele não te destrua. 22 Porém Josias não tornou atrás; antes, se disfarçou para pelejar contra ele e, não dando ouvidos às palavras que Neco lhe falara da parte de Deus, saiu a pelejar no vale de Megido."
O final dessa história já sabemos, e a grande lição de tudo isso é: não saia do centro da vontade de Deus, pois só assim Ele abençoará você como prometeu.
José, o pai terreno de Jesus: um homem de caráter
Inspiração divina e autoridade da Bíblia
A gravidez de Sara
Ana, Elcana, Penina e o elefante
Hulda, a mulher que estava no lugar certo
Priscila, serva do Senhor
Rute, Deus trabalha pela família
E.A.G.
Fonte:
Mensageiro da Paz, ano 83, número 1540, setembro de 2013, página 17, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Jorge Videira é pastor e líder da Assembleia de Deus em Jardim Leal, Duque de Caxias (RJ); E professor de História de Israel e Arqueologia na Faculdade Evangélica de Teologia, Ciência e Biotecnologia da CGADB (Faecad).
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E.A.G.
Fonte:
Mensageiro da Paz, ano 83, número 1540, setembro de 2013, página 17, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Jorge Videira é pastor e líder da Assembleia de Deus em Jardim Leal, Duque de Caxias (RJ); E professor de História de Israel e Arqueologia na Faculdade Evangélica de Teologia, Ciência e Biotecnologia da CGADB (Faecad).
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