"Instrui ao sábio, e ele se fará mais, sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento" - Provérbios 9./9.
Que Deus nos ajude a não cometer o erro das injustiças, entrar pelo mau costume das generalizações!
Nem todas as críticas são positivas e fazem bem. Principalmente aquelas que usam passagens bíblicas contendo adjetivos negativos, para atacar a classe inteira de lideranças evangélicas. Tais citações não servem de constatação de um fato comprovável em sentido amplo, portanto, são injusta.
Aquilo que desejamos anunciar, falando ou escrevendo, sobre fatos e pessoas, jamais deve ser generalizante. Mas neste tempo digital em que estamos, críticos costumam ser generalizantes, trocam o destinatário específico pelo endereço geral para escaparem das reações de seus atos, sabendo que os maus não gostam de ser corrigidos e advertidos.
É uma pena encontrar cristãos - bem intencionados - fazendo citações bíblicas generalizantes. Que tipo de citação bíblica? Exemplo: usar Mateus 23.23, ou outro versículo similar, em tom acusador. Ninguém passa a ser lobo, mercenário, hipócrita, ou víbora, só porque alguém usou versículos com esses termos.
Que Deus nos ajude a usar bem, com inteligência e responsabilidade, a liberdade de expressão em redes sociais e blogs.
É costume usar a simbologia do canto do galo como sinal de uma advertência profética para a Igreja moderna, que estaria inteiramente presa às correntes das tradições e amarras de negação.
O galo é a ave usada como símbolo de marcador de tempo, o seu canto serve para "acordar as pessoas" do campo. Nos velhos tempos de roça, o cantar do galo nas madrugadas era o único despertador que fazia o camponês acordar para ir trabalhar na roça. Tal situação é ilustrada na esfera virtual: o galo cantou e Pedro olhou;
o galo cantou e Pedro pensou; o galo cantou e Pedro negou a Jesus e
logo tomou consciência que Jesus Cristo o conhecia e olhava para ele com
olhar de compaixão.
Jesus Cristo usou o "cantar galo" para "acordar" Pedro da sonolência espiritual no momento que ele o negava conhecê-lo, justamente em pleno momento de padecimento por torturas para abrir a porta da salvação ao discípulo e para toda a Humanidade.
A cena do cantar do galo seria mesmo correta como representação da voz de profetas modernos na Internet? Em tempos de modernidade virtual, a negação a Deus e o abandono da fé
viva em Cristo não é a realidade de todos os cristãos. Portanto, a
mensagem daqueles que se dizem profetas do despertamento não é um cantar
do galo, não representa o chamado para a exortação geral.
Os tais "galos da atualidade" dizem usar a virtualidade para escrever o que seriam impedidos de pregar dentro das Igrejas. Justificam-se afirmando que os blogs e redes sociais são meios para comunicar o que não poderiam falar dentro das igrejas. Eles bradam como se
estivessem profetizando o caos total da espiritualidade cristã, como se
fossem os despertadores de uma geração inteira que dorme espiritualmente. Eles precisam rever esses conceitos.
Aqueles que proclamam ser profetas da atualidade, que pensam ser os galos a depertar cristãos no século 21, dizem que a Igreja moderna nega a Cristo peremptoriamente, e os expulsa dos templos. Não conseguem ver com clareza a realidade em que vivemos. Eles são rejeitados do seio da igreja porque generalizam. Nem todos da Igreja estão fugindo ou dormindo. Nem todos os líderes desprezam o chamado para fazer missões, pastorear, evangelizar, ensinar, profetizar. Nem todos os líderes são materialistas e pensam
apenas em arrecadação de dízimos e ofertas para proveito pessoal. Nem todas as tradições
litúrgicas são antibíblicas.
A generalização faz com que eles considerem quem esteja acordado como
dorminhocos. Não é justo generalizar. A profecia verdadeira nunca erra o
alvo a quem a mensagem é dirigida, nunca bate na porta errada.
E.A.G.
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