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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Malafaia e Feliciano. Pastores?

Líderes intrépidos, defensores da família e da vida.

Existe um grande equívoco em diversas denominações evangélicas, inclusive na maior igreja pentecostal do Brasil, a Assembleia de Deus, que Silas Malafaia e Marco Feliciano pertencem. Muitos homens recebem títulos de pastor, mas não o são. Não pretendo analisar a razão de isso acontecer, apenas quero tentar chamar a atenção para  as consequências nefastas que nos arriscamos a viver por causa do uso indevido do prenome sem que haja a chamada ministerial da parte de Deus. 

Não conheço Marco Feliciano, nunca o vi pregando de perto, nunca estive no mesmo ambiente em que ele foi o preletor do evento. Mas, observando pedaços de vídeos no YouTube e programas na televisão, analisei o teor de suas mensagens, e através desse vasto material não o reconheço como pastor.

Eu também nunca estive num mesmo evento em que Silas Malafaia pregou. Meu contato é pelas mídias: internet e televisão. E ao ponderar sobre tudo que já o acompanhei pregando a minha impressão é que ele não possui chamada ministerial para pastorear.  

As falas de ambos, o comportamento dos dois, causam a impressão que não possuem o perfil de pessoas dispostas a viver dentro da rotina pastoral, levar o rebanho ao campo para beber e comer, ficar em pé vigilante para afugentar os predadores, conduzir as ovelhas ao alimento diário e à margem do riacho observá-las saciar a sede. Vigiar para que durmam sobre a relva longe de perigos. Depois, trazê-las de volta ao redil, examinar se o ambiente está devidamente seguro e ter disposição de consertar buracos na cerca para impedir a entrada do lobo. Curar feridas em tratamento atencioso e personalizado. 

Digo que não os considero pastores, naquele sentido lato de conviver com o neófito e ajudá-lo a crescer na fé até que seja crente maduro, apto a ganhar almas. Digo que não parecem ser pessoas dispostas a viver diuturnamente com atenção voltada para dentro de uma comunidade, atendendo membros de uma igreja no gabinete, com palavra certa na ponta da língua, mensagem sob medida para aconselhar casos de crises conjugais, fechar a boca e ser ouvido-amigo e escutar um desabafo de quarenta e cinco minutos.

Ao dizer isso, não quero afirmar que Malafaia e Feliciano não possuem chamadas ministeriais e que não tenham legitimidade como líderes evangélicos. Ao contrário, afirmo que merecem o máximo de respeito e atenção de todos os cristãos brasileiros. Honremos suas atividades como apologistas cristãos no âmbito da família e da vida.

Sim, com certeza absoluta podemos afirmar que eles possuem chamadas ministeriais importantes para a nação Brasil. Pastores? Para mim é uma dúvida.

E.A.G.

3 comentários:

Carlos Roberto, Pr. disse...

Caro Eliseu Gomes,

Graça & Paz!

Sua reflexão é fato patente aos olhos de todos.
A questão consiste no fato de que, pastorear uma Igreja ou presidir um ministério, é o topo da carreira ministerial, admitido pela cultura evangélica brasileira, que possa dar respeito e consideração a um ministro, então, mesmo aqueles que não tem essa chamada, findam dando um jeito para assim se tornarem, ainda que tenham que exercer a função à distância, através da delegação da autoridade pastoral.

Isso é claro erro de percurso que atinge a mais "pastores" do que pensamos, não somente os dois citados, mas enfim, nossa realidade brasileira.

Oremos!

Pr. Carlos Roberto
Point Rhema

Anônimo disse...

eu, idem

paideia blog do pr medeiros disse...

Excelente texto. Adoraria poder interagir com você nesta questão. Também observo que muitos dos nossos pastores na verdade não o são, antes são evangelistas, profetas, etc...