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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Qual o momento ideal para começar a namorar?

Eloá, a vítima brasileira mais famosa de um
ex-namorado: cárcere privado, sequestro e
morte.
Eclesiastes 3 é um capítulo bastante conhecido na Bíblia Sagrada. Ele aborda o tempo oportuno, a oportunidade de fazer a coisa certa na hora certa.

A vida é assim, cheia de oportunidades e inconveniências. Ontem num determinado lar evangélico, uma garotinha de onze anos procurou a mochila escolar dela. Aproximou-se do pai trazendo um bilhete recebido da escola. Não era reclamação de professores, era uma declaração de amor de um colega, com idade aproximada a dela, pedindo-a em namoro.

"Se você fosse uma menina feia isso não aconteceria com você", disse o pai que a instruiu responder ao pretendente, muito educadamente, com um monossilábico  "não".

Para alguém com  11, apenas uma década de existência, um romance está fora de hora, não é o momento apropriado, mesmo que o parceiro seja o certo. Ainda é época de buscar mais a presença de Deus, brincar bastante e aplicar-se aos estudos.

Mas, isso não está acontecendo com a maioria da criançada brasileira. Cada vez mais cedo elas recebem carga de erotização. Novelas e filmes são culpados disso, e também os próprios pais, que não sabem ser presentes e ao mesmo tempo atuantes na vida da petizada, dando suporte para que façam escolhas sem erro. Pouco funciona gritar e ser ríspido com elas, é preciso fazer com que entendam a razão de poderem fazer ou não as coisas.

Ultimamente, a pedagogia das instituições de ensino, parecem querer apenas distribuir camisinhas aos alunos em puberdade. Quem lucra com essa distribuição às faixas-etárias tão novas? Os educadores parecem nunca dizer que o sexo precoce do aluno pode mudar o futuro deles para pior, pois sem  estrutura financeira e psicológica a gravidez sem programar força-os a assumir compromissos que só deveriam assumir na fase adulta.

Quase que diariamente as agências de notícias mostram tragédias com garotas que começaram a namorar muito cedo. O caso mais conhecido é o de Eloá Cristina Pereira Pimentel, ocorrido em Outubro de 2008 no bairro Jardim Santo André, cidade de Santo André, no estado de São Paulo.  Aos doze, com o consentimento dos pais, namorava com Lindemberg Fernandes Alves, com 19 anos. Quando ela tinha 15 e o rapaz 21, percebeu que ele não era seu príncipe encantado e terminou o namoro. A reação foi violenta, entrou em seu domicílio e a submeteu ao cárcere privado e sequestro. Disso, desencadeou o cerco da polícia e de jornalistas no entorno do apartamento, causando comoção nacional e internacional. Muitas pessoas assistiram pela televisão e torceram por um desfecho feliz. Após 100 horas de negociações, o grupo policial entrou no local arrombando a porta, e o ex-namorado atirou e matou Eloá e feriu a amiga que estava presente no momento da invasão dos soldados. O rapaz foi julgado e sentenciado a passar 98 anos atrás das grades.

"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu (...)  tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar" - Eclesiastes 3.1, 5 b.

E.A.G.

4 comentários:

Irismar Oliveira disse...

Eliseu, também concordo que para uma criança de 11 anos ou um adolescente, eles tem tempo de buscar mais a presença de Deus, brincar bastante e aplicar-se aos estudos.Nao se deve incentivar o namoro nessa fase. Um bom dia

Eliana Dos Santos PIres disse...

A erotização das crianças, fugiu do responsável. Temos que criar leis e censura adequada. Para evitar a exposição de nossas crianças conteúdos inadequados.
Boa opoturnidade também para incluirmos o tema abuso.

Anônimo disse...

Eliseu, o estatuto da criança e do adolescente veio assegurar que as crianças deste país vivam com segurança. Dentre todas as nossas Leis que deveria punir a quem comete atos de agressão aos mesmos como: o estuprador, molestador e outros que comete crime contra criança, vejo que não citamos nesse ranking a TV. A mesma que na reportagem de violência coloca uma venda na imagem do menor é a mesma TV que na ótica imparcial insere uma criança interpretando papéis sensuais e o sexo lívre, disseminam a dissolução da família e uma serie de outras aberrações... Os donos de TVs nunca foram citados processados ou punidos. Seria esse o modelo de programação educativa da televisão brasileira?

Cíntia Kaneshigue disse...

O Brasil precisa voltar a deixar criança ser criança!!!
Aqui no Japão quando chega uma criança nessa faixa estária, não consegue se encaixar na turma, por ter muito mais malícia,e não brincar mais como as crianças. É muito triste ver as crianças perdendo a infância