Conta-se que nos idos de 1970, em uma segunda-feira de maio, aos dezoito anos de idade, José, paraibano solteiro, chegou na cidade de São Paulo com uma mala velha, e poucas roupas velhas dentro dela, quase nenhum dinheiro no bolso, currículo escolar apontando para primário inacabado, mas com vontade enorme de vencer na vida.
Não tinha conhecidos na cidade grande. Então, ele foi direto para uma grande construção pedir uma vaga de emprego. Foi admitido como servente de pedreiro de imediato. Antes do prato de comida do almoço, a massa do concreto. Antes do feijão e arroz misturados com a farinha de mandioca, a mistura da areia com cimento e pedra. Assim, mais um migrante nordestino trocou a roça pela construção civil, e passou a contribuir para a rápida multiplicação de prédios e pontes colossais na metrópole mais populosa da América do Sul.
O tempo não pára. Em 2006 José era homem livre do aluguel, morador de casa própria, residência espaçosa e bonita num bairro da região oeste de São Paulo. Constituíra família e exercia a profissão de mestre-de-obras. Na mesa, ainda fazia questão do feijão e arroz misturados com farinha de mandioca, mas agora tal predileção estava acompanhada de outros prazeres culinários, extraídos do livro de receitas da esposa bela e muito dedicada. No trabalho, José ainda encontrava areia, cimento e pedras, porém agora a massa era mexida pelas mãos de outras pessoas, quase sempre recém-chegadas do norte e nordeste do Brasil.
O paraibano se sentia realizado. Feliz na profissão, feliz no matrimônio. Sorria no churrasco com familiares e amigos, gargalhava com o filho a rolar no carpete felpudo, retribuía com satisfação o amor da mulher amada na intimidade de casal. Mas seu coração sentia um frio interior inexplicável, um espaço vago que não conseguia entender e nem preencher. Essa sensação era seu segredo mais secreto.
Em uma determinada manhã de sábado, ao ligar o televisor ele se surpreendeu com um pastor evangélico. O desconhecido parecia conhecê-lo de longa data, pois conseguia descrever o sentimento ruim que incomodava sua alma.
Em uma determinada manhã de sábado, ao ligar o televisor ele se surpreendeu com um pastor evangélico. O desconhecido parecia conhecê-lo de longa data, pois conseguia descrever o sentimento ruim que incomodava sua alma.
- Ei, esse gelo dentro do seu coração é a falta da calorosa presença do Espírito Santo!
José mal conseguia piscar os olhos, parecia que tudo em volta deixara se existir, até o pregador dentro do televisor sumira apesar de vê-lo e ouví-lo. Nada mais parecia existir naquele momento: era só ele e a mensagem.
- Você precisa de Jesus na sua vida! Receba-O agora. O melhor de Deus está por vir em sua vida!
O paraibano trocou o conforto do sofá, curvou seus joelhos em lágrimas, colocou seu rosto no azulejo de sua sala de estar. Derramava lágrimas de alívio. O evangelista fez oração em seu favor e disse-lhe.
- Agora você é filho de Deus! Seu coração tem um morador ilustre, Jesus está morando dentro de você!
Que alegria! O paraibano se sentia leve, diferente. A insatisfação interior havia desaparecido por completo e ele se sentia forte interiormente.
- Agora, procure uma Igreja Evangélica Assembleia de Deus próxima de sua casa. Passe a aprender mais sobre o nosso Deus maravilhoso. Jesus te ama!
Dito e feito. Na noite de domingo ele foi só, a esposa não quis acompanhá-lo.
José chegou ao templo e foi bem recebido pelo porteiro. Sentou-se e presenciou uma pequena banda tocar dois hinos, ouviu os conjuntos de mocidade e de senhoras cantarem, e cantos solos no altar. Atentamente, ouviu o depoimento de um senhor idoso sobre uma cura. E depois disso ouviu a pregação final com apelo parecido com o que ouvira fazer o pregador da televisão. Culto concluído, os irmãos o rodearam e se apresentaram a ele, convidaram para voltar. Tudo parecia perfeito naquela comunidade cristã, tinha impressão que o céu descera à terra. Ele se sentiu importante ali, tamanha atenção de todos.
José compareceu ao mesmo templo assembleiano na quinta-feira da semana seguinte com uma Bíblia na mão. Ao findar sua participação no segundo culto a Deus de sua vida, o nordestino recebeu um grande impacto atordoante. Alguns irmãos zombavam do pregador da televisão. O mesmo pregador que lhe falou de Jesus Cristo e lhe pediu para procurar o templo da Assembleia de Deus mais próxima de sua residência, ou seja, o templo onde era zombado. Alguns membros da congregação estavam em roda de conversa fazendo trocadilhos infames com o nome do televangelista.
José compareceu ao mesmo templo assembleiano na quinta-feira da semana seguinte com uma Bíblia na mão. Ao findar sua participação no segundo culto a Deus de sua vida, o nordestino recebeu um grande impacto atordoante. Alguns irmãos zombavam do pregador da televisão. O mesmo pregador que lhe falou de Jesus Cristo e lhe pediu para procurar o templo da Assembleia de Deus mais próxima de sua residência, ou seja, o templo onde era zombado. Alguns membros da congregação estavam em roda de conversa fazendo trocadilhos infames com o nome do televangelista.
- É ovelha em pele de lobo! - diziam.
José não entendeu nada... Pensou consigo sem desejar expressar a pergunta: Como podem dizer essas coisas de alguém que foi capaz de se deixar usar por Deus para mudar para melhor a minha vida?
Bem, a alegria celestial era grande e o fogo do Espírito intenso no coração de novo convertido, ele não aceitou o balde de gelo oferecido pelos velhos crentes, preferiu continuar com o calor da presença de Deus dentro de si.
Apesar do pesar, continuou congregando ali. E dois anos depois se tornou obreiro, passou a recepcionar com muito prazer e esmero as pessoas na mesma porta que uma noite foi recebido. O filho de 12 anos acompanhava-o com espontaneidade e aceitou a Jesus naquele templo. E pouco depois sua esposa também comungou da mesma fé e congregação evangélica.
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Bem, a alegria celestial era grande e o fogo do Espírito intenso no coração de novo convertido, ele não aceitou o balde de gelo oferecido pelos velhos crentes, preferiu continuar com o calor da presença de Deus dentro de si.
Apesar do pesar, continuou congregando ali. E dois anos depois se tornou obreiro, passou a recepcionar com muito prazer e esmero as pessoas na mesma porta que uma noite foi recebido. O filho de 12 anos acompanhava-o com espontaneidade e aceitou a Jesus naquele templo. E pouco depois sua esposa também comungou da mesma fé e congregação evangélica.
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Até hoje José come arroz e feijão misturados com farinha de mandioca. Mas acostumou-se a orar antes. Ele agradece por todas as refeições. Além disso, faz questão de colaborar com ofertas para a manutenção do ministério do pastor da televisão, que um dia foi usado para que pudesse conhecer o amor de Deus.
E.A.G.
E.A.G.
Um comentário:
Olá Irmão Eliseu!
A verdade é que os irmãos hoje em dia só pensam em julgar a cada irmão e a cada pregador, veêm o argueiro no olho do irmão, mas não veêm a trava que está no olho deles. Simplesmente esquecem-se das almas que são ganhas para Cristo, e a alegria que vem do Reino de Deus quando é aceito mais um filho de Deus.
Irmão, vim lhe avisar que você foi indicado como um dos 5 melhores blogs que conheço, no Selo de Qualidade. Passa-lá no meu blog e pegue seu selo!
http://nagracadedeus.blogspot.com/2011/02/selo-de-qualidade.html
Deus te Abençoe!
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