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domingo, 20 de janeiro de 2013

Malafaia processa Forbes por artigo de brasileiro

Segundo dados questionáveis de uma matéria publicada em 17 de Janeiro na revista Forbes, Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, é o pastor mais rico do Brasil, com um patrimônio estimado em 950 milhões de dólares (1,9 bilhão de reais). Após ele, Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus é dono de 220 milhões de dólares (440 milhões de reais). Em terceiro lugar, aparece Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, com estimava de ser dono de uma fortuna de 150 milhões de dólares (300 milhões de reais). RR Soares, fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus, teria patrimônio de 250 milhões de reais. E Estevam Hernandes Filho e sua esposa, "Bispa" Sonia, seriam donos de 65 milhões de dólares (130 milhões de reais).

A listagem precede uma carga bastante preconceituosa contra a cristandade, colocando a vocação pastoral como profissão, a igreja como empresa e os membros dela como gente manipulável, parte de uma grande massa de manobra. A matéria é assinada pelo jornalista brasileiro Anderson Antunes, apresentado como colaborador da Forbes, como também da The Financial Times, USA Today, The Telegraph, CNN, MSNBC. 

Ao ler a matéria, saltou aos meus olhos as fontes. O substantivo feminino "estimativa" aparece várias vezes no texto e deixa claro que não há base sólida para os números que apresenta. Ao final do texto é mencionado que as fontes seriam coletadas em revistas como Veja, Exame, jornais Estado de São Paulo, Folha, entre outros; e, pasmem-se, relatórios do Ministério Público do Brasil, da Polícia Federal e da União.  

Ora, as informações do MPF, PF e União são confidenciais e artigos de revistas não são documentos consistentes para tais afirmações. No espaço de comentários da matéria, a versão online, Antunes admite não possuir acesso às informações de imposto de renda das pessoas mencionadas por ele. Ou seja, tudo são suposições.

Silas Malafaia anuncia que processará a revista Forbes brasileira. Por quê? Porque ele afirma que os números apresentados não correspondem com a sua realidade, seu patrimônio seria bem menor.

O casal Hernandes, RR Soares, Macedo e Valdemiro Santiago não se pronunciaram a respeito.

Aguardem para o desfecho disso. O Malafaia deve embolsar uns 100 mil de indenização por danos morais. Após ser indenizado, Antunes provavelmente será desprezado pelo mundo do jornalismo, considerado um elemento de risco financeiro aos órgãos de Imprensa.

E.A.G.

Consultas:
http://www.forbes.com/sites/andersonantunes/2013/01/17/the-richest-pastors-in-brazil/
http://www.verdadegospel.com/pr-silas-desmente-safadeza-da-forbes-sobre-sua-renda/?area=1

2 comentários:

  1. Como estão as coisas hein? No que se transformou a igreja, os pastores...meu pai! Assim como nos Estados Unidos, agora é aqui no Brasil que sai esses dados de pastores multi milionários. Se é verdade ou não isso é com eles, como diz o ditado ´´eles que são brancos que se entendam``, mas é preocupante ver todos esses dados e o tipo de ´´arrecadação`` que eles fazem na mídia, pedindo 3000 pessoas pra darem 1 reais todos os meses até o final do ano, outro cobrando água do rio Jordão, outro dando lenço suado em troca de alguns reais...e ver esses valores astronômicos de riqueza é no mínimo estranho. Mas se é real aí é com eles e Deus e nesse meio é melhor a gente nem entrar. Que Deus tenha misericórdia de todos nós. A paz do Senhor!

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  2. Infelizmente há ministérios cristãos que se utilizam da mídia televisiva, seguindo modelos importados, deixando em segundo plano o evangelho puro e simples, o estilo da Igreja dos discípulos, descrita em Atos 2. É preciso cuidado com relação a onda do utilitarismo da fé - dando a igreja atual um perfil mais antropocentrico do que teocentrico - mais voltado para o interesse e necessidade humana do que para a glória de Deus. Lemos em Atos 2.42-47: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitos prodigios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e bens e distribuiam o produto a todos, à medida que alguém tinha necessidade". Havia integridade naquele estilo de vida simples, havia coração abnegado para repartir, havia oração e comunhão. Talvez esse tipo de reportagem tendenciosa possa levar muitos líderes a refletirem sobre as prioridades do Reino de Deus. Há brechas que a mídia sabe aproveitar. Por outro lado devemos perguntar o por quê essa revista não reporta sobre outras personalidades e ordens religiosas, além das evangélicas - e por que não mostra a vida simples e abnegada de milhares de pastores e missionários junto a um povo que tem que conviver com a corrupção política, a injustiça orçamentária, a incompetencia administrativa, a grilagem de terras e exploração de recursos minerais e naturais - especialmente de indios, em nosso País. Apesar da prosperidade de poucos pastores - sendo que alguns fazem questão de mostrar em seus programas, talvez para exemplificar a eficácia da "teologia da prosperidade", a Igreja cristã no Brasil - incluindo ai as citadas na reportagem - vem dignificando a vida de dezenas de milhões de pessoas, graças a corações transformados de outros milhões de cristãos que colocam em prática o verdadeiro culto a Deus, em espírito e em verdade. Dizimos e ofertas são contribuições voluntárias e sua função principal é a manutenção do culto, a diaconia e a evangelização fiel da Palavra de Deus. Que Deus abençoe sua Igreja em nosso País, livrando-a de qualquer a idolatria e culto a Mamon (riquezas materiais). Não há pecado em ter bens materiais - Jó é um exemplo - o pecado está na soberba, egoísmo e administração infiel desses bens - pois tudo pertence a Deus. Ele confia temporariamente bens para que possamos servir a Igreja e ao próximo. Devemos, pois, ter em Jesus Cristo, Paulo, Pedro, João o modelo a ser seguido por aqueles chamados a "deixar tudo" para anunciar a boa nova da salvação e Servir a Igreja com humildade, quebrantamento e gratidão.

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