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sábado, 30 de julho de 2011

Jesus Cristo: o Rabi dos rabis

Rabi é uma palavra de origem aramaica que quer dizer mestre.

Jesus Cristo era considerado rabi e não se importava em ter essa consideração dos discípulos sobre Si. Confira aqui: Mateus 26.49; Marcos 14.45; João 4.30-34..

Em Mateus 23.7 está escrito: “Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos”.

Por que Jesus aceitava ser chamado de rabi e orientou seus discípulos e quererem ser chamados assim? É importante ler com atenção o que Jesus ensinou. Jesus Cristo não disse aos discípulos para não quererem ser rabis, Ele disse para não desejarem ser chamados de rabi (repito: ser chamado) e a não se comportarem do mesmo modo que os rabis da religião judaica.

Os escribas e fariseus eram líderes religiosos que usavam roupas opulentas para se diferenciarem dos demais israelitas e exigiam receber reverência do povo. Foi essa atitude deles que Jesus criticou. Ou seja, Jesus combateu a vaidade humana daqueles que gostavam de status, daqueles que sonhavam em ser visto como superiores, gentes importantes na sociedade.

No grupo dos doze discípulos de Jesus houve uma pequena competição para que um deles se sobressaísse sobre os demais e se tornasse o líder.

Quando eles brigaram não havia o entendimento sobre a missão de Cristo, eles pensavam que Jesus seria um revolucionário que libertaria Israel do domínio romano, e desejavam ser os políticos que se assentariam no palácio real ao lado dele.

Não é um erro desejar ser um líder cristão, ser um mestre que ensine as Escrituras Sagradas.

Liderar e ensinar são dons divinos dados aos homens para a edificação da igreja. Nos textos bíblicos onde eles são apresentados sempre há a informação que esses dons são para o benefício da coletividade, não é dado para benefício do portado.

Sobre o desejo de ser pastor, ou epíscopo, ou bispo, Paulo escreveu: “Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” – 1ª Timóteo 3.1.

O apóstolo Paulo ordenou a Tito instituir líderes na igreja: “Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei” (1.5).

Ensinar e presidir são dons divinos: “De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria” – Romanos 12.6-8.

A capacidade de ser um rabi na Igreja do Senhor, ser mestre cristão, também é um dom divino: “Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” - Efésios 4.10-12.

E.A.G.

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