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terça-feira, 1 de março de 2011

REFLEXÃO EM ISAÍAS 3.6-24: A VAIDADE DAS MULHERES EM SIÃO

A passagem é  uma sentença de juízo do Senhor contra mulheres orgulhosas. Trata da condição pecaminosa que existia no interior do coração de sete mulheres ricas, egoístas, que praticavam cultos ao Senhor e ao mesmo tempo a deuses estranhos.

Os capítulos 1 à 4 do livro de Isaías são complementares, possuem um raciocínio crescente, trazem a mensagem sobre o castigo divino e a glória futura sobre os israelitas..

Quando o profeta escreveu essas passagens, Sião era uma sociedade afundada em devassidão. O desprezo pelas coisas santas gerou a ira só Senhor contra a nação de Israel e então Isaías é levado a anunciar o juízo que viria em consequência da filosofia devassa que o povo vivia.

No capítulo 4.1, lemos: “E sete mulheres naquele dia lançarão mão de um homem, dizendo: Nós comeremos do nosso pão, e nos vestiremos do que é nosso; tão-somente queremos ser chamadas pelo teu nome; tira o nosso opróbrio”

“Sete mulheres para um homem”: O contexto do versículo em foco, põe em vista a situação das mesmas mulheres, do capítulo 3, versos 6 ao 24. As tais mulheres possuíam recursos financeiros. A vergonha delas não tinha origem em escassez e pobreza.

Importante: o termo “cascavelando” (encontrado em 3.16 da versão Almeida Corrigida) é fruto de uma tradução falha de João Ferreira de Almeida. Não existe nos originais das Escrituras tal expressão.

Na cultura hebraica, não havia maior humilhação para as mulheres do que não gerar filhos. Não ter marido e filhos era humilhante e vergonhoso para a mulher judia nos tempos do profeta, elas eram tratadas vergonhosamente, ficavam sujeitas à opressão (Gênesis 30.23; 1º Samuel 1.6). Então, aparentemente, essas sete mulheres desejavam que os filhos desfizessem a imagem de opróbrio que se encontravam.

A guerra suscitou a revolta social, com o quadro dessas sete mulheres agarrando um homem só, Essa situação aconteceu porque o conflito com nações estrangeiras fez sobrevir e dizimar a população masculina de Israel subitamente (3.25; 13.12), deixando as mulheres com a dupla desonra de serem viúvas rejeitadas e destituítas filhos (54.4).

A nota de rodapé da Bíblia de Charles C. Ryrie, diz que as guerras eliminaram tantos homens que, em última análise, as mulheres se dispuseram a sustentar a si mesmas e com isso se casar e escapar da vergonha de não ser mães.

Em 4.2, é anunciando que depois do juízo viria a salvação. Após a caótica luta dessas mulheres, surge no livro de Isaías a primeira menção sobre Jesus Cristo. Ele é mencionado como o Renovo, aquele que é capaz de libertar o ser humano de suas vergonhas e pecados.
 
E.A.G. 

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