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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A esquecida metodologia da prática apologética do apóstolo Paulo de Tarso

Infelizmente, não é difícil esbarrar em "apologistas cristãos" que se dizem integrantes de igrejas que reputo como boas. Encontro-os agindo diferente do que os apóstolos fizeram na Igreja Primitiva ao praticarem defesa da fé cristã. Apesar de usaram argumento de contestatação bem fundamentado bíblicamente, o método para contestar não está fundamentado na Bíblia Sagrada.

Difícil de entender? Explico mais: Paulo repreendeu Jesus na cara (Gálatas 2.11). Conversa pessoal, olhos nos olhos e muita coragem. Depois, ele fez comentário em carta remetida apenas aos seus discípulos.

Paulo, por carta enviada ao seu subordinado pastor Timóteo, citou nomes de obreiros censuráveis, gentes que faziam parte do ministério criado por ele. Vide: 2ª Timóteo 4.10, 14. Preciso lembrar que uma carta é um meio de comunicação pessoal, não é público?

Tudo era tratado reservadamente por Paulo, tratamento de refutações dispensados apenas contra quem ele era responsável espiritual e se encontrava em erro.

Olhamos os ditos apologistas de então, e a pergunta é latente: Qual é a sua relação espiritual, hierarquicamente, entre as pessoas criticadas e esses críticos? A resposta é que não existe nenhuma relação pastoral entre eles, e quase sempre não há vínculo ministerial entre os críticos e os consumidores de CDs, DVDs, blogs, sites, revistas.

Quem estiver envolvido nestas situações, que reveja seus conceitos sobre os significados dos termos pastorado, discipulado, evangelismo e apologia cristã.

"Todo radicalismo não presta". Quem se atreve a discordar dessa afirmação? O radical presta para quê? Numa rápida pesquisa bíblica você poderá encontrar mais de uma dezena de versículos fundamentando a afirmação de que ser radical é um erro grave.

O que a maior parte do pessoal que escuta criticos não consegue perceber, é que as críticas que eles ouvem quase sempre estão movidas por interesses inconfessáveis. Quais?

• Interesse pelo poder denominacional;

• Interesse em vender livros, revistas, CDs e DVDs de "ministrações" da palavra "apologética". Se quiser comprar, prepare-se para gastar ao menos 35 reais por um exemplar de livro.

• Arrecadar dinheiro como palestrante. Falar mal também é profissão de alguns! Ganha-se para falar mal de muita gente! Tenhamos olhos abertos e vejamos que existe de forma patente a "fábrica da língua grande".

Quer participar de uma palestra sobre apologética? Separe então uma nota de 50 reais e não espere receber um cafezinho dos patrocinadores do evento. Pelo contrário, eles incentivarão você a comprar outros materiais deles. Uns vendem só livros, outros vendem livros, DVDs, revistas. Infelizmente, muitos pensam  que isso é servir a Deus!

Não era desse modo (falar da vida alheia em público) que os apóstolos praticavam apologética na Igreja Primitiva, nada disso se assemelha com o que está descrito nas Escrituras Sagradas. A prática da apologia cristã, feita nos dias de hoje está desvirtuada totalmente.

Não se faz mais apologia cristã como fazia o apóstolo Paulo, está diferente dos registros encontrados no Novo Testamento. A prática desses "apologistas" de hoje assemelha-se às revistinhas de fofocas de atrizes e atores de novelas.

Para terminar essa postagem, quero esclarecer que nenhum crítico está acima de críticas; os críticos deveriam saber receber melhor as críticas contra eles, pois quase sempre merecem!

E.A.G.

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