Por João Batista Gregório Junior
Cuidado com a bandeira que você tem erguido!
A igreja de Corinto, mesmo com seus grandes problemas, não deixa de ser exemplo para os cristãos de hoje, vemos no seguinte texto, um problema enfrentado pelas denominações evangélicas atuais:
"Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer. Pois a vosso respeito, meus irmãos, fui informado, pelos da casa de Cloe, de que há contendas entre vós. Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo. Acaso, Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vós ou fostes, porventura, batizados em nome de Paulo?
Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem? Quando, pois, alguém diz: Eu sou de Paulo, e outro: Eu, de Apolo, não é evidente que andais segundo os homens?
Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um. Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho.
Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós. Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica.
Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo” (1ª Coríntios 1.10-13; 3.1-11).
A forma como Paulo encerra este discurso, não poderia ser melhor: "Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo" (1ª Coríntios 3:11); Paulo, assim como Apolo, Cefas (Pedro), tinham dentro de si um coração livre de sentimento faccioso, pois ocupavam suas intenções no zelo pela palavra de Deus. Os irmãos de Corinto foram duramente criticados por Paulo, chamados de carnais por entenderem de modo equivocado a palavra do Messias; muitos dos crentes na igreja de Corinto, estavam dividindo a Cristo, ou pior ainda, atribuindo outro fundamento além do que já foi colocado (como se existisse), o de Paulo, Apolo, e o de Cefas; a esses Paulo chama de carnais, que não andam segundo Cristo, mas segundo os homens (ler segundo parágrafo do texto citado); ainda existia um quarto grupo, o grupo que diziam ser de Cristo, estes por sua vez deveriam desprezar os ensinamentos de Paulo, Apolo e Cefas, formando um evangelho de insubordinação às autoridades eclesiásticas.
Hoje vemos algo muito parecido nas denominações evangélicas, crentes levantando certas bandeiras diferentes daquela que já foi colocada em suas mãos; uns afirmam: "eu sou da Assembléia de Deus de Abreu e Lima", outros "eu da Assembléia de Deus do Recife", outros "sou da Universal”, outros “sou calvinista”, outros, “sou tradicional”, outros “sou pentecostal”, outros “eu não tenho templo”, “sou do irmão fulano”, “sou de Jesus”, “eu não sou de ninguém”, etc. Quantos fundamentos foram criados? Quantos evangelhos foram ensinados? A quem devemos anunciar? Com que devemos nos envolver? Como seremos identificados como verdadeiros discípulos? (João 8.31, João 13.35, João 15.8), e em nome de quem fomos batizados? Quantos Espíritos Santos recebemos? Ou quantos existem?
Que os irmãos reflitam sobre o que está baseado o Evangelho que pregamos (ou deveríamos pregar), que deixem para trás todo embaraço e sigamos para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Filipenses 3.14). Não vale a pena erguer bandeiras, brasões, modismos, ideologias, que não seja o que encontramos na Bíblia, temos que parar de agir como meninos e seguir para o nosso objetivo e missão: pregar o Evangelho a toda criatura. Temos que parar de angariar almas para igreja A ou B, parar de fazer prosélitos rodeando o mar e a terra e, uma vez feito, os tornat filho do inferno duas vezes mais do que nós (Mateus 23.5). Sejamos responsáveis, lidamos com vidas e não números, com almas e não corpo, com promessas eternas e não dinheiro perecível.
Jesus está voltando, sejamos prudentes e obedientes ao seu mandato. Amemo-nos e sejamos reconhecidos como seus discípulos! (João 13.35, João 15.8).
João Batista Gregório Júnior é natural de Recife, Pernambuco, membro da Igreja Evangélica Assembléia de Deus Convenção Abreu e Lima, estudante de teologia, e militar.
Fonte: Protesto Cristão.
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