Não julgueis para que não sejais julgados.
JULGAR-: 1.- Decidir como juiz ou árbitro. 2.- Dar sentença, sentenciar. 3.- Formar opinião sobre; avaliar. 4.- Ter na conta de; reputar, considerar. 5.- Formar juízo crítico; avaliar, apreciar, ajuizar.6.- Condenar. 7.- Absolver.
JULGAMENTO-:1.- Ato de julgar. 2.- Sentença, decisão 3.- Apreciação, exame.
JUÍZO-:1.- Ato de julgar; julgamento. 2.- Conceito, parecer, opinião. 3.- Tino, circunspecção, ponderação, siso. 4.- Foro ou tribunal onde se processam e julgam os pleitos e se administra justiça. 5.- Estabelecimento de uma determinada relação entre 2 ou mais termos (sujeito; predicado), relação que pode assumir o caráter de ser verdadeira ou falsa, a saber: Condenando ou absolvendo.
Não existe em grego clássico (assim como no hebraico ou no português, bem como em qualquer língua moderna), dois tipos de juízos, a saber: Um divino e outro humano.
Julgar - na Bíblia - sempre significa: !!! SALVAR OU CONDENAR !!!
Mateus 16:18,19
18 - Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;19 - dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares, pois, na terra, será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus.
2Coríntios 2:14-16
14 - Graças, porém, a Deus que em Cristo sempre nos conduz em triunfo, e por meio de nós difunde em todo lugar o cheiro do seu conhecimento;15 - porque para Deus somos um aroma de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem.16 - Para uns, na verdade, cheiro de morte para morte; mas para outros cheiro de vida para vida. E para estas coisas quem é idôneo?
A maioria dos cristãos atualmente - INFELIZMENTE - não possuem uma visão geral da Bíblia, apesar de dedicarem horas e horas, lendo, sublinhando e colorindo com lápis, canetas esferográficas e hidro-cores; tudo o que o cristão - DE CORAÇÃO - conhece acerca das Escrituras, é a doutrina apresentada pela direção de sua congregação sob o embuste da homilética teatral.
Um grave exemplo da falta de apreço à realidade de Deus, está na gigantesca contradição que existe entre:--- A interpretação apresentada pela Igreja para Mateus 7:1;--- E os contextos de João 7:24 e 1Coríntios 6:2,3.
COMPARE COM DETIDA ATENÇÃO:
Mateus 7:11 - Não julgueis para que não sejais julgados.
João 7:2424 - Não julgueis pela aparência mas julgai segundo o reto juízo.
Note o verbo "julgar" declinado à 2ª pessoa do plural, na conjugação do imperativo afirmativo. Em algumas versões bíblicas, o verbo declinado ao imperativo afirmativo, foi substituído pelo advérbio de afirmação SIM. O que na verdade dá na mesma!
AGORA MEDITE SOBRE O TEXTO ABAIXO:
1Coríntios 6:2,3
2 - Ou não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo há de ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?3 - Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?
Repare que o Apóstolo Paulo exorta a congregação de Corinto a JULGAR, tomando decisões concernentes ao procedimento do próximo em razão à maturidade necessária ao cristão, para que a Igreja como um todo, se mantenha sob sua própria idoneidade e conduta.
Quanto à idoneidade e conduta cristã, se observa intrínseco compromisso sob a parábola deitada pelo Apóstolo Paulo em 2Timóteo 2:15, através do verbo ORThOTOMEW (bom manejo), verbo este que viabilizava a abertura da eira quando da aragem de um terreno. Tal procedimento àquela época só era realizado em linha reta, por onde o agricultor estabelecia um ponto ao longe para traçar o percurso que o arado deveria correr causando a divisão da terra, onde, esta divisão, ilustra o discernimento pelo julgamento entre o “bem” e o “mal”, através da Palavra de Deus (Efésios 6:17; 1Pedro 4:17).
Voltando ao tema de Mateus 7:1, reexamine 2Coríntios 2:14-16, conforme se vê pouco acima e compare com o texto conforme proposto logo abaixo. Comprova-se assim que tanto ao letrado Paulo, fariseu de fariseus, assim como ao homem simples Pedro, houvera raiz à sua argumentação em harmonia ao histórico do Velho Testamento.
Isaías 3:24
24 - E será que em lugar de perfume haverá mau cheiro, e por cinto, uma corda; em lugar de encrespadura de cabelos, calvície; e em lugar de veste luxuosa, cinto de cilício; e queimadura em lugar de formosura.
Numa conclusão parcial, por assim dizer: Sendo a Bíblia o conceito premissivo do Cristianismo, fica confirmado a fraca interpretação defendida por uma grande maioria de ministérios cristãos, ao sustentar uma doutrina absolutamente dogmática e HERÉTICA quando comparada com o histórico contextual das Escrituras Sagradas fazendo com que Mateus 7:1 se contrarie abertamente com a contextualidade de João 7:24 e 1Coríntios 6:2,3.
QUESTÃO:
Além de João 7:24 e 1Coríntios 6:2,3, o que existe de mais concreto e que se mantenha em plena harmonia com o texto de Mateus 7:1 comprovando o erro interpretativo apresentado atualmente pela Igreja Cristã???
Não existe nada que seja mais objetivo ao texto de Mateus 7:1 que o contexto geral em que este versículo se encontra.
1.- Apresentando a concordância gramatical do contexto.
2.- Apresentando o fundo histórico quotidiano sob a PAX ROMANNA.
MATEUS 7:1-5
1- Não julgueis, para que não sejais julgados. 2- Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós. 3- E por que vês o argueiro no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu olho? 4 - Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? 5- Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão.
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UMA PITADINHA DE HERMENÊUTICA
A regra gramatical máxima que o leitor precisa tomar conhecimento, é a marcante diferença que existe entre: Afirmação & Proposição. Desde as escolas elementares este conceito gramatical é apresentado da seguinte forma:--- Afirmação: Única oração de um período simples.--- Proposição:Primeira oração de um período composto (Composição).
AFIRMAÇÃO:
É um período simples, constituído por uma única frase, que estará definindo uma ideia completa de forma direta e em geral usando poucas palavras.
Exemplos de Afirmações:
1. O cachorro é bonito.
2.A menina gosta de sorvete.
3. Hoje o dia está agradável.
COMPOSIÇÃO:
É um período composto, formado por duas ou mais orações simples onde, a aquela que dá início de característica é conhecida como proposição, ao passo que a outra ou demais serão conhecidas como hipóteses que convergem informações para com a proposição inicial, definindo uma ideia completa com maiores detalhes e características que um período simples.
Exemplos de Composições pelas Afirmações anteriores:
1. O cachorro é bonito MAS muito bravo.
2. A menina gosta de sorvete QUANDO faz calor.
3. Hoje o dia está agradável E a brisa suave é amena.
Assim a característica gramatical em destaque que se encontrará tão somente em uma composição, será a presença de uma ou mais conjunções, que usualmente serão encontradas ao início de cada nova frase, que também necessitará de um verbo caracterizando um sujeito pronominal e autenticando a adjacência predicativa.
A conjunção existe para unir a primeira oração, à segunda, ou demais frases sucessivas em cada composição (período composto).
Esta prévia explicação (apesar de parecer simplista) é muito importante para que o leigo se aperceba do que acontece à composição de Mateus 7:1-5 em um tempo tal, onde não existia sinais gráficos, ou sequer separação entre as palavras. Isto é, o texto era escrito de forma corrida, como por exemplo em vários manuscritos antigos com 35 letras por linha, onde, independente do ponto da palavra quando da trigésima quinta letra, era dado início à linha seguinte sem qualquer espécie de divisão silábica.
Quando se considera o contexto de Mateus 7:1-5 é muito importante notar que esta porção das Escrituras está contida dentro do famoso "Sermão do Monte".
Observe assim, que o mais importante discurso de Jesus segundo os Evangelhos, tem início em Mateus 5:1 e término em Mateus 7:27. Por onde se constata, a composição de Mateus 7:1-5, ao final do discurso de Jesus, já se dispondo ao mérito conclusivo do sermão.
QUESTÃO:
Qual a relação entre Mateus 7:1-5 com o Sermão do Monte?
Como apresentado até aqui, para se entender corretamente o sentido das palavras de Jesus em Mateus 7:1 é preciso compreender em primeiro lugar, que este versículo possui a oração inicial de um período coordenativo, a saber: "Não julgueis" seguido da primeira hipótese "para que não sejais julgados", através da locução conjuntiva explicativa "para que", por onde se nota, a presença do verbo ‘ser’ declinado à segunda pessoa do plural ao modo imperativo sob conjugação negativa, caracterizando o mesmo sujeito que à proposição, "vós". Destarte se o leitor observar com maior atenção ao texto apresentado pouco acima, onde descrimino as conjunções em vermelho, observará que o 5º versículo não possui conjunção à primeira oração (proposição), causando um novo período, que deveria ser considerado coordenativo em português, se o contexto não tratasse de um sermão, isto é, de um discurso, por onde, por apresentar o mesmo conteúdo que o período coordenativo anterior, tal novo período necessita ser descriminado em português como um Período Conclusivo.
Como o leitor pode facilmente observar, uma contradição descabida se Jesus primeiro diz que julgar o próximo é errado, mas ele próprio, encarnado e nascido de mulher, dentro da mesma contextualidade chama os fariseus de hipócritas.
Noutra conclusão parcial, aos primeiros exemplos demonstrados, nota-se que afirmação é aquilo que apresenta um quadro singular e completo em uma única frase.
Nos segundos exemplos demonstrados, composição é aquilo que apresenta um proposta delineada à 1a oração, cooperando com uma ou mais hipóteses à 2a ou demais orações, definindo um colorido mais dinâmico ao quadro completo do período proposto.
NOTA ESPECIAL:
Uma curiosidade quanto à Bíblia Sagrada (que a maioria dos cristãos não leva em consideração), é a brevidade em que cada situação se apresenta, dada o desenvolvimento científico e literário do povo àquela época. Sequer podemos saber com certeza se o "Sermão do Monte" não foi muito mais prolongado do que apresentado ao NT, ou o que aconteceu antes que todo o povo estivesse reunido e Jesus passasse a instruí-los pelo "Sermão", como por exemplo quanto tempo levou até que todos se sentassem e fosse conquistado silêncio pelos ouvintes até que o Sermão fosse autenticado como um "sermão" pelos Apóstolos.
Devido à peculiaridade do estilo literário dos povos à Idade Antiga (anteriores à declinação da língua grega), tudo o que se transmitia via escrita eram ordens, ameaças, cânticos, ou linguagem metafórica tentando expressar algo mais complexo.
Não existia uma linguagem descritiva que apresentasse uma figura resumida às possíveis interpretações que a situação ou o contexto viabilizasse. Em outras palavras, não haviam conceitos que expressassem por ordem escrita, uma simbologia franca através de períodos simples. Para tanto era usado um método específico e condicional ao meio social; isso era transmitido como uma tradição oral que passava de pai para filho e sustentava a conduta de cada povo sob seus credos, políticas, e desenvolvimento científico, sob a abertura da PAX ROMANNA instituída por César Augusto.
Com o desenvolvimento filosófico e matemático pelos gregos, os métodos de linguagem e expressão se expandiram assustadoramente e em pouquíssimo tempo (se comparado com o desenvolvimento científico anterior às conquistas de Alexandre, o Grande).
Através da PAX ROMANNA, que convergiu os muitos povos que possuíram seus patrimônios sucumbidos pela imposição de Alexandre quanto ao uso do grego, a Bíblia relata pela "plenitude do tempo de Deus" para com a encarnação do Messias (Gálatas 4:4), a necessidade de Israel como um todo, abandonar o tradicionalismo que fora arraigado à conduta social, moral e ética do povo judeu por vários milênios, onde, à tradição oral e religiosa, o povo sem o notar, refreava o desenvolvimento linguístico para uma melhor compreensão futura quando do envio do Filho de Deus, o Yeshua aguardado. Esta verdade é tão marcante ao compromisso do judeu quanto à sua religiosidade, dado o avanço linguístico do grego, que, apesar da fortíssima experimentação vivida pelo Apóstolo Paulo, ele ainda relata a importância do judaísmo em se manter aferrado a esse compromisso condicional (Romanos 3:2).
Ora, se o leitor examinar cuidadosamente as palavras de Mateus para com o Sermão do Monte em Mateus 7:28,29, notará que: O professor que usualmente se utilizava de um quadro-negro para ensinar, não era Jesus; porém: OS ESCRIBAS.
Isto aconteceu, porque a língua e os métodos de ensino usados pelos escribas eram hebraicos, ainda que usados e transmitidos em grego uma vez que a própria versão do Tenach ao tempo de Jesus era em grego (IMPORTANTE lembrar neste ponto que o Sínodo de Jamnia pela restauração do hebreu e aramaico como erroneamente é considerado pelo filme de Mel Gibson, só ocorreu APÓS a morte de Jesus, isto é, até a década de 70 não houvera sido reeditado o texto, como por nós hoje conhecido como massorético; a atenção vétro-testamentária só era obrada sob o Sínodo de Alexandria e por sua composição grega conhecida como Septuaginta). Esses métodos e ensino apresentavam sua contextualidade a partir dos escritos vétero testamentários, sob outra apreciação e desenvoltura literária, daquela que o povo judeu do 1o século convivia diariamente em suas rotinas quotidianas sob o domínio do Império Romano, mas possuindo como condicionamento social a estrutura sócio cultural milenar do Império Grego, que, àquele momento da história, continuava predominando os métodos de raciocínio que todos os povos conviviam sob a "Pax Romanna", que promoveu grande concorrência para com o declínio do Império Grego pela literatura platônica, muito bem aceita pelo Império Romano, dadas as fortes críticas contra o sistema político e escravagista de Alexandre.
Mateus 7:28,29
28 - Ao concluir Jesus este discurso, as multidões se maravilhavam da sua doutrina; 29 - porque as ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas.
Através desta conclusão expressa pelo próprio Apóstolo Mateus sobre o Sermão do Monte, torna-se claro que o ensino e o diálogo de Jesus era muito diferente daquele que era conhecido pelo povo judeu até então.
QUESTÃO:
Como trocar por miúdos estes dois versículos sob a contextualidade judia expressa por Paulo em Romanos 3:2???A resposta clara, simples e objetiva é que Jesus não era repetitivo, pelo hebraísmo com que o Tenach (VT) apresenta a Lei e os Profetas. Jesus por sua vez, não apresentava sua narrações sob os emblemas preconcebidos pelo VT, outrossim com parábolas e retóricas idealizadas a partir do desenvolvimento gramatical do grego literário, filosófico e matemático comuns ao 1º século, como crítica ao comportamento da direção do Sinédrio, por onde o povo autenticava seu comportamento, conforme Mateus autenticou ao texto deitado logo acima.
Apesar de Jesus ter crescido fundado ao VT sob a substância qualitativa de Romanos 3:2, nota-se pela realidade quotidiana daquela época, que quando adulto, se dirigia ao povo usando todo o maneirismo concebível às estruturas linguísticas que o grego viabilizava, em contrapartida ao sistema arcaico do Sinédrio, perpetuado pelos postulados do VT sob a forma de Lei, obrigações, maldições e condenações, ou seja: Por um paralelismo absoluto ao que a literatura platônica criticava sobre a escravidão grega da antiguidade.
Quanto à repetitividade dos textos ao VT (que era o fator mais importante que comprometia o comportamento judeu), o leitor pode começar a entender esta particular evidência, que praticamente fundamenta a diferença do estilo literário entre as Escrituras Hebraicas (VT) das Escrituras Gregas (NT).
Quando o VT é comparado com o NT, o que mais se destaca, é a quantidade de textos que existem com a mesma crônica apresentada sob outra contextualidade e/ou momento.
Note por exemplo que ao Livro da Lei entregue por Iavé a Moisés, praticamente tudo o que existe em Êxodo, também se encontra em Deuteronômio. Assim como ao livro Números, também em 1Crônicas.
QUESTÃO:
Por que se dá isso???
Porque o hebreu clássico ou arcaico além de não possuir sinais gráficos como acontecia com o grego, tampouco possuía declinações gramaticais: Era uma língua mais antiga, possuindo uma gramática e vocabulário absurdamente empobrecida se comparada com as ocorrências gramaticais do grego clássico, morfológicas e sintáticas. Tanto mais se considerado a perda do vocabulário, uma vez que por muitas gerações a nação se voltara à obrigatoriedade da língua grega, tendo toda a sua literatura destruída. Comprovado historicamente por vários manuscritos encontrados às cavernas Qum’ran.
Então o que acontece em suma ao nosso modernismo, é que às línguas modernas, dá-se a impressão de estarmos lendo exatamente a mesma coisa, mas na verdade, o contexto de cada apresentação possui um particularismo especial que o autor procurava transmitir e que não figurava à visão anterior.
Ainda frente a esse comportamento ético e social do povo judeu à expressão da língua hebraica, outra coisa que marcou profundamente o estado psicofisiológico da nação, foi a mudança de atitude da massa populacha, quando começou a modificar parte de suas raízes comportamentais desde o exílio babilônico, até o enriquecimento linguístico vindo pelos gregos.
Se o leitor comparar características históricas entre:
• O comportamento e evolução do patriotismo do povo quando da liberdade adquirida às mãos de Moisés;
• Com o compromisso quando do fracasso de Israel como "o único povo do Deus Verdadeiro" desde o exílio babilônico até o período intertestamentário.
Assim, NOTARÁ que o fator ético social da simbologia que encerra a palavra "nação", se estabeleceu unicamente em razão ao tempo e história decorrentes, causando simbologia para com o patriotismo do israelita, conforme Paulo observa por Romanos 3:2.
Ou seja, com o passar do tempo, possuindo história, vivendo o quotidiano como sociedade, o israelita, desde a escravidão egípcia até o cativeiro babilônico - ainda que em pecado - possuía uma enorme tradição oral, onde, passando de geração em geração, contava as vitórias e derrotas dos grandes homens de Deus frente a santificação exigível à Lei da Torá, que fundamentava o desenvolvimento que a nação de Israel precisava possuir, para que se cumprisse a predestinação de Deus à encarnação do Messias, confirmando a realidade histórica apresentada desde os parágrafos anteriores até aqui; demonstrando a absoluta necessidade aos propósitos Sempiternos de Iavé Deus, quanto a formação de uma "NOVA VONTADE", a saber: KAINHS DIAThHKHS, traduzido como "Novo testamento".
Fator muito importante em respeito aos escritos do NT (entre eles o "Sermão do Monte"), é reconhecer certos fatores marcantes à gramática da língua grega clássica.
Um desses era o motivo da língua possuir declinações:
• Morfológicas e Sintáticas.
O motivo da língua possuir declinações, é que àquele tempo não existiam sinais gráficos. Ou todo o texto se escrevia em maiúsculas ou em minúsculas.
Por exemplo: Parágrafo, vírgula, ponto, parênteses, aposto, vocativo, diferenciações entre letras maiúsculas e minúsculas, etc..; simplesmente não haviam sido inventados.
No entanto a língua grega devido à especial característica de ser declinativa, podia expressar uma enormidade de situações gramaticais que até então, raciocínio humano nenhum discernia de maneira prática e literária, pois passou a apresentar o fonema da última sílaba de cada palavra ao seu vocabulário, decomposta de oito diferentes formas (quatro singulares e quatro plurais), caracterizando dezesseis diferentes aspectos gramaticais para cada palavra, que viabilizavam gênero, número e grau, assim como estabelecia sintática através da preposição requerida, conforme hoje compreendemos pela nossa atual Formatação Gramatical.
E o mais impressionante, que aliás é característica suprema do desenvolvimento científico do gênero humano sobre o bem e o mal através da Linguística, sem a necessidade de cada parte morfológica da oração depender de uma posição específica como a simbologia de nosso modernismo caracterizou pelo desenvolvimento das línguas latinas ou ânglo-saxônicas. Por assim dizer, apareceria em primeiro plano o substantivo, ou o adjetivo, ou mesmo uma expressão que ocupava a preeminência do assunto tratado em razão à proposição do período.
QUESTÃO:
O que significa exatamente Formatação Gramatical???
Bem, o leitor poderá entender essa expressão observando qualquer sentença de nossa língua portuguesa.
Por exemplo:
A menina gosta de sorvete.
Note que sorvete possui a simbologia de objeto indireto, dada a preposição de, que antecede ao substantivo.
Em grego, esta peculiaridade do objeto se encontrar em uma posição específica da frase, que, como dito acima, não possuía obrigatoriedade, porque este desenvolvimento literário foi posterior que ao momento quando Jesus viveu entre nós, sob os tempos do grego ático.
EXEMPLO GREGO:
A declinação da palavra homem. Note que o artigo que acompanha o substantivo é sempre definido.
TEMA - ANThRWPO
Nominativo - ‘O ANThRWPOS / OI ANThRWPOI = o(s) homem(ns)
Genitivo - TOU ANThRWPOU / TWN ANThRWPON = do(s) homem(ns)
Ablativo - TOU ANThRWPOU / TWN ANThRWPON = de homem(ns)
Locativo - TWi ANThRWPW / TOIS ANThRWPOIS = no(s) homem(ns)
Instrumental - TWi ANThRWPW / TOIS ANThRWPOIS = pelo(s) homem(ns)
Dativo - TWi ANThRWPW / TOIS ANThRWPOIS = ao(s) homem(ns)
Acusativo - TON ANThRWPON / TOUS ANThRWPOUS = o(s) homem(ns)Vocativo - ANThRWPE / ANThRWPOI = ó homem(ns)
Assim, ao invés de cada fonema possuir uma posição específica como encontramos hoje às línguas modernas, era dada prioridade à palavra que ocupava a preeminência à frase.
Em português por exemplo temos primeiro o sujeito e depois o predicado, mas em compensação temos também os sinais gráficos. Em grego clássico não existem sinais gráficos, portanto as frases precisavam apresentar a intenção e cunho interpretativo do autor por outros meios, por outra diferente simbologia.
Examine por exemplo as palavras de João 1:1c:
E o Verbo era Deus. = KAI ThEOS HN ‘O LOGOS
REPARE ENTÃO que o substantivo Deus - predicativo do sujeito - é tido em preeminência ao vocábulo Verbo - sujeito. POR ONDE, como ThEOS e LOGOS possuem a mesma terminação em "OS", é reconhecida a diferença entre o sujeito e o predicativo do sujeito, dada a presença do artigo ‘O.
Isto acarretou um problema intrínseco ao grego clássico. Não era possível escrever um período simples apresentando uma idéia definida, e logo em seguida mudar o tópico do assunto e tratar um problema adverso àquele primeiro.
Por exemplo o texto de João 11:35: “Jesus chorou”.
Se o motivo que levou Jesus a chorar fosse porque as pessoas à sua volta também choravam e estavam tristes (como erroneamente interpreta muitos ministérios cristãos), deveria constar uma conjunção coordenativa aditiva (KAI = e).
Jesus chorou por causa das palavras de Maria Madalena (João 11:32)! As hipóteses do versículo 33, são consequentes à proposição do versículo 32!!!
Com isto a enormidade de textos teológicos, filosóficos e matemáticos compostos em grego antigo, comprovaram que períodos simples, existiam APENAS com o intuito de:
CITAÇÃO DO HEBREU OU ARAMAICO:
Marcos 5:41 - Talita cumi.
IMPERATIVIDADE:
João 11:35 - Jesus chorou.
AGRESSIVIDADE:
João 11:14 - Lázaro morreu.
IMPOSIÇÃO:
1Tessalonicenses 5:17 - Orai sem cessar.
SARCASMO:
Hebreus 11:5,13 - A qual dos anjos disse jamais?
QUESTÃO:
Por que???Porque sob esses pareceres mostram tratar exatamenteO MESMO ASSUNTO DO PERÍODO ANTERIOR!!!
Em relação ao tema tratado em Mateus 7:1 e, examinando o fato de ser parte do mesmo assunto que se encontra desde Mateus 5:1 (Sermão do Monte), não há como concatenar a idéia de Jesus falar uma coisa agora e logo em seguida se contrariar completamente consigo mesmo em Mateus 7:5.
Note que interessante: Se Mateus 7:1 fosse uma afirmação, por onde hoje em dia os maiores ministérios se identificam dogmaticamente, o texto da Mateus 7:5 não viabilizaria a ideia de uma oratória conforme encontramos ao resto do "Sermão do Monte".
QUESTÃO:
Como assim???
Porque esse mesmo Jesus, pelo mesmo autor (Mateus), lembra seus discípulos a aprenderem com Ele sobre: MANSIDÃO & HUMILDADE.
Mateus 11:29,3029 - Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas.30 - Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve.
PENSE SOBRE ESTA QUESTÃO:
Ora, afinal de contas, que mansidão e humildade pode existir em um homem que primeiro diz para não julgarmos nosso próximo; e aí, sem mais nem menos, chama os fariseus e escribas de hipócritas, mandando todos aos quintos do inferno???
A convicção sobre tal assertiva se dá pela posição que ocupa estas palavras ao Evangelho de Mateus: Não como uma continuação da oratória de Jesus como ocorre com o Sermão do Monte, porém, simplesmente como um ensino transmitido por Jesus e que marcou pela lembrança do Apóstolo Mateus, uma vez que a mesma eloqüência que se nos apresenta sob a Exaltação de Jesus que tem início em Mateus 11:25, se observa também em Lucas 10:21, PORÉM, sem a referida passagem demonstrando que o texto original "Q" (quelle - alemão = comum), não possuía tal ênfase conforme se observa pelo Evangelho de Mateus.
Como o leitor pode averiguar, este conceito hermenêutico apresenta ainda maior enlevo, não só pelo ensino transmitido por Jesus para com Mateus 7:1, mas pela lembrança e sentimento que a realidade que o Apóstolo Mateus vivia sob sua experimentação convivida ao lado de Jesus, o capacitara a trazer como instrução pela inspiração dinâmica através do Espírito Santo da Promessa.
POR ONDE: Simplesmente não tem cabimento.--- Ou a interpretação atual está completamente errada;--- Ou a Bíblia se tornaria absurdamente contraditória,>>> DADAS as atenuantes de João 7:24 e 1Coríntios 6:2,3!
E finalmente, completando ainda sob a mesma analogia do contexto de Mateus 7:1-5, sob a mesma realidade de João 7:24 e 1Coríntios 6:2,3, a História da Filosofia se nos comprova que, ao ser tomado como alicerce e estrutura histórica, o desenvolvimento matemático e filosófico dos gregos, fica por demais evidente que tal desenvolvimento semântico, NUNCA abordou sob qualquer enunciado, nenhuma perspectiva sob síntese fenomenológica. POIS, tal desenvolvimento filosófico só possuiu origem ao 2º século, através de Sextus Empiricus pelo latim, por onde nasceu o Empirismo Lógico através da obra "Argumentos Contra a Dogmática Matemática Através do Esboço do Cepticismo".
EM LATIM E NÃO EM GREGO CLÁSSICO:
Pelo menos três gerações posteriores ao desenvolvimento literário do Evangelho de Mateus! E quatro gerações posteriores pela composição de "Q":
... a origem dos Evangelhos Sinóticos!!!
PALAVRAS FINAIS
O HOMEM FOI CRIADO PARA JULGAR TUDO À SUA VOLTA.E SENTENCIADO POR DEUS A DISCERNIR ENTRE O BEM E O MAL! Gênesis 3:22 ; João 7:24b : JULGAI segundo a reta justiça.
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Sergio Mellinger
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