"Ao vê-lo, caí aos seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não tenha medo. Eu sou o primeiro e o último
e aquele que vive. Estive morto, mas eis que estou vivo para todo o sempre e tenho as chaves da morte e do inferno" - Apocalipse 1.17,18.
Definição
A palavra "inferno" não é encontrada nos idiomas originais da Bíblia. Ela tem origem no latim e significa "lugar das profundezas" e "mundo inferior". O fato de não encontrarmos o vocábulo não quer dizer que não exista. Ora, também não encontramos o vocábulo "oxigênio" na Bíblia, não o vemos, temos a certeza que ele existe e sabemos que ele é imprescindível para nossa sobrevivência.
Palavras na Bíblia que são traduzidas como "inferno"
Sheol: Termo hebraico. Encontramos com os seguintes significados: morte [no sentido de separação de Deus e a morte física]; sepultura, profundezas, pó, poço, cova, buraco, mundo dos mortos e inferno.
Gehenna [do grego]: o lugar de castigo, de tormento [Mateus 5.22, 29.30; 10.28; 18.9; 23.15,33; Marcos 9.43, 45,47; Lucas 12.5; Tiago 3.6]. Gehenna sempre significa inferno nas páginas da Bíblia. Em todas as passagens, este termo aponta ao local onde os ímpios estão, ou estarão, em castigo ou tormento eterno.
Hades [do grego, corresponde ao Sheol em hebraico]: a morada dos mortos [Mateus 11.23; 16.18; Lucas 23.23; Atos 2.27].
Tártaro. Palavra grega, usada uma única vez no Novo Testamento, é encontrada em 2 Pedro 2.4. O apóstolo escreveu: "lançando-o no Tártaro", fazendo uso do vocábulo que os gregos entendiam como um lugar inferior no mundo dos mortos, habitado por gente má, a morada em que os perversos eram aprisionados para receber castigos. No senso comum dos gregos, o oposto de Tártaro eram os Campos Elísios, o repouso em paz dos bons após a morte.
Interpretações equivocadas
Existem pessoas que aceitam o conceito de inferno como lugar de castigo, porém elas também acreditam que o castigo será um dia aniquilado, isto é, a existência consciente acabará por completo. Essas pessoas não conseguem admitir que o castigo de pecadores seja recebido de forma consciente e eterna. Se tivessem razão a esse respeito, pessoas como Adolf Hitler, responsável pela morte de milhões de pessoas, estaria recebendo como punição apenas um tranquilo sono eterno. O destino delas seria simplesmente retornar ao estado de não-existência no qual estavam antes de nascer, em que nem mesmo percebem que estão sendo castigadas.
Hermenêutica bíblica
A Bíblia aponta para uma perspectiva totalmente diferente sobre o inferno. O homem rico falece e é lavado ao castigo eterno completamente consciente [Lucas 16.19-31]. Sentiu dor, sede e remorso. O rico não dorme tranquilo numa sepultura, ao contrário, é retratado num "lugar de tormento".
Se o inferno é um lugar onde não há consciência de nada do que acontece, ou localidade em que não há possibilidade de haver a consciência do que ocorre, estado que não se sente nenhum desconforto, se for meramente uma referência à sepultura para onde vai quem não crê em Jesus como Senhor e Salvador após a morte, então, as afirmações de Jesus sobre este lugar não fazem qualquer nexo. Cristo chegou a afirmar que se a mão, o pé ou o olho o fazem pecar, melhor é arrancá-los fora do que permanecer com eles e "ir para o inferno, onde o fogo nunca se apaga" [Marcos 9.43-48]. Ora, quem poderia dormir sendo consumido pelas chamas?
A Bíblia fala do destino dos ímpios com palavras que expressam horror e tragédia, como vemos nestas descrições:
• Vergonha; desprezo eterno - Daniel 12.2.
• Castigo eterno - Mateus 25.46.
• Fogo que nunca se apaga - Lucas 3.17.
• Ira; indignação; tribulação; angústia - Romanos 2.8, 9.
• "Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder" - 2 Tessalonicenses 1.9.
• Fogo eterno; densas trevas - Judas 7, 13.
Conclusão
Em Apocalipse 14.9-11, vemos qual será o destino eterno e definitivo do ímpios: "Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro, dizendo com voz forte: Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na testa ou na mão,
também esse beberá do vinho do furor de Deus, preparado, sem mistura, no cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro.
A fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre. E os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do nome da besta não têm descanso algum, nem de dia nem de noite".
Queira pensar e ore a respeito dessas referências citadas nesta postagem.
Postagem atualizada a partir da publicação em Belverede na data 16 de julho de 2017. Conteúdo escrito tendo como base a Bíblia Evangelismo em Ação, compilada por Ray Confort, página 1318, edição 2005, São Paulo (Editora Vida).
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