Em setembro de 1857, por conta de um temporal muitíssimo forte na região do Cabo Hatteras, na Carolina do Norte, o navio Central América sofreu graves avarias e foi ao fundo do mar. Havia a bordo cerca de seiscentos passageiros.
Entre os viajantes estavam muitos mineradores das minas de ouro da Califórnia. Os homens carregavam com eles cinturões que usavam para guardar as preciosidades que haviam extraído.
A partir do instante do perigo, eles imediatamente desataram os cinturões presos aos seus corpos e os abandonaram no convés, e qualquer pessoa que se interessasse pelos montantes valiosos poderia levá-los consigo.
Aquele peso era uma bagagem arriscada, poderia provocar a morte de quem o carregasse.
Outros mineradores abandonaram malas que acondicionavam milhares de dólares, e ninguém quis levá-las. Muitas bolsas foram abertas, metais reluziram esparramados sobre piso superior da embarcação.
Desesperado, um dos mineradores abriu seu saco de viagem e esvaziou o que estava contido nele. Era ouro em pó, no valor de 20 mil dólares. No momento que se desfazia da carga preciosa, disse que se alguém quisesse aproveitar aquilo tinha o seu consentimento para pegá-lo. Mas tripulantes e passageiros o desprezaram como se fosse poeira insignificante.
Esta situação nos faz lembrar da passagem bíblica encontrada em Sofonias 1.18: "Nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia da indignação do Senhor, mas pelo fogo do seu zelo toda esta terra será consumida, porque certamente fará de todos os moradores da terra uma destruição total e apressada."
Fonte: Novo Portal IASD em Foco [https://novo.iasdemfoco.net/] via Caminhos e Veredas [https://bit.ly/3haMib0]. Título original: Deixar tudo. Autoria desconhecida.
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